AGRICULTURA FAMILIAR BRASILEIRA: AVALIAÇÃO DO PRONAF
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- Zilda Amado Santiago
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS GRUPO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS - GIAPP I SEMINÁRIO NORDESTE DA RBMA MÚLTIPLAS PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO EM DEBATE AGRICULTURA FAMILIAR BRASILEIRA: AVALIAÇÃO DO PRONAF Francisca Suerda S. de Oliveira (UFRN) Prof. Dr. João Matos Filho (UFRN) Bárbara Maia Lima Madeira Pontes(UFRN)
2 O QUE É O PRONAF? Criado pelo Decreto Presidencial 1.946, de 28 de junho de 1996, a partir de experiências europeias, especificamente francesa. Objetivo: Promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a propiciar-lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda. O PRONAF é uma política pública de caráter distributivo, isto é, uma resposta a um problema que entrou na agenda de decisão do Governo Federal. São diversas as razões que justificam a existência de uma política pública, e, em particular, do PRONAF: buscar a eficiência econômica, minimizar a pobreza, evitar a exclusão social e fomentar a igualdade social.(sobottka, 2006, p. 1). POLÍTICA DISTRIBUTIVA POLÍTICA DE MODERIZAÇÃO POLÍTICA SETORIAL AGRÍCOLA PRONAF
3 AMBIENTE INSTITUCIONAL Plano Externo: Liberalização do comércio e do acesso facilitado aos mercados internacionais de produtos agropecuários; Inclusão dos temas da pobreza rural e da agricultura familiar na agenda dos organismos multilaterais de financiamento e desenvolvimento, como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação(FAO); Alinhamento da política comercial brasileira às diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC) e aos países membros do Grupo CAIRNS. Plano Interno Descentralização das políticas públicas e criação de políticas de combate à pobreza, transferência direta de renda e fortalecimento da agricultura familiar; Estudos realizados conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), trouxeram à tona o debate político da agricultura familiar brasileira.
4 PROBLEMÁTICA DE PESQUISA Por que a distribuição dos recursos entre as regiões é tão diferenciada no período em análise, particularmente no Nordeste e Sul do país? Que fatores explicam esta diferenciação? METODOLOGIA Pesquisa bibliográfica e documental; Coleta de dados secundários, fundamentalmente no site no Banco Central(BACEN); Os dados foram deflacionados. Ano-base: 2012; A pesquisa apresenta um caráter misto; Uso de estatística descritiva.
5 CARACTERIZAÇÃO Fonte: Censo Agropecuário Elaboração Própria.
6 RESULTADOS Evolução dos valores contratados segundo as regiões Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração Própria. SUDESTE SUL CENTRO- OESTE NORDESTE NORTE Evolução do número de contratos segundo as regiões SUDESTE SUL CENTRO- OESTE NORDESTE NORTE Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração Própria.
7 RESULTADOS REGIÕES - VALOR MÉDIO DO CRÉDITO RURAL DO PRONAF POR ANO FISCAL (R$ 1,00). ANO NORTE NORDESTE CENTRO- OESTE SUL SUDESTE 2005 R$ 8.494,76 R$ 1.539,83 R$ ,41 R$ 6.716,88 R$ 6.438, R$ 7.875,90 R$ 1.671,78 R$ ,90 R$ 7.132,33 R$ 6.436, R$ 6.204,54 R$ 1.984,25 R$ ,67 R$ 7.780,99 R$ 7.832, R$ 6.688,09 R$ 2.335,20 R$ ,82 R$ ,83 R$ 9.219, R$ 9.327,65 R$ 2.566,98 R$ ,79 R$ ,10 R$ , R$ ,09 R$ 2.684,42 R$ ,77 R$ ,71 R$ ,05 Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração Própria.
8 RAZÕES PARA A DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DO CRÉDITO DO PRONAF Maior grau de associativismo; Melhor distribuição da estrutura fundiária; Aumento do teto de financiamento para 160 mil; Medo de contrair dívidas; Burocracia bancária; Irregularidades climáticas que são cíclicas no semiárido; Baixa assistência técnica; As idéias que fomentaram o PRONAF.
9 RESULTADOS Fonte: Censo Agropecuário Elaboração Própria.
10 RESULTADOS Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração Própria.
11 CONSIDERAÇÕESFINAIS Ineditismo da política, ao colocar o agricultor familiar como protagonista do desenvolvimento rural; Quanto significativo é a distribuição de crédito; Muitos são os entraves a serem superados; Existem fatores estruturais a serem superados, além daqueles relativos à superioridade técnica e produtiva das unidades familiares de produção das Regiões Sul e Sudeste; Destacam-se entre esses fatores, a concentração fundiária; a pequena área das unidades familiares de produção; e, consequentemente, a sua baixa capacidade de produção e absorção de crédito dos estabelecimentos familiares das Regiões Norte e Nordeste; Maior interação de políticas públicas agrícolas e sociais.
12 GRATA!! REFERÊNCIAS BACEN. Banco Central do Brasil. Disponível em: BELIK, W. PRONAF: avaliação da operacionalização do programa. In: CAMPANHOLA, C. e GRAZIANO DASILVA, J. (Eds.). O novo rural brasileiro: políticas públicas. Jaguariúna/SP: EMBRAPA Meio Ambiente, p CARNEIRO, José Maria. Política pública e agricultura familiar: uma leitura do Pronaf. Estudos Sociedade e Agricultura, 8, abril 1997: SOBOTTKA, Emil Albert. Por que se faz política sociais no Brasil? Notas sobre estratégias de legitimação nos últimos dois governos federais. Porto Alegre, Civitas, v. 6, n. 1, jan-jun, SOUZA, Celina. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, v. 16, p , jul-dez 2006.
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