Prioridades para o PA 2014 Comunidade Externa. Câmpus Restinga Junho, Desenvolvimento Institucional
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- Luiz Gustavo da Mota Nobre
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1 Prioridades para o PA 2014 Comunidade Externa Câmpus Restinga Junho, 2013 Desenvolvimento Institucional
2 APRESENTAÇÃO O presente relatório deve ser considerado como um Anexo ao Diagnóstico das Prioridades para o Plano de Ação 2014, com metodologia explicitada em documento à parte. Nesse sentido, nos dias 7 e 9 de maio foram realizadas três oficinas de planejamento participativo com a comunidade interna do Câmpus, que contaram com a participação de cerca de 135 pessoas, entre servidores, alunos e pais. Para finalizar a fase inicial de consulta, no dia 1 o de junho foi realizada oficina com representantes da Comunidade Externa e servidores foram convidados todos os servidores do Câmpus para a discussão. É importante ressaltar que o Câmpus Restinga foi o primeiro do país a ser instituído a partir de demanda direta de representantes comunitários. Dessa forma, a oficina teve como objetivo resgatar o histórico e expectativas com relação à atuação do Câmpus. 2
3 METODOLOGIA DE TRABALHO A proposta de trabalho para a comunidade externa consistiu em três momentos, conforme quadro abaixo. Em um primeiro momento foram feitas as boas vindas pela gestão, seguidas por uma apresentação dos presentes. Os integrantes se apresentavam e colavam uma etiqueta no papel pardo com os nomes. Participaram 18 pessoas, entre servidores e membros da comunidade externa, inclusive integrantes da comissão de implantação do Câmpus. Apresentações Metodologia PA 2014 Linha do tempo Propostas de ação para 2014 Seguindo os trabalhos, foi apresentada a metodologia de elaboração do PA 2014, que se iniciou em março com as ações de sensibilização sobre o atual Plano de Ação, o PA Então, foi proposta a ferramenta linha do tempo e os participantes deslocados para outro ambiente que contava com uma mesa retangular, suportando o papel pardo para construção do trabalho. A ferramenta escolhida permitiu que os participantes levantassem os principais momentos na construção do Câmpus, discutissem suas experiências 3
4 e expectativas em cada momento. Por fim, foram discutidas sugestões e propostas de atuação do Câmpus em RESULTADOS Os participantes retomaram os principais momentos na construção do Câmpus. Maio/2006: marcado pela abertura da política de expansão da Rede Federal e proposta da instalação da escola técnica em Porto Alegre, no bairro Restinga; os principais pontos ressaltados foram persistência, concretização da ideia; Setembro/2007: época marcada pelo fortalecimento da luta pelo Câmpus, com a ida de representantes da comunidade à Brasília e engajamento no parlamento municipal; também foi ressaltado o conflito em decorrência da troca de terreno, com relação ao que havia sido proposto; se destacou que foi o primeiro Câmpus da Rede Federal implantado a partir de demandas da comunidade. Março/2008: o período foi marcado pela chegada do CEFET Bento Gonçalves ao processo inicialmente o Câmpus Restinga seria vinculado ao CEFET Pelotas e planejamento coletivo, considerado pelos presentes a maneira de trabalhar na comunidade da Restinga; o planejamento contou com audiências públicas, com a presença de especialistas; além das áreas dos cursos, a concepção pedagógica foi parte do planejamento coletivo. Retomando as audiências, foi salientada a questão do construir junto, e da importância dos palestrantes, especialistas nas áreas, trazendo informações técnicas sobre o mercado de trabalho. 4
5 Como temas transversais que marcaram o processo, foi ressaltada a negligência da prefeitura com relação às contrapartidas e infraestrutura básica, acompanhada da luta da comunidade e do sonho do acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Os participantes identificaram como diferenciais na implantação do Câmpus a relação estreita entre a comunidade e os servidores. Nesse sentido, os servidores trazem a proposta e aporte pedagógico, enquanto a comunidade atuou e pode atuar junto à prefeitura, cobrando as contrapartidas e infraestrutura básica. Refletindo sobre as especificidades e diferenciais do Câmpus Restinga com relação a unidades da Rede Federal ou outras escolas, foi ressaltada a concepção na qual foi criada, construção do projeto pedagógico com a comunidade, retomada do conceito e histórico da comunidade, perseverança da comunidade, respeito às características locais, trazer novas experiências e perspectivas para os jovens, além de corpo docente e de servidores qualificados. 5
6 Um ponto bastante ressaltado pelos presentes foi que o IFRS, Câmpus Restinga, é um projeto que vai além da escola, trazendo oportunidade para mostrar a comunidade em uma outra perspectiva, tirando um estigma negativo, retomando valores da construção do bairro e melhorando a autoestima local. O Câmpus Restinga faz parte de toda uma história de luta e reivindicações dessa comunidade por uma melhor estrutura e por oportunidades. Durante a discussão, os representantes da comunidade demonstraram muita emoção ao falar do projeto e da escola, destacando que é uma oportunidade que eles não tiveram. Refletindo sobre a realidade atual, a evasão foi vista como uma questão importante para ser tratada, que pode ser potencializada por deficiências de infraestrutura, como por exemplo transporte e situação das obras. Além disso, a evasão também acaba sendo decorrente das deficiências no ensino fundamental e baixa autoestima. Algumas sugestões para fazer frente são:parcerias com escolas, potencializar projetos locais, além de uma maior interlocução do Instituto Federal. Também, foram sugeridas ações com a temática sustentabilidade. A necessidade de aproximação Câmpus-Comunidade para alinhamento nas ações foi ressaltada em diversos momentos, com sugestões de seminários periódicos, de discussões dos cursos, de articulação entre pais e comunidade, além da participação da comunidade em programas de integração de novos servidores, para manter a história viva e presente para todos os servidores, não perder a luta e os objetivos que tinham durante a construção do sonho. 6
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS A oficina com a comunidade externa marcou o final dessa importante fase de consulta e consolidação de prioridades para o Plano de Ação Assim, os principais atores do Câmpus Restinga tiveram momentos de discussão, trazendo representatividade ao processo. Durante a oficina com a Comunidade Externa, três ideias principais apareceram sobre o processo de implantação do Câmpus: (1) mostrar o que a comunidade tem de bom, (2) construir junto, (3) paixão pelo projeto. O primeiro ponto também apareceu durante as oficinas com a comunidade interna do Câmpus, quando os participantes salientaram a importância da localização, para cumprir a própria missão dos IFs. Nessa oficina, foi destacado do papel do Câmpus mostrando uma Restinga diferente, resgatando valores e tirando um estigma negativo. Aqui, também aparece a necessidade do Câmpus atuar em consonância e projetando ações locais. O construir junto é considerado um grande valor para a comunidade. Nas palavras dos líderes comunitários: não chega nada pronto aqui na Restinga, a gente constrói junto. Dessa forma, foi destacada a participação da comunidade até agora e expectativas para um futuro próximo: que o Câmpus se reaproxime da comunidade, que as discussões de cursos sejam feitas com a comunidade e, em outra via, que a mobilização local possa ajudar o Câmpus em demandas como transporte e segurança prioridades nas três oficinas com a comunidade interna. Por fim, é fácil observar que o Câmpus Restinga se configura em mais que uma conquista, mas na realização de um sonho, que traz perspectivas de futuro. Na discussão foi presente em vários momentos o apaixonar pelo projeto e a emoção ao relatar a caminhada. Nesse sentido, foi reforçada a importância de que a comunidade esteja mais presente no Câmpus, que sejam promovidos momentos para que essa história fique viva e seja repassada aos servidores, dando continuidade à construção do Câmpus dentro dessa proposta e fazendo valer a caminhada do projeto e da própria comunidade. 7
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