PETROBRAS DIVULGA RESULTADO DO QUARTO TRIMESTRE DE



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Transcrição:

PETROBRAS DIVULGA RESULTADO DO QUARTO TRIMESTRE DE 2004 (Rio de Janeiro 25 de Fevereiro de 2005) PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. PETROBRAS divulga hoje seus resultados consolidados expressos em milhões de reais, segundo os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil. A PETROBRAS apurou um lucro líquido consolidado de R$ 4.566 milhões no quarto trimestre de 2004 (4T-2004). No exercício de 2004, a PETROBRAS obteve um lucro líquido consolidado de R$ 17.861 milhões. A receita operacional líquida consolidada, no 4T-2004, atingiu o montante de R$ 28.692 milhões e no exercício de 2004 correspondeu a R$ 108.202 milhões. O valor de mercado da Companhia alcançou R$ 112.458 milhões, em 31 de dezembro de 2004, sendo 29% maior do que o alcançado no exercício anterior. O lucro líquido consolidado do 4T-2004, atingiu R$ 4.566 milhões, com crescimento de 51% em relação ao 4T-2003, devido ao alinhamento dos preços de faturamento de derivados, no mercado interno, às cotações internacionais e ao câmbio, que propiciou margens rentáveis nas vendas no país, às cotações internacionais sobre as exportações e as vendas no mercado externo, compensados, em parte, pelo aumento nos custos unitários de vendas, motivados pelos maiores gastos com pessoal, resultado do reajuste salarial concedido em acordo coletivo, aumento do quadro de funcionários e revisão atuarial sobre os gastos com planos de pensão e de saúde, pelo aumento da participação do petróleo importado sobre o mix de processamento total, e pelos maiores custos com importação de petróleo e derivados em virtude do aumento nas cotações internacionais e dos maiores volumes importados de petróleo e derivados. O complemento da provisão, no 4T-2003, para passivo contingente relativo à exposição financeira com negócios vinculados ao segmento de energia (R$ 1.415 milhões) também contribuiu para que o lucro líquido do 4T-2004, quando comparado ao mesmo trimestre de 2003, fosse superior. O faturamento bruto consolidado no 4T-2004 alcançou R$ 39.637 milhões e a receita operacional líquida R$ 28.692 milhões. No 4T- 2003, os valores do faturamento bruto e líquido foram, respectivamente, R$ 33.199 milhões e R$ 23.952 milhões. No exercício de 2004, o faturamento bruto consolidado foi de R$ 150.403 milhões e o faturamento líquido alcançou R$ 108.202 milhões (R$ 131.988 milhões e R$ 95.743 milhões, respectivamente em 2003). No 4T-2004, a produção total de petróleo, LGN e gás natural manteve-se estável se comparada com o mesmo período do exercício anterior, alcançando a média no trimestre de 2.040 mil barris de óleo equivalente dia. A produção de óleo e LGN no País atingiu a média de 1.511 mil barris/dia, sendo 81% oriundos da Bacia de Campos (1.221 mil barris/dia). A produção de derivados no País no 4T-2004 aumentou 8% em relação ao 4T-2003, tendo sido alcançada a taxa de 89% de utilização da capacidade nominal das refinarias. As reservas provadas no Brasil em 2004, estimadas pelo critério SPE (Society of Petroleum Engineers), atingiram 13,0 bilhões de barris de óleo equivalente, com um crescimento de 3,3% em relação a 2003. A produção de 2004 alcançou 0,60 bilhão de BOE, o que implica em uma taxa de reposição de reservas de 1,70 de BOE. As reservas provadas internacionais, que incluem as reservas pertencentes às unidades da empresa PETROBRAS ENERGIA S/A PEPSA, alcançaram 1,87 bilhão de óleo equivalente em 2004 (critério SPE), que em comparação a produção internacional de 2004 (0,10 bilhão de BOE) resultou numa taxa de reposição de reservas de 0,68 de BOE. Pelo critério SEC, as reservas provadas em 2004 são 10,6 bilhões de BOE no Brasil e 1,25 bilhão de BOE no exterior (10,4 bilhões de BOE e 1,2 bilhão de BOE em 2003, respectivamente). O endividamento líquido do Sistema Petrobras, em 31.12.2004, alcançou R$ 33.813 milhões, com redução de 3% em relação a 31.12.2003, devido em grande parte a apreciação de 8,1% do real frente ao dólar norte-americano sobre os saldos das dívidas consolidadas. O resultado auferido pela Companhia no 4T-2004 propiciou uma elevada geração de caixa, com um EBITDA de R$ 9,0 bilhões, superior 43% ao obtido no 4T-2003. No exercício de 2004, o EBITDA alcançou R$ 35,9 bilhões (R$ 32,6 bilhões em 2003). No exercício de 2004 o Sistema PETROBRAS investiu R$ 21.774 milhões, em sua maior parte no desenvolvimento de sua capacidade de produção de petróleo e gás natural (66% dos investimentos diretos no País e 64% dos investimentos totais), além do investimento no segmento de distribuição através da aquisição da Liquigás Distribuidora S.A. (ex-agip do Brasil), no montante de R$ 865 milhões. Esses valores não incluem os investimentos via SPE, dentro do conceito off balance, que totalizaram aproximadamente R$ 775 milhões. O resultado anual da PETROBRAS e a geração de caixa, no exercício de 2004, estão permitindo ao Conselho de Administração propor à próxima Assembléia de Acionistas, em 31.03.2005, uma distribuição de dividendos relativos ao exercício no montante de R$ 5.044 milhões (R$ 4,60 por ação). Neste dividendo estão incluídos juros sobre o capital próprio no montante de R$ 4.386 milhões (R$ 4,00 por ação), sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os acionistas imunes e isentos, dos quais R$ 3.290 milhões foram disponibilizados aos acionistas em 15.02.2005. O dividendo do exercício de 2004 representa 4,3% e 4,7% (6,2% e 6,8%, em 2003) do valor de mercado das ações ordinárias e preferenciais Dividend Yield, respectivamente. O valor adicionado pelo Sistema PETROBRAS no exercício de 2004 alcançou R$ 97.199 milhões (R$ 80.996 milhões em 2003) em função do lucro do período, que propiciou uma contribuição econômica ao País, através da geração de impostos, taxas, contribuições sociais e participações governamentais, no montante de R$ 59.202 milhões (R$ 52.374 milhões no exercício de 2003), a agregação de valor aos acionistas, no montante de R$ 17.861 milhões (R$ 17.795 milhões em 2003), e o reconhecimento de juros, do efeito do câmbio, das despesas de aluguéis e afretamentos, com instituições financeiras e fornecedores, no valor de R$ 13.036 milhões (R$ 4.776 milhões no exercício de 2003). Em 31.12.2004, o valor de mercado da Companhia era de R$ 112.458 milhões, correspondendo a um aumento de 29% em relação a 31.12.2003 e representava 175% do patrimônio líquido da Controladora (R$ 64.254 milhões). Este documento está estruturado em 5 tópicos: SISTEMA PETROBRAS Índice PETROBRAS Índice Desempenho Financeiro 3 Demonstrações Contábeis 32 Desempenho Operacional 6 Demonstrações Contábeis 18 Apêndices 26 1

Comentários do Presidente, Sr. José Eduardo de Barros Dutra É com grande satisfação que apresentamos aos senhores acionistas os resultados do exercício social de 2004. Foi um ano marcado por importantes realizações, consolidação de estratégias e desenvolvimento de novos negócios e mercados. Ao longo do ano, investimos R$ 21.774 milhões no Brasil e no exterior, excluídos os investimentos em Project finance. Este significativo volume de investimentos foi viabilizado pela geração própria de caixa, através de uma política de preços realista, e pelo acesso ao mercado de capitais, que garantiram não só a viabilização de nossas operações, mas também gerou um excelente resultado. Obtivemos um lucro de R$ 17.861 milhões no exercício de 2004, comparável ao excelente resultado obtido em 2003 (R$ 17.795 milhões). No quarto trimestre de 2004, nosso lucro atingiu R$ 4.566 milhões, representando um aumento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. O excelente resultado e a forte geração de caixa, no exercício de 2004, estão permitindo ao Conselho de Administração propor à próxima Assembléia de Acionistas, em 31.03.2005, uma distribuição de dividendos no montante de R$ 5.044 milhões (R$ 4,60 por ação). Neste dividendo estão incluídos juros sobre o capital próprio no valor de R$ 4.386 milhões (R$ 4,00 por ação). No campo operacional, foram inúmeras as conquistas obtidas ao longo do ano, das quais gostaria de destacar algumas: O aumento de 3,3% nas reservas provadas de óleo, condensado e gás natural (critério SPE), quando foram apropriadas 1,02 bilhão de boe durante 2004. Destaque para as novas áreas anexadas ao campo de Golfinho, Baleia Azul, Baleia Anã e Baleia Bicuda, na costa do Espírito Santo, Piranema, na costa de Sergipe e Lagosta na costa de São Paulo; O início da produção de petróleo pelo FPSO P-43, com capacidade de produção de 150 mil barris por dia, no campo de Barracuda, na Bacia de Campos; A assinatura de um Memorando de Entendimento com a empresa Sevan Marine, para o uso da plataforma SSP 300, no Campo de Piranema, que irá produzir na costa do estado do Sergipe; A descoberta de petróleo leve (38 graus API), de excelente qualidade e valor, abrindo uma nova frente exploratória na Bacia Terrestre do Rio Grande do Norte, no município de Serra do Mel, na Região Oeste da Bacia Potiguar; O início da plena operação da segunda unidade de coque da refinaria REPLAN (Paulínia) e a unidade de hidrodessulfurização de diesel (HDS) na Refinaria Presidente Getúlio Vargas no Paraná (REPAR). A unidade da REPLAN tem capacidade de processar 31 mil barris por dia de resíduo de vácuo, e transformá-los em produtos mais leves. A unidade de HDS na REPAR, tem como principal objetivo a melhoria de qualidade dos produtos finais, reduzindo o teor de enxofre de uma corrente de diesel para abaixo de 500 partes por milhão (ppm); A aquisição da totalidade das ações da Agip do Brasil S.A. pela subsidiária Petrobras Distribuidora S.A. Tal aquisição contribui na ampliação de nossa participação no mercado de distribuição de GLP, assim como consolida a presença no mercado de distribuição de combustíveis automotivos em determinadas regiões do Brasil; A associação do Sistema Petrobras na gestão da Companhia de Gás de Minas Gerais GASMIG, visando ampliar a participação da Petrobras no promissor mercado de gás natural; A Gaspetro, controlada da Petrobras, exerceu opção de compra para aquisição de ações na empresa distribuidora de gás natural CEG-RIO; A aprovação das condições acordadas para a compra da totalidade das ações detidas pela EDP do Brasil na Usina Termoelétrica Fafen Energia, localizada no município de Camaçari, Estado da Bahia; A reorganização dos ativos na Argentina, através da absorção pela Petrobras Energia (PESA) de subsidiárias e participações acionárias da Petrobras (Eg3 S.A., Petrobras Argentia S.A. e Petrolera Santa Fe S.R.L.). A conclusão desta operação criará uma estrutura corporativa mais eficiente na Argentina, favorecendo a obtenção de sinergias; A implantação em toda a Companhia do Sistema Integrado de Gestão Empresarial (SAP-ERP), constituído por um conjunto de programas (software) que integra todas as informações dos processos padrões da empresa, utilizando uma única base de dados, atualizada em tempo real, permitindo o controle das atividades operacionais; A criação do Comitê de Gestão de Responsabilidade Social e Ambiental, vinculado ao Comitê de Negócios, que vai orientar, estruturar e estabelecer as diretrizes no campo da responsabilidade social e ambiental de toda a Companhia. A gestão dos negócios da Companhia de forma transparente e ética, visando sempre um tratamento de eqüidade e confiança com nossos analistas de mercado, investidores, acionistas e públicos de interesse, fornecendo informação de qualidade e confiável, nos levou a ser agraciado pelo segundo ano consecutivo com o prêmio de melhor site do setor de óleo, gás e petroquímicos do mundo, segundo critérios técnicos de empresas especializadas no setor. É importante comentar que a busca por resultados positivos e pelo retorno para nossos acionistas, no melhor uso das práticas empresariais e comerciais, nos tem levado também a alguns grandes desafios. Pendências herdadas do passado que precisam ser solucionadas com coragem e determinação estão sendo discutidas e trazidas a público. Neste contexto, estamos buscando negociar uma solução visando garantir os interesses de nossos acionistas e investidores na questão das termoelétricas chamadas Merchants (TermoCeará e Macaé Merchant). Além disso, estamos aperfeiçoando os nossos modelos de previdência complementar e de saúde, buscando dar tranqüilidade para nossos empregados e total transparência para nossos acionistas e investidores. Superar desafios sempre fez parte da história da Petrobras, com criatividade e determinação, a Companhia está consolidando as bases para um crescimento sustentável, sendo a responsabilidade sócio-ambiental um dos alicerces na construção de seu futuro, conjugando os interesses empresariais com os daqueles que de alguma maneira participam de seu desenvolvimento e crescimento. 2

Desempenho Financeiro Lucro Líquido e Indicadores Econômicos Consolidados A PETROBRAS, suas subsidiárias e controladas, apuraram um lucro líquido consolidado de R$ 17.861 milhões no exercício de 2004, estável em relação ao exercício de 2003. 4º Trimestre Exercício 3T-2004 2004 2003 % 2004 2003 % 40.510 39.637 33.199 19 Receita operacional bruta 150.403 131.988 14 29.075 28.692 23.952 20 Receita operacional líquida 108.202 95.743 13 7.671 7.371 4.932 49 Lucro operacional (1) 29.815 27.533 8 (22) (451) (156) 189 Resultado financeiro (2.418) 1.350 (279) 5.488 4.566 3.021 51 Lucro líquido 17.861 17.795 0 5,01 4,16 2,76 51 Lucro líquido por ação 16,29 16,23 0 109.152 112.458 87.459 29 Valor de Mercado (Controladora) 112.458 87.459 29 41 41 44 (3) Margem bruta (%) 42 45 (3) 26 26 21 5 Margem operacional (%) 28 29 (1) 19 16 13 3 Margem líquida (%) 17 19 (2) 9.235 8.952 6.263 43 EBITDA (2) 35.988 32.615 10 N/A N/A N/A - ROE(%) 31 39 (8) N/A N/A N/A - ROCE (%) 23 24 (1) Indicadores Econômicos e Financeiros 41,54 44,00 29,41 50 Petróleo Brent (US$/bbl) 38,21 28,84 32 2,9773 2,7862 2,9000 (4) Dólar Médio de Venda (R$) 2,9262 3,0745 (5) 2,8586 2,6544 2,8892 (8) Dólar Final de Venda (R$) 2,6544 2,8892 (8) (1) Lucro antes das receitas e despesas financeiras, da equivalência patrimonial e dos impostos. (2) Lucro operacional antes do resultado financeiro e da equivalência patrimonial + depreciação/amortização/abandono de poços. 3

Desempenho Financeiro Os principais fatores que contribuíram para a formação do lucro líquido consolidado no exercício de 2004 em relação ao exercício de 2003 foram: Aumento do lucro bruto em R$ 2.252 milhões, em função, principalmente, de: Receita Líquida Custo das Vendas Lucro Bruto Aumento dos volumes vendidos no Mercado Interno 4.452 (2.314) 2.138 Aumento dos preços no Mercado Interno 4.160-4.160 Redução do volume exportado (1.144) 569 (575). Aumento de preço exportação 1.420-1.420 Aumento dos custos de importação, principalmente do petróleo - (5.820) (5.820) Aumento dos gastos com Participações Governamentais no país - (957) (957) Redução nos gastos com terceiros em consórcios e com projetos estruturados - 784 784. Aumento do custo de refino - (606) (606). Efeito do câmbio sobre as receitas e custos das controladas no exterior (1.477) 1.129 (348). Aumento nas operações off-shore 1.633 (1.606) 27. Aumento do lucro bruto da BR 736-736. Aumento das vendas e custos da área internacional 3.380 (2.250) 1.130 Aumento nas Despesas com Vendas (R$ 1.388 milhões), para atendimento da logística dos maiores volumes vendidos e do incremento nas despesas com fretes marítimos. Aumento nas Despesas Gerais e Administrativas (R$ 863 milhões), em virtude dos gastos com pessoal, devido aos Acordos Coletivos de 2005/2004 e 2004/2003, ao aumento no quadro de empregados do Sistema PETROBRAS, dos gastos com planos de pensão e de saúde, devido aos ajustes atuariais procedidos em dez/03, além dos gastos com manutenção de redes e de licenças de software (R$ 124 milhões). Baixa contábil de poços de petróleo que foram identificados como secos ou sub-comerciais (R$ 365 milhões) e do Bônus de Assinatura do Bloco 34, em Angola (R$ 192 milhões). Compensados pela revisão da estimativa de gastos para futuro abandono de poços e desmantelamento de áreas de produção de óleo e gás, que gerou um ganho de R$ 412 milhões. Aumento nas Despesas Tributárias (R$ 223 milhões), devido, basicamente, ao aumento da alíquota do PASEP / COFINS, a partir de fevereiro, instituído pela Lei nº 10.865. Redução de outras despesas operacionais em R$ 2.727 milhões, reflexo do reconhecimento, em 2003, em caráter extraordinário, do ajuste a valor de mercado das turbinas previstas inicialmente para termelétricas (R$ 330 milhões), do complemento da provisão para perdas sobre exposição financeira contratual no montante de R$ 2.187 milhões. Esses efeitos compensaram os aumentos, em 2004, referentes aos serviços contratados vinculados aos gastos com publicidade e propaganda institucional (R$ 141 milhões) e ao crescimento da despesa atuarial dos planos de pensão e de saúde para os aposentados (R$ 507 milhões). 4

Desempenho Financeiro Resultado financeiro negativo de R$ 2.418 milhões em 2004 contra um resultado positivo de R$ 1.350 milhões em 2003, devido: Aos efeitos da menor apreciação em 2004, em relação a 2003, do real e do comportamento do peso argentino frente a cesta de moedas estrangeiras que compõem o endividamento líquido consolidado e outros itens monetários (R$ 991 milhões); A redução de receitas sobre aplicações financeiras (R$ 329 milhões), em função da diminuição dos saldos, bem como da rentabilidade dos fundos no país, lastreados, preponderantemente, em títulos cambiais; Aos efeitos do câmbio sobre saldos indexados ao dólar, referentes a empresas do Sistema (R$ 403 milhões); As perdas financeiras em operações de hedge realizadas em controlada Argentina (R$ 461 milhões); e Ao reconhecimento de despesa financeira pela recompra de títulos emitidos por Subsidiária (R$ 337 milhões). Redução de perda na participação em subsidiárias domiciliadas no exterior (efeito de R$ 691 milhões), em função da menor apreciação do real, em relação ao dólar, em 2004 em relação a 2003 (8,1% no exercício de 2004 e 18,2% em 2003). Redução na provisão com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, no montante de R$ 566 milhões, em função da redução do lucro líquido básico para tributação e do reconhecimento de créditos fiscais na Argentina no montante de R$ 239 milhões. 5

Desempenho Operacional 4º Trimestre Exercício 3T-2004 2004 2003 % 2004 2003 % Exploração & Produção - Mil Barris/dia 1.692 1.680 1.680 - Produção de petróleo e LGN 1.661 1.701 (2) 1.523 1.511 1.513 - Nacional 1.493 1.540 (3) 169 169 167 1 Internacional 168 161 4 368 360 343 5 Produção de gás natural (1) 359 335 7 270 267 256 4 Nacional 265 250 6 98 93 87 7 Internacional 94 85 11 2.060 2.040 2.023 1 Produção total 2.020 2.036 (1) (1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado Preço médio de venda - US$ por bbl Petróleo (US$/bbl) 36,14 35,11 26,79 31 Brasil (2) 33,49 27,09 24 28,03 27,48 25,88 6 Internacional 26,36 22,71 16 Gás Natural (US$/bbl) 10,62 12,81 11,22 14 Brasil (3) 11,56 10,50 10 6,60 7,39 6,82 8 Internacional 6,96 6,84 2 (2) M édia das exportações e dos preços internos de transferência do E&P para o Abastecimento. ( 3 ) Preç o interno de transferência do E&P para o Gás e Energia Refino, Transporte e Abastecimento - Mil Barris/dia 439 452 310 46 Importação de petróleo 450 319 41 166 132 57 132 Importação de derivados 109 105 4 137 126 102 24 Importação de gás, álcool e outros 124 89 39 208 137 260 (47) Exportação de petróleo 181 233 (22) 258 193 184 5 Exportação de derivados 228 213 7 5 10 2 400 Exportação de fertilizantes e outros 6 6-271 370 23 1.509 Importação líquida 268 61 339 1.763 1.833 1.698 8 Produção de derivados 1.797 1.732 4 1.659 1.727 1.604 8 Brasil 1.696 1.639 3 104 106 94 13 Internacional 101 93 9 2.125 2.125 2.085 2 Capacidade instalada de processamento primário 2.125 2.085 2 1.996 1.996 1.956 2 Brasil 1.996 1.956 2 129 129 129 - Internacional 129 129 - Utilização (%) da capacidade nominal 86 89 81 8 Brasil 87 82 5 79 83 73 10 Internacional 78 73 5 77 77 79 (2) Participação do óleo nacional na carga processada % 76 80 (4) Custos - US$/barril Custo de extração de petróleo (lifting cost): Brasil 4,03 4,69 3,96 18 sem participação governamental 4,26 3,36 27 10,65 12,43 9,10 37 com participação governamental 10,70 8,50 26 2,53 2,90 2,74 6 Internacional 2,60 2,46 6 Custo de refino 1,27 1,58 1,53 3 Brasil 1,34 1,14 18 1,22 1,22 1,29 (5) Internacional 1,21 1,17 3 237 300 238 26 Overhead Corporativo (US$ milhões) (4) 957 711 35 (4) A Companhia, no sentido de tornar mais adequado o indicador "Overhead Corporativo" ao seu modelo de gestão, reviu os conceitos desse indicador promovendo o recálculo de períodos anteriores. 6

Desempenho Operacional 4º Trimestre Exercício 3T-2004 2004 2003 % 2004 2003 % Volume de vendas - Mil Barris/dia Volume de vendas - Mil Barris/dia 707 684 627 9 Diesel 656 602 9 286 287 267 7 Gasolina 275 259 6 111 100 119 (16) Óleo combustível 108 119 (9) 158 154 151 2 Nafta 157 157-220 209 200 5 GLP 210 202 4 77 75 72 4 QAV 74 72 3 145 182 134 36 Outros 157 140 12 1.704 1.691 1.570 8 Total derivados 1.637 1.551 6 38 34 36 (6) Álcoois, Nitrogenados e outros 32 33 (3) 218 227 190 19 Gás natural 210 177 19 1.960 1.952 1.796 9 Total mercado interno 1.879 1.761 7 471 341 446 (24) Exportação 416 452 (8) 417 386 365 6 Vendas Internacionais 416 383 9 888 727 811 (10) Total mercado externo 832 835-2.848 2.679 2.607 3 Total geral 2.711 2.596 4 Exploração e Produção Mil Barris/dia No 4T-2004, a produção de petróleo nacional e LGN reduziu 1% em relação à produção alcançada do 3T- 2004, devido as paradas das plataformas P-25 (Albacora), P-26 e P-35 (Marlim) e FPSO-MLS (Marlim Sul). A produção de petróleo nacional e LGN no exercício de 2004 reduziu 3% em relação ao exercício de 2003, devido à interrupção de produção do DP- Seillean no campo de Jubarte para inspeções programadas, à parada do FPSO-Brasil, ao fechamento de poços nos campos de Marlim Sul, à parada parcial da produção na P-40 (Marlim Sul) pela elevação da produção de água e limitação de processamento de óleo na planta, ao fechamento de alguns poços em Albacora para manutenção de turbo-compressores, à parada programada de plataformas em Linguado, Pampo e Enchova, e pela redução potencial de abertura dos poços produtores no campo de Marlim, devido, principalmente, ao aumento da produção de água associada ao óleo e alta produção de gás associado. O atraso, por motivos contratuais, nas entregas das plataformas P- 43, P-48 e P-50, para os campos de Barracuda, Caratinga e Albacora Leste, também contribuiu para que o nível de produção de 2003 não fosse superado. No exercício de 2004 a produção internacional de óleo e gás, cresceu 4% e 11%, respectivamente, em relação ao exercício de 2003, decorrente da regularização da produção da PEPSA, na Venezuela, que foi comprometida, em janeiro e fevereiro de 2003, por conta da greve naquele País, e do acréscimo da produção de gás boliviano, reflexo da demanda no mercado brasileiro e do início do contrato de venda, a partir de junho de 2004, do gás boliviano para Argentina. Refino, Transporte e Abastecimento Mil Barris/dia A carga processada (processamento primário) pelas refinarias no País aumentou 7% no exercício de 2004, em relação ao exercício anterior, em função da modernização e ampliação das unidades de refino na RLAM, REVAP, REGAP e REPLAN, ocorrida em 2003, refletindo num melhor desempenho operacional em 2004, e possibilitando a recomposição dos níveis dos estoques de derivados que foram utilizados durante as paradas programadas ocorridas no período, além de adequálos para futuras paradas. O aumento no consumo interno de derivados no País, em 5%, também contribuiu para o acréscimo da carga fresca processada. A produção internacional de óleo manteve-se estável no 4T-2004, em relação ao 3T-2004, enquanto que a produção de gás reduziu em 5%, em função da menor demanda do gás boliviano para os mercados brasileiro e argentino. 7

Custos Lifting Cost (US$/barril) O aumento no lifting cost unitário no País sem as participações governamentais de 16% no 4T-2004, em relação ao 3T-2004, deve-se, principalmente, aos maiores gastos com serviços técnicos especializados na restauração de poços, escoamento de petróleo, sistemas de coleta, injeção de água, inspeção e manutenção das instalações de superfície, sistemas de utilidades, operações submarinas e nos terminais oceânicos, e aos maiores gastos com salários, vantagens e encargos, vinculados aos reajustes salariais previstos em acordo coletivo de trabalho. O lifting cost unitário no País, sem as participações governamentais, no exercício de 2004, aumentou 27% em relação ao exercício de 2003, decorrente, em sua maior parte, dos maiores gastos com serviços técnicos para restauração e manutenção em poços, sondas e barcos especiais na Bacia de Campos, os quais têm seus preços balizados pela cotação internacional do petróleo, dos maiores gastos com materiais, devido ao maior consumo de produtos químicos, e dos gastos com serviços de manutenção em terminais oceânicos, linhas de escoamento e instalações associados ao atendimento ao programa ambiental da Companhia e com transportes marítimos e aéreos no apoio operacional da produção. Contribuíram, também, os maiores gastos com pessoal vinculados aos reajustes salariais concedidos em acordos coletivos de setembro de 2003 e de 2004, ao pagamento de diferenças de horas extras de turno, previsto em acordo coletivo de trabalho, ao acréscimo da força de trabalho e à revisão nos cálculos atuariais dos benefícios de saúde e futuras aposentadorias. Desempenho Operacional manutenção de poços na Argentina e Colômbia, e gastos operativos nos Estados Unidos. No exercício de 2004, o lifting cost unitário internacional aumentou 6% em relação ao exercício de 2003, devido ao aumento dos gastos com pessoal, materiais e serviços de terceiros, das operações no Bloco 18 na PEPSA-Equador e intervenção em poços na Argentina, além dos gastos de manutenção em Angola e Estados Unidos. Custo do Refino (US$/barril) Em comparação ao 3T-2004, o custo unitário do refino no País do 4T-2004 aumentou 24%, em função do acréscimo dos gastos com pessoal, decorrente dos reajustes salariais concedidos em acordo coletivo de trabalho e ao aumento no número de empregados, e dos maiores gastos com manutenções operacionais corretivas, principalmente na REPLAN e na RLAM. O custo unitário do refino no País, no exercício de 2004, aumentou 18% em relação ao exercício anterior, por conta do crescimento nos gastos com pessoal, reflexo dos reajustes salariais concedidos em acordo coletivo, incremento da força de trabalho, revisão de cálculos atuariais incidentes sobre os gastos provisionados com plano de saúde e plano de pensão, e pagamento de diferenças de horas extras de turno, previsto em acordo coletivo de trabalho, além do aumento nos custos programados com futuras paradas de unidades industriais da RPBC, REDUC, RECAP e REPAR, e com manutenções corretivas na RPBC, RLAM, REDUC e REVAP. O custo médio do refino internacional no 4T-2004, manteve-se estável em relação ao 3T-2004. No exercício de 2004, o lifting cost unitário no País, considerando as participações governamentais, cresceu 26% em relação ao exercício de 2003, como resultado do aumento dos gastos operacionais já comentado, pelos maiores gastos com participações governamentais devido ao aumento do preço médio de referência para o petróleo nacional (24%), e pela apreciação do real frente ao dólar no período, que reflete em maior quantidade de dólares na conversão de custos em reais (5%), compensados pela redução da produção nacional de óleo e gás nos campos de maior incidência de participações governamentais, principalmente Marlim Sul. Em comparação com o 3T-2004, o lifting cost no País do 4T-2004, considerando as participações governamentais, cresceu 17%, motivado pelo aumento dos preços de referência para o petróleo nacional e pela apreciação do real frente ao dólar no período (6%). No 4T-2004, o lifting cost unitário internacional aumentou 15%, em relação ao 3T-2004, em função dos maiores gastos com materiais e serviços de No exercício de 2004, o custo médio unitário do refino internacional aumentou 3% em relação ao exercício de 2003, devido, aos maiores gastos com pessoal, materiais, manutenção e serviços de terceiros, principalmente consultoria ambiental e controle de qualidade na Argentina. Overhead (US$ milhões) O overhead corporativo do 4T-2004 aumentou 26%, se comparado ao 3T-2004, em função, principalmente, dos maiores gastos com serviços contratados vinculados à publicidade, propaganda institucional e outros convênios vinculados a projetos institucionais. Em comparação ao exercício de 2003, o overhead corporativo do exercício de 2004 aumentou 35%, devido aos maiores gastos com pessoal, motivados pela concessão de reajuste salarial, em acordos coletivos de setembro de 2003 e de 2004, e pela revisão no cálculo atuarial dos benefícios de saúde 8

Desempenho Operacional dos aposentados e pensionistas, além dos maiores gastos com publicidade, propaganda institucional e com patrocínios culturais. Volume de vendas Mil Barris/dia O volume de vendas de derivados reduziu 1% no mercado interno no 4T-2004, em relação ao 3T-2004, em função, principalmente, da redução nas vendas do óleo diesel, do óleo combustível e do GLP, refletindo o menor consumo para esses derivados, uma vez que a produção industrial é menos intensa neste período. Os volumes vendidos de derivados aumentaram 6% no mercado interno no exercício de 2004, em relação ao exercício de 2003, destacando-se o aumento nas vendas da Gasolina, Óleo Diesel e GLP, refletindo, basicamente, o aquecimento da economia no ano de 2004. Esses aumentos foram compensados, em parte, pela redução nas vendas de Óleo Combustível decorrente da expansão de produtos substitutos como o coque importado, o carvão (nacional e importado), a lenha, a biomassa, e, em maior proporção, o Gás Natural. 9

Desempenho Operacional Demonstração Consolidada do Resultado por Área de Negócio RESULTADO POR ÁREA DE NEGÓCIO R$ m ilhõe s (1) 4º TRIMESTRE JAN-DEZ 3T-2004 2004 2003 % 2004 2003 % (4) (3) (4) (3) (4) 5.728 4.506 2.727 65 EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO 18.083 14.826 22 274 838 947 (12) ABASTECIMENTO 2.553 5.199 (51) 270 252 (710) 135 GÁS & ENERGIA 460 (1.259) 137 109 267 72 271 DISTRIBUIÇÃO 623 353 76 (34) 119 (50) 338 INTERNACIONAL (2) 347 746 (53) (404) (1.313) (158) 731 CORPORATIVO (3.677) (1.657) (122) (455) (103) 193 (153) ELIM INAÇÕES E AJUSTES (528) (413) (28) 5.488 4.566 3.021 LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO 17.861 17.795 (1) As demonstrações contábeis por área de negócio e respectivos comentários estão apresentados a partir da pág. 22. (2) Na área de negócio internacional, a comparabilidade entre os períodos fica influenciada pela variação do câmbio, tendo em vista que todas as operações são realizadas no exterior, em dólares ou na moeda de origem dos países em que cada empresa está sediada, podendo ocorrer variações significativas em Reais, decorrentes, principalmente, dos reflexos do comportamento cambial. (3) O Resultado da Equivalência Patrimonial relativo ao período de 2003 sofreu reclassificação, entre o segmento internacional e o grupo de órgãos corporativos, do ganho ou perda cambial na conversão dos investimentos societários no exterior, que a partir de 2004 passou a ser tratado exclusivamente como resultado corporativo. (4) A Receita Operacional Líquida e o CPV relativos aos períodos anteriores ao 3T-2004, sofreram reclassificações entre o segmento internacional e o segmento abastecimento referente a operações offshore que estavam sendo alocadas no segmento internacional. Considerando que as margens obtidas nestas operações são normalmente muito baixas, não houve impactos significativos nos resultados apurados por estes segmentos. (5) Na área de negócio distribuição, a comparabilidade entre os períodos fica influenciada pelos negócios de Liquigás (ex-agip), adquirida pela Petrobras Distribuidora BR em 09.08.2004, incluídos na consolidação do Sistema PETROBRAS a partir do 3T-2004. 10

Desempenho Operacional Resultado por Área de Negócio A PETROBRAS é uma Companhia que opera de forma integrada, sendo a maior parte da produção de petróleo e gás da área de Exploração e Produção transferida para outras áreas da Companhia. Destacamos, abaixo, os principais critérios utilizados na apuração de resultados por áreas de negócio: a) Receita operacional líquida: foram consideradas as receitas relativas às vendas realizadas a clientes externos, acrescidas dos faturamentos e transferências entre as áreas de negócio, tendo como referência os preços internos de transferência definidos entre as áreas. b) No lucro operacional estão computados a receita operacional líquida, os custos dos produtos e serviços vendidos, que são apurados por área de negócio considerando o preço interno de transferência, e os demais custos operacionais de cada área, bem como as despesas operacionais, nas quais são consideradas as despesas efetivamente incorridas em cada área. c) Ativos: contemplam os ativos identificados a cada área. E&P - No exercício de 2004, o lucro líquido apurado pela área de negócio de exploração e produção foi de R$ 18.083 milhões, 22% superior ao lucro líquido apurado no exercício de 2003 (R$ 14.826 milhões), devido ao aumento de R$ 4.383 milhões no lucro bruto, apurado com as vendas e transferências de petróleo, refletindo o aumento nas cotações internacionais, apesar do aumento no custo unitário de produção, da redução de 3% na produção de petróleo e LGN, da apreciação de 5% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e da menor valorização de petróleos pesados no mercado internacional comparativamente a petróleos mais leves. O spread entre o preço médio do petróleo nacional vendido/transferido e a cotação média do Brent aumentou de US$ 1,75/bbl no exercício de 2003 para US$ 4,72/bbl no exercício de 2004. No 4T-2004 o lucro líquido apurado pela área de negócio de Exploração e Produção foi de R$ 4.506 milhões, 21% inferior ao lucro líquido apurado no trimestre anterior (R$ 5.728 milhões), devido à redução de R$ 1.526 milhões no lucro bruto, refletindo a desvalorização dos petróleos pesados no mercado internacional sobre os preços de venda e transferência do petróleo nacional, a redução de 1% na produção de petróleo e LGN, o aumento no custo unitário de produção e a apreciação de 6% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano. O spread entre o preço médio do petróleo nacional vendido e transferido e a cotação média do Brent aumentou de US$ 5,41/bbl no 3T-2004 para US$ 8,89/bbl no 4T-2004. ABASTECIMENTO No exercício de 2004 o lucro líquido apurado pela área de negócio de Abastecimento foi de R$ 2.553 milhões, 51% inferior ao lucro líquido apurado no exercício de 2003 (R$ 5.199 milhões), reflexo da redução de R$ 3.698 milhões no lucro bruto, com destaque para os seguintes fatores: Aumento no custo de aquisição e transferência do petróleo e derivados, pressionado pelo aumento das cotações internacionais, apesar da apreciação de 5% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano; Aumento nos custos com fretes marítimos; Elevação no custo unitário de refino; Aumento dos custos com depreciação, devido aos investimentos no parque de refino, com aumento da capacidade e complexidade das refinarias; Redução nos preços de exportação de óleo combustível, refletindo a redução nas cotações internacionais do produto e a apreciação de 5% da taxa média do real frente ao dólar norteamericano. Outro fator que contribuiu para a redução do lucro líquido foi o acréscimo de R$ 732 milhões nas despesas operacionais, principalmente em função do aumento de R$ 429 milhões nas despesas com vendas. Parte desses efeitos foi compensada pelos seguintes aspectos: Aumento de 5% no volume vendido de derivados no mercado interno, atendido pelo acréscimo do processamento nas refinarias; Acréscimo no valor médio de realização dos derivados comercializados no mercado interno; 11

Desempenho Operacional Melhoria do perfil de produção das refinarias, diminuindo a necessidade de importação de derivados de maior valor agregado. Aumento do spread entre petróleos pesados e leves. No 4T-2004 a área de negócio de Abastecimento obteve um lucro líquido de R$ 838 milhões, 206% superior ao lucro líquido apurado no trimestre anterior (de R$ 274 milhões), devido ao acréscimo de R$ 1.029 milhões no lucro bruto, impactado pelos seguintes fatores: Aumento no valor médio de realização dos derivados no mercado interno, destacando-se os aumentos nos preços de faturamento da gasolina e do diesel, concedidos em 15 de outubro de 2004 e em 26 de novembro de 2004; Redução no custo com aquisição e transferência de petróleo e derivados, refletindo a apreciação de 6% na taxa média do real frente ao dólar e o aumento do spread dos petróleos pesados em relação aos petróleos leves. Parte desses aumentos no lucro bruto foi compensada pelos seguintes aspectos: Redução de 3% no volume de derivados vendidos no mercado interno; Redução de 23% no volume exportado de derivados. Aumento no custo unitário de refino. GÁS E ENERGIA No exercício de 2004 a área de negócio de Gás e Energia apurou um lucro líquido de R$ 460 milhões, comparado ao prejuízo de R$ 1.259 milhões apurado no exercício de 2003, principalmente devido ao provisionamento, em 2003, de R$ 2.123 milhões para perdas com exposição financeira em negócios de energia, bem como ao reconhecimento de uma provisão de R$ 330 milhões para ajuste a valor de mercado relativo a turbogeradores a gás. Do total de R$ 2.123 milhões, R$ 1.479 milhões foram provisionados em dezembro/2003 como perdas com exposição financeira em negócios de energia estimadas para o ano de 2004, tendo sido realizado cerca de 97% (R$ 1.439 milhões) no exercício de 2004. O lucro bruto apresentou um aumento de R$ 164 milhões, com destaque para os seguintes aspectos: Acréscimo de 19% no volume vendido de gás natural, resultado da contínua expansão do mercado brasileiro, principalmente no segmento de geração térmica, além dos segmentos industrial e automotivo; As receitas de comercialização de energia aumentaram 126%. Este aumento é devido aos seguintes fatores: i) contratos firmados ao longo do biênio 2002/2003, com início de suprimento previsto para o ano de 2004; ii) remuneração da Termelétrica de CANOAS ao longo do período, devido a despacho técnico para garantir o suprimento de energia no Rio Grande do Sul; iii) exportação de energia elétrica para o Uruguai (70 MW médios) e para a Argentina (500 MW médios); e iv) despacho da termelétrica IBIRITÉ, por razões de confiabilidade do sistema elétrico, no período de agosto/2004 a novembro/2004.; Redução no custo unitário de importação do Gás Boliviano, como decorrência da apreciação de 5% na taxa média do real frente ao dólar norteamericano e do decréscimo nas cotações internacionais do óleo combustível; Redução no valor médio de realização do gás natural, como decorrência dos efeitos do decréscimo das cotações do óleo combustível no mercado internacional e da apreciação de 5% na taxa média do real frente ao dólar norteamericano sobre os preços de revenda do Gás Boliviano; Aumento da participação do Gás Boliviano, mais caro em relação ao nacional, no mix das vendas, de 39 % no exercício de 2003 para 46% no exercício de 2004; Também contribuiu para a melhoria do resultado o ganho de R$ 250 milhões com operações de hedge em importações de gás natural. Em igual período do ano anterior o ganho nestas operações foi de R$ 55 milhões. No 4T-2004 o lucro líquido apurado pela área de negócio de Gás e Energia foi de R$ 252 milhões, 7% inferior ao lucro líquido apurado no 3T-2004 (R$ 270 milhões), devido ao aumento de R$ 82 milhões nas despesas gerais e administrativas, compensado pelo acréscimo de R$ 70 milhões no Lucro bruto, em decorrência do aumento de 4% no volume de gás natural vendido, aliado ao 12

Desempenho Operacional aumento de participação na FAFEN Energia S/A de 20% para 100%, a partir de dezembro de 2004. DISTRIBUIÇÃO Em linha com os objetivos estratégicos de aumento na participação no segmento de Distribuição de GLP e de consolidação do mercado de distribuição de combustíveis automotivos em determinadas regiões do País, os negócios de distribuição passaram a incluir as operações da empresa Liquigás Distribuidora S.A., a partir da aquisição, em agosto/2004, da Agip do Brasil S.A. No exercício de 2004 a área de negócios de distribuição apurou um lucro líquido de R$ 623 milhões, 76% superior ao lucro líquido apurado no mesmo período do ano anterior (R$ 353 milhões), como decorrência do aumento de R$ 736 milhões no lucro bruto, com destaque para a consolidação, a partir de agosto/2004, da empresa Liquigás, com reflexos positivos no volume vendido, que aumentou 12% em relação ao ano anterior, e na margem bruta de comercialização (10,0% no exercício de 2004 e 9,4% no exercício de 2003). Este efeito foi parcialmente compensado pelo crescimento de R$ 551 milhões nas despesas com vendas, gerais e administrativas, que além de contemplarem o efeito da consolidação da Liquigás, incluem complemento de provisão para devedores duvidosos e acréscimo nas despesas de comercialização e distribuição de produtos. A participação no mercado de distribuição de combustíveis no exercício de 2004 foi de 35,6%, incluindo a empresa Liquigás (2,8%), enquanto que no ano anterior era de 31,5%. Os efeitos da consolidação, a partir de agosto/2004, da Liquigás, representaram um acréscimo de R$ 319 milhões no lucro bruto e de R$ 155 milhões no lucro líquido do segmento. No 4T-2004 a área de negócio de Distribuição apurou um lucro líquido de R$ 267 milhões, 145% superior ao lucro líquido apurado no trimestre anterior (R$ 109 milhões), decorrente do aumento de R$ 279 milhões no lucro bruto, principalmente como reflexo da consolidação da Liquigás. Este efeito foi compensado, em parte, pelo aumento de R$ 150 milhões das despesas com vendas, gerais e administrativas, que além do efeito da consolidação da Liquigás incluem um complemento de provisão para devedores duvidosos e acréscimo nas despesas de comercialização e distribuição de produtos. A participação no mercado de combustíveis foi de 36,3% no 4T-2004, incluindo a empresa Liquigás (2,6%), e de 35,9% no 3T-2004. Os efeitos da consolidação da Liquigás no 4T- 2004 geraram um acréscimo de R$ 248 milhões no lucro bruto e de R$ 131 milhões no lucro líquido do segmento. O 4T-2004 contemplou o resultado dos meses de setembro a dezembro da Liquigás, de forma a eliminar a defasagem de um mês, ocorrida no trimestre anterior para fins de consolidação. Caso a consolidação abrangesse somente os meses de outubro a dezembro/2004, o acréscimo no resultado do 4T-2004 teria sido de R$ 180 milhões no lucro bruto e R$ 112 milhões no lucro líquido. INTERNACIONAL No exercício de 2004 a área de negócio Internacional apurou um lucro líquido no montante equivalente a R$ 347 milhões, 53% inferior ao lucro líquido equivalente a R$ 746 milhões apurado no exercício de 2003. Esta redução no lucro líquido deveu-se aos seguintes fatores: Despesas financeiras líquidas de R$ 1.239 milhões no ano de 2004, principalmente devido às perdas em operações com derivativos (R$ 654 milhões) e juros sobre os diversos empréstimos (R$ 495 milhões) da PEPSA. No ano de 2003 foi apurado um resultado financeiro líquido positivo de R$ 27 milhões, principalmente devido à variação cambial sobre os passivos líquidos proveniente da apreciação de 13% do peso argentino frente ao dólar norte-americano (R$ 733 milhões), cujo impacto foi compensado pelas perdas em operações com derivativos (R$ 193 milhões) e juros sobre os diversos empréstimos (R$ 588 milhões) da PEPSA. Incremento de R$ 120 milhões nas despesas operacionais, principalmente com baixa de bônus de assinatura do bloco 34 em Angola, relativamente a poços identificados como secos (R$ 192 milhões). Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo acréscimo de R$ 782 milhões no lucro bruto, proveniente, principalmente, do aumento das cotações internacionais do petróleo e do incremento da venda de óleo e gás na Bolívia e Argentina, apesar da apreciação de 5% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e 13

Desempenho Operacional do aumento no custo unitário de produção de óleo e gás. No 4T-2004, a área de negócio Internacional apurou um lucro líquido no montante equivalente a R$ 119 milhões, comparado ao prejuízo equivalente a R$ 34 milhões apurado no trimestre anterior, principalmente devido aos seguintes fatores: Redução de R$ 133 milhões nas despesas operacionais, principalmente nos gastos exploratórios, tendo em vista o reconhecimento, no trimestre anterior, da baixa do bônus de aquisição do bloco 34 em Angola. Variação positiva de R$ 189 milhões no imposto de renda (diferido) devido, principalmente, à possibilidade de recuperação de créditos fiscais, em conseqüência da aprovação do processo de incorporação de empresas do Sistema PETROBRAS na Argentina. Estes efeitos foram parcialmente compensados pela redução de R$ 241 milhões no lucro bruto, proveniente do decréscimo do volume comercializado nas unidades Colômbia, Angola, Argentina e Bolívia, da apreciação de 6% na taxa média do real frente ao dólar norte-americano e do aumento no custo unitário de produção de óleo e gás. CORPORATIVO As unidades que formam o Corporativo do Sistema PETROBRAS geraram um prejuízo de R$ 3.677 milhões no exercício de 2004, 122% superior ao prejuízo apurado no exercício de 2003 (R$1.657 milhões), em função dos seguintes aspectos: Resultado financeiro negativo de R$ 1.687 milhões no ano de 2004 em comparação com um resultado financeiro positivo de R$ 1.442 milhões no ano anterior, devido principalmente à menor apreciação da taxa final do real frente ao dólar norte-americano (8,1% no ano de 2004 e 18,2% no ano de 2003), e a redução de receitas sobre aplicações financeiras, em função da diminuição dos saldos, bem como da rentabilidade dos fundos no país, lastreados, preponderantemente, em títulos cambiais; Aumento de R$ 167 milhões nas despesas tributárias, decorrente da elevação da alíquota do PIS/PASEP e COFINS, instituído pela Lei nº 10.865; Acréscimo no overhead corporativo, devido aos maiores gastos com pessoal, publicidade e propaganda institucional, e com revisão no cálculo atuarial de gastos provisionados com o Plano de Saúde (AMS) dos aposentados e pensionistas. Parte desses efeitos foi compensada pela redução de R$ 707 milhões nas perdas cambiais sobre investimentos societários no exterior, tendo em vista a menor apreciação da taxa final do real frente ao dólar norte-americano; No 4T-2004 o prejuízo apurado pelo grupo de órgãos corporativos foi de R$ 1.313 milhões, 226% superior ao prejuízo apurado no trimestre anterior (R$ 404 milhões), devido aos seguintes fatores: Aumento do overhead corporativo, em virtude dos maiores gastos com pessoal, devido ao Acordo Coletivo de 2005/2004, do aumento no quadro de empregados do Sistema PETROBRAS, da elevação nos gastos com serviços de publicidade e propaganda institucional e outros convênios vinculados a projetos institucionais e ao acréscimo nos gastos com manutenção de licenças de software. Aumento de R$ 495 milhões nas despesas financeiras líquidas em função, principalmente, da menor apreciação da taxa final do real frente ao dólar no 4T-2004 (7%), comparada com a taxa no 3T-2004 (8%). 14

Desempenho Operacional Endividamento Consolidado 31.12.2004 31.12.2003 % Endividamento Curto Prazo (1) 7.151 10.880 (34) Endividamento Longo Prazo (1) 45.605 49.618 (8) Subtotal 52.756 60.498 (13) Recursos financeiros captados ainda não aplicados em projetos 2.655 3.293 (19) Total 55.411 63.791 (13) Endividamento líquido (3) 33.813 34.684 (3) Endividamento líquido/(endividamento líquido+p.líquido) (1) 35% 41% (6) Passivo Total líquido (1) (2) 141.378 126.094 12 Estrutura de capital ( capital de terceiros líquido / passivo total líquido) 56% 61% (5) (1) Inclui endividamento contraído pelas sociedades de propósitos específicos com as quais a PETROBRAS estruturou projetos na modalidade Project Finance (R$ 9.265 milhões em 31.12.2004 e R$ 9.975 milhões em 31.12.2003), além de adiantamento por conta de empreendimentos em consórcios (R$ 2.254 milhões em 31.12.2004 e R$ 3.438 milhões em 31.12.2003), e endividamento contraído através de contratos de Leasing (R$ 4.021 milhões em 31.12.2004 e R$ 4.837 milhões em 31.12.2003). (2) Passivo total líquido de caixa/aplicações financeiras. (3) Considera a consolidação dos financiamentos contraídos pelas sociedades de propósitos específicos que ainda não representam recursos aplicados em projetos de investimentos. O endividamento líquido do Sistema PETROBRAS, em 31.12.2004, alcançou R$ 33.813 milhões, com redução de 3% em relação a 31.12.2003, em função da apreciação de 8,1% do real em relação ao dólar norte-americano sobre o saldo das dívidas consolidadas (US$ 1 = R$ 2,65 em 31.12.2004, contra US$ 1 = R$ 2,89 em 31.12.2003), compensada, parcialmente, pela redução das disponibilidades no período, resultante da menor geração de caixa pelas atividades operacionais e pela utilização de recursos para aquisição da empresa Liquigás (ex-agip do Brasil), no valor de R$ 1.371 milhões. A Companhia vem desenvolvendo esforços para alongar seu perfil de endividamento, contratando operações de longo prazo e, simultaneamente, liquidando operações de curto prazo. A estrutura de capital representada por terceiros alcançou 56% em 31 de dezembro de 2004, com redução de 5 pontos percentuais se comparada a 31 de dezembro de 2003. 15

Desempenho Operacional Investimentos Consolidados A PETROBRAS, cumprindo as metas traçadas no seu planejamento estratégico, continua investindo prioritariamente no desenvolvimento de sua capacidade de produção de petróleo e gás natural, através de investimentos próprios e da estruturação de empreendimentos com parceiros. No exercício de 2004, os investimentos totais alcançaram R$ 21.774 milhões (excluídos os valores investidos via SPE, dentro do conceito off balance, que totalizaram aproximadamente R$ 775 milhões, equivalentes a US$ 292 milhões no exercício de 2004), representando um aumento de 18% sobre os recursos aplicados no exercício de 2003. Exercício 2004 % 2003 % % Investimentos Diretos 21.151 97 17.354 94 22 Exploração e produção 12.441 57 8.772 47 42 Abastecimento 3.907 18 4.705 25 (17) Gás e Energia 625 3 1.118 6 (44) Internacional 2.331 11 1.967 11 19 Distribuição 1.223 5 332 2 268 Corporativo 624 3 460 3 36 Empreendimentos em Negociação 454 2 615 3 (26) Projetos Estruturados 169 1 516 3 (67) Exploração e produção 169 1 516 3 (67) Espadarte/Marimbá/Voador 32-57 - (44) Cabiúnas 45-111 1 (59) Marlim / NovaMarlim Petróleo 17-254 1 (93) PCGC 75-90 1 (17) Outros - - 4 - (100) Total de investimentos 21.774 100 18.485 100 18 * Além desse montante, foram investidos aproximadamente R$ 775 milhões, equivalentes a US$ 292 milhões através de SP E, detalhado no quadro de Investimentos em SP Es. * Exercício 2004 % 2003 % % Internacional 2.331 100 1.967 100 19 Exploração e produção 2.017 87 1.721 87 17 Abastecimento 41 2 31 2 32 Gás e Energia 98 4 78 4 26 Distribuição 39 2 72 4 (46) Outros 136 5 65 3 109 Total de investimentos 2.331 100 1.967 100 19 Investimentos em SPEs Exercício 2004 % 2003 % % SPE 775 100 2.448 100 (68) Barracuda e Caratinga 597 77 2.327 95 (74) Malhas 153 20 - - - Cabiúnas 25 3 93 4 (73) EVM - - 28 1 (100) Total de investimentos 775 100 2.448 100 (68) 16

Desempenho Operacional No exercício de 2004, 66% dos investimentos próprios no País destinaram-se às atividades de exploração e produção. Em linha com seus objetivos de aumento da produção, a Companhia assinou 92 contratos de consórcios (Joint Ventures) para realizar investimentos nas atividades de exploração e no desenvolvimento da produção das áreas em que a PETROBRAS já havia realizado descobertas comerciais. Daquele total, 22 blocos foram integralmente devolvidos à Agência Nacional de Petróleo, e em 2 blocos houve somente a devolução parcial, com conseqüente prorrogação do prazo para investigação exploratória das áreas retidas. Adicionalmente, houve a dissolução de 3 consórcios, passando a PETROBRAS a deter a totalidade dos direitos de concessão dos blocos. Atualmente, estão em vigor 67 contratos de consórcio, com investimentos previstos da ordem de US$ 5.217 milhões. 17

Demonstrações Contábeis Demonstração do Resultado Consolidado 4º Trimestre Exercício 3T-2004 2004 2003 2004 2003 40.510 39.637 33.199 Vendas brutas 150.403 131.988 (11.435) (10.945) (9.247) Encargos de vendas (42.201) (36.245) 29.075 28.692 23.952 Vendas líquidas 108.202 95.743 (17.057) (17.012) (13.326) Custo dos produtos vendidos (63.100) (52.893) 12.018 11.680 10.626 Lucro bruto 45.102 42.850 Despesas operacionais (1.512) (1.285) (885) Vendas (4.752) (3.364) (936) (1.360) (922) Gerais e administrativas (4.033) (3.170) (651) (460) (675) Custos exploratórios p/ extração de petróleo (1.736) (1.638) (191) (187) (178) Pesquisa e desenvolvimento (696) (571) (200) (220) (281) Tributárias (1.206) (983) (857) (797) (2.753) Outras (2.864) (5.591) Financeiras líquidas 11 (561) 603 Receitas 931 1.817 (838) (874) (1.029) Despesas (4.102) (3.195) 40 (33) 73 Var. monetárias e cambiais ativas 737 (1.185) 765 1.017 197 Var. monetárias e cambiais passivas 16 3.913 (22) (451) (156) (2.418) 1.350 (4.369) (4.760) (5.850) (17.705) (13.967) (332) (270) (171) Resultado da equivalência patrimonial (145) (1.009) 7.317 6.650 4.605 Lucro operacional 27.252 27.874 - - 68 Correção Monetária de Balanço - - (44) (222) (207) Receitas (despesas) não operacionais (531) (485) (1.216) (1.325) (1.121) Imposto renda/contribuição social (7.250) (7.816) (357) (406) (44) Participação dos acionistas não controladores (827) (884) (212) (131) (280) Participação de Empregados (783) (894) 5.488 4.566 3.021 Lucro Líquido 17.861 17.795 18

Demonstrações Contábeis Balanço Patrimonial Consolidado Ativo 31.12.2004 30.09.2004 31.12.2003 Circulante 51.287 50.770 50.701 Caixa/aplicações financeiras 18.943 17.692 24.953 Contas a receber 10.609 11.445 8.135 Estoques 14.419 14.480 10.395 Outros 7.316 7.153 7.218 Realizável a L. Prazo 16.217 17.203 16.949 Contas Petróleo e Álcool 749 754 689 Empreendimentos em negociação 301 584 850 Adiantamentos a fornecedores 959 963 1.022 Títulos e valores mobiliários 557 619 639 Invest. empresas privatizáveis 332 313 245 Impostos e Contrib. Sociais Diferidos 4.005 3.773 3.301 Adiantamento - Plano de Pensão 1.218 1.316 1.193 Despesas Antecipadas 1.384 1.051 1.174 Contas a receber 2.905 3.938 2.812 Depósitos Judiciais e P/ Recursos 1.510 1.444 1.335 Outros 2.297 2.448 3.689 Permanente 79.531 76.772 68.584 Investimentos 2.075 2.463 2.022 Imobilizado 76.745 73.343 65.947 Diferido 711 966 615 Total do ativo 147.035 144.745 136.234 Passivo 31.12.2004 30.09.2004 31.12.2003 Circulante 33.958 32.908 36.898 Financiamentos 5.495 5.964 8.132 Fornecedores 9.037 8.889 7.039 Impostos e Contribuições Sociais 7.689 7.095 7.324 Empreendimentos em Consórcios e Parcerias 1.237 1.464 1.725 Plano de Pensão 441 354 462 Dividendos 5.062 3.292 5.659 Outros 4.997 5.850 6.557 Exigível a L. Prazo 48.041 49.844 48.038 Financiamentos 31.721 34.149 34.116 Plano de Pensão 696 718 345 Provisão Gastos Planos de Saúde 5.674 5.368 4.564 Impostos e Contr. Sociais Diferidos 6.747 6.706 6.044 Outras 3.203 2.903 2.969 Resultado de Exercícios Futuros 502 505 312 Participação dos acionistas não controladores 2.262 2.015 1.619 Patrimônio Líquido 62.272 59.473 49.367 Capital realizado 33.235 33.235 20.202 Reservas 11.176 12.941 11.370 Lucro Líquido 17.861 13.297 17.795 Total do passivo 147.035 144.745 136.234 19

Demonstrações Contábeis Demonstração do Fluxo de Caixa Consolidado 4º Trimestre Exercício 3T-2004 2004 1 2003 2004 2003 5.488 4.566 3.021 Resultado do Período 17.861 17.795 (1.633) 4.340 3.092 (+) Ajustes 6.802 8.704 1.559 1.584 1.332 Depreciação e amortização 6.171 5.082 (5) 6 (5) Contas petróleo e álcool (59) (15) (1.462) (2.484) 652 Enc. s/financiamento e emp. vinculadas (312) 259 357 406 45 Participação m inoritária 827 884 332 197 170 Resultado de participações em investimentos relevantes 72 1.009 444 (538) (82) Imposto de renda e contribuições diferidas 980 685 (1.248) 62 702 Variação de es toques (4.023) 2.181 780 176 750 Variação de fornecedores 2.055 (199) (2.390) 4.931 (472) Outros ajus tes 1.091 (1.182) 3.855 8.906 6.113 (=) Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais 24.663 26.499 5.627 7.592 5.032 (-) Caixa Utilizado em Atividades de Investimento 21.679 18.260 3.512 4.512 2.455 Investimentos em E&P 13.518 10.303 1.812 1.364 1.558 Investimentos em Refinos e Transporte 4.893 4.675 240 352 926 Investimentos em Gás e Energia 959 1.213 (74) 625 (48) Projetos Estruturados (Project Finance) 609 1.041 12 (79) (60) Dividendos (134) (91) 125 818 201 Outros Inves tim entos 1.834 1.119 (1.772) 1.314 1.081 (=) Fluxo de Caixa Líquido 2.984 8.239 (478) 63 (2.889) (-) Caixa Utilizado em Atividades de Financiamento 8.994 (4.839) (508) 56 (2.898) Financiam entos 3.524 (7.572) 30 7 9 Dividendos 5.470 2.733 (1.294) 1.251 3.970 (=) Geração de Caixa no Exercício (6.010) 13.078 18.986 17.692 20.983 Caixa no Início do Exercício 24.953 11.875 17.692 18.943 24.953 Caixa no Final do Exercício 18.943 24.953 20