ANÁLISE DA ATIVIDADE ELÉTRICA DOS MÚSCULOS ESTABILIZADORES DO TORNOZELO DURANTE ESTÍMULOS PROPRIOCEPTIVOS: ESTUDO DE CASO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE DA ATIVIDADE ELÉTRICA DOS MÚSCULOS ESTABILIZADORES DO TORNOZELO DURANTE ESTÍMULOS PROPRIOCEPTIVOS: ESTUDO DE CASO"

Transcrição

1 ANÁLISE DA ATIVIDADE ELÉTRICA DOS MÚSCULOS ESTABILIZADORES DO TORNOZELO DURANTE ESTÍMULOS PROPRIOCEPTIVOS: ESTUDO DE CASO Leite NCS 1, Borges MLD 2, Mendes IS 3, Lima MO 4 1,2,3,4 UNIVAP, Laboratório de Engenharia de Reabilitação Sensório Motora, discentes do curso de Fisioterapia. Av. Shishima Hifumi, São José dos Campos - SP, nelly.leite@gmail.com Resumo: Equipamentos para o treino proprioceptivo veem sendo estudados com o objetivo de identificar o comportamento das musculaturas estabilizadoras de articulações, observando o recrutamento de fibras musculares e o mecanismo de co-contração durante a manutenção do equilíbrio. Este estudo teve como objetivo comparar a atividade muscular dos estabilizadores do tornozelo em diferentes equipamentos proprioceptivos. Foi realizado um estudo de caso, com a participação de um voluntario adulto do sexo masculino, realizando equilíbrio estático em apoio unipodal primeiramente com olhos abertos seguido de olhos fechados, sobre os equipamentos: plataforma vibratória; balancinho e disco proprioceptivo, analisando os músculos estabilizadores do tornozelo: tibial anterior; fibular longo; gastrocnêmio lateral e gastrocnêmio medial. Tendo como resultado maior ativação do músculo fibular longo nos solos analisados. Os sinais foram obtidos por meio de eletromiografia, calculando a raiz quadrática média (RMS). Conclui-se que a execução de exercícios proprioceptivos com os olhos fechados aumentou o grau de dificuldade em todos os equipamentos testados, sendo que a vibração de corpo inteiro (VCI) gerou mais atividade muscular. Palavras-chave: Propriocepção, Vibração de Corpo Inteiro-VCI, Eletromiografia de Superfície EMGs. Área do Conhecimento: Ciências da Saúde, Fisioterapia. Introdução A propriocepção descreve a consciência da postura, movimento, mudanças no equilíbrio, assim como conhecimento da posição, peso e resistência dos objetos em relação ao corpo, sendo uma variação especializada da modalidade sensorial tátil, atuando na precisão da atividade motora necessária para o controle neuromuscular dos movimentos, além de contribuir para o mecanismo de reflexo muscular, proporcionando estabilidade dinâmica conjunta. As informações proprioceptivas vão para sistema nervoso central por meio de sinais aferentes, os quais são provenientes de mecanoreceptores localizados nos músculos, ligamentos, cápsulas, meniscos e pele (LEPHART et al., 1997; BENNELL et al., 03; VOIGHT; COOK, 03; ANDREWS; HARRELSON; WILK; 00; PECCIN; PIRES, 03). O treinamento funcional na reabilitação é realizado por meio de plataformas instáveis, sendo o estímulo vibracional uma nova ferramenta, a qual proporciona maior instabilidade aos movimentos, gerando situações de risco às articulações, melhor reatividade muscular e padrão de recrutamento neuromuscular, auxiliando em mais ativação do sistema proprioceptivo tanto em atividades estáticas quanto dinâmicas (RIBOT- CISCAR; BUTLER; THOMAS, 03; CLOAK et al., 10). A eletromiografia é um recurso que permite o registro de sinais mioelétricos gerados pelas células musculares, sendo importante na determinação da função dos músculos em atividades especificas, como por exemplo, o comportamento muscular, quando submetidos aos diversos tipos de sobrecarga durante o treinamento proprioceptivo (OCARINO et al., 05). Este estudo teve como objetivo comparar a atividade muscular gerada por diferentes aparelhos proprioceptivos nos músculos estalizadores do tornozelo. Materiais e Métodos Trata-se de um estudo de caso comparando a atividade muscular por meio de eletromiografia de superfície dos músculos estabilizadores do tornozelo, gerada por diferentes aparelhos proprioceptivos. O voluntário foi acompanhado no Laboratório de Engenharia de Reabilitação Sensório Motora, e no setor de Reabilitação Cardíaca da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade do Vale do Paraíba, após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - UNESP, sob o número de protocolo CAAE:

2 A pesquisa contou com a participação de um voluntario adulto, sexo masculino, 30 anos, sedentário, destro, 1,90 cm de altura e pesando 124 kg.. Tendo os seguintes critérios de inclusão: ser sedentário e não ter praticado ou praticar exercícios proprioceptivos, foi considerado como critérios de exclusão o histórico de qualquer disfunção musculoesquelética até o início do estudo, como fraturas, luxações ou entorses. Para a aquisição do sinal mioelétrico, foi utilizado um eletromiográfico da marca EMG System do Brasil 830 Wi-fi, com capacidade de 8 canais, sendo utilizado somente 4 entradas, composto por um conversor A/D (conversor analógico-digital) de 12 bits de resolução. Para interface foi utilizado um computador conectado a rede gerada pelo aparelho por meio do programa de aquisição de dados EMGLab 1.0.0, sendo, os sinais obtidos no domínio do tempo. Para o tratamento dos sinais e obtenção da raiz quadrática média (RMS), expressa em µv utilizou-se o programa EMGWorks 4.0 Analysis. Os sinais foram coletados com frequência de amostragem de 2.000Hz e captados por sensores de superfície com amplificadores de sinal, utilizando eletrodos de superfície retangulares (Ag/AgCl, 3M), com 10 mm de diâmetro, colocados em pares com distância de 2 cm entre eles. Para atenuar a impedância tecidual, foi realizado, no membro inferior direito do indivíduo, tricotomia e limpeza da pele com algodão embebido de álcool a 70% no local onde foram aderidos os eletrodos, sendo estes posicionados no ventre dos músculos tibial anterior (TA), fibular longo (FL), gastrocnêmio medial (GM) e lateral (GL), segundo as recomendações SENIAM (Surface EMG for a Non-Invasive Assessment of Muscles) (HERMENS et al., 00). O eletrodo de referência foi colocado no maléolo lateral do membro contralateral. Os exercícios foram efetuados no solo e em equipamentos de propriocepção para membros inferiores, descritos na tabela 1, sendo realizados com os olhos abertos e fechados. Tabela 1: Descrição dos Equipamentos Plataforma Vibratória Balancinho Disco Proprioceptivo Descrição dos Equipamentos Marca Nissan, com amplitude de movimento orbital de 6mm, e freq. estipulada em Hz. Marca ISP - Prancha de metal elevada e sustentada por correntes Marca ISP - Estrutura circular de madeira com superfície revestida de material antiderrapante fixada sobre meia esfera de madeira. A sequência de superfícies para analise foi defina por sorteio, sendo: Solo, Plataforma Vibratória, Balancinho e Disco Proprioceptivo. Para que o voluntário não apresentasse incremento ou déficit da propriocepção no último aparelho as coletas foram realizadas em 3 dias distintos. No primeiro dia foram analisados o solo e a Plataforma vibratória, nos dias seguintes Balancinho e Disco Proprioceptivo. Antes de iniciar os exercícios, o voluntário foi instruído a realizar aquecimento durante 5 minutos caminhando em esteira, com velocidade de 2,5 K/h. Em cada superfície analisada, foi orientado ao voluntario que estivesse descalço e permanecesse em pé sobre o membro inferior direito durante 15 segundos, inicialmente com os olhos abertos, repetindo o exercício por 3 vezes, com intervalo de descanso entre as coletas de 1 minuto, e realizando novamente o procedimento com os olhos fechados. O período do sinal a ser analisado seguiu o descrito por Callegari et al (10), onde a janela selecionada para determinação da medida de ativação eletromiográfica por meio do valor eficaz ou raiz quadrática média (RMS - Root Mean Square) foi fixada em 5 segundos, sendo extraídos os 5 segundos iniciais, correspondentes ao período de adaptação ao equipamento, e desprezados os 5 segundos finais, por ser um período em que o sujeito deixa de efetuar a mesma contração devido a proximidade do término do exercício. Sendo os sinais dos 5 segundos intermediários representantes, mais fidedignos da atividade muscular a ser analisada. O processamento dos sinais foi realizado por meio do software EMGWork Analysis 4.0, onde aplicou-se o filtro Butterworth passa baixa entre e 0 Hz na 4ª ordem, seguido de obtenção do valor de RMS de cada um dos 4 músculos, prosseguindo com o cálculo da média aritmética de cada amostra, com isso foi calculada a média aritmética de cada aparelho, nas duas modalidades: Olho Aberto e Olho Fechado. O sinal eletromiográfico foi representado em valores de RMS, sugerido pelas normas de padronização para estudos eletromiográficos de superfície (FERREIRA et al.,10). Os valores de RMS foram comparados entre as médias obtidas nas três amostras de cada aparelho nas duas modalidades, por meio da análise de variância Anova (um critério) e do pós-teste de Bonferroni. O nível de significância adotado foi de 5% ou p<0,05, por meio do programa BioEstat 5.0. Resultados 2

3 Quando comparamos o comportamento dos músculos estabilizadores do tornozelo, nos diferentes equipamentos de olhos abertos, tendo o solo como referência, foi possível observamos que a plataforma vibratória proporcionou atividade significativamente maior em todos os músculos analisados quando comparados aos outros equipamentos. RMS em uv RMS em uv ** 66* * 42** 36 34** 33 33** 37** 28 34** 33** 32** 119* 116* 61* 48* Solo Balancinho Disco (5seg) Plataforma Média FL TA GL GM Figura 2: Análise da EMGs dos músculos estabilizadores do Tornozelo nas diferentes superficíes testadas com os Olhos Fechados 55* 49* 33* 30* Solo Balancinho Disco Plataforma Média FL TA GL GM Figura 1: Análise da EMGs dos músculos estabilizadores do tornozelo nas diferentes superficíes testadas com os Olhos Abertos * p<0,05 ao compararmos com solo olhos abertos * p<0,05 ao compararmos com solo olhos abertos **p<0,05 ao compararmos com solo olho fechado Na comparação da média de RMS entre os músculos analisados, o FL apresentou atividade maior que os demais, tendo diferença estatisticamente significante nos aparelhos Disco e Plataforma quando comparados ao solo com olhos abertos. Por meio das médias, foi possível observar que o segundo músculo mais ativo foi o TA, já os músculos GM e GL apresentou valores mais baixos e, sempre próximos um do outro, como observado na figura 1. Com os olhos fechados, em comparação entre equipamentos, somente a Plataforma Vibratória gerou valores estatisticamente maiores do que os obtidos no solo para todos os músculos analisados. Realizando outra comparação, tendo como referência a atividade gerada pela plataforma, foi possível observar que os equipamentos balancinho e disco proprioceptivo apresentaram valores estatisticamente menores. Ao compararmos a atividade individual dos músculos estudados na modalidade olhos fechados, o mesmo observado com os olhos abertos se repete, tendo o músculo FL sua média de RMS valor maior do que os outros, seguido de TA, GM e por ultimo GL, como observado na figura 2. Ao analisarmos as médias de RMS obtidas em cada equipamento, notamos que a execução dos exercícios com os olhos fechados nos aparelhos: plataforma vibratória; balancinho e ate mesmo o solo, apresentam valores maiores que os com olhos abertos, porém somente o valor da plataforma vibratória com olhos fechados, é estatisticamente significativo comparado com o solo na mesma modalidade. Já a analise do disco proprioceptivo, indica maior atividade na modalidade olhos aberto quando comparado com olhos fechados, isso se dá pela dificuldade encontrada na execução do equilíbrio sobre esse aparelho com os olhos fechados, sendo obtido apenas 5 segundos em todas as amostras. Os valores das diferenças foram obtidos por meio da comparação das quatro superfícies analisadas (Solo, Plataforma Vibratória, Balancinho e Disco Proprioceptivo) utilizando ANOVA (um critério), e pós-teste de 3

4 Bonferroni com p<0,05. Já com os olhos abertos todos os aparelhos apresentam diferenças estatisticamente significantes comparados ao solo, como observado na figura 3. RMS em uv Solo 42* 86** 33* 48 39* 34 Plataforma Balancinho Disco Olhos aberto Olhos fechado Figura 3: Comparação das médias da EMGs nas diferentes superficíes testadas com Olhos Abertos e Fechados * p<0,05 ao compararmos como solo olho **p<0,05 ao compararmos com a Plataforma. Discussão Estudos afirmam que as informações proprioceptivas proveem de mecanoreceptores localizados nos músculos; ligamentos; cápsulas; meniscos e pele, os quais são órgãos especializados que funcionam como transdutores biológicos capazes de converter energia mecânica da deformação física em potenciais de ação, gerando informações proprioceptivas aferentes. Segundo Peccin e Pires (03), dois receptores desempenham importantes funções na estabilização articular: o fuso muscular e o Órgão Tendinoso de Golgi (OTG). Os fusos, situado no interior das fibras musculares, atuam como receptores durante o estiramento, enviando impulsos sensitivos aferentes que se comunicam com neurônios na medula espinhal e cérebro, sinalizando o comprimento do fuso e a velocidade com que o estiramento muscular está ocorrendo. Os OTG, situado na junção musculotendínea, são ativados quando o músculo se contrai conjuntamente com os receptores de pressão e dor que medem a tensão do músculo. Em uma situação de estresse anormal os OTG são estimulados e geram uma contração muscular reflexa ativando os estabilizadores mecânicos para correção desse estresse (ANDREWS; HARRELSON; WILK, 00; SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997, VOIGHT; COOK, 03). Cerulli et al. (01) relatam que a prevenção de lesões e o treino proprioceptivo estão intimamente associados, sendo o corpo visto como um todo; ao realizar treino proprioceptivo para articulação do tornozelo previne-se lesões no joelho. Assim como o alinhamento da articulação do joelho é diretamente afetado pela cinemática das articulações do quadril e do tornozelo. Foram encontrados estudos similares ao realizado, avaliando a atividade eletromiográfica de músculos estabilizadores do tornozelo utilizando diferentes equipamentos proprioceptivos sobre apoio unipodal. E outro estudo, comparando a efetividade do uso da vibração de corpo inteiro no tratamento de injurias do tornozelo (FERREIRA et al., 09; FERREIRA et al., 10; CALLEGARI et al., 10; CLOAK et al.,10) O estudo realizado por Callegari et al. (10) analisou a atividade eletromiográfica dos músculos gastrocnêmios e tibial anterior em apoio unipodal, sobre os equipamentos balancinho, prancha de equilíbrio e cama elástica, tento como resultado a maior ativação destes dois músculos quando utilizado o balancinho. Os autores relacionam este dado ao fato de que a utilização do balancinho desloca o centro de massa na direção anteroposterior, desequilibrando o voluntário para frente e para trás, ativando o mecanismo de cocontração quando o equilíbrio postural é ameaçado. O mesmo é observado quando comparamos as médias de RMS dos músculos acima citado entre solo e balancinho com olhos abertos, porém sem significância estatística. Ferreira et al. (09), obtiveram resultados significativos da atividade eletromiográfica dos músculos estabilizadores do tornozelo, analisado o equilíbrio unipodal estático em diferentes equipamentos, observando que os músculos mais ativados foram: tibial anterior e de fibular longo, respectivamente, ambos sendo estabilizadores dinâmicos na articulação do tornozelo,onde o músculo fibular longo atua como um eversor e flexor plantar e o tibial anterior atua como um inversor e dorsiflexor, seguido de gastrocnêmio medial, gastrocnêmio lateral e por ultimo tibial posterior. Em sua pesquisa os autores exemplificam que na maioria dos solos instáveis gerou-se grande instabilidade látero-medial com isso houve mais movimentos de inversão e eversão, elucidando o achado estatistico da alta atividade do tibial anterior e fibular longo durante todos os exercícios de manutenção do equilibrio, Sendo o disco proprioceptivo o aparelho que mais mais gerou ativação dos músculos analisados. Comparando com o presente estudo obtemos o mesmo resultado em relação à média de RMS do disco proprioceptivo, que apresenta valores estatisticamente maiores que o solo. Em relação à 4

5 musculatura mais ativada, os dados obtidos neste estudo de caso não condizem com o autor, pois o fibular longo teve valores maiores que o tibial anterior, podendo ser explicado pela pouca quantidade de amostras coletas neste estudo. A correção consciente e inconsciente da postura é possível por meio de entradas visuais, que geram a referência de verticalidade, mesmo o mais discreto movimento linear ou de rotação do corpo instantaneamente deslocam as imagens visuais na retina, e estas informações são retransmitidas aos centros de equilíbrio, sendo possível através do sistema visual, realizar manutenção e orienta ruma postura ereta durante as oscilações do corpo(guyton; HALL,1998, HORAK; SHUPERET,1994). Ferreira et al. (10) realizaram um estudo de análise eletromiográfica dos mesmos músculos citados anteriormente, durante exercício em solos instável e estável com olhos abertos e fechados. A maior atividade eletromiográfica foi com os olhos fechados em todos os solos analisados, inclusive o solo estável, quando comparado com a realização dos mesmos exercícios com os olhos abertos, os autores concluíram que a realização de exercícios proprioceptivos sem o auxilio visual é um recurso valioso na reabilitação sensóriomotora da articulação do tornozelo. Uma modalidade da técnica de vibração, conhecida como VCI- vibração de corpo inteiro vem sendo estudada como método terapêutico para melhora do controle postural, equilíbrio e também com outros objetivos como evitar a osteoporose produzindo o aumento da densidade óssea, além do fortalecimento muscular e condicionamento cardiorrespiratório (KAWANABE et al., 07; BOGAERTS et al., 09 ;VON STENGEL et al., 11). No estudo de Cloak et al. (10), foi realizado uma comparação para o tratamento da Instabilidade funcional do tornozelo (FAI) em 38 bailarinas tendo um grupo controle e outro utilizando a técnica de VCI, obtendo melhora do equilíbrio estático entre as bailarinas que exibiam FAI tratadas com VCI, observado através do aumento da pontuação do SEBT (Star Excursion Balance Test Teste de equilíbrio Estrela), concluindo que o uso de VCI é um método de treinamento eficaz para reabilitação de injúrias no tornozelo. O presente estudo demonstra a alta atividade da musculatura estabilizadora do tornozelo gerada pela VCI, exigindo mais do efeito de co-contração e recrutamento muscular na manutenção do equilíbrio, indo de encontro com o autor na escolha desse equipamento para reabilitação de injúrias nessa articulação. Cabe ressaltar que o presente trabalho avaliou somente um indivíduos sem histórico de lesão no tornozelo, sendo os valores obtidos no trabalho referentes à população normal, porém sem significância estatística, e que indivíduos com instabilidade articular aguda ou crônica no tornozelo podem apresentar outro padrão de recrutamento muscular nos equipamentos analisados. Conclusão Conclui-se que a atividade muscular no tornozelo gerada pela VCI foi maior do que os outros aparelhos, em relação às médias obtidas nos aparelhos, sugerindo um novo equipamento para treino proprioceptivo. Os valores obtidos nos exercícios realizados com olhos fechados demonstram a grande atuação do sistema visual na manutenção do equilíbrio quando comparados com olhos abertos nos equipamentos Plataforma, Balancinho e até mesmo no solo, sugerindo a execução de exercícios com olhos fechados para aumentar a atividade muscular e o grau de dificuldade do exercício, progredindo na melhora da propriocepção. Referências - ANDREWS, J; HARRELSON, G; WILK, K. Reabilitação Física das Lesões Esportivas. 2º ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, BENNELL, K. L. et al. Relationship of knee joint proprioception to pain and disability in individuals with knee osteoarthritis. Journal of Orthopaedic Research, v.21, p , BOGAERTS, A. C. et al. Effects of whole body vibration training on cardiorespiratory fitness and muscle strength in older individuals (a 1-year randomised controlled trial). Age Ageing, v.38, n. 4, p , CALLEGARI, B. et al. Atividade eletromiográfica durante exercícios de propriocepção de tornozelo em apoio unipodal. Fisioterapia e Pesquisa, v. 17, n. 4, p.312-6, CERULLI, G. et al. Proprioceptive Training and Prevention of Anterior Cruciate Ligament Injuries in Soccer. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 31, n.11, p , CLOAK, R. et al. Vibration training improves balance in unstable ankles. Internacional Journal Sports Medicine, v.31, n.12, p , 10. 5

6 - FERREIRA, A.S. et al. Aspectos metodológicos da eletromiografia de superfície: considerações sobre os sinais e processamentos para estudo da função neuromuscular. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 31, n. 2, p , Jan FERREIRA, L. A. B. et al. Análise da atividade eletromiográfica dos músculos do tornozelo em solo estável e instável. Fisioterapia em Movimento, v. 22, n. 2, p , GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Fisiologia Humana e Mecanismos de Doenças. 6ª ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, VOIGHT, M. L.; COOK, G. Controle neuromuscular deficiente: treinamento de reativação neuromuscular. In: PRENTICE, W. E.; VOIGHT, M. L. Técnicas de Reabilitação musculoesquelética. Porto Alegre: Artmed, p. 727, VON, S. S. et al. Effects of whole-body vibration training on different devices on bone mineral density. Medicine and Science in Sports Exercise, v. 43, n. 6, p , HERMENS H. J. et al. Development of recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. Journal of Electromyography and Kinesiology, v. 10, p , HORAK, F. B.; SHUPERT, C. The role of the vestibular system in postural control. In: HERDMAN,S. (Ed.). Vestibular Rehabilitation. New York: FA Davis, p, KAWANABE, K. et al. Effect of wholebody vibration exercise and muscle strengthening, balance, and walking exercises on walking ability in the elderly. Keio Journal of Medicine, v. 56, n. 1, p , LEPHART, S. M., et al. The Role of Proprioception in the Management and Rehabilitation of Athletic Injuries. American Journal of Sports Medicine. v.25, p. 130, OCARINO, J. M., et al. Eletromiografia: interpretação e aplicações nas ciências da reabilitação. Revista Fisioterapia Brasil, v.6, n.4, p , PECCIN, M. S.; PIRES, L. Reeducação sensória motora. In: COHEN, M.; ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes Diagnóstica Prevenção e Tratamento. Ed. Revinter: Rio de Janeiro, RIBOT-CISCAR, E; BUTLER, J. E; THOMAS, C. K. Facilitation of triceps brachii muscle contraction by tendon vibration after chronic cervical spinal cord injury. Journal of Applied Physiology, v. 94, n.23, p.58-67, SMITH, L.; WEISS, E.; LEHMKUHL, D. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5ª edição. Editora Manole, São Paulo,

Estabilidade biomecânica do tornozelo

Estabilidade biomecânica do tornozelo Estabilidade biomecânica do tornozelo GUSTAVO KIYOSEN NAKAYAMA (Uningá) 1 CLÁUDIA VALÉRIA FERRO (Unioeste) 2 JOÃO FLÁVIO GUIMARÃES (Unioeste) 2 CARLOS EDUARDO DE ALBUQUERQUE (Unioeste) 3 GLADSON RICARDO

Leia mais

Título do Trabalho: Aplicação Da Kinesio Taping Na Correção Funcional Da Marcha

Título do Trabalho: Aplicação Da Kinesio Taping Na Correção Funcional Da Marcha Instituição: Universidade Estadual de Goiás(UEG). Introdução A marcha do paciente portador de AVC apresenta ausência do movimento controlado de dorsiflexão no inicio do apoio do calcanhar e privação do

Leia mais

Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000)

Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000) Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000) Este estudo buscou investigar o efeito das variações de posição dos pés no agachamento no

Leia mais

Propriocetividade e Treino Propriocetivo

Propriocetividade e Treino Propriocetivo Núcleo de Estudantes de Desporto Vila Real, 15 de Dezembro de 2015 Propriocetividade e Treino Propriocetivo José Ferreirinha / UTAD O que é Propriocetividade? Quais os recetores propriocetivos? Qual a

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO ELETROMIOGRÁFICO DO MÚSCULO DELTÓIDE ANTERIOR EM ATLETAS DURANTE O ARREMESSO DE BASQUETE E HANDEBOL

ESTUDO COMPARATIVO ELETROMIOGRÁFICO DO MÚSCULO DELTÓIDE ANTERIOR EM ATLETAS DURANTE O ARREMESSO DE BASQUETE E HANDEBOL ESTUDO COMPARATIVO ELETROMIOGRÁFICO DO MÚSCULO DELTÓIDE ANTERIOR EM ATLETAS DURANTE O ARREMESSO DE BASQUETE E HANDEBOL Horn FF 1, Horn BL 2, Nogueira DV 3, Licurci MGB 4, Fagundes AA 5 Instituição: Universidade

Leia mais

PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO E TREINAMENTO ORIENTADO À COMPETIÇÃO: PERFIL DO TIPO DE PÉ E PISADA EM CORREDORES DE RUA

PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO E TREINAMENTO ORIENTADO À COMPETIÇÃO: PERFIL DO TIPO DE PÉ E PISADA EM CORREDORES DE RUA PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO CONDICIONAMENTO FÍSICO E TREINAMENTO ORIENTADO À COMPETIÇÃO: PERFIL DO TIPO DE PÉ E PISADA EM CORREDORES DE RUA 1. INTRODUÇÃO O Grupo de Pesquisa em Neuromecânica Aplicada (GNAP),

Leia mais

ACAMPAMENTO REGIONAL EXERCÍCIOS PARA AQUECIMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES (ALONGAMENTO DINÂMICO ESTABILIZAÇÃO ATIVAÇÃO MUSCULAR)

ACAMPAMENTO REGIONAL EXERCÍCIOS PARA AQUECIMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES (ALONGAMENTO DINÂMICO ESTABILIZAÇÃO ATIVAÇÃO MUSCULAR) ACAMPAMENTO REGIONAL EXERCÍCIOS PARA AQUECIMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES (ALONGAMENTO DINÂMICO ESTABILIZAÇÃO ATIVAÇÃO MUSCULAR) Puxar uma perna para o tronco 1 - Alongamento da região posterior da coxa:

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CENTRO DE TRAUMATOLOGIA DE ESPORTE

DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CENTRO DE TRAUMATOLOGIA DE ESPORTE DEPARTAMENTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CENTRO DE TRAUMATOLOGIA DE ESPORTE Avaliação do Equilíbrio Postural capa Balance System BIODEX A perda de informação proprioceptiva

Leia mais

Proprioceptores. Proprioceptores

Proprioceptores. Proprioceptores Proprioceptores São órgãos sensoriais encontrados nos músculos e articulações. Sua função é conduzir informações sensoriais para o SNC a partir dos músculos, tendões,articulações e ligamentos. Estão relacionados

Leia mais

O EFEITO DE EXERCÍCIOS DO REFOMER E STEP CHAIR DO MÉTODO PILATES NA PROPRIOCEPÇÃO DO TORNOZELO

O EFEITO DE EXERCÍCIOS DO REFOMER E STEP CHAIR DO MÉTODO PILATES NA PROPRIOCEPÇÃO DO TORNOZELO UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO O EFEITO DE EXERCÍCIOS DO REFOMER E STEP CHAIR DO MÉTODO PILATES NA PROPRIOCEPÇÃO DO TORNOZELO DISSERTAÇÃO DE 2º CICLO (MESTRADO) EM CIÊNCIAS DO DESPORTO COM

Leia mais

CRIOTERAPIA NO TORNOZELO E ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DO TIBIAL ANTERIOR E FIBULAR DURANTE APOIO UNIPODÁLICO NO BALANCINHO

CRIOTERAPIA NO TORNOZELO E ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DO TIBIAL ANTERIOR E FIBULAR DURANTE APOIO UNIPODÁLICO NO BALANCINHO CRIOTERAPIA NO TORNOZELO E ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DO TIBIAL ANTERIOR E FIBULAR DURANTE APOIO UNIPODÁLICO NO BALANCINHO Marcus Vinicius Carvalho Coelho Graduado em Fisioterapia pela UNIG, Itaperuna-RJ.

Leia mais

ALONGAMENTO MUSCULAR

ALONGAMENTO MUSCULAR MOVIMENTOS PASSIVOS E ATIVOS ALONGAMENTO MUSCULAR Prof. Ma. Ana Júlia Brito Belém/PA Aula 03 AMPLITUDE DE MOVIMENTO E a medida de um movimento articular, que pode ser expressa em graus. Quanto maior a

Leia mais

FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO DE DISCIPLINAS

FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO DE DISCIPLINAS FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO DE DISCIPLINAS 1. Identificação do Curso: 1.1 Curso: Mestrado em Fisioterapia e Funcionalidade 1.2 Código: 22001018175M7 2. Modalidades: 3. Turno(s) 4. Departamento Mestrado ( X

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES FÍSICAS A FLEXIBILIDADE

DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES FÍSICAS A FLEXIBILIDADE DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES FÍSICAS A 1. Contributo Para a Definição da Capacidade - Flexibilidade 2. Factores Condicionantes do Desenvolvimento da Flexibilidade 3. Conclusões Metodológicas 1 1. Contributo

Leia mais

Reconhecimento de Sinais EMG (Plano Horizontal Sem Carga)

Reconhecimento de Sinais EMG (Plano Horizontal Sem Carga) Reconhecimento de Sinais EMG (Plano Horizontal Sem Carga) Orientador: Maria Claudia Ferrari de Castro Departamento: Engenharia Elétrica Candidato: Thiago Henrique do Nascimento N FEI: 111107778-0 Início:

Leia mais

Treinamento: Controle Postural e Locomoção em Idosos. Prof. Dr. Matheus M. Gomes

Treinamento: Controle Postural e Locomoção em Idosos. Prof. Dr. Matheus M. Gomes Treinamento: Controle Postural e Locomoção em Idosos Prof. Dr. Matheus M. Gomes 1 Queda Principal causa de morte acidental de idosos 2/3 Deandrea et al. 2010 5 Quedas 30% idosos caem pelo menos uma

Leia mais

PLANO DE AULA. Guirro, R.; Guirro, E. Fisioterapia Dermato-Funcional - fundamentos, recursos e patologias. SP, Ed. Manole, 3ª edição, 2004, 560 p.

PLANO DE AULA. Guirro, R.; Guirro, E. Fisioterapia Dermato-Funcional - fundamentos, recursos e patologias. SP, Ed. Manole, 3ª edição, 2004, 560 p. PLANO DE AULA Disciplina: Eletrotermofototerapia Professor(a): Prof. Msd. Marcus Vinicius Gonçalves Torres Azevedo Curso: Fisioterapia Semestre/Ano 3 / 2010 Turma: Atividades temáticas Estratégias/bibliografia

Leia mais

EFEITO DO TREINO PROPRIOCEPTIVO NA PREVENÇÃO DA INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO: uma revisão de literatura

EFEITO DO TREINO PROPRIOCEPTIVO NA PREVENÇÃO DA INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO: uma revisão de literatura 1 Rubens Gabriel Calazans Rezende Júnior EFEITO DO TREINO PROPRIOCEPTIVO NA PREVENÇÃO DA INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO: uma revisão de literatura Belo Horizonte Escola de Educação Física, Fisioterapia

Leia mais

ANÁLISE DA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS DO TORNOZELO EM SOLO ESTÁVEL E INSTÁVEL

ANÁLISE DA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS DO TORNOZELO EM SOLO ESTÁVEL E INSTÁVEL ISSN 0103-5150 Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 2, p. 177-187, abr./jun. 2009 Licenciado sob uma Licença Creative Commons ANÁLISE DA ATIVIDADE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS DO TORNOZELO EM SOLO ESTÁVEL

Leia mais

Cinemática do Movimento

Cinemática do Movimento Princípios e Aplicações de Biomecânica EN2308 Profa. Léia Bernardi Bagesteiro (CECS) Cinemática do Movimento Comparativo experimento Lab 2 e artigo - Cesqui et al. - Catching a Ball at the Right Time and

Leia mais

Análise eletromiográfica dos músculos tibial anterior e fibular longo em portadores de entorse crônica de tornozelo Sabrina Bonzi da Conceição

Análise eletromiográfica dos músculos tibial anterior e fibular longo em portadores de entorse crônica de tornozelo Sabrina Bonzi da Conceição Análise eletromiográfica dos músculos tibial anterior e fibular longo em portadores de entorse crônica de tornozelo Sabrina Bonzi da Conceição Acadêmica do 8º período de Fisioterapia do ISECENSA Jefferson

Leia mais

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016 ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES Turma 13 Módulo III 17/06/2016 ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES Paulo Leal Fisioterapeuta e Prof. de Educação Física Mestre em Educação Física Especialista em Educação física e

Leia mais

Aula 3 Controle Postural

Aula 3 Controle Postural E-mail: daniel.boari@ufabc.edu.br Universidade Federal do ABC Princípios de Reabilitação e Tecnologias Assistivas 3º Quadrimestre de 2018 Sistema de controle postural Centro de gravidade Centro de pressão

Leia mais

Introdução as doenças Ortopédicas

Introdução as doenças Ortopédicas Introdução as doenças Ortopédicas 1 Estrutura Neuromuscular Fuso: É o principal órgão sensitivo exitatório do músculo e é composto de fibras intrafusais microscópicas, que ficam paralelas as fibras extrafusais

Leia mais

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição)

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição) Qual a relevância do tema no curso de Medicina? Principais sinais e sintomas decorrentes de alterações do sistema vestibular. Tontura Desequilíbrio Nistagmo

Leia mais

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DA REGIÃO CERVICAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS COM APLICAÇÃO DE TENS Julliana Negreiros de Araújo 1 ; Karina do Valle Marques 2 1 Aluno do Curso

Leia mais

TREINO DE GUARDA-REDES, PREPARAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA DE TREINO

TREINO DE GUARDA-REDES, PREPARAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA DE TREINO TREINO DE GUARDA-REDES, PREPARAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA DE TREINO MÓDULO : Flexibilidade Formador: Tiago Vaz Novembro de 2015 Síntese 1. Definição e formas de manifestação; 2. Fatores condicionantes; 3.

Leia mais

Ricardo Yabumoto Curitiba, 26 de Marco de 2007

Ricardo Yabumoto Curitiba, 26 de Marco de 2007 REABILITACAO DO OMBRO Ricardo Yabumoto Curitiba, 26 de Marco de 2007 SINDROME IMPACTO-FASE I 2-4 SEMANAS: fase I 1. Objetivo = melhorar mobilidade GU 2. Crioterapia = 20min 4/5X dia 3. Cinesioterapia 4.

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA VISÃO PARA A MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM JOVENS

UTILIZAÇÃO DA VISÃO PARA A MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM JOVENS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS UTILIZAÇÃO DA VISÃO PARA A MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE MARÍLIA Faculdade de Filosofia e Ciências. PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE MARÍLIA Faculdade de Filosofia e Ciências. PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE MARÍLIA Faculdade de Filosofia e Ciências PROGRAMA DE DISCIPLINA/ ESTÁGIO Ano: 2008 UNIDADE UNIVERSITÁRIA: Faculdade de Filosofia e Ciências CURSO: Terapia

Leia mais

Pilates Funcional. Thiago Rizaffi

Pilates Funcional. Thiago Rizaffi Pilates Funcional Um corpo livre de tensão nervosa e fadiga é o abrigo ideal fornecido pela natureza para abrigar uma mente bem equilibrada, totalmente capaz de atender com sucesso todos os complexos problemas

Leia mais

17/11/2009. ROM: Range Of Movement (amplitude de movimento)

17/11/2009. ROM: Range Of Movement (amplitude de movimento) BASES BIOMECÂNICAS DO ALONGAMENTO Conceitos Técnicas de alongamento Características dos tecidos biológicos Fundamentos mecânicos Resposta e adaptação dos tecidos Objetivos do alongamento Prevenção de lesões

Leia mais

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 Componente Curricular: Cinesiologia e Biomecânica Código: Fisio 204 Pré-requisito: Anatomia II Período

Leia mais

Prof. Ms. Sandro de Souza

Prof. Ms. Sandro de Souza Prof. Ms. Sandro de Souza As 5 leis básicas do Treinamento de Força 1º - ANTES DE DESENVOLVER FORÇA MUSCULAR, DESENVOLVA FLEXIBILIDADE Amplitude de movimento Ênfase na pelve e articulações por onde passam

Leia mais

FACTORES DE RISCO ALTO RENDIMENTO FORMAÇÃO DESPORTIVA CURSO DE PREPARADOR FÍSICO CURSO DE METODÓLOGO DO TREINO CURSO DE TREINADOR DE GR

FACTORES DE RISCO ALTO RENDIMENTO FORMAÇÃO DESPORTIVA CURSO DE PREPARADOR FÍSICO CURSO DE METODÓLOGO DO TREINO CURSO DE TREINADOR DE GR III FACTORES DE RISCO INTRÍNSECOS 31 III FACTORES DE RISCO INTRÍNSECOS 32 16 III FACTORES DE RISCO 33 III FACTORES DE RISCO INTRÍNSECOS 34 17 III FACTORES DE RISCO INTRÍNSECOS 35 III FACTORES DE RISCO

Leia mais

Fisioterapeuta Priscila Souza

Fisioterapeuta Priscila Souza Fisioterapeuta Priscila Souza * Passou de 7 bilhões o número de celulares no mundo. (União Internacional de Telecomunicações UIT, 2015) *Segundo a ONU em 2000 o número de aparelhos celulares era de 738

Leia mais

Sistema sensorial. Sistema motor

Sistema sensorial. Sistema motor Estímulos ambientais Sistema sensorial Sistema nervoso Resposta Sistema motor Divisão funcional do Sistema Nervoso Sensorial CATEGORIA ORIGEM ORGANIZAÇÃO SENSIBILIDADE Geral (SOMESTESIA) Calor e Frio Dor

Leia mais

FISIOTERAPIA Prevenção de Lesões

FISIOTERAPIA Prevenção de Lesões FISIOTERAPIA Prevenção de Lesões Fisioterapeuta Vinícius Santos Mestrando em Ciências da Reabilitação Especialista em Músculoesquelética Especialista em Esporte - SONAFE FISIOTERAPIA Prevenção de Lesões

Leia mais

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL -

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA HUMANA TURMA 11-2014 CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - TRONCO CEREBRAL - PROFª DRª VILMA G. 2. NÍVEL DE CONTROLE INTERMEDIÁRIO O

Leia mais

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito LIBERAÇÃO MIOFASCIAL Ebook Gratuito LIBERAÇÃO MIOFASCIAL Segundo Myers (2010), a Liberação Miofascial tem sido muito utilizada na última década com objetivo de contribuir para a flexibilidade muscular.

Leia mais

Fisiologia do Sistema Motor. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP

Fisiologia do Sistema Motor. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP Fisiologia do Sistema Motor Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA : SISTEMA MOTOR 1. Organização hierárquica do movimento 2. Organização segmentar dos neurônios

Leia mais

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 COMPONENTE CURRICULAR: Cinesiologia e Biomecânica

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 COMPONENTE CURRICULAR: Cinesiologia e Biomecânica CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado plea Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 COMPONENTE CURRICULAR: Cinesiologia e Biomecânica CÓDIGO: Fisio 204 CH TOTAL: 60h PRÉ-REQUISITO: Anatomia

Leia mais

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular BE066 Fisiologia do Exercício Flexibilidade Prof. Sergio Gregorio da Silva Flexibilidade É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular É altamente adaptável e é! aumentada

Leia mais

Métodos de Medição em Biomecânica

Métodos de Medição em Biomecânica Métodos de Medição em Biomecânica Ricardo Martins de Souza 2013 Áreas de Concentração da Biomecânica 1 Cinemática Estudo da Descrição do Movimento; Área de estudo (Cinemetria); Estudo das formas do movimento;

Leia mais

A ESTABILIDADE DO TORNOZELO EM ATLETAS DO VOLEIBOL MASCULINO ...

A ESTABILIDADE DO TORNOZELO EM ATLETAS DO VOLEIBOL MASCULINO ... A ESTABILIDADE DO TORNOZELO EM ATLETAS DO VOLEIBOL MASCULINO THE ANKLE STABILITY IN MEN'S VOLLEYBALLATHLETES... Bruna Kuhn 1, Norma Brocker Nazzi 2, Muriel Oliveira 3, Mauren Mansur Moussalle 4, Marcelo

Leia mais

Neurofisiologia. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP

Neurofisiologia. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP Neurofisiologia Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA: SENSIBILIDADE SOMÁTICA 1. Codificação da informação sensorial: a. transdução, modalidade sensorial, receptores

Leia mais

Trail Running Entorse de Tornozelo Prevenção

Trail Running Entorse de Tornozelo Prevenção Trail Running Entorse de Tornozelo Prevenção O entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns nas atividades esportivas e no trail running. O mecanismo de lesão mais comum ocorre com o tornozelo em

Leia mais

BIOMECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA NO ESPORTE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

BIOMECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA NO ESPORTE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior BIOMECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA NO ESPORTE Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Considerações iniciais EXCÊNTRICA CONCÊNTRICA ISOMÉTRICA F m F m F m P V P V P V = 0 Potência < 0 Potência >

Leia mais

28/07/2014. Efeitos Fisiológicos do Treinamento de Força. Fatores Neurais. Mecanismos Fisiológicos que causam aumento da força

28/07/2014. Efeitos Fisiológicos do Treinamento de Força. Fatores Neurais. Mecanismos Fisiológicos que causam aumento da força Efeitos Fisiológicos do Treinamento de Força Força muscular se refere à força máxima que um músculo ou um grupo muscular pode gerar. É Comumente expressa como uma repetição máxima ou 1~RM Resistência muscular

Leia mais

EFETIVIDADE DOS EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMPARADOS AOS POSTURAIS NA PREVENÇÃO DE LESÕES NO FUTSAL

EFETIVIDADE DOS EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMPARADOS AOS POSTURAIS NA PREVENÇÃO DE LESÕES NO FUTSAL V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 2 a 26 de outubro de 27 EFETIVIDADE DOS EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMPARADOS AOS POSTURAIS NA PREVENÇÃO DE LESÕES NO FUTSAL Daniele Mayumi

Leia mais

Fibrosa - escamosa. Sindesmose. Sínfise Púbica

Fibrosa - escamosa. Sindesmose. Sínfise Púbica Articulações Articulações Definição: O local onde dois ou mais ossos se encontram, existindo ou não movimento é chamado Articulação. Prof. Me. Altair Pereira Júnior Articulações A A união entre os ossos

Leia mais

ABSORÇÃO DE IMPACTO NA PREVENÇÃO DE LESÕES JOÃO FERREIRINHO

ABSORÇÃO DE IMPACTO NA PREVENÇÃO DE LESÕES JOÃO FERREIRINHO ABSORÇÃO DE IMPACTO NA PREVENÇÃO DE LESÕES JOÃO FERREIRINHO João Ferreirinho - Licenciatura em Fisioterapia pela ESSCVP; - Mestrado em Fisioterapia do desporto de alta competição pela Universidade Autónoma

Leia mais

27/5/2011. Arquitetura Muscular & Envelhecimento. Envelhecimento: Associado à idade cronológica. Evento multideterminado (difícil determinação)

27/5/2011. Arquitetura Muscular & Envelhecimento. Envelhecimento: Associado à idade cronológica. Evento multideterminado (difícil determinação) Envelhecimento: & Envelhecimento Associado à idade cronológica Evento multideterminado (difícil determinação) Conceito de tempo intimamente relacionado ao do envelhecimento Tempo Físico Patricia Cosentino

Leia mais

Resistência Muscular. Prof. Dr. Carlos Ovalle

Resistência Muscular. Prof. Dr. Carlos Ovalle Resistência Muscular Prof. Dr. Carlos Ovalle Resistência Muscular Resistência muscular é a capacidade de um grupo muscular executar contrações repetidas por período de tempo suficiente para causar a fadiga

Leia mais

TRATOS ASCENDENTES E DESCENDENTES DA MEDULA ESPINAL

TRATOS ASCENDENTES E DESCENDENTES DA MEDULA ESPINAL TRATOS ASCENDENTES E DESCENDENTES DA MEDULA ESPINAL DEFINIÇÕES: FUNÍCULO: regiões da substância branca da medula espinal que formam tratos por onde trafegam informações ascendentes (da periferia para o

Leia mais

GLÚTEO MÉDIO E ALTERAÇÕES BIOMECÂNICAS DO MEMBRO INFERIOR

GLÚTEO MÉDIO E ALTERAÇÕES BIOMECÂNICAS DO MEMBRO INFERIOR GLÚTEO MÉDIO E ALTERAÇÕES BIOMECÂNICAS DO MEMBRO INFERIOR BRUNA BATISTA DOS SANTOS 1 ; ALINE DIAS ALELUIA DE CASTRO. 1, IKEZAKI, F. I. 2 Resumo Objetivo: Verificar a influência do Glúteo Médio (GM) nas

Leia mais

EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO VIBRATÓRIA EM HEMIPLÉGICOS PÓS- ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO VIBRATÓRIA EM HEMIPLÉGICOS PÓS- ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO VIBRATÓRIA EM HEMIPLÉGICOS PÓS- ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Janaína de Moraes Silva 1, Alderico R. de Paula Jr 2., Mario Oliveira Lima 3 1 Universidade Vale do Paraíba (UNIVAP)/Mestrado

Leia mais

AVALIAÇÃO ELETROMIOGRÁFICA DOS MUSCULOS DO MEMBRO INFERIOR DE BASE DURANTE O UCHI KOMI RESUMO

AVALIAÇÃO ELETROMIOGRÁFICA DOS MUSCULOS DO MEMBRO INFERIOR DE BASE DURANTE O UCHI KOMI RESUMO 6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG AVALIAÇÃO ELETROMIOGRÁFICA DOS MUSCULOS DO MEMBRO INFERIOR DE BASE DURANTE

Leia mais

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura.

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura. Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura. Kelly Karyne Chaves Silva; Francisca Jerbiane Silva Costa; Thais Muratori Holanda (Orientadora). Faculdade do Vale do

Leia mais

ESTUDO DESCRITIVO DE PARÂMETROS TEMPORAIS E CINEMÁTICOS DA MARCHA DE MULHERES JOVENS

ESTUDO DESCRITIVO DE PARÂMETROS TEMPORAIS E CINEMÁTICOS DA MARCHA DE MULHERES JOVENS ESTUDO DESCRITIVO DE PARÂMETROS TEMPORAIS E CINEMÁTICOS DA MARCHA DE MULHERES JOVENS INTRODUÇÃO GABRIEL SANTO SCHÄFER, FERNANDO AMÂNCIO ARAGÃO Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, PR - Brasil

Leia mais

5 Concepção e Projeto da Bancada

5 Concepção e Projeto da Bancada 5 Concepção e Projeto da Bancada 5.1 Introdução O principal objetivo no projeto da bancada é simular o fenômeno da instabilidade em um rotor. O rotor foi desenvolvido a partir de um preexistente no Laboratório

Leia mais

Marcha Normal. José Eduardo Pompeu

Marcha Normal. José Eduardo Pompeu Marcha Normal José Eduardo Pompeu Marcha Humana Deslocamento de um local para outro Percorrer curtas distâncias. Versatilidade funcional dos MMII para se acomodar a: degraus, mudanças de superfícies e

Leia mais

Parecer n. 05-3/2015. Processo de consulta: Ofício nº 60/2015/GAPRE COFFITO Assunto: Reeducação Postural Global - RPG

Parecer n. 05-3/2015. Processo de consulta: Ofício nº 60/2015/GAPRE COFFITO Assunto: Reeducação Postural Global - RPG Parecer n. 05-3/2015. Processo de consulta: Ofício nº 60/2015/GAPRE COFFITO Assunto: Reeducação Postural Global - RPG Da Consulta Trate-se do questionamento abaixo, acerca do RPG: - Conceituar Método/Técnica

Leia mais

EFEITOS DA BANDAGEM FUNCIONAL NO PÉ EQUINO DE CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO DE CASO

EFEITOS DA BANDAGEM FUNCIONAL NO PÉ EQUINO DE CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO DE CASO EFEITOS DA BANDAGEM FUNCIONAL NO PÉ EQUINO DE CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: ESTUDO DE CASO RESUMO SANTOS, B.C.M. ;GROSSI, C.L.D. Este estudo tem como objetivo analisar os efeitos da bandagem funcional

Leia mais

EFEITO DO TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE SOBRE A MARCHA DE IDOSAS

EFEITO DO TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE SOBRE A MARCHA DE IDOSAS FABIANO CRISTOPOLISKI EFEITO DO TREINAMENTO DE EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE SOBRE A MARCHA DE IDOSAS Dissertação de Mestrado defendida como pré-requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação

Leia mais

COMPRESSÃO DE SINAIS DE ELETROMIOGRAFIA

COMPRESSÃO DE SINAIS DE ELETROMIOGRAFIA Universidade de Brasília UnB Faculdade de Tecnologia FT Departamento de Engenharia Elétrica ENE COMPRESSÃO DE SINAIS DE ELETROMIOGRAFIA Marcus Vinícius Chaffim Costa 1, Alexandre Zaghetto 2, Pedro de Azevedo

Leia mais

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - MEDULA ESPINAL -

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - MEDULA ESPINAL - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA HUMANA TURMA 11-2014 CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - MEDULA ESPINAL - PROFª DRª VILMA G. 1. NÍVEL DE CONTROLE LOCAL A MEDULA ESPINAL:

Leia mais

Formação treinadores AFA

Formação treinadores AFA Preparação específica para a atividade (física e mental) Equilíbrio entre treino e repouso Uso de equipamento adequado à modalidade (ex: equipamento, calçado, proteções) E LONGEVIDADE DO ATLETA Respeito

Leia mais

Prof. Renan Lovisetto

Prof. Renan Lovisetto Prof. Renan Lovisetto 1 INTRODUÇÃO FES = Estimulação elétrica funcional Estimulação elétrica neuro muscular (EENM) de baixa frequência (10-1000Hz) - despolarizada Uso de corrente excitomotora para fins

Leia mais

Revista Iniciação Científica, v. 8, n. 1, 2010, Criciúma, Santa Catarina. ISSN

Revista Iniciação Científica, v. 8, n. 1, 2010, Criciúma, Santa Catarina. ISSN IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE STRETCHING GLOBAL ATIVO NAS ATLETAS DE FUTSAL FEMININO DA UNESC Beatriz Naspolini Silvestri 1 Adriano Borges Polizelli 2 RESUMO O futsal é um esporte muito popular no Brasil

Leia mais

FISIOLOGIA DO TRABALHO

FISIOLOGIA DO TRABALHO FISIOLOGIA DO TRABALHO Luciane L Gomes Gonçalves Março 2010 O organismo humano O organismo e a Ergonomia Neuromuscular Coluna Visão Audição Função Neuromuscular Sistema Nervoso Central (SNC): Cérebro +

Leia mais

Ensaio sobre a interferência dos protetores bucais no equilíbrio de atletas do karatê

Ensaio sobre a interferência dos protetores bucais no equilíbrio de atletas do karatê Ensaio sobre a interferência dos protetores bucais no equilíbrio de atletas do karatê Isabela Alves Marques isabelamarquesvj@gmail.com Marila Rezende Azevedo marila.azevedo@terra.com.br Luiza Maire David

Leia mais

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS O CORPO É FEITO PARA OBSERVAR, PERCEBER, REAGIR, MOVIMENTAR. O HOMEM EM ORTOSTATISMO DEVERÁ SE ADAPTAR À GRAVIDADE, ASSEGURAR SEU EQUILÍBRIO

Leia mais

ANÁLISE DA EFICACIA DO USO DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ESTUDO DE CASO

ANÁLISE DA EFICACIA DO USO DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ESTUDO DE CASO 1 ANÁLISE DA EFICACIA DO USO DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO PÓS OPERATÓRIO DE LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ESTUDO DE CASO MARTINS, L.C.: ANDOLFATO, K.R. Resumo: A lesão do ligamento cruzado anterior

Leia mais

Informação sobre diretrizes do curso, princípios da reabilitação esportiva.

Informação sobre diretrizes do curso, princípios da reabilitação esportiva. Ementas MÓDULO AVALIAÇÃO - 40 horas -Introdução à fisioterapia esportiva (1 hora) Informação sobre diretrizes do curso, princípios da reabilitação esportiva. -Avaliação cinético-funcional dos membros superiores

Leia mais

EFEITO DA PRÁTICA DE JIU-JITSU NA DENSIDADE ÓSSEA DO SEGUNDO METACARPO

EFEITO DA PRÁTICA DE JIU-JITSU NA DENSIDADE ÓSSEA DO SEGUNDO METACARPO EFEITO DA PRÁTICA DE JIU-JITSU NA DENSIDADE ÓSSEA DO SEGUNDO METACARPO Juliana de Carvalho Apolinário Coêlho Fisioterapeuta-Doutora; Professora das Faculdades Integradas de Três Lagoas - AEMS Marcelo Feitoza

Leia mais

Fisiologia do Sistema Motor Somático

Fisiologia do Sistema Motor Somático Fisiologia do Sistema Motor Somático Controle Motor Efetores executam o trabalho (músculos); Ordenadores transmitem aos efetores o comando para a ação (ME, TE e CC); Controladores garantem a execução adequada

Leia mais

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil ConScientiae Saúde ISSN: 1677-1028 conscientiaesaude@uninove.br Universidade Nove de Julho Brasil Pereira Rodrigues, Eduardo Henrique; Bertoncello, Dernival Análise eletromiográfica durante exercícios

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA. Aula Prática, parte 1: Ações reflexas na rã

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA. Aula Prática, parte 1: Ações reflexas na rã UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA Aula Prática, parte 1: Ações reflexas na rã Objetivos: Observar e comparar os reflexos posturais e motores de um animal

Leia mais

Análise Clínica da Marcha Exemplo de Aplicação em Laboratório de Movimento

Análise Clínica da Marcha Exemplo de Aplicação em Laboratório de Movimento Análise Clínica da Marcha Exemplo de Aplicação em Laboratório de Movimento Daniela Sofia S. Sousa João Manuel R. S. Tavares Miguel Velhote Correia Emília Mendes Sumário Introdução à análise clínica da

Leia mais

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE LESÕES EM CORREDORES DOS 10 KM TRIBUNA FM-UNILUS

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE LESÕES EM CORREDORES DOS 10 KM TRIBUNA FM-UNILUS TÍTULO: PREVALÊNCIA DE LESÕES EM CORREDORES DOS 10 KM TRIBUNA FM-UNILUS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO LUSÍADA AUTOR(ES):

Leia mais

Dicas de prevenção para Hérnia de Disco

Dicas de prevenção para Hérnia de Disco Dicas de prevenção para Hérnia de Disco Apresentação Olá, esse conteúdo é a realização de uma parceria entre a Cefig e a Fisioterapia Integrativa. Nesse E-book vamos abordar algumas dicas para prevenção

Leia mais

(CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMECÂNICA) CONTROLE MOTOR

(CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMECÂNICA) CONTROLE MOTOR Escola de Educação Física e Desporto (CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMECÂNICA) CONTROLE MOTOR Prof. PAULO JOSÉ GUIMARÃES DA SILVA www.peb.ufrj.br Lab. Proc. Sinais Engenharia Neural EMENTA DA DISCIPLINA

Leia mais

3. DIFERENÇAS METODOLÓGICAS

3. DIFERENÇAS METODOLÓGICAS ALONGAMENTO X FLEXIONAMENTO 3. DIFERENÇAS METODOLÓGICAS Características Utilização no aquecimento antes de treinamento ou ensaio Utilização no aquecimento antes da competição ou apresentação Execução após

Leia mais

Prof. Me Alexandre Rocha

Prof. Me Alexandre Rocha Prof. Me. Alexandre Correia Rocha www.professoralexandrerocha.com.br alexandre.personal@hotmail.com alexandre.rocha.944 ProfAlexandreRocha @Prof_Rocha1 prof.alexandrerocha Docência Docência Personal Trainer

Leia mais

31/10/2017. Fisiologia neuromuscular

31/10/2017. Fisiologia neuromuscular Fisiologia neuromuscular 1 Junção neuromuscular TERMINAÇÕES NERVOSAS Ramificações nervosas na extremidade distal do axônio PLACAS MOTORAS TERMINAIS Extremidades das terminações nervosas FENDA SINAPTICA

Leia mais

FISIOLOGIA VETERINÁRIA I CONTROLE CENTRAL DA FUNÇÃO MOTORA. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Prof. Maria Amélia Fernandes Figueiredo

FISIOLOGIA VETERINÁRIA I CONTROLE CENTRAL DA FUNÇÃO MOTORA. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Prof. Maria Amélia Fernandes Figueiredo FISIOLOGIA VETERINÁRIA I CONTROLE CENTRAL DA FUNÇÃO MOTORA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Prof. Maria Amélia Fernandes Figueiredo INTRODUÇÃO Motricidade: movimento intencional x tônus postural CÓRTEX

Leia mais

Dor Lombar. Controle Motor Coluna Lombar. O que é estabilidade segmentar? Sistema Global: Sistema Local:

Dor Lombar. Controle Motor Coluna Lombar. O que é estabilidade segmentar? Sistema Global: Sistema Local: Dor Lombar Causa de ausência no trabalho Alto custo econômico para serviços de saúde Quanto maior o afastamento, menor é a probabilidade de retorno ao serviço Controle Motor Coluna Lombar Curso de Especialização

Leia mais

Objetivo: Como o fluxo de informação sensorial e a hierarquia do controle motor controlam os diversos tipos de movimento?

Objetivo: Como o fluxo de informação sensorial e a hierarquia do controle motor controlam os diversos tipos de movimento? Objetivo: Como o fluxo de informação sensorial e a hierarquia do controle motor controlam os diversos tipos de movimento? Roteiro da aula: 1. Tipos de movimentos gerados pelo sistema motor 2. Funções do

Leia mais

TABELA 1 Efeito da inclinação do tronco na atividade 1995)... 14

TABELA 1 Efeito da inclinação do tronco na atividade 1995)... 14 iii LISTA DE TABELAS Página TABELA 1 Efeito da inclinação do tronco na atividade eletromiográfica (adaptado de BARNETT et al, 1995)... 14 TABELA 2 Média e desvio padrão da carga máxima encontrada para

Leia mais

EXAME NEUROLÓGICO III

EXAME NEUROLÓGICO III EXAME NEUROLÓGICO III REFLEXOS SENSIBILIDADE Everton Rodrigues S7 REFLEXOS Reflexo: resposta involuntária a um estímulo sensorial. O teste dos reflexos é a parte mais objetiva do exame neurológico. Reflexos

Leia mais

Fisiologia do Sistema Motor. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP

Fisiologia do Sistema Motor. Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP Fisiologia do Sistema Motor Profa. Dra. Eliane Comoli Depto de Fisiologia da FMRP ROTEIRO DE AULA TEÓRICA : SISTEMA MOTOR 1. Organização hierárquica do movimento 2. Organização segmentar dos neurônios

Leia mais

Aula 8. Reflexos Ajustes Posturais Vias Descendentes

Aula 8. Reflexos Ajustes Posturais Vias Descendentes Aula 8 Reflexos Ajustes Posturais Vias Descendentes FONTES SENSORIAIS PROPRIOCEPTIVAS SISTEMA VISUAL SISTEMA VESTIBULAR SISTEMA SOMATOSENSORIAL INFORMAÇÕES DE ORIGEM MUSCULAR QUE CONTRIBUEM PARA OS MOVIMENTOS

Leia mais

Disciplina: Ginástica Geral Capacidades Físicas. Prof. Dra. Bruna Oneda 2012

Disciplina: Ginástica Geral Capacidades Físicas. Prof. Dra. Bruna Oneda 2012 Disciplina: Ginástica Geral Capacidades Físicas Prof. Dra. Bruna Oneda 2012 Capacidades Físicas Ou habilidades físicas são o conjunto de capacidades individuais, orgânicas, musculares e neurológicas que

Leia mais

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo. Oi, Somos do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana, e esse ebook é um produto exclusivo criado pra você. Nele, você pode ter um gostinho de como é uma das primeiras aulas do seu futuro curso.

Leia mais

Modalidades fisioterapêuticas. Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu Alunas PAE: Jaqueline Mello Porto Paola Errera Magnani

Modalidades fisioterapêuticas. Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu Alunas PAE: Jaqueline Mello Porto Paola Errera Magnani Modalidades fisioterapêuticas Profa. Dra. Daniela Cristina Carvalho de Abreu Alunas PAE: Jaqueline Mello Porto Paola Errera Magnani - Analgesia - Diminuir rigidez matinal Fisioterapia OBJETIVOS - Aumentar

Leia mais

Estabilidade Dinâmica / Gesto Desportivo

Estabilidade Dinâmica / Gesto Desportivo Estabilidade Dinâmica / Gesto Desportivo Estabilidade Dinâmica Williams et al.(2001): - Geometria articular; - Restrições dos tecidos moles; - Cargas aplicadas na articulação; - Atividade muscular. Estabilidade

Leia mais

Depto de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Resumo

Depto de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Resumo 116 ARTIGO Análise da flexibilidade em mulheres trabalhadoras Patrícia Franco Rabello Theodoro Mestranda paty@theodorojunior.com.br Profª Drª Mariângela Gagliardi Caro Salve gagliardi@fef.unicamp.br Depto

Leia mais

ELETROANALGESIA (BAIXA FREQUÊNCIA T.E.N.S.) Prof. Thiago Yukio Fukuda

ELETROANALGESIA (BAIXA FREQUÊNCIA T.E.N.S.) Prof. Thiago Yukio Fukuda ELETROANALGESIA (BAIXA FREQUÊNCIA T.E.N.S.) Prof. Thiago Yukio Fukuda FISIOLOGIA DA DOR EXPERIÊNCIA SENSORIAL E EMOCIONAL DESAGRADÁVEL ASSOCIADA COM UM DANO TISSULAR REAL OU POTENCIAL Merskey, 1990 Resumo

Leia mais