BRUNA CAROLINA DOS SANTOS HIDROTERAPIA NA DOR LOMBAR DE GESTANTE CUIABÁ 2017

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Transcrição:

1 BRUNA CAROLINA DOS SANTOS HIDROTERAPIA NA DOR LOMBAR DE GESTANTE CUIABÁ 2017

2 BRUNA CAROLINA DOS SANTOS HIDROTERAPIA NA DOR LOMBAR DE GESTANTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade de Cuiabá, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Edine Kitahara CUIABÁ 2017

3 BRUNA CAROLINA DOS SANTOS HIDROTERAPIA NA DOR LOMBAR DE GESTANTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade de Cuiabá, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Fisioterapia. Orientador: Edine Kitahara. BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) CUIABÁ 2017

4 SANTOS, Bruna Carolina Dos. Hidroterapia na dor lombar em gestantes. 2016. 18 páginas. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2017. Resumo A mulher durante o período gestacional sofre várias alterações no seu corpo. A lombalgia é uma das queixas mais comum entre as grávidas durante a gestação, são inúmeras as condições que podem desencadear uma lombar devido a mudanças na biomecânica. Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica na base de dados Scielo, Lilacs, Pubmed e Google Acadêmico e teve por objetivo verificar a Hidroterapia como recurso fisioterapêutico para diminuição da dor lombar em gestantes, os princípios da água aquecida irá proporcionar a alivio das dores nas costas, diminuição de peso nos movimentos devido a diminuição do impacto que a água proporciona a gestante, relaxamento e entre outros. Palavras-chave: Gestantes; Lombalgia; Hidroterapia.

5 SANTOS, Bruna Carolina Dos. Hidroterapia na dor lombar em gestantes. 2016. 18 páginas. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Fisioterapia) Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2017. Abstract The woman during the gestational period undergoes various changes in her body. Low back pain is one of the most common complaints among pregnant women during pregnancy, there are numerous conditions that can trigger a lumbar due to changes in biomechanics. This study is a bibliographic review in the database Scielo, Lilacs, Pubmed and Google Academic and aimed to verify hydrotherapy as a physiotherapeutic resource to reduce lumbar pain in pregnant women, the principles of heated water will provide relief of pain in the back, weight decrease in the movements due to the reduction of the impact that the water provides the pregnant woman, relaxation and among others. Keywords: Pregnant women; Low back pain; Hydrotherapy.

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...7 1. ALTERAÇÕES QUE OCORRE DURANTE A GESTAÇÃO...9 2. EFEITOS DA HIDROTERAPIA...14 3. HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA LOMBALGIA EM GESTANTE...18 CONSIDERAÇÕES FINAIS...22 REFERÊNCIAS... 23

7 INTRODUÇÃO A mulher sobre várias alterações fisiológicas no seu corpo durante o período gestacional como hormonais e anatômicas, essas alterações podem causar disfunções e dores, pelo crescimento uterino e com consequência o deslocamento do centro de gravidade que modifica o eixo crânio caudal, resultando em alterações posturais ao longo da gestação, prejudicando na saúde e qualidade de vida maternofetal (BARACHO, 2007). A lombalgia é uma das queixas de dor nas gestantes, ela acomete os segmentos lombar, lombosacral e sacrilíaca, e pode se manifestar com irradiação para membros inferiores. São inúmeras as condições que pode levar a gestante desencadear uma dor lombar, devido as mudanças na biomecânica do corpo (CARVALHO, et al.2016). A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que usa a água aquecida e suas propriedades para reabilitação e prevenção de alterações funcionais, proporcionando ao indivíduo relaxamento e socialização com outras pessoas em caso de terapias em grupos (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008). No entanto, é um recurso fisioterapêutico que proporciona a gestante um alívio da dor. A água possui efeitos terapêuticos que ajudaram em um menor estresse articular, aumento da circulação e facilitação dos movimentos durante a realização dos exercícios (BARACHO, 2007). Entre os benefícios incluem a diminuição de peso nos movimentos devido a diminuição do impacto que a água proporciona a gestante, alívio das dores nas costas, melhora do sono, melhora a ADM, aumenta a mobilidade, diminui pressão arterial, estimula o aumento do retorno venoso, reduz edema, entre outros (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008). Tendo em vista que foram analisados vários artigos afins de ressaltar a importância da hidroterapia para diminuir a dor lombar em gestantes, além de

8 proporcionar analgesia trará muitos benefícios para ter uma qualidade de vida durante a gestação (CARVALHO, et al.2016)

9 1 ALTERAÇÕES QUE OCORREM DURANTE A GESTAÇÃO No período gestacional a mulher sofre várias alterações no seu corpo, tanto fisiológica como anatômicas, isso acaba afetando o funcionamento de vários sistemas, como, sistema respiratório, tegumentar, endócrino, circulatório, urinário, digestivo, musculoesquelético e outros. Essas alterações abrange todos os sistemas temporariamente, mas suficiente para criar situações biológicas, corporais, mentais e sociais que devem ser diferenciados em achados normais e patológicos. Em nenhuma outra fase do ciclo vital exista grande mudança no funcionamento e forma do corpo em tão curto espaço de tempo (BARACHO, 2007). Útero O útero passa por transformação de dilatação e hipertrofia, possui a suas paredes espessas, constituídas por fibras musculares lisas e está localizado entre a bexiga e o reto. Sua fixação é nas paredes pélvicas laterais pelo conjunto de ligamentos: ligamentos redondos, ligamentos uterossacros, ligamentos largos e ligamentos cardinais ou cervicais transversos (LEAL et al., 2013). Na gestação a capacidade de o útero aumentar de tamanho e voltar ao tamanho normal é surpreendente. O útero tem cerca de 70g, durante a gravides pesa cerca de 1100g, capaz de comportar o feto, a placenta e o líquido amniótico (CARVALHO, 2016). O útero envolve a distensão e hipertrofia das células musculares. Existe um acúmulo de tecido fibroso na camada muscular mais externa, com uma expansão de tecido elástico. É formado uma rede que contribui para a resistência da parede uterina e ocorre uma extensão do tamanho dos vasos sanguíneos e linfáticos (CORTEZ et al., 2012). Nos primeiros meses da gestação, a hipertrofia uterina é estimulada pela ação do estrógeno, a partir das 12 semanas grande parte está relacionado com o efeito da

10 pressão exercida. A parede do útero torna-se mais espessa a cada avanço da gravidez, e mais fina chegando a cerca de 1,5 cm (KLEINPAUL et al., 2010). Mamas Nas primeiras semanas de gravidez, surgem sintomas mamários, como tensão mamaria e dor, a mama fica mais sensível e apresenta formigamentos anormais. A partir da oitava semana de gestação as mamas aumentam de tamanho devido à alta concentração de prolactina, e tornam-se nodulares devido a hipertrofia dos alvéolos mamários. Com esse aumento ficam aparentes e finas veias subcutâneas e os mamilos tona-se maiores e pigmentados (BARACHO, 2007). O colostro possui cor amarelada, que é formado por uma mistura de água, proteínas, sais minerais e anticorpos alimentará o bebê nos primeiros dias, esse colostro desenvolve nos seios da mãe entre 12ª e a 14ª semana. O leite aparece no 3 ao 4 dia após o parto (AMARAL et al., 2011). Sistema Endócrino As mudanças na gravidez são conduzidas pelos hormônios, o TSH é o marcador da função da tireoide na gravidez, o estrogênio eleva os níveis da globulina carreadora de tiroxina, e os níveis de T3 e T4 livres permanecem dentro da normalidade. Sucede um aumento de tamanho da tireoide, possibilitando a sua palpação (BARACHO, 2007). A progesterona é gerada pelo corpo lúteo, e entre a 7 e a 10 semana pela placenta. A progesterona ajuda no espessamento das paredes uterinas, inibe a contração da musculatura lisa, ajuda a manter a pressão sanguínea normal, ajuda a relaxar o estomago e o intestino promovendo a maior absorção de nutrientes, eleva a temperatura do corpo que afeta o hipotálamo o termostato do corpo, e o aumento da progesterona faz com que as mulheres se sintam cansadas (KLEINPAUL et al., 2010).

11 Os níveis elevados de estrógenos estimulam o crescimento do útero e dos seios, causa retenção hídrica, flexibilidade das articulações pélvicas. A relaxina é um hormônio gerado pelo corpo lúteo gravídico, ele dispersa as fibras de colágeno do colo uterino, inibe contrações uterinas e relaxa a sínfise púbica e a articulação sacral. Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) é secretado pelo sinciciotrofoblasto tem a função de manter o corpo lúteo vivo além dos 14 dias habitual, pode ser detectada no sangue ou na urina, é o meio comum para o teste de gravidez (MANN et al., 2008). Sistema Urinário Os rins sofrem um aumento de peso, as gestantes apresentam dilatação dos ureteres, pelve renais sendo mais observada à direita, o canal urinário possui a musculatura com uma discreta hipotonia e área do trígono pode estar estirada e levar à incompetência das válvulas ureterovesicais (refluxo), são responsáveis pelo maior armazenamento e estagnação da urina podendo causar infecção urinária. A bexiga é elevada pois o útero está aumentado, o aumento do fluxo plasmático e da filtração de glomerular e a diminuição da concentração de ureia e creatina e a glicose aumentada (BARACHO,2007). Sistema gastrointestinal Náuseas e vômitos da 6ª à 16ª semana e terminam por volta do 4º mês, na boa as gengivas estão hiperemiadas e amolecidas e um excesso de salivação. O estômago encontra deslocado com o crescimento do útero, no final da gestação aumenta a incidência de pirose (queimação) causada por uma redução do tônus do estômago e do esfíncter inferior do esôfago por conta da ação da progesterona, a secreção gástrica esta diminuída, constipação intestinal (MANN et al., 2008). Sistema respiratório O estímulo da progesterona sobre centro respiratório aumenta a frequência e a amplitude respiratórias, aumenta a capacidade inspiratória, pode sentir

12 hiperventilação causando tonturas, aumento do esforço muscular respiratório (SILVA et al., 2013). Sistema tegumentar Ocorre modificações na vascularização devido ao aumento do estrogênio, pode também ter alteração na pigmentação na região dos mamilos, axilas, períneo e linha nigra devido ao estímulo do hormônio melanocítico e da progesterona, e pode apresentar cloasma, manchas na testa e na face, estrias que é consequência da interrupção da derme no abdome e mamas, a epiderme é estirada ocasionando uma cicatriz visível, as estrias estão associadas com o ganho de peso. (BARACHO, 2007) O aumento de gordura localizada na região das nádegas, coxas, abdome, braços e mamas. As unhas tornam-se mais frágeis pode ocorrer ganho de pelos e ocorre queda de cabelo. Pode haver o aparecimento de acne pelo aumento da atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas e transpiração abundante. Pode ter o aparecimento de varizes devido ao bloqueio do retorno venoso ao coração (MANN et al., 2008). Sistema musculoesquelético As alterações musculoesqueléticas são as que mais geram dor na gestante, cerca de 50% das gestantes queixam de algum tipo de dor lombar no período da gestação ou durante puerpério. As alterações musculoesqueléticas estão associadas com a ação hormonal que gera aumento da frouxidão ligamentar causada pela influência do estrógeno e da relaxina, que aumenta a mobilidade articular e diminui a sustentação pélvica, que antes era sustentada pelos ligamentos sacrilíacos, apresenta-se frouxos, determinará modificações estruturais na estática e na dinâmica da biomecânica da marcha, postura e equilíbrio. Algumas alterações posturais causam encurtamentos, sobrecargas, fraqueza em determinados grupos musculares (MANN et al., 2008).

13 Na biomecânica da dor lombar acontece um deslocamento do centro de gravidade para frente, por conta do aumento do abdome e das mamas, isso leva a alterações de postura, como redução do arco plantar, hiperextensão dos joelhos e anteversão pélvica. Essas alterações causam acentuação na lordose lombar e consequente tensão da musculatura paravertebral (CARVALHO, 2016). Com a compressão dos vasos sanguíneos pelo útero gravídico ocorre uma diminuição do fluxo de sangue medular e pode causar lombalgia, a pode ainda ser observada uma retenção hídrica determinada pelo estímulo da progesterona e frouxidão ligamentar por causa da relaxina e do estrógeno, o que torna as articulações da coluna lombar e do quadril pouco estável e com mais chance ao estresse e à dor (CORTEZ et al., 2012). As dores lombares se caracterizam na região das articulações sacrilíacas, que pode ter irradiação do sintoma para parte posterior das coxas e serem intensificadas durante a marcha. Estes sintomas não são causados somente por essas alterações posturais, mas um conjunto de modificações no organismo da gravida como: instabilidade articular, ganho de peso, aumento do estresse mecânico sobre os músculos da coluna e do quadril (MANN et al., 2008). Na gravidez é comum o aumento da sobrecarga sobre os músculos flexores e extensores da coluna e dos extensores do quadril, e as adaptações desses músculos podem ser insuficientes para a estabilização as articulações sacrilíacas e da coluna lombar (MADEIRA et al; 2013).

14 2. EFEITOS DA HIDROTERAPIA A hidroterapia é um recurso que utiliza as propriedades da água aquecida, para o tratamento de várias disfunções, o uso dessas propriedades físicas dispõe de uma importante ferramenta para a prática da fisioterapia. Muito efeito terapêutico benéfico é obtido com a imersão na água, como relaxamento, analgesia, a redução da ação da gravidade, oferece um ambiente ideal para reabilitação de indivíduos que necessitam de uma menor descarga de peso nas articulações (MANN et al., 2008). O conceito água para fins terapêuticos para reabilitação teve vários nomes como hidrologia, hidrática, hidroterapia, hidroginástica, terapia pela água e exercícios na água. Atualmente, o termo utilizado é reabilitação aquática ou hidroterapia (do grego: hidor, hydatos = agua / therapeia = tratamento). (BIASOLI; MACHADO, vol. 63, 2006) A água apresenta uma determinada densidade que é caracterizada pela junção entre a sua massa e seu volume. Sabe-se que a gravidade específica da água é 1, qualquer objeto ou corpo que for colocado na água, e apresentar uma densidade menor, flutuará, e se a densidade for maior que a da água afundará. A densidade do corpo humano é de 0,97 isso determinará flutuação do corpo. (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008) A flutuação é definida como uma força (empuxo) que age contra a gravidade, e está relacionado com o volume de água deslocado pelo corpo submerso. Com a flutuação a gravidade pode ser anulada e gerar uma menor descarga de peso corporal. A flutuação estabelece a porcentagem de descarga de peso corporal. (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008) A água exerce uma pressão em todas as direções, um corpo submerso está exposto a um determinado grau de pressão, que é estabelecida pela força por unidade de área e está pressão é provocada pela densidade do líquido e pela profundidade. Quanto maior a profundidade, maior a pressão usada. A pressão hidrostática age nos tecidos e realiza uma compressão de vasos sanguíneos, auxiliando no retorno venoso e na redução de edemas. A viscosidade é uma propriedade dos líquidos que refere a resistência ao movimento. Ela desmonta o atrito que o líquido gera em um corpo

15 quando se movimenta, quanto mais viscoso um líquido maior a força exercida para se criar um movimento, quando imerso (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008). O fluxo do líquido é denominado pela velocidade, oscilação e formato do corpo, quando o movimento é suave e lento o fluxo da água ao redor do objeto é chamado fluxo laminar onde as moléculas da água movimentam e não se cruzam, quando o movimento se torna mais rápido formam-se cruzamentos e oscilação que é chamado de fluxo turbulento (CARREGARO; TOLEDO, vol.1, 2008). O movimento de um objeto também pode criar uma diferença de pressão com a água, e formar um ponto de arrasto ou esteira (coeficiente de arrasto). Ao se caminhar dentro da água e atrás de uma pessoa, pode-se perceber a formação de redemoinhos (fluxo turbulento) e a força de arrasto. (CARREGARO; TOLEDO, vol.1 2008) A água contém habilidades de reter ou transmitir calor, pelos mecanismos de condução, a temperatura pode determinar efeitos fisiológicos e uma percepção térmica durante a terapia, porque possui uma transferência constante de calor na interação do corpo com a água. A temperatura da água chega aproximadamente cerca de 32 a 33 C, tornando-se agradável para o paciente, ajuda a reduzir o tônus muscular, na espasticidade e facilita a realização de alongamentos auxiliando na prevenção de contraturas. O aumento da temperatura faz com que ocorre no organismo diversas alterações, como aumento do metabolismo, aumenta também o suprimento de sangue aos músculos proporcionando a contração muscular e um trabalho equilibrado, e reduz a sensibilidade das terminações nervosas (BIASOLI; MACHADO, vol.63, 2006). Consequentemente todos os fatores relatados acima, tendo em vista os inúmeros benefícios como por exemplo, auxilio no retorno venoso, melhoria da irrigação sanguínea, melhora o condicionamento físico, auxiliando no alongamento muscular, diminuição da fadiga muscular, aumento ou manutenção da ADMs, redução dos espasmos muscular e das dores, melhora o equilíbrio e a propriocepção, proporciona alívio respiratório, melhora da resistência e da força muscular e entre outros (BIASOLI; MACHADO, vol.63, 2006).

16 O efeito da hidroterapia vai proporcionar ao indivíduo não só respostas da estrutura físicas, mas sim trazer um bem-estar e integração de corpo e mente, e permite reconstituição da autoconfiança e da autoestima, promove relaxamento, equilíbrio emocional e autocontrole. A hidroterapia possui técnicas que contribui para o tratamento dos pacientes, o método Bad Ragaz se originou na Alemanha pelo dr. Knupfer Ipsen, com finalidade de proporcionar a estilização de tronco e das extremidades através de padrões de movimentos básicos e resistidos. Tem como objetivo de fortalecimento muscular, proporcionar relaxamento, aumentar ADM, reduzir o tônus muscular, descarga de peso, e conta com a propriedade da água como flutuação, turbulência, a aplicação do método é individualizada utilizando flutuadores ou boias que contribui para restabelecer nos movimentos biomecânicos (ORSINI et al., 2010). O método Halliwick foi desenvolvido por MC Millian em 1949, inicialmente era para atividade recreativa que visava independência individual na água, para paciente com incapacidade e ensiná-los a nadar. Conta com a força da gravidade e empuxo que levam aos movimentos rotacionais, utiliza padrões de movimentos com os braços para mover o corpo em posturas diferentes ao mesmo tempo e permanecer o equilíbrio, auxilia os pacientes com problemas físicos e tornam mais independente para nadar, tem objetivo de independência na água, essa técnica passou ser utilizada no tratamento de pacientes com enfermidade neurológicas, conta com atividades que exigem equilíbrio, e influência na estabilidade postural durante atividades funcionais (BIASOLI; MACHADO, vol.63, 2006). O método Watsu foi criado por Harold Dull em 1980, utiliza técnicas de flutuação aplicando alongamentos e movimentos Zen Shiatsu. O paciente fica flutuando e são realizados alongamentos passivos, mobilização articular, rotação de tronco que auxilia no relaxamento profundo, através de movimentos rítmicos e o suporte da água (ORSINI et al., 2010). Para quem realiza a hidroterapia há algumas contraindicações, como feridas abertas, sintomas agudos de trombose venosa, infecções de pele, febre, hipotensão e hipertensão grave, doenças infecciosas, doenças cardiovasculares graves, uso de

17 bolsa ou cateter de colostomia, história de convulsões não controladas, tubos de traqueostomia, e entre outros (BIASOLI; MACHADO, vol.63, 2006).

18 3. HIDROTERAPIA NO TRATAMENTO DA LOMBALGIA EM GESTANTE No período gestacional a mulher sofre várias modificações no seu corpo. A dor lombar é uma dessas modificações que irá gerar na gestante um desconforto e fazendo com que ela sobrecarregue os músculos lombares e posteriores da coxa ocasionando um processo de dor denominado lombalgia. Os sintomas aumentam no decorrer da gravidez, que interferirá nas suas atividades de vida diária (GALLO; SANTOS, 2010). A lombalgia é resultante de eventos fisiológicos devido as alterações biomecânicas que ocorrem na mulher no período gestacional, podendo aparecer em três formas, como dor na coluna lombar, dor no quadril e dor combinada. A lombalgia é definida como uma dor localizada na região da coluna lombar que pode ser desencadeada devido ao aumento da frouxidão dos ligamentos, estiramento dos músculos abdominais e a contração da musculatura lombar, que indica sintomas de dor que pode ser de forma localizada ou irradiada para membros inferiores com aumento da temperatura e espasmos musculares (SEBBEN et al., 2011). A causa da dor lombar é multifatorial, as mais citadas são mecânicas, vasculares e hormonais. As mecânicas são pelo aumento do peso do corporal e o deslocamento anterior do centro de gravidade. A vascular ocorre uma compressão de grandes vasos pelo aumento do útero causando redução do fluxo sanguíneo, e o hormonal que é pela presença da relaxina um hormônio secretado pelo corpo lúteo, causando um relaxamento ligamentar. A dor lombar pode causar a essa gestante, afastamento do trabalho, inabilidade motora, insônia, desconfortos, depressão. São várias as alterações que pode ocorrer na vida dessa gestante, dependendo do grau dessa dor lombar, esse incomodo no decorrer da gestação se não tratada poderá durar alguns anos após o parto (NOVAES et al., 2006). A fisioterapia possui recursos que ajudam no controle álgico e na reeducação funcional da lombalgia. Um dos recursos que é capaz de tratar os desconfortos e promover alívio para essa gestante é a Hidroterapia, que é utilizada para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas. As propriedades físicas da água

19 junto com exercícios têm objetivo de proporcionar a gestante uma melhora dessa dor lombar (SEBBEN et al., 2011). A hidroterapia é uma boa opção para a gestante, a união de exercícios aquáticos com a terapia física, várias modificações fisiológicas ocorrem durante a emersão em água aquecida juntamente com as suas propriedades proporciona a gestante muitas vantagens, promove relaxamento muscular, reduz a dor, reduz espasmos musculares, aumenta a circulação sanguínea, reduz a força gravitacional, promove equilíbrio, melhora a musculatura respiratória, entre outras (ORSINI et al., 2010). Com o corpo imerso a água associados com exercícios e a temperatura agradável elevada, promove a gestante relaxamento, reduz o estresse articular, diminui o impacto sob as articulações, aumenta a amplitude de movimentos, promove maior controle sobre a frequência cardíaca materna e fetal, reduz a ocorrência de varizes, melhora condicionamento físico, aumenta a resistência muscular, diminui a formação de edemas e proporciona um controle postural que promove analgesia lombar. O exercício aquático proporciona a gestante redução de risco de lesão articular, pois os movimentos realizados são leves e lentos, as articulações são sustentadas pela água e os são fortalecidos sem prejudicar a gestação, proporciona também benefícios psíquicos, sociais e bem-estar pela prática dos exercícios em água aquecida (MANN et al., 2008). O fato da gestante estar dentro da água possibilita que a ação da gravidade haja de forma menos intensa, o peso corporal é diminuído e mais fácil de ser suportado, e a postura é corrigida durante o exercício aquático, diminuindo a sensação de desconforto gestacional. Na água as gestantes desenvolvem maior mobilidade, podendo executar exercícios mais intensos onde no solo são impossíveis (BARACHO, 2007). Durante a imersão na água a gestante tem a percepção da diminuição da dor, esse alívio dá-se por causa da teoria das comportas, em que a condução sensitiva tátil que é mais larga e rápida e vence a condução dolorosa que é lenta, isso faz com

20 que o estímulo da tátil da água ajuda na diminuição da dor. A resposta cardiovascular durante o exercício aquático ajuda no aumento do volume sistólico e do débito cardíaco (ALVES, 2012). Já se pode encontrar programas aquáticos voltados para gestantes, com uma frequência de três vezes por semana com duração de 45 minutos, podendo ser realizado em pequenos grupos ou individuais. Dentro desse programa são realizados exercícios aeróbicos, muscular, exercícios respiratórios e perineais, exercícios de equilíbrio e propriocepção, reeducação postural e alongamentos. Deve ser sempre observado o nível de cansaço da gestante, reduzindo a intensidade quando apresentar-se ofegante. A gestante que realiza a terapia aquática tem uma redução dessa dor lombar e observa-se a melhora no emocional (BARACHO, 2007). Os exercícios realizados em solo e na água segue a mesma conduta. Inicia-se com uma caminhada dentro da piscina, e alongamentos das musculaturas em seguida fortalecimento de grupos musculares, realiza-se exercícios respiratórios e reeducação postural, e, por fim, exercícios de relaxamento (MENDES et al., 2010). Os exercícios aeróbicos melhora o sistema respiratório, melhora as trocas gasosas, melhora o retorno venoso, e auxilia no controle de peso. Os exercícios resistidos, promove melhora a força muscular e flexibilidade muscular. Pode-se utilizar materiais como pranchas de natação, bolas, halteres, bastões e flutuadores, tornamse os exercícios mais prazeroso. Os benefícios de os exercícios ser realizados em imersão, alivia a dor lombar, pois permite que a força da gravidade haja de forma menos intensa, seguida o peso corporal é aliviado e melhor suportado, a postura é corrigida no decorrer da sessão de hidroterapia (CASTRO et al., 2009). O fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico é de suma importância, já que a pressão prolongada do útero em crescimento e a frouxidão ligamentar podem enfraquecê-lo em resultante de um alongamento excessivo decorrente da gestação, podendo levar a incontinência urinaria ou fecal e dor pélvica (LEAL et al., 2013).

21 A sessão de hidroterapia tem duração de cinquenta minutos, não pode ultrapassar de uma hora, evitando assim fadiga na gestante. Enquanto ao nível da água ideal para a gestante realizar os exercícios é na altura do esterno, cobrindo o abdome sem aplicar pressão sobre as mamas e favorecendo a manutenção da postura vertical. A temperatura para gestante abaixo de 25 C pode ser desconfortável, e temperaturas acima de 34 C pode causar fadiga excessiva e náuseas. A temperatura ideal é entre 26 C e 30 C (CASTRO et al., 2009). Os exercícios de hidroterapia têm suas indicações e contraindicações, deve ser iniciada no segundo trimestre de gestação quando o risco de aborto é menor. O profissional deve ficar atento aos sinais e sintomas de complicações que pode ser apresentado durante a execução dos exercícios como dor no peito, perda do líquido amniótico, sangramento, dispneia, dor abdominal, contrações uterinas, náuseas e desconfortos. A contraindicação absoluta para gestante não realizar exercícios, as que apresentam doenças cardiovascular descompensada, placenta prévia, préeclampsia, doença pulmonar restritiva, multíparas com risco de prematuridades (MENDES et al., 2010).

22 CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante o período gestacional, a mulher sofre várias modificações no corpo tanto fisiológicas como anatômicas. A lombalgia é resultante dessas modificações que causa limitações físicas e emocionais e é a queixa mais frequente das gestantes. A fisioterapia dispõe de um recurso que ajuda no controle dessa dor. Conclui-se que a hidroterapia se mostrou benéfica na lombalgia gestacional, já que diminui a dor, reduzindo os desconfortos musculoesqueléticos, por meio da água aquecida reduzindo a sensibilidade da dor, proporcionando um relaxamento muscular e melhorando o equilíbrio e a postura.

23 REFERÊNCIAS: AMARAL, Waldemar Naves. et al. Alterações posturais de equilíbrio e dor lombar no período gestacional. Femina. V.39, n. 5, maio. 2011. ALVES, Debora A.G. Influência da Hidroterapia na Gestação. Rev. Neurociências, v.20, n.3, p.341-342, 2012. BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada à obstetrícia uroginecologia e aspectos de mastologia. 4. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2007. BIASOLI, Maria Cristina. et al. Hidroterapia técnicas e aplicabilidade nas disfunções reumatológicas. Temas de reumatologia clínica, v.7, n.3, junho. 2006. CASTRO, Denise M.S. et al. Exercícios Físico e Gravides: prescrição, benefícios e contraindicações. Universitas ciências da saúde, Brasília, v.7, n.1, p.91-101, 2009. CARREGARO, Rodrigo Luiz; TOLEDO, Aline Martins de. Efeitos Fisiológicos e Evidências Científicas da Eficácia da Fisioterapia Aquática. Revista Movimenta, v. 1, n. 1, 2008. CARVALHO, M.E.C.C. et al. Lombalgia na Gestação. Revista Brasileira Anestesiologia, Rio de Janeiro, v.67, n. 3, p. 266-270, maio- junho, 2016. CORTEZ, P. J.O. et al. Correlação entre a dor lombar e as alterações posturais em gestantes. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v. 37, n. 1, p. 30-35, janeiroabril. 2012. KLEINPAUL, Julio Francisco. et al. Alterações biomecânicas durante o período gestacional. Motriz, Rio Claro, v. 16, n.3, p. 730-740, julho-set. 2010. LEAL, Inácia Regina Barbosa. et al. Intervenção da fisioterapia aquática na lombalgia de gestantes. 2013. 40 f. Relatório de pesquisa. Campina Grande. MADEIRA, Hellyne Giselle Reis. et al. Incapacidade e fatores associados a lombalgia durante a gravidez. Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia, Rio de janeiro, v. 35, n. 12, 2013. MANN, Luana. et al. Dor lombo-pélvica e exercício físico durante a gestação. Fisioterapia Mov., v.21, n.2, p. 99-105, abr/jun. 2008. MENDES, Isabela dos Santos. et al. Tratamento Hidrocinesioterapêutico durante o período gestacional. Paraíba, fev-julho 2010. NOVAES, Flavia S. et al. Lombalgia na Gestação. Rev. Latino-am enfermagem, v.14, n.4, p. 620-624, julh-agost. 2006. ORSINI, Marco. et al. Hidroterapia no gerenciamento da espasticidade nas paraparesias espásticas de várias etiologias. Rev. Neurociência, v.18, n.1, p.81-86, 2010.

24 SANTOS, M.M. dos; GALLO, Ana Paula. Lombalgia Gestacional: prevalência e características de um programa pré-natal. Arq Bras Cien Saúde, Santo André, v.35, n.3, p.174-9, set-dez 2010. SEBBEN, V. et al. Tratamento Hidroterapêutico na dor lombar em gestantes. Perspectiva, Erechim, v.35, n.129, p.167-175, março 2011. SILVA, Rennan César da; TUFANIN, Andréa Thomazine. Alterações respiratórias e biomecânicas durante o terceiro trimestre de gestação. Revista Eletrônica Saúde e Ciência, v. 3, n. 2, novembro. 2013.