PAINEL DÍVIDA PÚBLICA, POLÍTICA FISCAL E O IMPASSE NO DESENVOLVIMENTO



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Transcrição:

PAINEL DÍVIDA PÚBLICA, POLÍTICA FISCAL E O IMPASSE NO DESENVOLVIMENTO Painelistas: Prof. Dr. Benjamin Alvino de Mesquita (Brasil) Prof. Dr. Adriano Sarquis Bezerra de Menezes (Brasil) Prof. Dr. Jair do Amaral Filho ( Brasil)

DÌVIDA PUBLICA, POLÌTICA FISCAL E OS IMPASSESNO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO A mesa se propõe a fazer uma avaliação das conseqüências advindas da reforma do Estado que ocorreu a partir da década de 80, no bojo da mudança do padrão de acumulação, vigente desde o pós 2ªGrande Guerra, caracterizada por uma presença ativa do papel do Estado na indução da industrialização e no uso do planejamento econômica como forma de aceleração do desenvolvimento, em particular nas economias subdesenvolvidas, por um outro modelo de acumulação, ancorado nas forças de mercado e na passividade do Estado que emerge com o Consenso de Washington onde o livre fluxo de bens e mercadoria o afastamento do estado das funções tradicionais se transformam nos principais vetores de acumulação, Para compreender as transformações que acontecem a partir daí vamos levar em consideração três aspectos ou questões ( a divida publica, a política fiscal e o crescimento econômico) pertinente à atuação do Estado na economia nos seus diferentes momentos. Em outros termos, pretende visualizar-se o papel que o Estado adotar na economia e a conseqüência desta nova forma de intervenção que ele assume na condução da política economia, em particular frente ao pagamento da divida (interna e externa), a política fiscal (orçamento publico) e na condução de política de crescimento econômico Ou seja, quais as implicações que esse novo formato de intervenção que passa a prevalecer nesta inserção a economia globalizada, acarretará para o desenvolvimento do país, ao privilegiar alguns segmentos em detrimento da exclusão da maioria. Quais atores,agentes,atividades e regiões se beneficiam deste processo e que custos estão imbutidos nesta opção. Há evidencia de que essa prioridade dada, ao pagamento da divida, a obtenção de superávit primário e o afastamento sistemático e compulsório na condução de uma proposta de desenvolvimento com inclusão social, responda por esse perfil que as economias Latinas Americanas, dentre elas a brasileira, se

depararam, isto é, um pífio crescimento econômico ao longo deste período, concentração da riqueza, aumento da desigualdade e da falta de um projeto nacional de desenvolvimento que possa e/ou possibilite a inclusão da maioria da população e não apenas de segmentos articulados a globalização. No marco (neoliberal) de crescente financeirizaçao crescente da economia, o estado nacional através da política econômica, sobretudo a fiscal, monetária e cambial, subordina as demais políticas (setoriais) e/ou atividades, no intuito de garantir o modelo neoliberal calçado numa financeirizaçao perversa, expressa pela prioridade dada ao pagamento da divida em detrimento de investimentos produtivos que gerariam empregos, renda e melhoria nas condições de vida de todos. Não menos importante é o que acontece com a política fiscal adotada pelo Estado desde os anos 90, que ao priorizar o pagamento do serviço da divida, amortização e juros, deixa de lado, os gastos com investimento peça fundamental e essencial em qualquer projeto de desenvolvimento de um país, resultando num declínio acentuado desta variável durante esse período analisado. Como se sabe antes deste processo de financeirizaçao hoje vigente, a política fiscal foi uma engrenagem ativa das mais importantes na indução da industrialização do país, ela deixou de assumir esse papel e torna-se passiva, somente nos anos 80, com a crise financeira e fiscal que emerge do endividamento dos anos 70. Em seu lugar o governo nos anos 90 passa a perseguir de forma obstinada o superávit primário, com isso o prioritário não são mais os gastos com investimentos produtivos, mas o pagamento de juros da divida! Alem disso há uma política cambial que desindustrializa parcela importante do setor industrial brasileiro. Por outro lado, se o gasto publico não se destina mais a esfera produtiva (ou seja, a investimento) e sim ao setor financeiro, a taxa de cambio flexível adotada bloqueia a expansão do mercado interno e a uma política monetária é moldada a oferecer garantia e rentabilidade a ciranda financeira, torna-se relativamente fácil compreender, inclusive via a execução orçamentária prevista em leis (LOA), como os recursos da sociedade são utilizados, se para custeio/investimento; que prioridades emergem das despesas correntes e da de capital se produtiva / financeira; porque juros e encargos da divida e as inversões financeiras absorvem parcelas cada vez mais significativas das despesas da união em detrimento de outras políticas, e ainda entender porque as taxas de crescimentos da economia

brasileira, nesta etapa neoliberal (1990/2005), em torno de 2,5%,a.a, foi inferior a década perdida (2,1%) e também ao período de maior intervenção do Estado na economia (1960/1980) de 7,3%. A economia regional (Norte) cresceu, acima da media nacional, porem muito inferior ao que prevalecia em épocas anteriores (antes de 85) quando o investimento publico prevalecia e o planejamento economia detinha alguma função na implementação de uma política regional.o crescimento econômico ao sustenta-se na expansão continua de novos investimentos. (KEYNES, 1988, KALECKI, 1976) seja publico e/ou privado tendo o mercado e o estado papeis de destaque na consecução deste objetivo. Para muitos uma ação governamental efetiva exerceria um papel impar neste processo (TAVARES, 1998; KEYNES, 1998). Para outros ao contrario a presença do Estado inibiria a ação das forças produtivas presente na economia e seria fator de retardo ao crescimento econômico (SMITH, 1985; FMI, 2004).No Brasil o desenvolvimento recente demonstra inequivocamente que o Estado teve e continua tendo uma relevância primordial na transformação radical por que passou a sociedade brasileira nas ultimas quatro décadas (MESQUITA, 2006; TAVARES, 1998; CANO; 1998) Portanto,o discurso neoliberal sobre as vantagens das forças de mercado frente a presença do Estado na economia, não se sustenta,seja a nível de país e/ou regional.ao contrario, o montante de investimento privado,com exceção de algumas área como a da telecomunicação,foram insuficientes para alavanca um crescimento sustentável nas áreas de menor dinamismo econômico,como o Norte e Nordeste,isso porque o grande capital tem demonstrado pouco interesse em investir neste locais, a não ser em área especifica e especializada. Por exemplo, em diferentes locais da Amazônia. neste período de globalização,os enclaves tem mais bloqueado o desenvolvimento do que viabilizalo, a razão se encontra na forma em que se consubstanciaram suas inversões, historicamente direcionaram a mineração e ao agronegocio da soja e pecuária, alem do eucalipto e do dendê com têm a mesma lógica.ou seja, os investimentos mais significativo estão -em industrias extrativas,intensiva de capital e voltada ao mercado externos que pouco agrega a economia local..a resultante geral computado em termos de desenvolvimento tem sido desfavorável a população, mesmo crescendo acima da media nacional. Por outro lado, dado o caráter da integração vigente ser via commodities, os demais setores e atividades não inseridas no contexto do mercado externo foram

penalizados e/ou excluídos é o caso da agricultura Familiar (MESQUITA, 2006), segurança alimentar (SA SILVA, 2006); comunidades e povos tradicionais (ALMEIDA, 2005, 2008); e mais ainda para o meio ambiente - perda de biodiversidade e aumento de desmatamento (PAULA E MESQUITA, 2008). A pequena e media indústria local e as setores/atividades a elas relacionadas, também foram desarticulados com essa política econômica implementada pos 90. Houve uma desindustrializaçao e/ou especialização e mudança de perfil de segmento importante do setor. A industria de bens intermediários (mineral /agrícola) substitui as de bens de consumo não-duráveis. Isso significa dizer que essa maior integração da Amazônia em vez de trazer beneficio a maioria da população, e, portanto, a uma maior inclusão social, ao contrario tem contribuído para aumentar as desigualdades sob todos os aspectos e contribuído para acelerar conflitos ambientais e sociais na medida em que atropelam os interesses da sociedade local sob o pretexto de trazer o progresso /desenvolvimento. O investimento privado pontual e seletivo, pouco contribuiu para alterar o perfil de pobreza e desigualdade, alem disso ao enfatizar segmento articulado a demanda externa, deixa a economia regional mais vulnerável e com um padrão de crescimento instável, pois seu desempenho depende fundamentalmente da dinâmica externa de poucos países e de produtos de industria baseado em recursos naturais. Percebe-se assim que a historia recente do desenvolvimento da região Amazônica é o espelho de um processo de intervenção onde o papel do Estado sobressai. O caminho trilhado nos últimos 50 anos pode ser separado em três ou mais etapas nas quais se nota uma maior ou menor interferência da atuação governamental no sentido de alterar o perfil anterior de desintegração ao circuito do grande capital..se numa primeira fase as significativas taxas de crescimentos revelam o potencial adormecido da mesma e favorece que mudanças estruturais importantes se estabeleça e se consolide na região, no período seguinte e no ultimo acende um sinal amarelo e vermelho que ira impedir a ultrapassagem de barreira lá posta. Esse movimento se articula a mudança de paradigma em termos de acumulação que se há muito se gesta no cenário internacional, onde o papel do Estado é questionado como fator indutor do crescimento econômico.

Ora, com taxa de investimento (especialmente o publico ) declinante, em áreas essenciais e a questão regional escamoteada o quadro atual de desenvolvimento do país não poderia ser diferente, em síntese, o crescente endividamento publico e o pagamento compulsório daí decorrentes impediu que o país avançasse no seu desenvolvimento e postergasse mais uma vez a inclusão de milhões de brasileira a cidadania. a que tem direito.