MÉTRICAS EM MÍDIAS DIGITAIS PROF. ME. WESLEY MOREIRA PINHEIRO E-mail: wesley.pinheiro@fapcom.edu.br
CONTEÚDO DA DISCIPLINA Diferenças entre redes sociais e mídias digitais Interatividade, Interação e Conversação em Rede Popularidade, Visibilidade, Viralidade Influenciadores digitais APIs, Ferramentas de Monitoramento Web Analytics e Google Analytics Google Analytics
CONTEÚDO DA DISCIPLINA Métricas para Análise de Redes Sociais Ferramentas de Análise de Redes Sociais Captação de Dados em Mídias digitais: automatizado e manual Netnografia Métricas específicas de Blogs, Facebook, Twitter, Instagram, Youtube. Monitoramento e métricas de avaliação e emoção em comércio eletrônico e portais de conteúdo Análises de engajamento, boca a boca digital e ROI
AVALIAÇÃO 1 Bimestre: Mapeamento de rede 10 pontos Prova Global / Simulado 2 pontos 2 Bimestre: Análise de rede 3 pontos Prova teórica - 5 pontos
ANÁLISES DE REDES SOCIAIS
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REDES SOCIAIS X MÍDIAS SOCIAIS
Redes Sociais podem ser entendidas como um tipo de relação entre seres humanos pautada pela flexibilidade de sua estrutura e pela dinâmica entre seus participantes (Luis Mauro Sá Martino). Redes sociais são metáforas utilizadas para grupos de pessoas, como forma de estudar as estruturas sociais. A partir dessa perspectiva, representam-se as redes sociais através de nodos (ou nós) os indivíduos e suas conexões (Raquel Recuero).
Uma rede social é definida como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões (Wasserman e Faust, 1994, Degenne e Forsé, 1999). As conexões entre os indivíduos na sociedade são comumente referidas como laços sociais.
Um laço é composto por relações sociais, que por sua vez, são constituídas por interações sociais. Uma interação social é aquela ação que tem um reflexo comunicativo entre o indivíduo e seus pares. OS LAÇOS SOCIAIS TAMBÉM PODEM SER FORTES E FRACOS.
Laços fortes são aqueles que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade e pela intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas pessoas. Os laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por relações esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade. Laços fortes constituem-se em vias mais amplas e concretas para as trocas sociais (Wellman, 1997), enquanto os fracos possuem trocas mais difusas.
As redes sociais promovem valores conhecidos como capital social. O capital social constitui-se em um conjunto de recursos de um determinado grupo, obtido através da comunhão dos recursos individuais, que pode ser usufruído por todos os membros do grupo, e que está baseados na reciprocidade.
Mídias Digitais / Mídias Sociais: são meios que podem prover interação, interatividade ou conversação. Sites de Redes Sociais: estruturas Web que promovem relacionamentos. A origem primária se dá pelas salas de bate papo e fóruns de discussão. Facebook, Twitter, Youtube, Instragram são mídias digitais que promovem relacionamentos e agrupam pessoas. Ou seja, eles não são redes sociais, são ambientes que abrigam várias redes sociais.
Interatividade: ato de recepção e resposta aos estímulos provocados em uma mídia social. Quando alguém curte uma postagem no Facebook ou retweeta um conteúdo no Twitter, gera apenas interatividade. Interação: ato de interatividade que promove mudanças ou alterações no conteúdo, na ação social ou na rede. Como por exemplo, resolução de problemas por meio de perfis de empresas. Conversação: ato de estímulos e respostas entre atores em uma rede, gerando discussão, debates, conversas. Por meio da conversação em rede é possível analisar o capital social.
INTERATIVIDADE MONITORA-SE: INTERAÇÃO CONVERSAÇÃO VISIBILIDADE MENSURA-SE: POPULARIDADE INTENSIDADE
Visibilidade x Popularidade
Visibilidade: tamanho da sua rede, ou, quantas conexões o nó possui. Popularidade: o quanto o sujeito /ator promove interatividade. Exemplo: Ao questionar em uma sala de aula: "Ao lado de quem você gostaria de sentar na mesa de jantar?" Cada estudante podia citar dois colegas.
A distribuição de citações gerou esse gráfico:
A intensidade, ou, alcance da rede é medida pela relação entre visibilidade e popularidade.
A CONVERSAÇÃO EM REDE Recuero (2012) defende a conversação em rede como a principal prática da Comunicação Mediada pelo Computador (CMC). Para Baron (2002) a Comunicação Mediada pelo Computador compreende práticas conversacionais demarcadas pelas trocas entre os atores sociais.
A conversação em rede é fruto do uso das ferramentas, que não são necessariamente voltadas para a conversação oral. As formas de conversação em rede podem variar entre as mídias sociais. Tanto um comentário pode gerar uma conversação quanto uma hashtag. Isso significa que a conversação pode atrair atores de várias redes, e a conversação não precisa estar dentro de uma rede definida, porém, consequentemente pode criar uma rede, mesmo que seja apenas por meio de laços fracos.
Exemplo: quando um sujeito (ator/nó) provoca uma discussão, seja por meio de um comentário ou por meio de uma hashtag, vários outros atores de sua rede principal poderão dialogar sobre o conteúdo, interagindo, discutindo, posicionando-se favorável ou contrário. Quando a rede é expandida pela conversação, novos sujeitos entram no processo de diálogo, provocando outras discussões.
A conversação por laços fracos é muito comum de ser percebida em postagens em mídias sociais de fanpages ou em áreas de conversação de portais de conteúdos ou jornais eletrônicos. Nesses espaços de conversação o que monitoramos são as formas de atuação social que as pessoas desempenham, criando agrupamentos em torno de uma discussão. Ou seja, monitoramos os posicionamentos, as críticas, as interações, a cooperação.
Boyd (2007) traz a noção de "públicos em rede", que compreendem espaços e audiências que são mediados através da tecnologia digital. "Quando digo que passei vergonha ao tropeçar no meio fio da calçada, o público a que estou me referindo inclui todos os estranhos que testemunharam, visualmente, o meu tropeço. A audiência está restrita àqueles que presentes em um raio geográfico limitado em um determinado momento (...)" No plano virtual, das redes, essa dimensão geográfica rompe as fronteiras e amplia o auditório.
A conversação em rede também passa pelo processo de apropriação de elementos que fogem da oralidade, baseando-se na apropriação de símbolos para representar emoções e sensações. Uma dessas primeiras convenções foi o uso dos emoticons, conjunto de caracteres do teclado que simbolizam expressões faciais como, por exemplo: :-) - Sorriso :-( - Tristeza :-P - Língua para fora <3 - Coração
Embora não tenha sido, exatamente, uma criação exclusiva da Internet (o uso dos emoticons já acontecia em cartas, por exemplo) foi a mediação do computador que os popularizou. Esses símbolos fazem parte da conversação em rede. Outro ponto a ser destacado é a informalidade da linguagem na Internet. Exemplo: vc; tá; pv; eh, hihihi, etc.
TIPOS DE CONVERSAÇÃO
A conversação ela pode ser síncrona ou assíncrona. Síncrona, quando ocorre em tempo real. Os atores estão todos online e conversando ao mesmo tempo. A conversação para quando os atores se ausentam. Exemplo, chats. Assíncrona, ocorre em tempos diferentes. Um ator trabalha um conteúdo, porém, as respostas virão em tempos diferentes. Muito comum quando se compartilha algo no Facebook ou quando se faz um comentário sobre uma postagem.
ANÁLISE DE CONTEÚDO BASEADA EM INTERATIVIDADE E CONVERSAÇÃO