CIRURGIA DO ESTÔMAGO. Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos



Documentos relacionados
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Radiografia simples e contrastada (sulfato de bário e iodinas) Endoscopia

TÉCNICAS CIRÚRGICAS NOS INTESTINOS

Prof. Diogo Mayer Fernandes Disciplina de Técnica Cirúrgica Medicina Veterinária FAD

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA DISCIPLINA DE ESTÁGIO CURRICULAR EM MEDICINA VETERINÁRIA

Cancro Gástrico. Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. Cancro Digestivo. 30 de Setembro Organização. Sponsor. Apoio.

Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço SÍNTESE CIRÚRGICA Walber Mendes Fortaleza, 02 de julho de 2013

FIOS E NÓS CIRÚRGICOS

Prof. Diogo Mayer Fernandes Técnica Cirúrgica Curso de Medicina Veterinária Anhanguera Dourados

FIOS CIRÚRGICOS. Maria da Conceição Muniz Ribeiro

Tesoura Mayo Curva e Reta. Tesoura Metzenbaum curva e reta

Estomas intestinais (ileostomias e colostomias) e anastomoses intestinais

Comprometimento esofágico (torácico) Obstrução por corpo estranho; Perfuração do esôfago por corpo estranho; Divertículo esofágico; Neoplasias;

RADIOLOGIA DO ESÔFAGO

Prof. Diogo Mayer Fernandes Curso de Medicina Veterinária FAD Patologia e Clínica Cirúrgica I

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho

Distúrbios Gastrointetinais

Caso Clínico. Andrea Canelas

A síndrome da obstrução piloroduodenal

Hipertrofia Muscular Idiopática Tratada Com Transposição Gástrica Completa. Relato de Caso e Revisão da Literatura

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

FIOS E PADRÕES DE SUTURAS

ENDOSCOPIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA ROTEIRO DA DESCRIÇÃO DOS ACHADOS ENDOSCÓPICOS ESPERADOS

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes.

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS GASTROPEXIA NA SÍNDROME DILATAÇÃO-VOLVO GÁSTRICA

Raniê Ralph. 17 de Outubro de Professor Chamon. Cirurgia para úlcera cloridropéptica gastroduodenal

Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos

HÉRNIAS EM PEQUENOS ANIMAIS

Roteiro de aulas teórico-práticas

- Maria Margarida Fragoso Costa. Técnicas Cirúrgicas

Centro Médico. Plínio de Mattos Pessoa

Centro Médico. Plínio de Mattos Pessoa

Sistematização técnica da gastrectomia total

Tumor carcinoide de duodeno: um tumor raro em local incomum. Série de casos de uma única instituição

ESTENOSE PILÓRICA CONGÉNITA NUM BULLDOG FRANCÊS CASO CLÍNICO.

INTUSSUSCEPÇÃO EM CÃES

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES.

Programação Preliminar do 41 Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Coloproctologia e Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo

Anatomia. Fisiologia. Patogenia: Manifestações clínicas. 14. Semiologia gástrica

Fisiologia cefálica gástrica intestinal. Regulação farmacológica da secreção ácida gástrica Funções da acidez gástrica e sua medição Suco gástrico

PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTIVO, ÚLCERA PÉPTICA E GASTRITE

[PARVOVIROSE CANINA]

Nefrolitotripsia Percutânea

Abordagem. Fisiologia Histologia. Aspectos Clínicos. ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações

Em resposta a Portaria n. 228/2011, no qual sou nomeado para análise e emissão de parecer, passo abaixo meu relatório para apreciação na plenária.

ENDOSCOPIA. ENDOSCOPIA- Histórico. ENDOSCOPIA Conceito: História da endoscopia. ENDOSCOPIA- Histórico

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA.

ANATOMIA E FISIOLOGIA

HEMOSTASIA. Adriana Nunes Enf. Centro Cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein

ANATOMIA HUMANA I. Sistema Digestório. Prof. Me. Fabio Milioni. Função: - Preensão - Mastigação - Deglutição - Digestão - Absorção - Defecação

PATOLOGIAS DO TRACTO GASTROINTESTINAL. Mª Cristina Marques 2008

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada

RADIOGRAFIA ABDOMINAL. Profª Drª Naida Cristina Borges

Professora: Edilene O SISTEMA DIGESTÓRIO

PROVA TEÓRICO-PRÁTICA

6/12/2010. Difícil deglutição. Causas. Exame físico. Exames radiográficos. Eliminação passiva. Bucal preensão e mastigação. Faringe deglutição

17/02/2012. Diafragma

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp

Co C mo m o é cons n tituído o aparel e ho di d ge g sti e vo v? Sistema Digestivo - Helena Carreiro

RESOLUÇÃO CFM N 1.766/05


Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Reabilitação Pós câncer de mama Assistência às mulheres mastectomizadas

da Junção Esofagogástrica

Tumor Estromal Gastrointestinal

CORPOS ESTRANHOS NO TRATO GASTRINTESTINAL DE CÃES E GATOS.

Oncologia. Oncologia. Oncologia 16/8/2011 PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA EM CÃES E GATOS. Patologia. Onkos tumor. Logia estudo

FÍGADO. Veia cava inferior. Lobo direito. Lobo esquerdo. Ligamento (separa o lobo direito do esquerdo) Vesícula biliar

INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO EM CÃES RELATO DE CASO FOREIGN BODY INGESTION IN DOGS CASE REPORT

Neoplasias Gástricas. Pedro Vale Bedê

Parte I. Temas gerais. Coordenadores: Alessandro Bersch Osvaldt e Leandro Totti Cavazzola

, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização ao (à)

Gastroenteroanastomose

ANOMALIAS GASTROINTESTINAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO LUCIANA LIGIA GUIDOLIN DILATAÇÃO GÁSTRICA-VÓLVULO EM CÃES: REVISÃO DE LITERATURA

Prof Weber Ciências 7ºANO

Sistema Digestivo - Função

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light

HIPOSPÁDIAS. Herick Bacelar Antonio Macedo Jr INTRODUÇÃO

TERAPIA NUTRICIONAL NUTRIÇÃO ENTERAL

TUMORES GIGANTES DE OVÁRIO

18/9/2014 DISTÚRBIOS GÁSTRICOS, ESOFÁGICOS E INTESTINAIS GASTRITE AGUDA GASTRITE CRÔNICA - TIPO A - TIPO B GASTRITE AGUDA

HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Diagnóstico por Imagem no Abdome Agudo Obstrutivo

SISTEMA DIGESTÓRIO DEFINIÇÃO:

AFECÇÕES TORÁCICAS CIRÚRGICAS EM PEDIATRIA

Doença do Refluxo Gastroesofágico o que significa?

Imagem da Semana: Radiografia e tomografia computadorizada (TC)

HERNIA INGUINAL INDIRETA EM FELINO ASSOCIADA À INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO RELATO DE CASO

III Curso de Suturas da Liga Baiana de Cirurgia Plástica

Câncer do pâncreas. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ELDORADO DO SUL SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.942/2010

HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO. Profa MARIA ELISA CARNEIRO

Prolapsos Cloacais e Outros mais

COD PROTOCOLOS DE GASTROENTEROLOGIA

Afecções Ósseas. Faculdade de Medicina Veterinária Diagnóstico por Imagens. Profª Anna Paula Balesdent Prof. Rodrigo Cruz

Transcrição:

CIRURGIA DO Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos

CIRURGIA DO CUIDADOS ESPECIAIS Presença de vômito desidratação, desequilíbrio eletrolítico e ácido-básico Hematemese ulceração ou úlcera gástrica Pneumonia por aspiração e/ou esofagite Jejum se possível

CIRURGIA DO CUIDADOS ESPECIAIS Antibioticoterapia controversa (cefalosporinas, 20 mg/kg) Controle da hemorragia compressão Técnica atraumática Manipular o órgão com pinças especiais (Allis, Babcock) ou suturas de reparo

CIRURGIA DO ESCOLHA DOS FIOS Absorvíveis sintéticos monofilamentados Polidioxanona (PDS), poligluconato (Maxon) ou poliglecaprone (Monocryl) Fortes, lesão tecidual mínima, mantêm a força tênsil por até 45 dias Absorvíveis sintéticos multifilamentados Poliglactina 910 (Vicryl), ácido poliglicólico (Dexon, Safil)

CIRURGIA DO ESCOLHA DOS FIOS EVITAR!! Catgut - rapidamente removido por digestão Fios inabsorvíveis Usar sempre fios agulhados Calibre 2-0 ou 3-0

GASTROTOMIA INDICAÇÕES Corpo estranho estomacal

GASTROTOMIA Laparotomia mediana pré-retro-umbilical Expor o estômago e isolar a cavidade Aplicar suturas de reparo Incisão na região central, menos vascularizada, entre as curvaturas maior e menor, longe do piloro

GASTROTOMIA Início com o bisturi, alongando com a tesoura Aspirar o conteúdo Sutura invaginante em 2 camadas (Cushing ou Lembert) 1 a camada ponto contínuo, serosa + muscular + submucosa

GASTROTOMIA Sutura invaginante em 2 camadas (Cushing ou Lembert) 1 a camada ponto contínuo, serosa + muscular + submucosa 2 a camada contínua ou separada, seromuscular Lavar e aspirar a cavidade Trocar as luvas e o material para a laparorrafia

GASTROTOMIA

GASTROTOMIA

GASTROTOMIA

GASTRECTOMIA PARCIAL INDICAÇÕES Neoplasia, necrose ou ulceração envolvendo a curvatura maior e porção média do estômago Necrose por torção gástrica

GASTRECTOMIA PARCIAL Isolar o órgão e aplicar suturas de reparo Ligar os vasos ao redor do tecido a ser excisado Excisar o tecido necrótico junto com uma margem de tecido normal Sutura 1 a camada chuleio simples (serosa + muscular + submucosa) 2 a camada Cushing ou Lembert

GASTRECTOMIA PARCIAL

GASTRECTOMIA PARCIAL

GASTRECTOMIA PARCIAL

PILORECTOMIA INDICAÇÕES Obstrução pilórica por hipertrofia muscular Neoplasia Ulceração CUIDADOS Ducto biliar comum Ductos pancreáticos insuficiência exócrina

PILORECTOMIA GASTRODUODENOSTOMIA (BILLROTH I) Identificar os dutos biliares e pancreáticos Aplicar suturas de reparo Ligar os vasos e seccionar o ligamento hepatogástrico Colocar pinças atraumáticas para isolar o tecido a ser excisado

PILORECTOMIA GASTRODUODENOSTOMIA (BILLROTH I) Ressecar o tecido com o bisturi Fechar o antro pilórico para igualar as bocas Anastomose término-terminal em camada única, PSS Iniciar a sutura pela borda dorsal

PILORECTOMIA GASTROJEJUNOSTOMIA (BILLROTH II) Ressecar o piloro, antro e duodeno proximal como descrito na técnica anterior Fechar os cotos em 2 camadas 1 a mucosa + submucosa, PSS ou chuleio simples 2 a seromuscular, Lembert ou Cushing

PILORECTOMIA GASTROJEJUNOSTOMIA (BILLROTH II) Escolher uma região avascular do estômago para a anastomose Fixar o jejuno proximal á parede do estômago com sutura seromuscular (chuleio) Fazer uma incisão longitudinal no estômago e uma do mesmo tamanho no intestino, próximo á linha de sutura

PILORECTOMIA GASTROJEJUNOSTOMIA (BILLROTH II) Suturar as bordas (mucosa + submucosa) do estômago e intestino chuleio Completar com sutura seromuscular na região dorsal

PILOROPLASTIA INDICAÇÕES Aumentar o diâmetro do piloro Obstrução crônica

PILOROPLASTIA PILOROMIOTOMIA (Fredet-Ramstedt) Isolar e fixar o piloro com os dedos Escolher uma área avascular Fazer uma incisão longitudinal seromuscular, permitindo protrusão da mucosa Desvantagem: pode ter efeito temporário

PILOROPLASTIA HEINEKE- MIKULICZ Incisão longitudinal de espessura total no piloro Suturas de reparo no centro da incisão Tracionar e suturar de forma transversa PSS, camada única Vantagem: permite inspeção e biópsia da mucosa

PILOROPLASTIA HEINEKE- MIKULICZ

PILOROPLASTIA Y-U Incisão longitudinal no piloro, alongando para o estomago com 2 incisões paralelas em forma de Y Inspecionar e ressecar a mucosa, se necessário Suturar a base distal do flap no final da incisão Suturar o restante na forma de U (PSS)

PILOROPLASTIA Y-U

GASTROPEXIA INDICAÇÕES Aderência permanente do estômago à parede abdominal Torção gástrica e hérnia de hiato

GASTROPEXIA COM TUBO Fazer uma incisão puntiforme na parede abdominal direita, caudal à última costela, a 10 cm da linha média Passar uma sonda de Foley através da incisão Selecionar uma região avascular do estômago, afastada do piloro Aplicar sutura em bolsa de tabaco e fazer uma incisão no centro Inserir a sonda de Foley no estômago

GASTROPEXIA COM TUBO Inflar o balão com soro Pré-aplicar 3 ou 4 suturas entre a parede do estômago e a parede abdominal Tracionar o estômago para a parede e atar as suturas Fixar a sonda e mantê-la por 7 a 10 dias Evitar acesso do animal (bandagem, colar elizabetano)

GASTROPEXIA COM TUBO VANTAGENS Simples e rápida Permite descompressão posterior e alimentação enteral DESVANTAGENS O animal pode retirar o tubo O deslocamento pode causar peritonite

GASTROPEXIA COM TUBO

GASTROPEXIA COM TUBO

GASTROPEXIA COM TUBO

GASTROPEXIA INCISIONAL Elevar 2 flaps retangulares na seromuscular do antro pilórico e 2 na parede abdominal Inverter os flaps e suturar as margens do flap abdominal com as do estômago (chuleio simples, fio 2-0, inabsorvível ou absorvível sintético) Não deixar espaço

GASTROPEXIA INCISIONAL VANTAGENS Mais fácil que a circuncostal Evita complicações associadas ao tubo

GASTROPEXIA INCISIONAL

GASTROPEXIA INCISIONAL

GASTROPEXIA INCISIONAL

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL Elevar um flap na seromuscular do antro, com 5 a 6 cm de comprimento Não incisar a mucosa Fazer uma incisão na musculatura sobre a 11 a ou 12 a costela, próximo à junção costocondral Evitar lesar o diafragma

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL Criar um túnel sob a costela com uma hemostática Colocar suturas de reparo no flap Tracionar o flap sob a costela e suturá-lo na posição original (PSS, fio absorvível, 2-0)

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL VANTAGENS Produz adesão mais forte que as outras técnicas Menor risco de contaminação (não penetra a luz do órgão) DESVANTAGENS Tecnicamente mais difícil Potencial para complicações: pneumotórax e fratura de costela

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL

GASTROPEXIA CIRCUNCOSTAL

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO Elevar um flap seromuscular no antro Fazer 2 incisões transversais paralelas na parede abdominal ventrolateral (2,5 a 4 cm de distância por 4 cm de comprimento) Criar um túnel na musculatura com uma hemostática

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO Aplicar suturas de reparo e tracionar o flap sob o túnel Suturar o flap na posição original (PSS, fio absorvível 2-0) Pode-se aplicar suturas isoladas para reduzir a tensão

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO VANTAGENS Resulta em boa adesão Tecnicamente simples

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO

GASTROPEXIA BELT-LOOP OU EM ALÇA DE CINTO

CORPO ESTRANHO GÁSTRICO SINAIS CLÍNICOS Mais comum em filhotes Vômitos constante ou intermitente Hematemese (lesão da mucosa) Obstrução

CORPO ESTRANHO GÁSTRICO DIAGNÓSTICO Histórico / anamnese Ultra-sonografia (não é conclusiva) Radiografia (simples e contrastada) Endoscopia

CORPO ESTRANHO GÁSTRICO TRATAMENTO Indução do vômito (até 30 min após ingestão) objetos não pontiagudos Endoscopia Cirúrgico - gastrotomia

CORPO ESTRANHO GÁSTRICO PÓS-OPERATÓRIO Fluidoterapia até 12 h após cirurgia Se não houver vômito iniciar líquidos (12h), em seguida alimentos pastosos, depois sólidos Protetores de mucosa inibidores H2 e/ou da bomba Analgésicos e antibióticos

CORPO ESTRANHO GÁSTRICO COMPLICAÇÕES Lesão de mucosa gastrite, úlcera Obstrução pilórica Pancreatite Peritonite derrame de conteúdo ou perfuração

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO ETIOLOGIA FLUXO GÁSTRICO Hipertrofia do antro pilórico congênita ou adquirida Neoplasia gástrica Doença fúngica granulomatosa (ficomicose, histoplasmose) Granuloma eosinofílico Corpo estranho pilórico crônico Lesões externas neoplasia ou abscesso pancreático Desordens de motilidade (atonia gástrica)

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO HIPERTROFIA DO ANTRO PILÓRICO ESTENOSE PILÓRICA CONGÊNITA Cães braquicefálicos (Bulldog Inglês, Boston Terrier) e gatos Siameses Sintomas iniciam após desmame Hipertrofia concêntrica do músculo liso circular

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO HIPERTROFIA DO ANTRO PILÓRICO HIPERTROFIA ADQUIRIDA DO ANTRO PILÓRICO Raças pequenas (Poodle, Shi-tzu, Lhasa Apso, Pequinês) Animais de meia-idade, mais comum em machos Lesões polipóides ou aumento das rugas do antro Etiologia desconhecida

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO NEOPLASIA GÁSTRICA Adenocarcinoma (42 a 72%) Fibrossarcoma Leiomiossarcoma Linfoma, mastocitoma Prognóstico ruim

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO SINAIS CLÍNICOS Vômitos crônicos ou intermitentes, comida não digerida a parcialmente digerida Hematemese, perda de sangue nas fezes, anemia Depressão, anorexia, dor abdominal Neoplasia caquexia, icterícia Desidratação, desequilíbrio eletrolítico Pneumonia aspirativa

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO DIAGNÓSTICO FLUXO GÁSTRICO Clínico histórico / anamnese Exames laboratoriais excluir outras causas de vomito Ultra-sonografia Radiografia de tórax metástases e pneumonia aspirativa Radiografia simples e contrastada (contraste com comida) Endoscopia

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO TRATAMENTO CIRÚRGICO PILOROMIOTOMIA (FREDET- RAMSTEDT) Menos invasivo, indicado para obstruções menores Boa resposta na hipertrofia congênita

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO TRATAMENTO CIRÚRGICO PILOROPLASTIA HEINEKE-MIKULICZ Y-U (preserva a motilidade)

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO FLUXO GÁSTRICO TRATAMENTO CIRÚRGICO RESSECÇÃO (PILORECTOMIA) GASTRODUODENOSTOMIA (BILLROTH I) GASTROJEJUNOSTOMIA (BILLROTH II) Indicados em neoplasia, tecido granulomatoso e úlcera perfurada Procedimentos complicados e demorados Complicações: lesões iatrogênicas ao pâncreas, sistema biliar extra-hepático e aporte sangüíneo local

OBSTRUÇÃO CRÔNICA DO COMPLICAÇÕES FLUXO GÁSTRICO Vazamento e deiscência de sutura (isquemia, tensão excessiva e material inadequado) peritonite Pancreatite (manipulação) e lesão de ductos pancreáticos Obstrução do ducto biliar Persistência na obstrução gástrica erro de técnica Ulceração na margem da lesão Recidiva tumoral Refluxo duodenal