SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, IDOSAS E SUAS FAMÍLIAS NO SUAS Tipificação Nacional dos Serviços SUAS/2009

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Transcrição:

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SNAS DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL - DPSE SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, IDOSAS E FAMÍLIAS NO Tipificação Nacional dos Serviços /2009 Deusina Lopes da Cruz Assessora na SNAS-MDS. Especialista em Gestão de

CONCEITOS E CONCEPÇÕES SOBRE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E A PARTICIPAÇÃO SOCIAL A Classificação Internacional CIF OMS/2001 tráz uma sequência de conceitos sobre DEFICIÊNCIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL que orienta a atuação das pessoas com deficiência, da sociedade e das políticas públicas: (1) Existência de uma QUESTÃO DE SAÚDE ANTERIOR: doença, lesão ou Transtorno; (2) EXISTÊNCIA DE DEFICIÊNCIA na estrutura ou nas funções - localizada no corpo ou na mente; (3) A LIMITAÇÃO na realização das atividades - considera os fatores ambientais, pessoais e sociais como BARREIRAS localizada na sociedade, que resulta em: (4) RESTRIÇÃO NA PARTICIPAÇÃO SOCIAL das pessoas afetadas.

CONCEITO DE PESSOA COM DEFICIÊNCIA Com base na CIF, a Assembléia da ONU aprovou a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com deficiência - CDPD, ratificada pelo Brasil como emenda a Constituição Federal em 2008. Segundo a CDPD, Pessoas com Deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, as quais, em interação com diversas barreiras, obstruem sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

AS DEFICIÊNCIAS ESTÃO CATEGORIZADAS, PORTANTO, EM: Deficiência física, auditiva, visual, intelectual, mental e múltiplas deficiências. As deficiências podem estar associadas à Síndromes, como a Síndrome de Down, Síndrome de Rett, Autismo; à lesão cerebral ou a outros quadros ou condições de saúde. As deficiências podem ser parte ou uma expressão de uma condição de saúde, mas não indicam necessariamente a presença de uma doença ou que o indivíduo deva ser considerado doente.

DEFICIÊNCIA E SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA DEFICIÊNCIA NÃO É SINÔNIMO DE DEPENDÊNCIA A situação de dependência é um conceito relacional tem como base a relação da Pessoa com Deficiência e as barreiras que IMPEDEM A AUTONOMIA. É considerada um fenômeno multidimensional que varia de acordo com a categoria da deficiência, a associação desta a outros quadros; a extensão, a localização da deficiência e o tempo de permanência da pessoa afetada nesta condição; a idade e o sexo.

CONCEITOS E CONCEPÇÕES SOBRE PESSOA IDOSA PESSOA IDOSA COM 60 ANOS OU MAIS PESSOA IDOSA E A SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA SER IDOSO NÃO É SINÔNIMO DE DEPENDÊNCIA A situação de dependência é um conceito relacional tem como base a relação da Pessoa idosa e as barreiras que IMPEDEM A AUTONOMIA. É considerada um fenômeno multidimensional que varia de acordo com a idade, a associação desta a outros quadros como deficiência, doença; a extensão da doença o/ou deficiência, a localização da deficiência e o tempo de permanência da pessoa afetada nesta condição; a idade e o sexo.

A AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE DEPENDÊNCIA, tanto das pessoas com deficiência como idosas, deve considerar principalmente: (1) Os tipos de apoios necessários para a autonomia da pessoa em todos os ambientes (domicílio, escola, trabalho, vida na sociedade); (2) A frequencia da necessidade dos apoios,em horas e em dia; (3) As áreas requeridas; (4) A necessidade de ajudas técnicas e (5) A necessidade de apoio de terceiros. Os apoios necessários devem ser considerados em duas dimensões: Básica - diz respeito a apoios nas tarefas dos autocuidados, como arrumar-se, vestirse, comer, fazer higiene pessoal, locomover-se e outros; e Instrumental - diz respeito aos apoios para atividades importantes para o desenvolvimento pessoal e social da pessoa com deficiência, como levar a vida da forma mais independente possível, favorecendo a integração e a participação do indivíduo no seu entorno, em grupos sociais, incentivo ao associativismo, dentre outros apoios. Quanto maior a necessidade de apoio de terceiros em atividades essenciais básicas, maior o nível de dependência.

SÃO CONDIÇÕES QUE AGRAVAM A SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA e portanto prioridades de atenção no - Ser vítima de negligência, abandono, maus-tratos, cárcere privado ou com direitos violados; - Conviver com a extrema pobreza; - Viver em isolamento social; - Vítima de desassistência; - Outras condições sociais precárias. Neste contexto, Viver em situação de dependência representa uma VULNERABILIDADE E RISCO POR VIOLAÇÃO DE DIREITOS E UMA DEMANDA PELA PROTEÇÃO SOCIAL DO ESTADO. O Estado pode ofertar a Proteção Social de forma contributiva (INSS) ou não contributiva (Saúde e Assistência Social ) por meio de projetos, serviços e benefícios.

A PROTEÇÃO SOCIAL NÃO CONTRIBUTIVA NO atende aos agravos na situação de dependência - A Tipificação de Serviços do /2009 prevê a atenção para pessoas com deficiência, ou idosas em situação de dependência e suas famílias no escopo dos serviços de Proteção Social Básica (atendimento às famílias nas vulnerabilidades) e da Proteção Social Especial (PSE) Média e Alta Complexidade (atendimento individual e familiar especializado nas situações de risco por violação de direitos). As ofertas previstas no âmbito da PSE - Média Complexidade podem ser prestadas: - Nos CREAS; - Em Unidades Especializadas referenciadas ao CREAS; - No domicílio dos usuários ou - EM CENTROS-DIA.

CENTRO-DIA Equipamento social que presta SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E CUIDADOS PESSOAIS às pessoas com deficiência em situação de dependência. As atividades tem início com a ACOLHIDA e ESCUTA do usuário e sua família e a construção conjunta de um PLANO INDIVIDUAL E, OU FAMILIAR DE ATENDIMENTO. O Plano define: - As prioridades a serem consideradas no atendimento; - Os serviços do a serem acionados; - As atividades a serem desenvolvidas conjuntamente no serviço; - As condições de acesso ao serviço; - Os dias da semana e a quantidade em horas de permanência do usuário no serviço; - Os compromissos das partes envolvidas; - As capacidades e ofertas disponibilizadas pelas partes; - As dificuldades para oferta do serviço a serem superadas conjuntamente; - Os objetivos do serviço com o usuário; - Os resultados esperados; - A forma de acompanhamento dos resultados.

O PLANO DE ATENDIMENTO DO USUÁRIO NO SERVIÇO DEVE CONSIDERAR: - As reais demandas apresentadas pelo usuário e sua família; - As situações de dependência informadas pelo mesmo; - As características do usuário como: idade, sexo, tipo(s) de deficiência(s), questões de saúde associadas, habilidades e capacidades para cuidar e ser cuidado; - O perfil do cuidador familiar, como: idade, habilidades, capacidades e restrições para prestar cuidados e ser cuidado; - O perfil dos serviços freqüentados no território pelo usuário e sua família; - O conhecimento do território e suas potencialidades para contribuição na oferta de serviço em Centro-dia de referência; - A possibilidade de flexibilização do horário de participação do usuário no serviço no e o incentivo à participação em outros serviços no território, importantes para a inclusão social do usuário.

OBJETIVO DO SERVIÇO EM CENTRO-DIA Caracterizado como SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA e de cuidados pessoais tem por objetiva apoiar e FORTALECER A FAMÍLIA NO SEU PAPEL PROTETIVO. É integrado por atividades multidisciplinares que têm como finalidade: - aumentar a autonomia, romper barreiras e ampliar a participação social; - qualificar a convivência familiar e comunitária; - prestar cuidados pessoais nas situações de dependência; - promover a capacitação e a descoberta de novos saberes sobre cuidados pessoais; - Identificar novas tecnologias assistivas regulares de ajuda e autonomia; - Apoiar e orientar aos cuidadores familiares; - Contribuir para a superação das situações de isolamento social e das barreiras de inclusão social da dupla cuidado e cuidador familiar.

OFERTA ARTICULADA DOS SERVIÇOS NO Articulação dentro do (Proteção Básica e Especial de média e alta complexidade) e com as OUTRAS POLÍTICAS PÚBLICAS: SAÚDE, EDUCAÇÃO, CULTURA. A ARTICULAÇÃO COM O SUS por meio do matriciamento e SUS (Saúde Básica ESF, NASF- CER) conidera que os aspectos relativos á saúde dos usuários contribuem para a ampliação da sua situação de dependência, comprometem a autonomia e participação social. O matriciamento possibilita ao SUS prestar apoio à equipe multiprofissional do Centro-dia na organização do serviço e de atividades individuais e coletivas de promoção da saúde e cuidados pessoais dos usuários e dos cuidadores familiares, com foco em medidas preventivas e de agravos de doenças existentes, acidentes no cotidiano, dentre outras medidas preventivas.

OS SERVIÇOS OFERTADOS NO : O PROCESSO DE HABILITAÇÃO, E REABILITAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICÊNCIA E A INCLUSÃO SOCIAL DOS IDOSOS - Os serviços no não substituem os específicos da saúde, educação, trabalho, cultura, e outros, ofertados pelas respectivas áreas e que integram o processo de habilitação, reabilitação e inclusão social como direito de cidadania. Pelo contrário, é fundamental e soma-se a estes no fortalecimento da autonomia para superação das barreiras de acesso e ampliação da participação social. Ver também: Portarias nº 793, de 24 de abril de 2012, e nº 835/ 2012, que institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Âmbito do SUS, CER - reabilitação e prevenção de deficiências e o Decreto nº 7.611, de 17/11/ 2011 que dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, Estatuto do Idoso Lei nº 10.741/2003 e outras regulações dos direitos da pessoa idosa e da pessoa com deficiência.

A ABRANGÊNCIA DO SERVIÇO NO O Serviço de Proteção Social Especial para atender à situação de dependência é de abrangência municipal e do Distrito Federal, podendo ser ofertado em uma unidade público estatal ou público não estatal (execução direta), quando o serviço for ofertado em parceria com entidades e organizações de assistência social abrangidas pela LOAS (execução indireta). Os Municípios e DF que desejarem oferta o serviço em parceria devem realizar chamada pública para seleção das entidades com perfil e capacidade para ofertar o serviço. Em ambos os casos, o Serviço deve ser referenciado ao CREAS.

O SERVIÇO SER REFERENCIADO AO CREAS IMPÕE: - Alinhamento às normativas e aos parâmetros do ; - Reconhecimento do caráter público da oferta do serviço, ou seja, embora prestado por entidade privada, esta oferta tem um caráter público, gratuito, de sociedade brasileira; - Atendimento ao público ao qual se destina o serviço; - Compartilhamento de concepções que devem nortear a oferta da atenção; - Reconhecimento da centralidade na família, no trabalho social especializado; - Definição do papel, delimitação e distinção de competências da Unidade; - Estabelecimento de compromissos, procedimentos comuns, específicos e/ou complementares; - Definição de fluxos de encaminhamentos e troca de informações; - Definição de mecanismos e instrumentos para registros de atendimento e acompanhamento às famílias e indivíduos. interesse público da

A CAPACITAÇÃO COMO ESTRATÉGIA FUNDAMENTAL PARA ÊXITO DO SERVIÇO - Elaboração de um Plano de Capacitação do Serviço de acordo com a Política Nacional de Capacitação do, programa Capacita ; - Apoio técnico do Estado e do MDS; - Uso de distintas modalidades de participação em capacitações: presencial, educação à distância, teleconferência; - Realização de eventos de curta duração incluindo, estudos de casos, palestras, oficinas, trocas de experiências; - Aquisição de materiais como livros, revistas, filmes, vídeos, para a realização de grupos de estudos temáticos e da elaboração de material Didático; - Organização de registros e estudos de casos, a criação de espaços para leitura, pesquisa na internet e estudos no SERVIÇO. - Capacitação específicas sobre temáticas relativas a cada deficiência; - Contar com a supervisão e orientação técnica de profissional externo ao serviço.

OS RESULTADOS ESPERADOS COM O SERVIÇO OFERTADO NO - Acesso a direitos socioassistenciais de oferta pública de SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA, CUIDADOS PESSOAIS E DESENVOLVIMENTO DE AUTONOMIA; - Proteção nas situações de negligência, abandono, maus-tratos, violação dos direitos; outros riscos sociais, seu agravamento ou reincidência; - Diminuição do isolamento e da exclusão social de Cuidados e Cuidadores familiares; - Prevenção da institucionalização e apoio à convivência familiar e comunitária; - Diminuição da pobreza das famílias oferta de suporte às famílias para a diminuição do estresse decorrente da prestação de cuidados prolongados, do alto custo da atenção e favorecendo a inclusão dos cuidadores familiares no mundo do trabalho; - Orientação aos cuidadores familiares sobre a importância de auto cuidar-se; - Fomento ao conhecimento sobre deficiências, condições especiais dos idosos, situações de dependência e sobre as tecnologias assistivas regulares de autonomia, tornando o serviço uma referência para a rede.

CENTRO-DIA MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO. AVALIAÇÃO DE IMPACTO: Elaboração de um instrumento de registro das informações sobre o usuário no serviço que seja capaz de identificar a linha de base - as situações vivenciadas pelo usuário e que demandaram o serviço e as condições alcançadas pelo mesmo um ano depois, de maneira tal que seja possível fazer uma AVALIAÇÃO ANUAL DE IMPACTO DO SERVIÇO, a partir dos 3 (três) indicadores abaixo relacionados: 1 - Capacidade de atendimento do serviço Quantidade de pessoas com deficiência em situação de dependência, atendida por turno e suas famílias. 2 - Convivência comunitária Relação percentual entre o total de usuários dos serviços e a quantidade que ampliou a frequência/ participação em espaços/serviços e eventos na comunidade. 3 - Convivência familiar - Permanência dos usuários no convívio familiar/ redução de demanda por acolhimento) Relação percentual entre o total de usuários dos serviços e número de usuários que permaneceram convivendo no mesmo espaço de moradia com familiares ou pessoa de referência com quem mantinham vínculo afetivo de cuidado e proteção.

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