TÍTULO: COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO INTERPESSOAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS

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Transcrição:

TÍTULO: COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO INTERPESSOAL ENTRE PROFESSORES E ALUNOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO AUTOR(ES): GUILHERME DA SILVA DOS SANTOS ORIENTADOR(ES): LIDIANE DIA DOS ANJOS

RESUMO: INTRODUÇÃO: A comunicação é o meio facilitador que possibilita a interação entre professor-aluno, assim, o diálogo é a base do processo de aprendizagem (SILVA, 2001). É fundamental a valorização por parte do professor, do bom diálogo, da troca e da própria relação interpessoal, reconhecendo o papel a ser mantido com seu aluno (SCHERER, 2006). OBJETIVO: Identificar os fatores que dificultam a comunicação e relação entre professores e alunos. MÉTODO: Foi realizado um estudo de caráter descritivo e exploratório, de campo, transversal com abordagem quantitativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O fator principal do desequilíbrio desta relação e comunicação, é a falta do diálogo entre as partes em questão (professores e alunos), cerca de 87,5% - 229 alunos, e 75% - 6 professores, entrevistados nesta pesquisa, concordaram com este fator. CONCLUSÕES: Os fatores citados neste estudo, interferem na comunicação e relação entre professores e alunos, consequentemente, influenciam de forma negativa o processo de ensinoaprendizagem. Palavras chave: Comunicação; Relação; Professores; Alunos. INTRODUÇÃO Nossos antepassados utilizavam pinturas feitas nas paredes das cavernas para se comunicarem, afim de retratar situações do cotidiano e descrever algumas técnicas de caça, estas foram denominadas pinturas rupestres. Contudo, só depois de muitos estudos foi possível comprovar que o principal objetivo destas pinturas era transmitir conhecimento que era adquirido ao longo do tempo para as futuras gerações (ALMEIDA,2008). Assim evidencia-se que os primórdios já existia preocupação no passar conhecimento para o próximo, compartilhar técnicas profissionais e pessoais para o crescimento intelectual e social a quem era dirigido tais mensagens. Baseado nestes fatos, sabe-se que a comunicação muito facilita a interação entre professor-aluno, e o diálogo entre esses é a base do processo de aprendizagem (SILVA, 2001), é importante que o professor valorize o bom diálogo, a troca, a própria relação interpessoal, reconhecendo o papel a ser mantido com seu aluno diante dessa interação, acreditando que é possível passar para seus alunos o conteúdo da matéria por meio de conversas, discussões sadias, sempre trocando ideias com seus aprendizes (SCHERER, 2006), e não somente utilizar da comunicação unidirecional, em que apenas o educador fala e o aluno escuta. A sala de aula pode ser um lugar

de descontração, afetividade e respeito entre ambos, em que as adversidades individuais devem ser reconhecidas, valorizadas e respeitadas, pois a união destes fatores são o que estimulam a construção do conhecimento (ROCHA, 1999). Segundo Carvalho (1995), nem todos os professores estão preparados para ser educadores conscientes de suas funções. Além do conhecimento específico de sua área, o professor deve ter habilidade para ensinar e educar e, para tal vem um auxílio direto da educação. OBJETIVO Identificar os fatores que dificultam a comunicação e relação entre professores e alunos. METODOLOGIA Foi realizado um estudo de caráter descritivo e exploratório, de campo, transversal com abordagem quantitativa. DESENVOLVIMENTO O estudo foi realizado no Centro Universitário Módulo campus Martin de Sá, localizado na cidade de Caraguatatuba, São Paulo. A população foi constituída por 261 alunos e 8 professores do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Módulo. Antes de iniciar a coleta de dados, o projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comissão de Ética e Pesquisa da Universidade Cruzeiro do Sul, sob protocolo CAAE: 045_2016. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi elaborado respeitando os princípios da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, com linguagem clara e acessível aos sujeitos da pesquisa, incluindo informações sobre os objetivos e finalidades do estudo, a garantia do anonimato, o sigilo e confidencialidade dos dados, quanto aos possíveis desconfortos e riscos, os benefícios esperados, a liberdade de participar ou não, bem como a possibilidade de recusar-se a participar qualquer momento sem que ocorra nenhum prejuízo (BRASIL, 2013). Para coleta de dados foram utilizados dois questionários, um questionário direcionado ao professor e o outro ao aluno. Cada questionário era composto por duas partes, na primeira parte constavam dados sócio demográficos como idade, sexo,

formação e na segunda parte, dados relacionados a comunicação e relacionamento interpessoal. RESULTADOS Tabela 1 - Dados Sociodemográficos dos discentes. Caraguatatuba, 2015. Variáveis N (%) Idade/Anos 18 26 109 41,8 26 32 66 25,3 32 40 54 20,7 40 48 27 10,3 48 ou mais 5 1,9 Sexo Feminino 228 87,4 Masculino 33 12,6 Situação Conjugal Casado 82 31,4 Solteiro 147 56,3 Separado 9 3,4 Viúvo 2 0,8 Divorciado 11 4,2 Outros 10 3,8 Profissão Auxiliar de Enfermagem 14 5,4 Técnico (a) de Enfermagem 68 26,1 Estudante 98 37,5 Outros 81 31,0 Ao verificar os dados da Tabela 1, pode-se notar que a idade mínima entre os alunos é de 18 anos e a máxima 59 anos, tendo uma idade média de 27,9 anos. Havendo uma frequência maior de alunos com idade entre 18 a 24 anos. Tabela 2 Dados Sociodemográficos dos docentes. Caraguatatuba, 2015.

Variáveis N (%) Idade/Anos 28 33 3 37,5 33 38 2 25,0 38 43 1 12,5 43 48 1 12,5 48 ou mais. 1 12,5 Total 8 100,0 Sexo Feminino 7 87,5 Masculino 1 12,5 Total 8 100,0 Situação Conjugal Casado 6 75,0 Solteiro 0,0 Separado 1 12,5 Viúvo 0,0 Divorciado 1 12,5 Outros 0,0 Total 8 100,0 Profissão Enfermeira 4 50,0 Oceanologa 1 12,5 Fisioterapeuta 1 12,5 Biologa 1 12,5 Químico/Professor Total 1 8 12,5 100,0 Observa-se pela tabela 3, que a idade média entre os docentes é de 36,5 anos. Sendo a idade máxima 51 anos e a mínima 28 anos. A maior prevalência de idade está entre 28 anos a 33 anos. Grande parte do corpo docente é composto de Enfermeiras (50%). Tabela 3 Dados relacionados aos fatores que interferem na comunicação aluno professor, segundo os discentes. Caraguatatuba, 2015. Variáveis N (%) Fatores que interferem na Conversa exagerada em sala de aula. 182 69,7 comunicação e relação entre Falta de interesse dos alunos. 179 68,6 professores e alunos. Vergonha por parte do aluno em falar com o professor. 153 58,6 Dificuldade dos alunos em 116 44,4 comunicar-se. Falta de Interesse dos professores. 95 36,4

Falta de compreensão do aluno. 88 33,7 Falta de respeito mútuo. 83 31,8 Falta de compreensão do professor. 79 30,3 Autoritarismo dos professores. 71 27,2 Ausência de empatia. 67 25,7 Dificuldade do professor em 62 23,8 comunicar-se. Dificuldade na separação entre a 61 23,4 vida pessoal da profissional. Ausência de Incentivo por parte do 51 19,5 professor. Uso de modernidade e tecnologias. Total 49 261 18,8 100,0 Para os discentes, (N= 182; 69,7%) o fator principal que gera dificuldades na comunicação de alunos e professores é a conversa exagerada dentro da sala de aula, mesmo fator mencionado pelos docentes. Seguido de (N=179; 68,6%) a falta de interesse dos alunos e a vergonha por parte dos alunos em falar com seu professor (N= 153; 58,6%). A vergonha por parte do aluno em falar com seu professor, é uma grande causa de interferência na comunicação e relação interpessoal entre ele e seu professor, podendo gerar dificuldade por parte dos alunos em comunicar-se, fator este que totalizou (N= 116; 44,4%) das indicações. Tabela 4 Dados relacionados aos fatores que interferem na comunicação aluno professor, segundo os docentes. Caraguatatuba, 2015. Variáveis N (%) Fatores que interferem na comunicação e relação entre professores e alunos. Conversa exagerada em sala de 7 87,5 aula. Falta de interesse dos alunos. 6 75 Vergonha por parte do aluno em falar com o professor. 6 75 Dificuldade dos alunos em 4 50 comunicar-se. Falta de Interesse dos professores. 4 50 Falta de compreensão do aluno 3 37,5 Falta de respeito mútuo. 3 37,5 Falta de compreensão do professor 3 37,5 Autoritarismo dos professores. 3 37,5 Ausência de empatia. 3 37,5 Dificuldade do professor em 2 25 comunicar-se.

Dificuldade na separação entre a 2 25 vida pessoal da profissional. Ausência de Incentivo por parte do 2 25 professor. Uso de modernidade e tecnologias. 1 12,5 Total 8 100,0 Observou-se que os três principais fatores que interferem na comunicação e relação interpessoal entre os professores e seus alunos, segundo os docentes é a conversa exagerada em sala de aula (N= 7; 87,5%), que pode ser justificada pelo segundo item, falta de interesse dos alunos (N= 6; 75%). Em uma justificativa dada por um docente, um dos motivos que podem ser aceitos para justificar a origem da conversa exagerada dentro do ambiente de aula, é o não domínio por parte do professor, ou seja, dificuldade do professor em comunicar-se. Segundo Charlot (2012), o professor não deve apenas ensinar, mas fazer com que o aluno aprenda, ou seja, dizer que deu uma boa aula, mas os alunos não aprenderam nada, é algo delicado, pois se os alunos não conseguiram aprender a aula pode não ter sido tão aprazível. Vinculado a essa conduta, pode-se ter como consequência o desinteresse no aluno. Assim, acredita-se que um fator gere o outro, ocasionando um efeito dominó de fatores que, de acordo com os achados desta pesquisa, podem interferir de maneira negativa no processo de ensino-aprendizagem. Tabela 5 Dados relacionado a falta de diálogo, de acordo com os docentes e discentes. Caraguatatuba, 2015. Variável N (%) Você acha que a falta do diálogo pode ser uma das principais dificuldades na relação entre professores e alunos? (Docentes) Você acha que a falta do diálogo pode ser uma das principais dificuldades na relação entre professores e alunos? (Discentes) Sim 6 75 Não 2 25 Total 8 100 Sim 229 87,7 Não 33 12,6

Consta-se que, (N= 6; 75%) dos docentes acreditam também que a falta do diálogo pode ser uma das principais dificuldades na relação entre professores e alunos. Apenas (N= 2; 25%) indicaram, não, a mesma afirmação. Quando perguntados sobre a falta de diálogo, (N= 229; 87,7%) dos discentes da pesquisa, responderam que a ausência do diálogo pode ser uma das principais dificuldades na relação entre professores e alunos. É importante entender que a comunicação retrata a transmissão de uma informação para um ou mais indivíduos, e o diálogo está relacionado a troca de ideias, assim, muitas vezes ocorre a comunicação, mas o diálogo não. Hack (2010), aponta que em todo processo educacional deve ocorrer diálogo, e que o ensino não deve se limitar apenas à comunicação escrita do saber um estudo fundamentado exclusivamente em provas, atividades escritas e trabalhos. A maioria dos docentes entende que o diálogo é de suma importância para uma boa relação, sendo a base para um bom relacionamento. Relacionando os dois resultados, nota-se que ambos sentem que o diálogo é extremamente importante na relação entre eles, mas comparando com os resultados da tabela 03, na qual a vergonha e dificuldade dos alunos em comunicar-se foram indicados por grande parte dos alunos, evidencia-se que mesmo acreditando ser importante o diálogo, há uma barreira para a conquista deste. Tabela 6 Dados relacionados a disponibilização de um momento por parte dos docentes para exposição de ideias de seus alunos, segundo professores e alunos. Caraguatatuba, 2015. Variável N (%) Você acredita oferecer a atenção ao aluno no momento em que ele quer expor suas ideias? Os Professores em geral, lhe dão a atenção nos momentos em que você quer expor suas ideias? Sim 8 100 Não 0 0 Ás vezes 0 0 Total 8 100 Sim 162 62,1 Não 9 3,4 Ás vezes 87 33,3

Ao questionar o docente se o mesmo costuma oferecer atenção ao aluno no momento em que ele quer expor suas ideias, dos professores entrevistados (N= 8; 100%) responderam sim ao questionamento. E dos alunos, (N= 162; 62%) também responderam, sim, apontando que os professores sedem momentos para que eles possam expor suas ideias. Silva e Navarro (2012), afirmam que o professor deve dar espaço ao seu aluno, para que ele possa expor suas ideias, expressar suas dúvidas e questionamentos, assim o aluno sente-se seguro na relação entre ele e seu professor, disponibilizando confiança e acarretando melhor interesse pela aula e sua aprendizagem. Esses momentos são de grande importância para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, possibilitando a troca de experiências e conhecimentos entre ambos, o professor que até então está em um lugar de quem ensina, também aprende com o ponto de vista do aluno, possibilitando o mesmo a também ensinar, mesmo que intencionalmente. Para Freire (1996, p.52) ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Tabela 7 Dados referente ao posicionamento de ambas as partes da relação, mediante a insatisfação dos discentes. Variável N (%) Quando o aluno se sente insatisfeito com o professor ou com a aula, você costuma conversar para que que ele possa explicar o que está deixando-o incomodado? Quando se sente insatisfeito com o professor ou com a aula, você costuma conversar com o professor e expor o que está te deixando incomodado? Sim 6 75 Não 0 0 Ás vezes 2 25 Total 8 100 Sim 34 13,0 Não 155 59,4 Ás vezes 72 27,6 Nota-se que (N= 6; 75%) dos professores entrevistados costumam conversar com seus alunos a respeito do que está deixando-o insatisfeito, (N= 2; 25%) confessam que não é sempre que se dispõem a ter esta conversa. Ao serem questionados sobre quando não se sente satisfeito com o professor ou com as aulas ministradas por ele, (N= 155; 59,4%) dos alunos responderam que não costumam

conversar com seus professores para indicar o que os deixa incomodados, em suas justificativas a maioria dos alunos citaram que sentem medo em expor suas insatisfações, temem que os professores não recebam bem a crítica e os prejudiquem por conta disso, outros relataram experiências negativas ao expor o incomodo que sentiam e que mesmo expondo ao professor não acarretava melhoras. Esta conversa pode ser uma contribuinte para a obtenção de um feedback, para que o aluno possa retratar sua percepção a respeito das aulas, demonstrando o que está incomodando-o, buscando assim um acordo com o aluno, o professor pode aperfeiçoar suas metodologias de ensino, trazendo oportunidades para que a relação e comunicação entre eles seja melhor, favorecendo a melhoria no processo de ensinoaprendizagem. Para Fluminhan, Arana e Fluminhan (2013), em todos os aspectos da atividade humana, em todos os momentos em que há comunicação, é necessário que haja um feedback entre o emissor e o receptor da informação, seja para confirmar o que foi emitido, seja para orientar novas práticas ou para corrigir o que já foi dito ou executado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que os fatores citados neste estudo, interferem na comunicação e relação entre professores e alunos, e consequentemente influenciam de forma negativa no processo de ensino-aprendizagem. O fator principal do desequilíbrio desta relação e comunicação, é a falta do diálogo entre as partes em questão (professores e alunos), uma boa conversa pode mitigar a maioria destes fatores, cabe aos atores envolvidos trocarem seus ideais e quebrarem todas as barreiras que os impossibilitam de chegar a um ideal que valorize ambas as partes, o professor melhorando suas metodologias de ensino e o aluno agregando um conhecimento sólido e aproveitável. Deve-se manter a preocupação quanto a este processo, principalmente, com o alunos e professores envolvidos neste estudo, alunos que hoje são acadêmicos de enfermagem, futuramente estarão exercendo a profissão almejada, onde vidas estarão contando com o conhecimento bem estruturado, para que não ocorra quaisquer prejuízos a elas. Assim, não se pode vedar os olhos para algo teoricamente simples, mas de suma importância. FONTES CONSULTADAS:

BRAGA, M.E.; SILVA, M.J.P. Como acompanhar a progressão da competência comunicativa no aluno de Enfermagem. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.2006, v.40, n.3; p. 329-35, 2006. CASTRO, R.K.F.; SILVA, M.J.P; Influências do comportamento comunicativo nãoverbal do docente em sala de aula visão dos docentes de enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP 2001; 35(4): 381-9 Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. 2001 CABRAL, F.M.S.; CARVALHO, M.A.V.; RAMOS, R.M.; Dificuldades no relacionamento professor/aluno: Um desafio a superar. Paidéia, 2004, 14(29): 327-335327 Universidade Estadual de Londrina. 2004. CHARLOT, B. A MOBILIZAÇÃO NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DOCENTE. 2012. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/download/1655/1504>. Acesso em: 29 ago. 2017. FLUMINHAN, C.S.L.; ARANA, A. R.; FLUMINHAN, A. A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA. 2013. Disponível em: http://www.academia.edu/download/42585330/a_importncia_do_feedback_como_fer ramenta20160211-13717-1roxcim.pdf HACK, J. R. Comunicação dialógica na educação superior a distância: A importância do papel do tutor. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/pdf/signo/v29n56/v29n56a07.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2017. ROCHA, E.M. Comportamento Comunicativo do Docente de Enfermagem e sua Influência na Aprendizagem do Educando. 1999 Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. 1999. SCHERER, Z.A.P.; SCHERER, E.A.; CARVALHO, A.M.P. Reflexões sobre o ensino da enfermagem e os primeiros contatos do aluno com a profissão. Rev. Latino em Enfermagem 2006. Março-abril; 14(2):285-91 Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. 2006. SILVA, K.M.C.; CORRÊA, A. K. O TRABALHO EM GRUPO: Vivências de Alunos em Enfermagem. Trabalho de Iniciação Científica - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. 2002. SILVA, O.G.; NAVARRO, E.C. A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO ENSINO -APRENDIZAGEM. 2012. Disponível em: <http://www.univar.edu.br/revista/index.php/interdisciplinar/article/view/82>. Acesso em: 29 ago. 2017. VASCONCELOS, A.A; SILVA, A.C.G.; LUPÉRCIA, J.S.M.; SOARES, J.; A presença do diálogo na relação professor-aluno. 2005, V colóquio internacional Paulo Freire. Universidade Federal da Paraíba. 2005.