Detecção Precoce EPIDEMIOLOGIA IV 2016_1. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva UFF Monitoras: Amanda e Daniele
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- Lúcia Rico Paiva
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1 Controle do câncer Detecção Precoce EPIDEMIOLOGIA IV 2016_1 Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva UFF Monitoras: Amanda e Daniele
2 OBJETIVO (i) Facilitar a compreensão dos fundamentos que norteiam o rastreamento populacional de câncer no Brasil; (ii) Contribuir para a formação de profissionais (ii) Contribuir para a formação de profissionais habilitados para realizar a detecção precoce de câncer de mama e do câncer do colo do útero, atuando tanto no nível individual (diagnóstico clínico precoce), quanto no nível populacional (rastreamento de massa), segundo as diretrizes do programa nacional de controle do câncer.
3 Roteiro de aula Parte expositiva Exercícios norteadores e casos clínicos Enfoque Detecção precoce (ações que se complementam) Estratégias de conscientização Diagnóstico clínico precoce Rastreamento populacionalde câncer Diretrizes para detecção precoce do Câncer do colo do útero e câncer de mama no Brasil Exercícios Finais Caso clínico prontuário de paciente Formulários padronizados usados no controle do câncer Questões sobre conteúdo da aula.
4 Plano de enfrentamento DCNT Reduzir taxa de mortalidade prematura (< 70 anos) por DCNT em 2% ao ano. Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes. Deter o crescimento da obesidade em adultos. Aumentar a prevalência da atividade física no lazer. Aumentar o consumo de frutas e hortaliças. Reduzir o consumo médio de sal. Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos. Aumentar a cobertura de mamografia (50 e 69 anos). Aumentar a cobertura de preventivo do Ca colo do útero (25 a 64 anos) Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer
5 Magnitude do problema do câncer no mundo, 2012 No mundo: 14 milhões de casos novos de câncer em ,2 milhões de óbitos 32,6 milhões de pessoas estavam vivendo com câncer 2012 Os tipos de câncer mais frequentes no mundo: -> IARC -> cancermondial.
6 Magnitude do problema do câncer no Brasil, 2016.estimativa de 600 mil casos novos ou. 420 mil casos novos excluindo pele não melanoma
7 Controle do câncer e níveis de prevenção (1) (2) (3) Primária (incluindo a PROMOÇÃO DA SAÚDE) Medidas para remover causas e fatores de risco com finalidade de impedir que a doença ocorra (tabaco, exercício físico, dieta e imunização). Secundária (DETECÇÃO PRECOCE). Medidas para detectar precocemente doenças de preferência em estágios subclínicos (diagnóstico clínico precoce no nível individual e rastreamento de população padrão). Terciária (TRATAMENTO E REABILITAÇÃO) Medidas para minimizar prejuízos consequentes a problemas de saúde instalados.
8 Diagnóstico clínicoprecoce(4) Reflete uma série de virtudes desejáveis à Atenção à Saúde, incluindo, além de estratégias de conscientização da população: Profissionais bem preparados, concientes dos sinais e sintomas de câncer, aptos a fazer avaliações clínicas de qualidade e, apoiados por rede de serviços organizada, fazer referências dos casos suspeitos para obtenção de diagnóstico e tratamento imediatos nos serviços especializados. O diagnóstico clínico precoce contribui para o fenômeno denominado downstaging (são medidas clínicas que se antecipam à progressão da doença e contribuem para a implementação de terapias curativas).
9 Rastreamento populacional (5) Conceito É a captação de doença assintomática por meio de teste relativamente simples aplicado em população saudável. Tipos Organizado vs Oportunístico Termo derivado da língua inglesa (screening) Sinonímia Rastreamento de massa
10 Rastreamento populacional: de que doença? Problema de saúde pública importante História natural conhecida Estágio pré-clínico bem definido Disponibilidade de teste confiável e válido Disponibilidade de tratamento efetivo Benefício da detecção e do tratamento precoce deve ser maior do que se a terapia fosse iniciada no momento habitual do diagnóstico.
11 Rastreamento populacional: com que exame ou teste? Sensibilidade Custo Especificidade Segurança Simplicidade Efeito do rótulo Aceitabilidade
12 Rastreamento segundo diretrizes baseadas emevidências(6) O que são DIRETRIZES: É um conjunto de recomendações formuladas para fomentar boas práticas clínicas. Ainda que auxiliem os profissionais envolvidos no cuidado, não devem substituir o julgamento médico. Outros valores como a experiência do profissional e as escolhas do paciente devem ser considerados nas tomadas de decisões. São construídas: a partir de revisão sistemática de literatura com inclusão de estudos de qualidade. Assim são formuladas as recomendações. CUIDADO: a literatura de estudos sobre rastreamento de câncer não é desprovida de viéses. Pelo menos trêsviéses conduzem a resultados espúrios.
13 Viés em estudos de rastreamento de câncer Conceito Qualquer tendência na coleta, análise, interpretação, publicação ou revisão de dados que possam levar a conclusões sistematicamente diferentes da verdade (Rosser, 1998) Viés de seleção (autosseleção) Viés de tempo de antecipação ou tempo ganho (lead time bias) Viés de tempo de duração (length biasou length-time bias) Viés do sobrediagnóstico (overdiagnosis)
14 Viés de seleção População alvo Autosseleção
15 Viés de tempo ganho ou antecipação (lead time bias)
16 Viés de tempo de duração (length bias)
17 Viés de sobrediagnóstico (Overdiagnosis bias)
18 Elementos fundamentais que norteiam o rastreamento populacional de câncer (7) (8) Medicina Baseada em Evidências Níveis/valor das evidências (I, II-1, II-2, II-3, III) Graus de recomendação (A, B, C, D, I) Questões Éticas Princípio da beneficiência e não maleficiência. Detecção precoce justificada apenas se acompanhada de resultados melhores. Garantia de acesso e equidade
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21 Follow-up de mulheres Braço mamografia N = Durante 5 anos: 666 casos de ca de mama Durante o período inteiro (25 anos): Óbitos Nos 25 anos: 500 (180) óbitos HR óbito nos 5 anos: 1,05 (IC 95% 0,85-1,30) Braço cuidados e exame clinico N = Durante 5 anos:524 casos de ca de mama Durante o período inteiro (25 anos): Óbitos Nos 25 anos: 505 (171) óbitos HR óbito nos 25 anos: 0,99 (IC 95% 0,88-1,12)
22 Detecção precoce e rastreamento de cânceres mais prevalentes (OMS) (9) Tipo de câncer Colon/reto Cavidade oral próstata Estômago Pele Colo do útero mama Diagnóstico clínico precoce Recomendação Rastreamento Populacional
23 Metas do Plano de Enfrentamento Aumentar a cobertura de preventivo do Câncer do colo do útero (25 a 64 anos) Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer Aumentar a cobertura de mamografia (50 a 69 anos)
24 Diretrizes para detecção precoce por meio de rastreamento populacional o Câncer do colo do útero, no Brasil (10) Teste: Papanicolaou (preventivo, citologia oncótica, colpocitologia). Idade de início: 25 anos para mulheres que já tiveram atividade sexual. População alvo: mulheres de 25 a 64 anos. Periodicidade: um exame a cada três anos, após obter dois exames negativos e consecutivos com intervalo de um ano. Situações especiais: gestantes, menopausadas, histerectomizadas, virgens e imunossuprimidas.
25 Gestantes Jovem de 16 anos é matriculada no ambulatório de pré-natal tardiamente, com a primeira consulta realizada na 20 a semana de gestação. APP-história de verruga genital aos 13 anos com remissão após tratamento clínico. Nunca fumou. APF mãe falecida aos 35 anos de câncer do colo do útero. História gineco obstétrica: Menarca aos 11 anos Sexarca aos 13 anos Dois parceiros sexuais na vida Gesta 1 -Para 0 Pergunta-se: ela tem indicação de teste de papanicolaou?
26 Histerectomia Mulher de 50 anos de idade procura serviço de saúde para exame preventivo. Relata cirurgia de histerectomia realizada três anos antes para resolução de hemorragia genital. Casada há 32 anos, com parceiro único, mantendo vida sexual regular. HPP diabética controlada com hipoglicemiante oral. Nega tabagismo e etilismo APF pai e mãe falecidos de DCV. Historia gineco obstétrica Gesta 3 Para 3 (2 PN, 1C com LT). Nunca usou contraceptivo hormonal. Pergunta-se: ela tem indicação de teste de papanicolaou?
27 Diretrizes para detecção precoce do câncer de mama no Brasil (10) Recomendações: Para população padrão -Mamografia População alvo: mulheres 50 a 69 anos Idade de início: 50 anos Periodicidade: bienal População de alto risco: Mamografia anual Câncer de mama em parente de primeiro grau (mãe ou irmã), especialmente se diagnosticado em idade < 50 anos: Início aos 35 anos ou 10 anos antes da idade do diagnóstico do câncer.
28 Sistema BIRADS para resultados da mamografia e condutas Resultado da mamografia Conduta 0 - Inconclusivo Avaliação adicional 1 Sem achados Rotina 2 Achado benigno Rotina 3 Achado provavelmente benigno Controle em 6 meses 4 Achado Suspeito Encaminhamento/Biópsia 5 Achado altamente suspeito Encaminhamento/Biópsia 6 Achado com diagnóstico de câncer, mas não tratado Encaminhamento/Tratamento
29 Referências Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Primária, n. 29, Brasília DF, Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. INCA. Rio de Janeiro: INCA, Instituto Nacional de Câncer. Recomendações para redução de mortalidade por câncer de mama no Brasil, Rio de Janeiro: INCA, Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes para detecção precoce do c6ancer de mama no Brasil. Instituto Nacional de Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2015
30 Exercícios finais São feitosemsala, emgrupo, corrigidospelasmonitoras. A pontuação obtida é contabilizada na nota de cada aluno. Propósito A) aguçara leituracríticade prontuáriode mulhercom câncer do colodo úteroe com câncerde mama. B) verificar o que contribuiu para o diagnóstico destes tumores na mulher? C) mostraros formuláriosrelacionadosaocontroledo câncer, obrigatoriamente usados no SUS. Vamosaosexercícios!
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