REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS. Síntese das Principais Atividades Exercício de 2013

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Transcrição:

REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS Síntese das Principais Atividades Exercício de 2013

Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação Associação das Pioneiras Sociais Conselho de Administração Aloysio Campos da Paz Júnior Presidente Carlos Átila Álvares da Silva Secretário-Executivo Aécio Neves da Cunha Álvaro Massao Nomura Ana Dubeux Andrucha Waddington Anne-Lise Christensen Carlos Eduardo Gabas Hermano Vianna Jorge Viana José Paulo Sepúlveda Pertence Leandro Augusto Marques Coelho Konder Lúcia Willadino Braga Marc Forman Sigmaringa Seixas Stanilas Dahaene Vera Maria Flexa Ribeiro Diretoria Lúcia Willadino Braga Presidente e Diretora-Executiva Vera Lúcia Lawisch Diretora-Tesoureiralo Álvaro Massao Nomura Diretor-Executivo Adjunto Luciana de Souza Pinto Alvarenga Rossi Diretora-Executiva Adjunta Santos Lobato Diretor-Tesoureiro-Adjunto

ÍNDICE APRESENTAÇÃO... 5 I. Objetivo 1º - ASSISTÊNCIA MÉDICA E REABILITAÇÃO... 7 1. Serviços prestados... 7 1.1. Serviços prestados... 7 1.2. Atendimentos a pacientes e atividades realizadas... 8 1.3. Universalidade dos atendimentos... 9 2. Indicadores de Rendimento e de Qualidade... 10 2.1. Rendimento hospitalar... 10 2.2. Controle de infecções... 10 2.3. Desempenho na Reabilitação Neurológica e na Neurorreabilitação em Lesão Medular 11 2.4. Satisfação dos pacientes... 12 2.5. Padronização e banco de preços... 12 II. Objetivo 2º - FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL... 15 1. Estudantes e profissionais externos à Rede... 15 2. Profissionais da Rede SARAH... 16 3. Visitas de instituições públicas... 17 III. Objetivo 3º - AÇÃO EDUCACIONAL E PREVENTIVA... 19 IV. Objetivo 4º - DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS, NORMAS TÉCNICAS E AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS... 23 V. SÍNTESE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA... 25 1. Valor do Contrato de Gestão... 25 2. Recursos... 25 3. Execução orçamentária... 25

APRESENTAÇÃO Em cumprimento à sua finalidade institucional de prestar assistência médica qualificada e gratuita a todos os níveis da população, prevenir doenças, formar recursos humanos e desenvolver pesquisas, o presente Relatório descreve as principais atividades realizadas pela Associação das Pioneiras Sociais, Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação, no ano de 2013, comparando-as às metas e aos indicadores estabelecidos no Plano de Trabalho do Contrato de Gestão para o exercício. As atividades realizadas e os padrões de qualidade alcançados estão diretamente relacionados às propostas que foram pactuadas em relação a cada um dos quatro objetivos estratégicos do Contrato de Gestão. Adicionalmente, expõe-se de forma sintética a evolução das metas, dos indicadores e dos resultados referentes à assistência médica e aos demais objetivos no exercício. Juntamente com a descrição das atividades de cada objetivo estratégico são apresentados alguns indicadores dos principais resultados alcançados desde o início do novo modelo de gestão. Em 2013, as metas e os indicadores qualitativos e quantitativos pactuados no Programa de Trabalho do Contrato de Gestão para o exercício foram cumpridas. Dos pacientes atendidos 98,3% classificaram como bom ou ótimo o atendimento recebido. Os indicadores de qualidade técnica e de rendimento hospitalar também superaram os padrões definidos para o período. 5

I. Objetivo 1º: ASSISTÊNCIA MÉDICA E REABILITAÇÃO Objetivo Estratégico 1º: Prestar assistência médica qualificada e gratuita à população, mantendo em funcionamento, consolidando e melhorando a resolutividade, eficácia e eficiência da Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação. 1. SERVIÇOS PRESTADOS 1.1. Serviços prestados em 2013 Os serviços de assistência médica e de reabilitação, por grupo de atividades e por semestre, realizados em 2013, estão indicados na Tabela 1, comparativamente às metas estabelecidas no programa de trabalho. As atividades realizadas no exercício superaram a meta consolidada de atividades em 5,4%. Relativamente aos grupos de atividades médicas e de reabilitação, o alcance da respectiva meta varia de 99,4% para os serviços de auxílio ao diagnóstico e terapia, até 113,2% para as cirurgias. Tabela 1 - Atividades médicas e de reabilitação - 2013 Atividades médicas Meta 1º sem 2º sem Total Res/Meta e de reabilitação Consultas 336.100 174.362 187.534 361.896 107,7 Outros atendimentos de nível superior 11.546.000 5.808.449 6.414.126 12.222.575 105,9 Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia 1.051.290 524.652 519.822 1.044.476 99,4 a) Usuários internos 236.590 110.015 105.854 215.869 91,2 b) Usuários externos 814.700 414.637 413.968 828.607 101,7 Internações 15.410 8.990 8.642 17.632 114,4 Cirurgias 8.120 4.460 4.731 9.191 113,2 TOTAL 12.956.920 6.520.913 7.134.855 13.655.770 105,4 7

Após duas décadas de expansão nos anos 1990 e 2000, a Rede SARAH entra em uma fase de estabilidade, de renovação e aprimoramento dos recursos humanos, em que se busca o contínuo melhoramento das técnicas e da qualidade do atendimento, mantendo o volume de atividades, sem ampliação da estrutura física. A ampliação da Rede foi realizada com grande investimento em treinamento e formação de novos profissionais de todas as áreas. Os programas de educação continuada permitiram que todos os profissionais se mantivessem atualizados, acompanhando as novas descobertas científicas e o consequente avanço tecnológico. 1.2. Atendimentos a pacientes e atividades realizadas Adicionalmente aos resultados alcançados, segundo os termos contratuais e os indicadores propostos no Programa de Trabalho de 2013, a Tabela 2 indica a evolução ocorrida, desde 1996, do número de atendimentos a pacientes e do número de atividades médicas e de reabilitação realizadas. Para esta tabela utilizou-se como ano base 1996, pois neste ano implantou- -se o prontuário eletrônico e iniciou-se o acompanhamento por TI da série histórica padronizada de pacientes e atividades. Tabela 2 - Atendimentos a pacientes e atividades realizadas Itens 1996 2013 Atendimentos a pacientes 623.279 1.593.385 Atividades realizadas 8.616.641 19.164.345 Os dados acima evidenciam que em 2013, o número de atendimentos a pacientes equivale a 256% do realizado em 1996; em relação às atividades médicas e de reabilitação, a proporção 2013/1996 atingiu 222%. Porém, tão importante quanto o crescimento do número de pacientes que oportunizou os serviços públicos a uma gama muito maior de brasileiros é a manutenção dos padrões de qualidade em cada atividade realizada na Rede SARAH. 8

1.3. Universalidade dos atendimentos a) Perfil econômico Na tabela a seguir compara-se o perfil econômico dos pacientes atendidos com a distribuição da população brasileira segundo classes indicadas por faixas de rendimento (salário mínimo). O perfil econômico dos pacientes (critério de avaliação da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa - ANEP) baseia-se em pesquisa realizada junto à amostra de 1.672 pessoas, utilizando inferência de erro máximo igual a 2,4% e com 95% de confiança. Tabela 3 - Classificação econômica Classificação Rede SARAH A (acima de 25 salários) 6% B (entre 10 e 25 salários) 28% C (entre 4 e 10 salários) 50% D (entre 2 e 4 salários) 15% E (até 2 salários) 1% Distribuição do perfil econômico* dos pacientes atendidos na Rede SARAH em 2013*** Na Rede SARAH, os serviços de assistência médica e de reabilitação são prestados em atendimento a todos os pacientes sem qualquer distinção. Como se observa na figura acima, a população que foi atendida em 2013 praticamente não apresenta diferenças em relação à distribuição da população brasileira. b) Usuários atendidos por Região e Município de origem Os pacientes atendidos até 2013 eram provenientes de 4.572 diferentes municípios, equivalendo a 82% de todas as comarcas brasileiras, comparativamente a 52% no ano de 1996. Nesse intervalo, houve acréscimo de pacientes oriundos de 1.644 novos municípios. Tabela 4 Evolução dos municípios atendidos - 1996 a 2013 1996 2001 2007 2013 Municípios Brasil* 5.583 5.583 5.583 5.583 Municípios atendidos 2.928 3.602 4.191 4.572 % 52 65 75 82 * Tomou-se com base o número de municípios de 2013, segundo o IBGE. Para o DF, considerou-se as 19 regiões administrativas 9

No mapa do Brasil, ao lado, está indicado o percentual dos municípios de cada região, que contam com pacientes que são atendidos na Rede. Em relação às municipalidades de cada Estado em que se localizam as Unidades da Rede, observa-se que vem ocorrendo ampliação gradual da cobertura, com usuários oriundos de quase todos os municípios, conforme tabela a seguir. Tabela 5 Municípios atendidos Unidades BSB* BHZ RIO SSA FOR SLZ MCP BEL 2013 Brasil Municípios na UF 19 853 92 417 184 217 16 143 1.941 5.583 Municípios atendidos 19 826 91 417 184 216 16 138 1.907 4.572 % 100 97 99 100 100 99 100 97 98 82 * Consideradas as regiões administrativas 2. INDICADORES DE RENDIMENTO E DE QUALIDADE Região Norte Região Nordeste Região Sudeste Região Centro-oeste Região Sul 90% 84% 97% 85% 65% 2.1. Rendimento Hospitalar São a seguir abordados os indicadores cujas metas constam do Plano de Trabalho de 2013 do presente Relatório, como o rendimento hospitalar, a qualidade técnica e da assistência médica e de reabilitação prestada aos pacientes internos e externos. A taxa de ocupação consolidada de leitos da Rede, em 2013, alcançou a 76%, mantendo-se entre a mínima de 72% em Brasília e a máxima de 82% em Fortaleza. Estes percentuais atendem a padrões internacionais que definem taxas de ocupação entre 70% e 85%, para garantir segurança e qualidade no atendimento, além de manter uma reserva de leitos disponíveis em situações extremas de calamidade pública. 2.2. Controle de infecções No primeiro plano de trabalho do Contrato de Gestão, o Ministério da Saúde propôs o limite máximo de 2,5 por 100 pacientes-dia para infecção hospitalar e 2,5% para infecção em incisão cirúrgica limpa, baseado em padrões médios internacionais. Porém, como as taxas da Rede SARAH sempre registraram índices abaixo do limite fixado, apresentando gradual e contínua redução (Tabela 6), a partir de 2006, por proposta da Rede à Comissão de Avaliação do Contrato de Gestão, foi acordado que os padrões de qualidade passariam para o limite máximo de 1,5 casos por 100 pacientes-dia para infecção hospitalar e de 2,0% para a incidência de infecção em cirurgias limpas. Os resultados apresentados mostram que as taxas de infecção continuam sendo mantidas em níveis de excelência. 10

Tabela 6 Evolução dos indicadores de infecção da Rede SARAH Indicador 2001 2006 2013 Infecção hospitalar (casos por 100 pacientes-dia) 0,61 0,51 0,29 Supuração cirúrgica limpa (%) 1,40 0,76 0,94 As Comissões de Controle de Infecção em cada Unidade acompanham constantemente, por meio de busca ativa, cada registro e evidência de infecções. Assim, fazem o monitoramento e adotam medidas preventivas, com orientações constantes às equipes, visando reduzir ao mínimo possível tais ocorrências. A Tabela 7 reúne os indicadores dos registros de infecção hospitalar e de supurações em cirurgia limpa ocorridos em 2013, verificando-se que todas as Unidades atenderam plenamente aos padrões preconizados de infecção hospitalar (1,5 por 100 pacientes-dia) e de incisão cirúrgica limpa (2%) estabelecidos no Plano de Trabalho, com base na literatura internacional. Observa-se que a taxa de infecção em incisão cirúrgica limpa registrada na Rede (0,94%) é inferior a taxas registradas em países de reconhecido avanço econômico. Como exemplo, cita-se os Estados Unidos, que registraram taxa de 1% de infecção em cirurgia limpa ( American Journal of Infection Control, junho de 2009). Este fato também ocorre em relação à taxa de infecção hospitalar. A taxa registrada na Rede SA- RAH (0,29 por 100 pacientes-dia) situa-se no limite inferior da faixa (0,3 a 2,1 por 100 pacientes-dia) registrada pela Organização Mundial de Saúde ( The Hospital Infection Society, 1988) para 14 países, entre os quais se encontram Austrália, Dinamarca, Holanda, Espanha, China, Singapura e o Reino Unido. Tabela 7 Indicadores de infecção Unidades Indicador BSB BHZ SSA FOR SLZ Rede Infecção hospitalar* 0,44 0,20 0,27 0,26 0,17 0,29 Supuração cirúrgica limpa** 1,23% 0,87% 0,61% - 0,00% 0,94% * meta 1,5 por 100 paciente-dia ** meta 2,0% das incisões cirúrgicas limpas 2.3. Desempenho nos programas Reabilitação Neurológica e Neurorreabilitação em Lesão Medular Com referência ainda à qualidade técnica, além dos indicadores exigidos pelo Contrato de Gestão, continua em funcionamento, desde 1996, instrumento de avaliação desenvolvido por pesquisadores internacionais e denominado Funcional Independence Measure (FIM), que tem por objetivo avaliar a evolução dos pacientes dos programas de reabilitação neurológica (lesão medular e cerebral). 11

O programa considera a mensuração do desempenho que foi alcançado pelos pacientes em decorrência das atividades realizadas nos programas de reabilitação desenvolvidos na Rede. Tal acompanhamento se torna possível, pela coleta de dados da internação até a alta hospitalar, subsidiando, assim, de forma objetiva, a avaliação da eficácia das atividades desses programas no tratamento de cada uma das situações, visando seu contínuo aperfeiçoamento. 2.4. Satisfação dos pacientes A pesquisa sobre a satisfação com o atendimento recebido de pacientes internos e externos tem sido instrumento fundamental para identificar os aspectos que precisam ser aprimorados nos atendimentos, o que vai contribuir para assegurar a qualidade dos serviços prestados. A opinião é colhida pelo Centro Nacional de Controle de Qualidade CNCQ, por meio de entrevistas semestrais com pacientes amostrados por métodos estatísticos que asseguram a representatividade do universo atendido em cada Unidade da Rede. Dentre as questões abordadas incluem-se a classificação atribuída ao atendimento recebido e o estado em que o paciente se sente após o tratamento, além de outros aspectos relevantes que irão contribuir para uma melhor análise da qualidade do trabalho realizado na Rede. Em 2013 foram entrevistados 3.497 pacientes. A assistência prestada foi classificada como boa ou ótima por 98,6% dos pacientes no 1º semestre; e por 98,1% deles no 2º semestre, alcançando a média de 98,4% no exercício. O percentual atingido pela Rede SARAH, de classificação do atendimento como bom ou ótimo, é bastante expressivo, sendo ainda mais relevante quando comparado aos resultados de pesquisas semelhantes alcançados por países como Canadá (84%, International Journal for Quality in Health Care, 2008) e Alemanha (80%, International Journal for Quality in Health Care, 2011). As apurações das pesquisas de opinião demonstram a manutenção e a gradual melhoria da avaliação dos pacientes em relação aos serviços prestados, como se observa na tabela abaixo. Tabela 8 Evolução dos resultados das pesquisas de opinião dos pacientes Indicador 2001 2006 2013 % de classificações: BOM + ÓTIMO 96,5% 97,8% 98,3% Total de entrevistados 1.201 3.285 3.497 2.5. Padronização e banco de preços Em 2001 foi iniciada a aplicação de indicador de padronização de materiais médico-hospitalares e de medicamentos, bem como o acompanhamento e a alimentação sistemática do banco de preços do Ministério da Saúde. 12

O índice de padronização de materiais e medicamentos, inicialmente fixado em 50% para os materiais e 70% para os medicamentos, foi alterado a partir de 2006, passando para 85% tanto para materiais quanto para medicamentos. A tabela a seguir indica que foi alcançada padronização superior aos índices mínimos estabelecidos. Tabela 9 Padronização de material e medicamentos - em % Itens 2001 2003 2006 2012 2013 Material meta 50 75 85 85 85 observado 91,2 97,8 97,6 99,7 99,5 Medicamento meta 70 75 85 85 85 observado 85,3 94,6 95,7 99,9 99,6 Atualmente os preços de todos os materiais adquiridos e serviços que são contratados na Rede SARAH são divulgados em site institucional específico para este fim. 13

II. Objetivo 2º: FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Objetivo estratégico 2º: Desenvolver, em cooperação com o Ministério e outras instituições, programas de formação e qualificação nos níveis superior, médio e básico para estudantes e profissionais de hospitais públicos e, excepcionalmente, filantrópicos e manter programa de educação continuada para os profissionais da Rede SARAH. 1. ESTUDANTES E PROFISSIONAIS EXTERNOS À REDE Durante o ano de 2013, o programa de formação e qualificação de estudantes e profissionais externos à Rede SARAH contou com 6.940 participações nas atividades oferecidas na forma a seguir indicada. 4.314 participações de estudantes e de profissionais externos de nível superior, médio e básico em palestras e cursos ministrados por profissionais da Rede SARAH. O cálculo foi baseado no número total de participantes nesses eventos. Cabe destacar aqui o treinamento para habilitação de atendimento de pacientes com fenilcetonúria que foi ministrado para profissionais (médicos, assistente social e nutricionistas) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (Hospital de Base, Hospital da Criança e Hospital Materno Infantil de Brasília), que compareceram ao SARAH Centro para participarem da atividade. Ressalta-se ainda a participação dos fisioterapeutas do Governo do Estado de Rondônia, que cumpriram um programa de visita técnica de oitenta horas, com o objetivo de atualizar conhecimentos em relação às técnicas de fisioterapia aplicadas à reabilitação. Esses profissionais serão multiplicadores dos conhecimentos adquiridos e atuarão no futuro centro de reabilitação do estado. 941 participações em programas de estágio que correspondem ao somatório mensal de estagiários externos em atividade na Rede SARAH, provenientes de instituições nacionais e internacionais. 547 participações relacionadas à etapa de treinamento dos processos de seleção pública para os cargos da Rede SARAH, compreendendo atividades de capacitação profissional específicas a cada cargo e a participação ativa do candidato em situações reais de trabalho. O quantitativo final apresentado corresponde ao somatório mensal de profissionais em atividade de treinamento. 15

11 participações em visitas técnicas, sendo consideradas as atividades realizadas com estudantes e profissionais graduados, com a duração mínima de uma semana. O objetivo é apresentar o trabalho realizado na Rede SARAH: o visitante acompanha diretamente as atividades desenvolvidas no programa de seu interesse, mediante um cronograma previamente estabelecido. O dado corresponde ao número de visitantes recebidos. 1.127 participações em programa de educação profissional, voltado para o desenvolvimento de atividades teóricas e práticas, destinadas a jovens na faixa etária de 18 a 20 anos, com o objetivo de assegurar a sua qualificação profissional nas áreas de saúde, tecnologia da informação, produção tecnológica de equipamentos e de tecnologia da construção industrializada. O dado equivale ao somatório mensal de aprendizes. 2. PROFISSIONAIS DA REDE SARAH O processo de capacitação dos profissionais da Rede ocorre por meio de participação em atividades internas ou em atividades oferecidas por instituições externas. No ano de 2013, foram realizadas 12.267 atividades, a seguir relacionadas. 11.485 participações no programa de desenvolvimento e capacitação profissional, englobando atividades de atualização, capacitação e reciclagem, em diferentes especialidades. As atividades podem ser ministradas por instrutoria interna ou externa. O quantitativo relacionado corresponde ao somatório de participações em atividades de capacitação e desenvolvimento. 16

706 participações no programa de eventos externos. São consideradas as participações dos profissionais da Rede SARAH em congressos, cursos e simpósios oferecidos por instituições externas. O dado equivale ao número total dos profissionais participantes em eventos. 76 profissionais da Rede SARAH relacionados no programa de incentivo à participação em cursos de pós-graduação. Esse número corresponde aos profissionais participantes de cursos de mestrado e doutorado em 2013. 3. VISITAS DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS Durante o ano de 2013, 695 profissionais de diferentes áreas visitaram a Rede SARAH, provenientes de 81 instituições públicas do país. As visitas têm por objetivo apresentar o modelo de organização do trabalho realizado na Rede SARAH, bem como seus princípios institucionais. A Rede SARAH recebeu profissionais da Fundação Hemocentro de Brasília, com o objetivo de conhecerem o sistema de gestão de estoque utilizado nos almoxarifados da Rede SARAH e o método adotado para a padronização dos materiais médico-hospitalares. Destaca-se a visita da equipe do Hospital da Criança de Brasília, com o objetivo de conhecer as instalações físicas voltadas para a Reabilitação, o processo de trabalho utilizado no pool de transcrição, bem como os procedimentos para a marcação de consultas. Foi recebida, também, a visita de enfermeiros do Hospital de Base do Distrito Federal, com o objetivo de conhecer a gestão do serviço de enfermagem no Centro Cirúrgico. Outras instituições de ensino também realizaram visita à Rede SARAH como a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade de Brasília (UNB) e Instituto Federal de Brasília (IFB), com o objetivo de conhecer os programas de reabilitação da Rede. A pedido da Coordenadora Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, realizaram visita à Oficina Ortopédica três arquitetos que estão trabalhando no projeto de Centros de Reabilitação. Foram recebidos, ainda, arquitetos e engenheiros civis da Coordenação de Arquitetura e Engenharia do Ministério Público do Trabalho, que iniciaram o Projeto de Arquitetura da Sede da Procuradoria-Geral do Trabalho e tinham como objetivo conhecer a arquitetura e a engenharia do hospital. Outras visitas a serem relacionadas são da Secretaria de Saúde do Estado do Acre, Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Secretaria de Cultura do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal e Câmara Municipal de Cachoeira (RS), com o objetivo de conhecer as instalações físicas e identificar a proposta de Reabilitação do Hospital SARAH. 17

III. Objetivo 3º: AÇÃO EDUCACIONAL E PREVENTIVA Objetivo Estratégico 3º: Exercer ação educacional na sociedade e prestar assessoria técnica ao Poder Público, visando prevenir a ocorrência das principais patologias atendidas na Rede SARAH. O programa de educação e prevenção de acidentes implementado em atendimento ao 3º objetivo estratégico - desenvolver ações destinadas a prevenir a ocorrência das principais patologias atendidas - está ancorado em princípios da Rede SARAH que são de ATUAR na sociedade para prevenir a incapacidade e a deformidade (...); e de TRANSFORMAR cada pessoa em agente de sua própria saúde. Em 1997, foi realizada pesquisa junto aos pacientes internados nos programas de reabilitação neurológica em lesão medular e lesão cerebral que indicou como principais causas das lesões: acidentes de trânsito para mais de metade dos internados; seguindo-se armas de fogo e mergulhos em águas rasas. Verificou-se que quase metade dos internados pertencia à faixa etária de 10 a 29 anos, faixa etária que corresponde ao período de maior investimento intelectual e de ingresso no mercado de trabalho. Assim, a grave incapacitação física e/ou intelectual decorrente dessas lesões acarreta para o país elevado ônus da perda de valiosos anos de vida produtiva, além do ônus do custo do tratamento médico-hospitalar que, em parte significativa dos casos, se estenderá por toda a vida. Deu-se então início, em 1997, ao Programa de Educação e Prevenção de Acidentes, voltado ao atendimento de jovens do Distrito Federal, tendo sido gradualmente ampliado até esgotar a capacidade, alcançando parte significativa da rede escolar do DF. A partir do 2º semestre de 2008, por sugestão da Comissão Interministerial de Acompanhamento e Avaliação do Contrato de Gestão, passou o Programa a ser desenvolvido também para atender a jovens nas cidades de Belo Horizonte, Salvador e São Luís, sendo estendido a partir de meados do 1º semestre de 2010 também para Fortaleza. No início o Programa priorizava o atendimento a alunos de 2ª e 3ª séries de Ensino Médio, buscando orientá-los sobre riscos e cuidados na direção dos veículos. As aulas foram então gradualmente estendidas a alunos do ensino fundamental, considerando que a formação de conceitos, hábitos e atitudes se consolidam antes dos alunos ingressarem no Ensino Médio. As ações educacionais de prevenção vêm focando como público alvo os jovens do ensino fundamental. A priorização dessa faixa etária tem por finalidade cultivar e aplicar, no contexto escolar, valores e ações de prevenção, além de disseminar tais informações junto aos familiares dos jovens. Em linguagem simples, são repassados conceitos sobre o funcionamento da medula e do cérebro e as consequentes implicações dos traumas. 19

Antes do início do ano letivo, as escolas recebem uma carta convite disponibilizando calendário e horário das palestras, para que os professores programem participação, de acordo com o período conveniente, visando à continuidade do desenvolvimento do assunto tratado na própria escola. Assim, os temas abordados passam a ser vivenciados nas atividades em casa, na escola e há aplicação pedagógica. Os conteúdos abordados conferem especial ênfase aos impactos humanos e sociais dos acidentes e sua relação com a vida, abordando as diferentes formas de limitações decorrentes dos acidentes. Conforme pesquisa realizada em 2013, destinada a subsidiar elaboração do programa de prevenção, as internações decorrentes de causas traumáticas externas tiveram a seguinte composição nas Unidades da Rede: Etiologia BHZ BSB FOR SLZ SSA TOTAL Acidente de trânsito 52% 48% 38% 44% 44% 45% Lesão por arma de fogo 13% 18% 42% 20% 29% 21% Quedas 17% 17% 9% 12% 13% 16% Mergulho águas rasas 5% 6% 5% 2% 4% 5% Outros 13% 11% 6% 22% 10% 13% Os pacientes investigados caracterizaram-se por serem, em sua maioria, adultos jovens, do sexo masculino (80%), solteiros (57%), com escolaridade até o ensino fundamental (49%) e residentes em área urbana (88%). As Causas Externas vitimaram, majoritariamente, adolescentes e adultos, concentrando-se entre 15 e 39 anos de idade 70% dos casos registrados. A maior incidência isolada de casos de lesões por Causas Externas ocorreu na faixa de 30 a 39 anos, seguido de perto pelas faixas de 20 a 24 anos e também de 25 a 29 anos. A idade média da população investigada foi de 29 anos (desvio padrão de 14 anos). Outros aspectos relevantes das internações por causas traumáticas são: Os acidentes de trânsito constituem a primeira causa de lesão nas faixas etárias de 5 a 14 anos (61% das internações), de 15 a 29 anos (57%) e de 30 a 49 anos (55%). Na faixa etária de 15 a 29 anos, a segunda causa de lesão é decorrente de agressões por arma de fogo (35%). No grupo com idade maior que 50 anos, as quedas constituem a principal causa de lesão, correspondendo a 51% dos casos. Em função das características das internações acima descritas, os conteúdos abordados focam os acidentes de trânsito, quedas, mergulhos e agressões por arma de fogo. 20

As palestras abordam noções sobre o aparelho locomotor, o sistema nervoso central, a importância do bom funcionamento da medula e do cérebro e, portanto, as repercussões dos acidentes que podem ocorrer na prática, não só por desastres com veículos automotores ou por mergulhos em águas rasas, mas também por brincadeiras perigosas, manuseio de armas e por ações de violência. Em 2013, assistiram às palestras 103.612 alunos, oriundos de escolas públicas e privadas, tendo sido distribuídos 368.284 folhetos e folders explicativos e de orientação, distribuídas nas cinco Unidades: Brasília contou com 28.389 alunos sendo entregues mais de 108 mil folhetos; Em Belo Horizonte a freqüência foi de 17.823 alunos e o material entregue foi de mais de 56 mil folhetos; Salvador teve a presença de 16.689 alunos, e foram distribuídos mais de 58 mil folhetos; Em São Luís a freqüência foi de 17.311 participantes que tiveram à sua disposição mais de 62 mil folhetos; E, em Fortaleza os participantes somaram 23.400 sendo-lhes entregue quase 82 mil folhetos. 21

IV. Objetivo 4º: DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS, NORMAS TÉCNICAS E AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS Objetivo Estratégico 4º: Desenvolver pesquisas científicas, normas técnicas e avaliação de tecnologias e equipamentos hospitalares, divulgando os resultados, nacional e internacionalmente. Em 2013 foram publicados e apresentados, em âmbito nacional e internacional, 65 trabalhos científicos, desenvolvidos por profissionais de diferentes áreas técnicas da Rede SARAH. Os trabalhos de pesquisa produzidos pelos profissionais seguem normas pré-estabelecidas, sendo acompanhados e avaliados por comitês internos, para assegurar a qualidade da produção científica da Rede. Os comitês são constituídos por profissionais de referência de diferentes campos de atuação. O Comitê de Trabalhos Científicos é responsável pela orientação técnica e pelo acompanhamento metodológico, enquanto a Comissão de Ética e Pesquisa realiza a avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos relacionados a cada projeto. 23

V. SÍNTESE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 1. VALOR DO CONTRATO DE GESTÃO EM 2013 Em atendimento aos termos do inciso IV do artigo 3º da Lei nº 8.246/91, foi encaminhada proposta de orçamento-programa para 2013, no montante de R$ 783.700.000,00 para manter o funcionamento das Unidades da Rede SARAH no país. O anteprojeto da Lei de Orçamento enviado ao Congresso Nacional consignou o valor de R$ 743.000.000,00 para a manutenção do Contrato de Gestão. O Congresso Nacional acolheu Emendas Coletivas da Comissão de Assuntos Sociais do Senado e da Bancada do Distrito Federal e mais 121 emendas individuais de Senadores e Deputados somando R$ 69.100.000,00 ao anteprojeto aprovado. Desta forma, nos termos da Cláusula IV do Contrato de Gestão, a dotação líquida para execução no ano de 2013 foi de R$ 812.100.000,00. 2. RECURSOS 99,1% da dotação orçamentária líquida anual foi executada integralmente. Os recursos oriundos de inscrições em processos seletivos, dividendos de participações acionárias com as linhas telefônicas, rendimentos financeiros de aplicações de disponibilidades, bem como de outros ressarcimentos efetuados, somaram em 2013 o valor de R$ 30,4 milhões. Macapá Belém São Luís Fortaleza Salvador Brasília e Lago Norte 3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA A composição dos gastos com Pessoal, com a manutenção e funcionamento das Unidades, com reformas e com a aquisição de equipamentos está relacionada a seguir: a) 80,6% com despesas de pessoal, sendo considerados valores referentes a remunerações, benefícios e encargos sociais e trabalhistas, além de despesas com viagens e hospedagem, valores de bolsas pagas a profissionais em treinamento e demais gastos com formação e treinamento; Belo Horizonte Rio de Janeiro b) 15,2% referentes a gastos com custeio, despesas tributárias e despesas financeiras. Estão compreendidas todas as despesas para o funcionamento da Rede, como medicamentos, materiais hospitalares, de escritório e demais insumos; contratação de serviços de natureza pública como água e saneamento, energia elétrica e telecomunicação e de natureza privada referentes à assistência técnica para manutenção de equipamentos, de sistemas, além dos demais serviços e gastos tributários e financeiros; 25

c) 4,2% referentes à aquisição de equipamentos, bem como para a realização de reformas e novas instalações. Registra-se, ainda, a quantia de R$ 31,3 milhões, relativa aos registros contábeis de depreciação do ativo permanente e de variações cambiais. 26

REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO ASSOCIAÇÃO DAS PIONEIRAS SOCIAIS O presente relatório foi inteiramente elaborado na Rede SARAH de Hospitais.