Primeiramente podemos classificar três diferentes tipos estruturais de
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- Aurélio Antas Godoi
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1 VITRINAS 1
2 INTRODUÇÃO Elegantes e essenciais, as vitrinas são elementos versáteis criados nas mais diversas versões e representam o ponto chave para apresentação do produto a ser vendido nos mais diferentes tipos de empreendimentos. Portanto todos os elementos envolvendo luzes, cores, materiais, distribuição dos produtos, etc. devem ser cuidadosamente planejados para que a vitrina se torne cativante. Se, até anos recentes, o trabalho de preparação de uma vitrina era papel do vitrinista, hoje em dia está, cada vez mais, essa função vem sendo desenvolvida pelo Visual Merchandiser, um profissional experiente em vários setores quais: iluminação, marketing, psicologia, design, etc. O objetivo desse profissional é o de transformar uma loja numa máquina para vender e, tendo em mente essa finalidade, ele estuda e organiza cada espaço com a finalidade de chamar a atenção do cliente sobre determinados objetos, juntando harmoniosamente estética e funcionalidade. Objetivo desse trabalho é ver como trabalha e Visual Merchandiser e fornecer uma orientação básica sobre a maneira melhor de desenvolver uma vitrina que capture a atenção do publico de maneira estratégica, assim como mostrar a importância da mesma para o sucesso do negócio. 2
3 Tipos de Vitrina e tendências atuais vitrina Primeiramente podemos classificar três diferentes tipos estruturais de Vitrinas semitapadas que, com seus suportes, apoios e fundos, escondem parcialmente o local. Com este tipo de vitrinas podemos ocultar certas áreas e revelar pontos desejados do estabelecimento chamando a atenção para um determinado local, grupo de produtos e assim por diante, causando também uma interação entre o cenário de fundo e a vitrina em si, de modo que ambos se complementem. Vitrinas abertas, que mostram completamente o interior do local expondo todos os produtos e qualidades do local. Neste tipo de local é indispensável causar uma sensação de unidade no interior da mesma; 3
4 consequentemente, além da vitrina, a própria loja será a sua própria vitrina. Nesse caso torna-se necessário organizar os elementos para auxiliar na mensagem que o local deseja transmitir Vitrinas tamponadas, que possuem o fundo fechado que não permite ver o interior do local: destarte modo a loja não comunica claramente com o exterior. Esse tipo de vitrina tem a responsabilidade de fazer imaginar ao cliente como será o interior do estabelecimento e como serão suas ofertas, estimulando assim sua curiosidade e levando o mesmo a desejar entrar no próprio. Esse tipo de vitrina oferece maior facilidade na exposição do produto, pois toda a atenção será concentrada no mesmo e nas promoções, ofertas ao próprio relacionado. A tendência da arquitetura promocional dos anos 2000 é optar por um desenho mais limpo, com mobiliário que faça do produto o personagem principal e que retrate o conceito da loja em cada detalhe, da vitrina à iluminação. O conceito de loja caminha em três direções. A primeira é a dos ambientes Clear, com iluminação difusa, forma geométricas, mobiliário de metal prateado e vidro. A segunda inclui as lojas com ar caseiro que abusam da madeira. E a terceira, os endereços voltados aos jovens, nos quais a cor, as imagens e a música criam um clima, junto posteres e peças de acrílico e metal. 4
5 Como fazer uma vitrina ideal. Inicialmente, as vitrinas, deverão ser cuidadosamente programadas e coordenadas em função dos pontos de animação e comunicação comercial, seja no interior que na fachada do estabelecimento. Assim serão criados focos para visualizar os produtos mais qualificados e pontos promocionais, inclusive pondo em destaque os itens menos nobres que não consigam chamar a atenção por si, embora mais baratos. Naturalmente, para que a mensagem transmitida por todos estes fatores de comunicação se torne inequívoca e coerente é necessário levar em conta diversos fatores como: as agregações, os volumes de ocupação, os artigos indispensáveis para tornar a mensagem mais abrangente e os critérios de composição das formas geométricas adotadas. Nesse sentido, para que haja uma comunicação eficiente, os produtos devem brilhar sempre com mais iluminação do que nas áreas de circulação. Não faz muito sentido discriminar entre vitrinas belas ou feitas, pois a eficiência de uma vitrina não esta baseada unicamente em seu valor estético ou como ela se apresenta de maneira abstrata para o observador. Portanto as vitrinas genericamente belas não tem grande valor sendo que não transmitem uma mensagem comercial e não geram vendas. A vitrina só tem sentido se é realmente funcional ou seja se consegue realizar os objetivos de mercado do ponto de venda, de mostrar os produtos e/ou os serviços oferecidos. Em outras palavras ela deve passar uma mensagem atrativa que leve o maior numero possíveis de clientes a visitar o estabelecimento. Vale a pena lembrar que a loja deve ser a continuação da vitrina Outro foco importante é a funcionalidade da vitrina para os vendedores que nela irão trabalhar. Em prática, deve ser de fácil acesso para permitir a rápida troca dos produtos e ajuste dos mesmos, inclusive renovar parcial ou totalmente o estoque dos produtos expostos. A beleza de uma vitrina depende, portanto, não de genéricas avaliações estéticas, e sim de quão gratificante ela é para seu público alvo. Logo, a fim de captar a atenção e o interesse, a mensagem de cada vitrina é diferente e particular, focada nas necessidades e gostos do cliente específico. Após atraído, precisa fortalecer o interesse convidando o observador a parar para analizá-la por mais tempo, identificando um determinado produto ou um grupo de produtos em particular, além da vitrina como um todo. È assim que será estimulado o desejo de entrar e comprar. 5
6 A melhor forma para alcançar este objetivo é seguir os seguintes dicas fundamentais: 1) visibilidade, 2) simplicidade, 3) originalidade, 4) univocidade, 5) limpeza, 6) variabilidade e, 7) flexibilidade. A visibilidade se realiza através de uma exposição clara e não sobrecarregada de produtos; muitos produtos amontoados e desordenados acabam tornando confusa e incompreensível a mensagem que a vitrina deseja passar. Em segundo lugar é obtida uma mensagem óbvia e coerente através de agregações lógicas de produtos. A luz deve ser usada de maneira controlada para por em foco os pontos importantes da vitrina sem causar reflexos desagradáveis. A mensagem da vitrina torna-se mais clara quando a mesma se baseia na simplicidade. Naturalmente isso não implica um conceito de pobreza, mas é necessário que os produtos falem por si próprios reduzindo os elementos decorativos supérfluos e desnecessários. Efetivamente a utilização de elementos não indispensáveis, irá apenas complicar a mensagem de apresentação, desgastando a comunicação que a vitrina quer passar ao cliente tornando-a menos eficiente. Na presente fase comercial assistimos, com frequência, ao fenômeno da falta de originalidade. A tendência é estandardizar os tipos de decoração quase independentemente das categorias de itens à venda. É útil lembrar que a originalidade da vitrina não deve ser entendida como valor absoluto, mas estrutural, ou seja apenas como fator de atração para a atenção do publico. Em outras palavras, o importante não é realizar estruturas complexas ou cheias de adornos, detalhes, etc., e sim conseguir com que a mensagem em si evidencie a diferença deste ponto de venda em relação a outros do mesmo produto. Muitas vitrinas passam inobservadas exatamente por este desejo de criar algo belo, porém similar demais a algo já existente. O resultado é geralmente satisfatório quando foca-se nas novidade do produto em si, mas carece no tema da comunicação. A univocidade na vitrina é obtida agregando produtos que tenham um utilizo semelhante e convergente, ou seja destinados a resolver uma mesma exigência do comprador. O conceito de limpeza implica que os mostruários, suportes e qualquer tipo de expositor e mobiliário devem ter uma unidade entre si e, por sua vez, integrar-se á infra-estrutura. Isso facilita a percepção da loja como um tudo, auxiliando na sensação de unidade e organização da mesma. A criação de uma constância nestes elementos ajuda na criação de uma linguagem simbólica, determinando uma imagem própria que ajuda a identificar a marca. Nesse caso arquitetura e decoração andam juntas de forma complementar. 6
7 A variabilidade da vitrina não consiste apenas na diferença dos produtos, e sim na constante renovação dos mesmos, seja apenas de suas posições como da troça total dos itens expostos: esta renovação precisa ser tanto mais intensa quanto mais pessoas passarem na frente da loja. Por este motivo é indispensável que a vitrina obedeça a critérios de flexibilidade e possa ser facilmente moldada tendo, por isso, suportes livres e de fácil utilizo para que, a cada mudança, novas propostas sejam mostradas. O ponto de venda vai sofrer assim uma renovação constante. Em realizar as vitrinas deve-se prestar particular atenção às cores não apenas dos produtos expostos mas também do ambiente e da luz. Muitos produtos, às vezes, perdem suas dotes de prestígio e interesse quando aparecem em vitrinas com condições de cor e luz desfavoráveis. Logo a composição das cores como um todo precisa ser cuidadosamente estudada, lembrando que as cores, quando unidas, influenciam umas às outras. Um efeito harmonioso de cores será extremamente importante para a eficiência funcional da vitrina, pois a valorização da mesma é de fato estreitamente ligada dos efeitos harmônicos que conseguirem ser criados em seu interior. O equipamento também necessita de uma atenção particular pois, além de sustentar os produtos serve para comunicar também a imagem estruturar interna e a lógica do estilo do local. Por isso o mesmo precisa ser totalmente funcional e, possivelmente, idêntico ou similar ao utilizado no interior do empreendimento para manter a harmonia como um todo, lembrando que é indispensável que os acessórios sejam totalmente flexíveis às mudanças e aptos a receber qualquer tipo de produtos. Enfim, não se pode esquecer da importância da a iluminação noturna, o ideal seria que mesmo após o fechamento do estabelecimento a vitrina continuasse iluminada, de maneira até mais intensa que durante o dia, criando assim uma atmosfera sedutora que restará impressa nos potenciais clientes de passagem. 7
8 CONCLUSÃO O ponto focal na realização de uma vitrina eficiente é medido mediante a percepção do impacto psicológico que a mesma terá sobre o cliente. Este será o ponto fundamental e decisivo para o sucesso do negocio. A sua comunicação ao ambiente exterior irá transmitir todos os eventos e as novidades em andamento dentro da loja. E não necessariamente a melhor vitrina será a mais cara e sofisticada, mas sim aquela que se adaptará melhor ao tema da venda. Visando realizar esses objetivos, torna-se portanto indispensável recorrer ao auxílio de um Visual Merchandiser, um experto da imagem, criativo e capaz de encontrar soluções originais. Ele saberá atrair um maior número de clientes, justamente em virtude daquela estranha vitrina, agradável de se ver e que transmite uma idéia de qualidade e segurança. Esse experto terá a capacidade de vender antecipando exatamente o que o público quer. E ninguém, além do Arquiteto de Interiores, possui a formação necessária para desenvolver com sucesso uma brilhante carreira de Visual Merchandiser. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS e&id=84:criando-uma-vitrina&catid=44:dicas-de-visual-merchandising&itemid=92 8
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