CENÁRIO DO CÂNCER DE PULMÃO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA
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1 CENÁRIO DO CÂNCER DE PULMÃO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA Dra. Clarissa Mathias Graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, em Residência em Medicina Interna no Medical College of Pennsylvania, Estados Unidos, em 1996 e em Oncologia e Hematologia na University of Pennsylvania, em Atualmente, é uma das diretoras do Núcleo de Oncologia da Bahia e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital Português.
2 Clarissa Mathias CRM:BA10770 Participo de estudos clínicos patrocinados pelas empresas:: Roche, Pfizer, BMS, BI, AZ, MSD Participo como speaker de eventos das empresas: Roche, AZ, Pfizer, BMS Participo como membro do advisory board das empresas: Roche, BMS, BI, MSD e Pfizer
3 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
4 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
5 Epidemiologia Câncer de pulmão é a neoplasia mais frequente no mundo 13% do total de casos novos diagnosticados em 2012 Causa mais frequente de morte por câncer: 1,8 milhões de mortes Lancet, (10053): p
6 Apesar da possibilidade de PREVENÇÃO do câncer de pulmão ele é responsável por 1 em cada 5 MORTES por câncer
7 Câncer de pulmão no mundo 58% dos casos ocorrem em regiões menos desenvolvidas % Total de casos estimados China Europa Oriente Médio e Norte da África Índia América do Norte África Subsaariana Ásia Oriental e Central América Latina e Caribe Oceania Cancer.org/CarcerAtlas, American Cancer Society, Inc.
8 Controle de Câncer América Latina e Caribe Diagnóstico de câncer ligado ao envelhecimento populacional: - Até 2020 na América Latina >100 milhões de pessoas > 60 anos Até 2030: 1,7 milhões de novos diagnósticos e 1 milhão mortes/ano Região vai sofrer com um aumento significativo no número de casos de câncer nas próximas 2 décadas: - Aumento significativo nos custos Goss P, et al. Lancet Oncol, 2013, 14:391
9 Controle de Câncer América Latina e Caribe Menos frequente do que nos EUA (163 vs. 300/ ) Mas a taxa de mortalidade global/incidência é 60% maior (0,59 na AL vs. 0,35 nos EUA) Principal causa (mas não única) em função do estadiamento avançado no diagnóstico Goss P, et al. Lancet Oncol, 2013, 14:391
10 Brasil, 2016 ção e Vigilância / Divisão de Vigilância INCA 2016: Incidência as de incidência, estimadas para 2016, das ações primárias*, em mulheres, Brasil izações primárias*, em homens, Brasil das 2016, para estimadas incidência, de tas Próstata 61, % Pulmão 17, % Colón & reto 16, % Estômago 12, % Cavidade Oral 11, % Esôfago 7, % Bexiga 7, % Laringe 6, % Leucemias 5, % SNC 5, % Homens Mulheres * Exceto pele não melanoma Mama 57, % Cólon & reto 17, % Colo uterino 16, % Pulmão 10, % Estômago 7, % Corpo uterino 6, % Ovário 6, %^ Tireoide 5, % Linfoma 5, % SNC 4, % * Exceto pele não melanoma rasil, 2016 o e Vigilância / Divisão de Vigilância Goss P, et al. Lancet Oncol, 2013, 14:391
11 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
12 Mediana de PM10* global annual 2009 por densidade populacional *PM10 is particulate matter with a mean aerodynamic diameter of 10 μm source:
13 Tabagismo no Mundo Tabela 4 Taxa mais alta de tabagismo em países selecionados da América Latina, Europa, Ásia e América do Norte País Taxa de fumo de toda a população do país (%) Chile 40 Cuba 40 Argentina 27 Brasil 17 Rússia 37 Estônia 36 Letônia 36 Lituania 34 Kuwait 37 Bangladesh 37 Indonesia 36 China 33 Canada 19,9 México 19,8 Estados Unidos da America 16,8 Raez LE, et al. Clin Lung Cancer, 2016 (in press)
14 Políticas Anti-Tabaco no Brasil Prevalência e #de mortes relacionadas ao Tabagismo foram reduzidas em torno de 50% 12,7% dos homens e 8% das mulheres acima de 18 anos eram fumantes em 2016, comparados a frequências de 43,3% e 27% em Proibição de fumo em lugares públicos, aumento no preço de cigarros e rótulos nos pacotes de cigarro. Raez LE, et al. Clin Lung Cancer, 2016 (in press)
15 Mas, infelizmente Consumo de cigarro vem aumentando entre adolescentes
16 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
17 Rastreamento de câncer de pulmão no Brasil Brazilian Lung Cancer Screening Trial (BRELT1) Jan 2013 a jul 2014: 790 participantes Mesmos critérios do US National Lung Screening Trial Tomografias positivas 39,4% e CPNPC diagnosticado em 1,3% dos pacientes (10 casos), maioria estadiamento I Ausência de programa populacional Santos RS, et al. The Annals of Thoracic Surgery 2016; 101: Santos RS, et al. Jornal Brasileiro de Pneumologia 2014; 40:
18 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
19
20 Distribuição de câncer de pulmão por histologia e estágio Author N Facility % NSCLC SQ/Adeno % I II-IV Ismael et al 18 1,887 Public Younes et al Public 100* Westphal et al Public Barros et al Public Novaes et al Public Araujo et al Private 100* Caires-Lima et al Public Mascarenhas et al Private Freitas et al Private 100* Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
21 Histologia no Brasil Estudo Epidemiológico com dados de registro: de pacientes diagnosticados com CPNPC no Rio e em São Paulo entre 2000 e 2011 Aumento de adenocarcinomas (43,3%) comparado a carcinoma epidermóide (36,5%) Lung Cancer,
22 Câncer de Pulmão Estadiamento Precoce Brasil (Fundação ONCOCENTRO) casos de câncer de pulmão 8,8%: Estadiamento I USA ,4% diagnosticados com Estágio I Reino Unido ,5% diagnosticados com Estágio I Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
23 Roteiro Epidemiologia Fatores de Risco Rastreamento Diagnóstico e Estadiamento Procedimentos Diagnósticos
24 Desafios no cuidado do câncer de pulmão no Brasil Diagnósticos tardios Poucos pacientes tratados com intuito curativo Grande número de pacientes não tratados J Bras Pneumol,
25 Tomografias computadorizadas 2005 Pesquisa do IBGE - Taxa de máquinas de TC por 1,000,000 habitantes: 4,9 no sistema público e 30,8 no sistema privado - Taxas no privado similares a de países desenvolvidos - 31,5 nos EUA e 32,2 no Japão Distribuição geográfica desigual - Menores taxas nas regiões Norte e Nordeste Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
26 PET TC Em 2010, ANS aprovou o uso de PET TC em câncer de pulmão - Mas, somente em 2014, o SUS incorporou o PET O # de unidades de PET aumentou de maneira vertiginosa aparelhos de PET e 15 cyclotrons em Distribuido em 21 dos 27 estados Menor disponibilidade no sistema público de saúde Deve ser uma prioridade para melhorar o tratamento de câncer de pulmão no Brasil Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
27 Broncospia Pesquisa SBPT - 56,7% dos respondedores realizaram, pelo menos, 100 broncoscopias/ano (recomendação internacional) Bx transbrônquica guiada por Broncoscopia - 57% de amostras satisfatórias e 81% com diagnóstico definitivo EBUS foi introduzido recentemente em grandes centros - Experiência inicial: 76% para propósitos diagnósticos 74% fornecem material adequado Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
28 Testes Moleculares Pesquisa de Mercado: 1700 casos (2014) - <50% dos pacientes são testados para mutações no EGFR no Brasil Estima-se que 60% dos casos foram testados no setor privado e 30% no setor público O número de pacientes testados para ALK é inferior Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
29 Frequência de mutações no EGFR em coortes da América Latina Tabela 1 Frequência da mutação do EGFR nos países da America Latina País Tamanho da amostra Frequência (%) IC 95% Argentina ,4 12,4-15,6 Mexico ,5 30,9-36,0 Colombia ,3 24,5-29,4 Peru ,1 46,1-55,9 Costa Rica 28 32,1 10,7-45,2 Raez LE, et al. Clin Lung Cancer, 2016 (in press)
30 Frequência de mutações no EGFR e características clínicas nas coortes brasileiras Author N EGFR NS (%) Female Non-SQ Setting (%) (%) (%) Pontes et al NR Clinical Yen et al Clinical Saito et al Clinical Domingues et al Clinical Bacchi et al Clinical Gomes et al Clinical Melo et al Research De Sa et al NR NR 100 Clinical Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
31 Testes Moleculares Frequência das translocações de ALK estimada em 3-4% no Brasil 2 estudos multicêntricos iniciados (Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer e LACOG) pacientes com CPNPC 5 regiões geográficas- Plataforma NGS 81 genes relacionados ao CPNPC - Estudos epidemiológicos sobre a prevalência de EML4-ALK e outros genes na América Latina Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
32 Questões em relação à incorporação dos teste moleculares Reembolso e logística Acesso às terapias alvo Educação de pacientes e informação médica Infraestrutura para realização de testes moleculares (limitada a algumas cidades) Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
33 Câncer de pulmão no Brasil DESAFIOS AÇÕES Ca de pulmão: principal causa de morte por câncer no Brasil Câncer de pulmão relacionados ao cigarro: problema de saúde pública Dados no diagnóstico, estadiamento, estadiamento, terapia e resultados são escassos Retardo significativo na aprovação de terapias sistêmicas por agências regulatórias locais Desigualdades entre os sistemas públicos e privado no acesso ao diagnóstico, terapia e testes moleculares Processos de pesquisa lentificados e acesso limitado a estudos clínicos Fortalecer e estimular o diálogo produtivo ente as sociedades médicas grupos de pacientes, governo, indústria farmacêutica e agências regulatórias Reforçar o papel do controle de tabaco e estimular programas direcionados para toda a população e, em particular, aos adolescentes Coletar dados epidemiológicos e de saúde econômica descrevendo o diagnóstico, estadiamento, acesso à terapia e resultados Propor e implementar programas que impactem de forma positiva no acesso ao tratamento Aumentar o financiamento local para prevenção, dx e tratamento Aprovar leis que acelerem o processo regulatório e estimular o desenvolvimento de unidades de pesquisa e participação em estudos clínicos além implementar colaborações internacionais Modificação de Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
34 Câncer de pulmão no Brasil DESAFIOS AÇÕES Ca de pulmão: principal causa de morte por câncer no Brasil Câncer de pulmão relacionados ao cigarro: problema de saúde pública Dados no diagnóstico, estadiamento, estadiamento, terapia e resultados são escassos Retardo significativo na aprovação de terapias sistêmicas por agências regulatórias locais Desigualdades entre os sistemas públicos e privado no acesso ao diagnóstico, terapia e testes moleculares Processos de pesquisa lentificados e acesso limitado a estudos clínicos Fortalecer e estimular o diálogo produtivo ente as sociedades médicas grupos de pacientes, governo, indústria farmacêutica e agências regulatórias Reforçar o papel do controle de tabaco e estimular programas direcionados para toda a população e, em particular, aos adolescentes Coletar dados epidemiológicos e de saúde econômica descrevendo o diagnóstico, estadiamento, acesso à terapia e resultados Propor e implementar programas que impactem de forma positiva no acesso ao tratamento Aumentar o financiamento local para prevenção, dx e tratamento Aprovar leis que acelerem o processo regulatório e estimular o desenvolvimento de unidades de pesquisa e participação em estudos clínicos além implementar colaborações internacionais Modificação de Araujo LH,, et al. Lung Cancer in Brazil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2018
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