4ª festa literária de pirenópolis



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Transcrição:

4ª festa literária de pirenópolis 02 a 06 de maio de 2012 Realização: Promovido pelo Instituto Casa de Autores e pela Prefeitura de Pirenópolis, a FLIPIRI propõe-se a dar continuidade a uma prática de difusão do livro e da leitura. Compreende a formação de mediadores de leitura, doação de acervos para comunidades locais, apresentações artísticas, encontro entre escritores e leitores e associações com outras práticas culturais. Em 2012 as atividades se estenderão para os municípios de Cocalzinho e Corumbá, além de Pirenópolis e seus 10 povoados. A tradicional parceria entre o Instituto Cultural Casa de Autores e a Prefeitura de Pirenópolis/GO segue os eixos estabelecidos pelo Plano Nacional do Livro e Leitura PNLL do Governo Federal, proporcionando a democratização do acesso, o fomento à leitura e à formação de mediadores, a valorização da leitura e o desenvolvimento do mercado livreiro.

OBJETIVOS E METAS Geral: Desenvolver atividades de fomento à leitura literária com apresentações artísticas para alunos das escolas de Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho, povoados próximos e para o público em geral com a renovação do acervo de salas de leitura com obras literárias e oficinas para professores. Específicos: - Aproximar o público da literatura brasileira contemporânea, com o contato direto entre leitores e escritores, ilustradores e promotores de leitura; - Fomentar o gosto pela leitura de natureza literária; - Ampliar e renovar o acervo de salas de leituras nas unidades de ensino; - Contribuir com a formação de leitores literários entre crianças, jovens e adultos, independentemente de vínculos com instituições de ensino; - Realizar apresentações para o público infantil e infanto-juvenil; - Promover a cadeia produtiva do livro e da leitura; - Difundir manifestações artísticas locais, regionais e nacionais (música, artes verbais, artes visuais). - Qualificar os professores da rede de ensino com a realização de palestras e oficinas técnicas. - Atingir mais de 10.000 alunos das escolas públicas e privadas, da rede de ensino estadual e municipal dos 3 municípios envolvidos no projeto.

JUSTIFICATIVA Todas as ações de letramento envolvidas no projeto de realização da Festa Literária de Pirenópolis partem da constatação de que a literatura, ou melhor, a leitura literária tem sido considerada historicamente como algo elitista e que não tem chegado às pessoas comuns de municípios do interior do País. Assim sendo, ao situar um evento de celebração literária no Centro-Oeste, fora dos grandes centros, a Casa de Autores e a Prefeitura de Pirenópolis querem superar esse estigma de elitização: leitura literária pode e deve ser levada principalmente àqueles que, por falta de recursos materiais ou por inexistência de programas educacionais e culturais, não tiveram acesso a ela. As atividades de letramento literário propostas neste projeto se inserem num contexto social, econômico e cultural marcado pelas tensões entre a manutenção das tradições, por um lado, e, por outro, pela emergência de enfrentar os novos desafios trazidos pela necessidade de se ampliar o letramento em todos os campos, isto é, levar os cidadãos pirenopolinos a melhor se prepararem para refletir sobre as transformações de sua cidade, pelo impacto trazido pelo turismo, pelas novas relações de produção determinadas pelo agronegócio e pelas tecnologias da informação. O projeto da FLIPIRI ao valorizar os aspectos lúdicos e criativos da literatura, busca superar também uma limitação: o fato de que, nas escolas, a leitura literária ocupa um papel secundário nas atividades de aprendizado da língua brasileira, utilizado apenas como pretexto para o estudo de ensinamentos de gramática. Um aspecto relevante da celebração aqui proposta é o de superar o preconceito de que a leitura literária é tida como algo fastidioso, entediante e que não ocupa, nem deve ocupar, o imaginário de crianças e jovens em idade escolar. E muito menos a dos adultos que já saíram (ou nunca passaram) pelas escolas. Assim sendo, as ações de letramento literário do projeto da FLIPIRI se reunem com o diagnóstico feito pelos especialistas sobre a leitura no Brasil (baixo número de livros lidos por ano, pouca acessibilidade dos livros, falta de hábito de leitura) e elege a formação de mediadores de leitura como uma prioridade, como consta de um dos eixos do Plano Nacional do Livro e da Leitura.

POR QUE EM PIRENÓPOLIS? A cidade de Pirenópolis foi escolhida porque reúne, simultaneamente, as tradições e contradições de um Brasil recentemente urbanizado, mas ainda vinculado a um peso de iletramento das populações mais pobres e residentes no interior do Brasil. Pirenópolis pode ser considerado como um microcosmo do Brasil, pois na cidade se encontram marcados o passado e as tradições, por um lado, e um presente pleno dos conflitos dos novos tempos, por outro. O passado e as tradições estão inscritos na arquitetura colonial, preservada e tombada oficialmente, e também nas festas populares, como as cavalhadas, recentemente também reconhecidas como patrimônio imaterial. Por outro lado, não deixa de ser influenciada pela proximidade de três grandes centros urbanos Anápolis, Goiânia e Brasília, pela emergência de práticas industriais e agropastoris intensivas, que acabam por influir na identidade cultural dos pirenopolinos. Na esfera da educação, para uma população de pouco mais de 20.000 habitantes, Pirenópolis conta com cerca de 3.000 alunos no ensino fundamental, 1.000 alunos no ensino médio, cerca de 600 na Educação Infantil, e 200 no ensino superior. Para atender a esses educandos, conta com aproximadamente 250 docentes atuando em cerca de meia centena de escolas, nesses níveis de ensino. Esses alunos e professores têm sido participantes privilegiados dos processos de letramento realizados pela Casa de Autores no Município de Pirenópolis.

A EDIÇÃO DE 2012 A Festa Literária de Pirenópolis já teve edições em 2009, 2010 e 2011, partindo agora para sua quarta ocorrência, em 2012. A Flipiri, como é chamada, envolve dois aspectos fundamentais: a ampliação do acesso à leitura literária, a promoção de livros e autores. No primeiro, pela formação de mediadores de leitura (principalmente entre professores), pelas mostras e espetáculos literários e da associação da literatura com outras mídias (cinema e música, por exemplo) e pela formação de acervos literários em comunidades da zona rural e da periferia. No segundo aspecto, ao reunir no lugar escritores brasileiros contemporâneos que apresentam suas obras ao público, em um diálogo sobre o prazer de ler, o fazer criativo e o trabalho editorial. De um ano para outro, a Flipiri conseguiu ampliar o número de autores, de livros e de comunidades atingidas. Para 2012, pretende-se que essa atividade possa se tornar cada vez mais aprofundada, ampliando seu alcance na população local e incluindo 2 municípios próximos de Pirenópolis no projeto: Corumbá e Cocalzinho, que juntos tem mais de 5000 alunos matriculados em escolas da rede municipal e estadual de ensino. TEMA DA 4ª FESTA LITERÁRIA DE PIRENÓPOLIS: MÚSICA Para esta quarta edição, a ser realizada no período de 02 a 06 de maio, a festa terá como tema a música, considerada uma forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo a alguém. A música não pode ser dissociada do contexto cultural, pois traduz abordagens e concepções do que afeta seu autor. Seja apenas instrumental ou com letras poéticas, a música abraça a literatura e a traduz em notas, compassos melodias e ritmos. A Cidade de Pirenópolis sempre teve tradição musical. Sua primeira banda de música em 1830 foi criada pelo benemérito

da cidade, Joaquim Alves de Oliveira. Por volta de 1850, foi criada a Banda Babilônia, ou banda do Padre Simeão. Em 1893 mestre Propício cria a Banda Phoenix, existente até os dias de hoje.escola e Banda de Música Phoenix do mestre Propício já chegou a formar 650 músicos sendo que, vários destes, passaram a compor outras bandas da região e até em outros Estados Brasileiros. Pirenópolis chegou a exportar maestros para reger ou compor outras bandas de cidades vizinhas como Jaraguá de Goiás, Corumbá de Goiás, Cocalzinho, Niquelândia, Colinas do Sul, São Francisco, Abadiânia e Goiânia. Hoje, a Secretaria de Cultura de Pirenópolis apoia e investe na música com o projeto Teia Cultural que ensina música e dança às crianças dos 10 povoados da zona rural. Recentemente foi aprovado pela Secretaria na Lei Goyazes projeto que viabiliza o Centro de Artes e Música de Pirenópolis que funcionará em um prédio histórico, antiga sede da Prefeitura e que contará com oficinas de teoria, harmonia, sopro, corda e percussão, além de dança tradicional e teatro. Os músicos da cidade também compuseram um imenso acervo musical que contribui para tornar Pirenópolis referência musical do Estado. São também originários de Pirenópolis grandes cantores como Zezé de Camargo e Luciano, Nayzes, Ita e Alaor Siqueira e Amós e Júlio. A cidade sempre teve este cunho musical: alvoradas de música, serestas, serenatas e operetas animam os eventos realizados em Pirenópolis. O tema da IV Festa Literária de Pirenópolis coroa esta atividade artística da região e valoriza o conteúdo literário característico das produções musicais.

HOMENAGEADO NACIONAL: O talentoso escritor Luis Fernando Veríssimo, jornalista, escritor e músico foi eleito como homenageado nacional. Veríssimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone. Iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ( editor de frescuras, redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro A Grande Mulher Nua, uma coletânea de seus textos. Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em Procurando o Silva, Ed Mort em Disneyworld Blues, Ed Mort em Com a Mão no Milhão, Ed Mort em A Conexão Nazista, Ed Mort em O Seqüestro do Zagueiro Central, Ed Mort e Outras Histórias, O Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira, Sexo na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé, A Mão Do Freud, Orgias, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva, O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.

HOMENAGEADO LOCAL: O homenageado local será o José Mendonça Teles, cronista, contista, historiador, ensaísta e poeta. José Mendonça Teles nasceu em Hidrolândia, GO, no dia 25 de março de 1936. Filho de João Alves Teles e Celuta Mendonça Teles. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Goiás, onde lecionou durante 33 anos, recebendo, em 2003 o título de Doutor Honoris Causa. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás durante 12 anos e presidente da Academia Goiana de Letras por 10 anos, ex-secretário de Cultura de Goiânia e ex-presidente do Conselho Estadual de Cultura de Goiás, é, ainda, dicionarista, jornalista e autor de 33 livros relacionados com a cultura goiana, entre eles Vida e Obra de Silva e Souza, A Imprensa Matutina, General Curado - Estudo Biográfico, A Cidade do Ócio e Dicionário do Escritor Goiano. Já recebeu o prêmio Assis Chateaubriand e a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Clio de Historia, da Academia Paulistana da História, entre outros. Coordenou vários projetos culturais goianos, entre eles o projeto resgate, idealizado pelo Ministério da Cultura, que levou para Goiás, micro-filmados, documentos goianos existentes no Arquivo Ultramarino de Lisboa, no período de 1731 a 1822. Pertence a várias instituições culturais do país, com várias condecorações e medalhas, entre elas a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. É autor da letra do Hino Oficial de Goiás.

parcerias Também para esta quarta edição da Flipiri contaremos com as novas parcerias estabelecidas com a Faculdade de Música da Universidade Federal de Goiás, a Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN e o Sebrae/Goiás. Além disso, a itinerância será estendida para as cidades de Corumbá de Goiás e Cocalzinho, que, assim como Pirenópolis/GO, integram o Vale dos Pireneus. FLIPIRI ITINERANTE Corumbá de Goiás e Cocalzinho serão inseridas na FLIPIRI Itinerante promovendo o acesso à leitura, por meio de visitas às 41 Unidades de Ensino daqueles Municípios que irão atingir 6.301 alunos do Jardim de Infância ao Ensino Médio. A itinerância é a visita dos facilitadores de leitura às escolas e comunidades envolvidas. O trabalho de itinerância que vem sendo feito pelo Instituto Cultural Casa de Autores, na última edição da Flipiri atingiu 5.592 alunos do Jardim de Infância ao Ensino Médio, das 21 Unidades Públicas de Ensino entre Rurais, Municipais ou Estaduais que atendem ao município de Pirenópolis/GO. O trabalho de itinerância funciona como suporte para a inclusão das comunidades carentes no processo de facilitação do acesso à leitura. A atividade representa uma proposta educativa viável de apoio ao trabalho regular das Unidades de Ensino regulares. A realização da itinerância constitui uma oportunidade para construção de novas possibilidades e estratégias de atuação, reflexão e experimentação, não só para os alunos que participam dos encontros com os autores, como também para os professores regulares desse alunos e para o próprio autor itinerante. Além da doação de livros e visita dos autores aos povoados e municípios todas as demais atividades culturais realizadas pela FLIPIRI tem acesso gratuíto e aberto a toda a comunidade.