Comportamento dos Bancos e Oferta de Crédito no Ciclo Econômico
|
|
- Luiz Carreiro Frade
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Curso Tópicos em Economia Monetária e Financeira (Prof Oreiro) Comportamento dos Bancos e Oferta de Crédito no Ciclo Econômico Luiz Fernando de Paula (Prof Titular da FCE/UERJ) 1
2 Visão velha e nova dos bancos (Tobin, 1964) Visão velha: bancos são criados quase-técnicos de moeda, pois criação de moeda bancária resulta de um ajustamento passivo a uma dada razão de reserva. BC controla exogenamente oferta de moeda -> TQM (MV = PY) Multiplicador monetário é representativo. Sendo d = proporção de depósitos à vista sobre M e r = taxa de reservas bancárias (R/D) M 1 1 d(1 r) B, 2
3 Oferta de moeda vertical (exógena) r S 1 Equilíbrio no mercado monetário r 2 r 1 B A M D (Y) D (Y )
4 Visão nova Se aplica apenas a uma economia com um banco monopolista. Não há garantia que as obrigações bancárias cresçam na mesma magnitude dos ativos no âmbito do sistema bancário (aplicações em instit. não-financeiras); bancos têm acesso a interbancário. Limite natural a escala de operação do banco: Rmg ativos = Cmg obrigações. Tobin (1987): a escala dos depósitos bancários e dos ativos é afetada pelas preferencias dos depositantes e pelas oportunidades de empréstimos e investimentos disponíveis aos bancos Visão nova: preocupação com composição do portfolio bancario, com vistas a minimização dos custos qto a riscos de iliquidez e maximização da rentabilidade. 4
5 Modelos neoclássicos Bancos são vistos como uma firma otimizadora de seus recursos (depósitos) e maximizadoras de seus lucros (maximização do valor esperado de uma função objetivo de sua riqueza). Minimização dos custos associados ao risco de iliquidez e maximização de rentabilidade: bancos só se submetem a riscos se tiverem um retorno compensador. Problema da firma bancária é de escolha entre um ativo lucrativo (empréstimos) e um ativo líquido (reservas), procurando buscar soluções de otimização na divisão de recursos entre empréstimos (que proporcionam retorno) e reservas (risco de iliquidez). Pode-se estimar a melhor combinação risco-retorno em função da estratégia escolhida. 5
6 Equação geral de Santomero ~ (1) max E V W t, sujeita a (2) Wt W t t t t 1 ~ 1 1 ~ ~, e (3) ~ tk ~ ~ i r A Ai j r D D j C Ai, D i j j W W tk1 tk1 ~ tk onde, 2 2 V = função objetivo, onde V W t 0 e V W t ~ W t = valor da riqueza final no horizonte de tempo 0 ~ t = lucro estocástico por unidade de capital durante o período t + k, onde k 0 k ~ r Ai A i ~ r D j = retorno estocástico do ativo i = categoria de ativo i, onde 1 i n = custo estocástico para o depósito j D j = categoria de depósito j, onde 1 j m C = função custo de operação, onde C A i 0, i e C D j 0, j
7 Crítica PK a abordagem neoclássica Crítica a escolha de portfólio baseado em preferências individuais de risco/retorno: percepção de risco depende do estado de expectativas sob condições de incerteza. Funcionamento da firma bancária é estabelecida a partir de parâmetros definidos exogenamente ao banco: depósitos é fruto das preferências intertemporais do públicos; passivo é dado. Logo, balanço é resultado de decisões tomadas por outros agentes (ausência do fator preferência dos bancos). Bancos são intermediários neutros na transferência de recursos entre poupadores e investidores; não criam poder de compra novo. Seu comportamento não afeta de forma decisiva condições de financiamento da economia. 7
8 Ponto de partida PK Não aceita proposição de que a Ms é determinada exogenamente p/ BC. Em economias com SF desenvolvidos, oferta de moeda Ms é determinada fundamentalmente pela expansão do crédito e a qtde crédito é dependente da demanda. Discussão PK é qto ao grau de endogeneidade e as causas da endogeneidade. Visão horizontalista: (i) o BC define apenas a tx juros CP e fornece fundos a essa taxa em qtde ilimitada (Ms é horizontal); causa da endogeneidade: necessidade do BC fornecer reservas no montante correspondente à qtde determinada p/ demanda. Visão estruturalista (endogeneidade parcial): (i) AM não fornece fundos necessariamente sem limites e por isso tx juros tende a subir qdo Md cresce + rapidamente que oferta de reservas do BC (Ms é influenciada por políticas do BC); (ii)causa:capacidade do sistema bancário ampliar moedacrédito, apesar da limitações na qtde reservas e controles do BC.
9 r Horizontalista Estruturalista Md 0 Md 1 Md 0 Md 1 r 1 M S r 0 M S M S M 0 M 1 M 0 M 1
10 Visão horizontalista... Moeda é endógena e determinada direta ou indiretamente pelo comportamento da renda nominal. E a renda nominal que a longo prazo determina a demanda por crédito. ΔY => ΔL => ΔM Criação da moeda resulta das necessidades de financiamento das firmas, famílias e governo e pelas decisões de portfólio das instituições financeiras. Causa fundamental do crescimento monetário é a decisão de gastos dos agentes. Moeda é derivada do crédito e determinada pela demanda, sendo criada como um produto dos empréstimos providos pelo setor bancário. Créditos pré-aprovados: cartões de credito, linhas de financiamento pessoal, etc. Expansão do crédito dá-se por meio de depósitos criados pelos bancos em favor dos demandantes. Para conjunto do sistema bancário, expansão de empréstimos é sempre acompanhada pela expansão de depósitos.
11 Visão horizontalista... Bancos são firmas oligopolistas que decidem a que tx juros estão dispostos a emprestar determinado montante, a partir de um mark-up sobre tx de atacado e fixam taxas oferecidas a seus clientes (mark down). Assim, definem preços que irão emprestar e a partir daí fornecem a qtde demandada. Eles expandem crédito, criando depósitos e depois se preocupam com suas posições de liquidez. Sua elasticidade na concessão de crédito deriva da administração do passivo e da obtenção de recursos junto ao BC. Bcos modernos operam com baixa disponibilidade de reservas líquidas, já que risco de iliquidez reduziu com mercados secundários de reservas; por isso, deixou de ser possível BC constranger bcos comerciais por limitação de reservas. Bancos comerciais nunca podem ser constrangidos em termos de suas reservas. Banco central tem papel acomodatício, fornecendo as reservas requeridas pelos bancos, mesmo que a tx redesconto punitiva. Como emprestador de última instância ele zela pela saúde SF e acomoda necessidades de reservas dos bancos qdo estes dispõem de reservas insuficientes. Tx juros é controlada pelo BC via ajustamentos na tx redesconto ou taxa de intervenção no mercado aberto. BC fixa preço da oferta mas não a oferta quantitativa de reservas. Tudo que podem controlar é o custo dos banqueiros obterem reservas,i.e., a tx juros
12 Visão estruturalista... Atribuem endogeneidade da Ms à capacidade do setor bancário aumentar o volume de empréstimos e permitir ampliação meios pgto acima do aumento reservas. Expansão do crédito para atender a um maior volume de transações decorrem do esforço do sistema bancário para contornar limitações dadas pela regulação do BC, de modo a expandir suas atividades e elevar lucratividade. Sistema bancário tende a inovar de modo a expandir a oferta crédito em relação às exigências de reservas e ao parâmetros regulatórios do BC. Inovações financeiras aceleram a velocidade da moeda. Expansão do crédito aprofunda práticas de administração de passivo, que acaba elevando a tx juros de mercado devido a aumento no custo de captação dos bancos. Reconhece capacidade sistema bancário para acomodar demanda por crédito, criando moeda bancária, mas não supõe que capacidade de acomodação seja infindável nem que atenda plenamente demanda por empréstimos, devido a preferência pela liquidez do bancos e capacidade BC restringir oferta de reservas.
13 Tx juros Relação positiva entre r e V: r Durante prosperidade qdo a politica restritiva é usada, inovações que aumentam a velocidade e diminuem a liquidez no mercado monetário são introduzidas (Minsky, 1957). r V V Velocidade
14 Visão estruturalista... BC tem meios de restringir a oferta de reservas e colocar alguma pressão quantitativa sobre movimentos de expansão de moeda do SF, ou seja, ele não é obrigado a acomodar toda demanda de reservas dos bancos ou pode fazê-lo em condições muito punitivas que forcem a redução na concessão de novos empréstimos. BC pode fazer alterações nos portfólios dos agentes via open market, substituindo moeda por títulos e vice-versa. Assim, a demanda por moeda é influenciada pela AM via alterações nas tx juros de curto prazo. Concretização dos objetivos almejado pelo AM depende da reação dos bancos e suas políticas, podendo ser confirmada, atenuada ou contraposta por esta. Conclusão: (i) Tomadores tem considerável influência sobre volume de crédito, mas são sujeitos a estratégia dos bancos, sua preferência pela liquidez e percepção de risco a um nível sistêmico; (ii) BC tem influência significativa como o maior player no mercado monetário, mas sua influência (via tx juros ) é temperada pelo setor privado e bancos. Taxa de juros no mercado de varejo resulta da interação entre atuação do BC e condições mercado. Curva Ms é positivamente inclinada (depende da discricionariedade da política monetária) mas é não vertical, tendendo a ser mais horizontal durante fase expansionista do ciclo econômico. Taxa de juros de LP depende de vários fatores, preferencia pela liquidez, expectativas sobre inflação, tx câmbio, etc.
15 Preferencia pela liquidez dos bancos: aspectos metodológicos Enfoque PK privilegia abordagem micro-macro: papel dos bancos no financiamento. Analisa-se o comportamento dos bancos para ver como este comportamento influencia as condições de financiamento (e consequentemente as decisões de gasto dos agentes) e a condução da política monetária. Inspiração: Tratado da Moeda de Keynes (1930) e Stabilizing an Unstable Economy (cap. 9 e 10) do Minsky. Bancos são administradores dinâmicos do balanço. Ponto de partida: noção de incerteza não-probabilística e teoria da preferência pela liquidez dos bancos ( microfundamentos ). 15
16 Visão pós-keynesiana de bancos Bancos não são entidades neutras na intermediação de recursos reais, mas sim entidades dinâmicas cujo comportamento afeta motivos e decisões dos agentes, assim como as condições de liquidez e financiamento da economia. Bancos são entidades que são capazes de criar crédito independentemente da existência de depósitos prévios, através da criação ativa da moeda bancária. Bancos são administradores dinâmicos do balanço ou seja atuam dinamicamente nos 2 lados do balanço; depósito deixa de ser um parâmetro externo ao banco. Sua atuação afeta os resultados da política monetária, conferindo alto grau de endogeneidade a oferta de moeda.
17 Teoria de escolha de portfólio... Bancos, em condições de incerteza, tem preferência pela liquidez, conformando seu portfólio conciliando lucratividade e sua escala de preferência por liquidez. Desta escolha depende a maior ou menor criação de crédito, depósitos e moeda na economia, independente da avaliação do tomador. Preferência pela liquidez dos bancos (moeda e ativos líquidos) se expressa em função de seu estado de expectativas frente a incerteza. Trade off retornos monetários x liquidez
18 Trade-off liquidez e rentabilidade Cap. 17 da TG: diferentes graus de liquidez devem ser compensados por retornos pecuniários que definem a taxa de retorno obtida pela posse dos diferentes ativos, de modo a compensar sua relativa iliquidez medida contra um referido ativo. Cada ativo oferecerá uma dada taxa própria de juros e os investidores escolherão aqueles que oferecerem as mais altas taxas de retorno possíveis. Assim r A = a + q c + l, Onde q = rendimento do ativo (taxa de quase-renda a ser ganha pela posse ou uso do ativo) c = custo de carregamento incorrido na sua conservação l = seu prêmio de liquidez a = seu valor de mercado (taxa de apreciação) Nesta abordagem, a preferência pela liquidez é refletida em termos do trade off entre retornos monetários (a + q c) e o prêmio pela liquidez da moeda (l), causando assim substituições na estrutura de demanda por ativos, que se diferenciam de acordo com combinações de retornos monetários e prêmio de liquidez que eles oferecem, sendo a liquidez valorizada quando a incerteza aumenta. 18
19 Composição do ativo bancário Depende crucialmente do estado de expectativas dos bancos em relação ao futuro. Otimismo: banco eleva prazos e riscos dos ativos, diminuindo mg segurança (ativos líquidos/ilíquidos) e aumentado empréstimos de prazos maiores. Pessimismo: reduz prazo médio do ativo e adotam posição + líquida (ativos + líquidos e com menor risco). 19
20 Oferta de crédito Concessão de crédito depende fundamentalmente das expectativas qto a viabilidade dos empréstimos (qto a capacidade tomador auferir receitas futuras para cumprir compromissos financeiros). Volatilidade das avaliações dessas avaliações + preferência p/ liquidez dos bancos -> flutuações na oferta de crédito. Oferta de crédito é elástica para atender aumento na demanda por crédito 20
21 Administração do passivo Depósito é uma variável passível de ser influenciada pela ação do banco. Administração de passivo torna bancos responsivos a demanda por crédito e os fundos que financiam os ativos fortemente condicionados pelo próprio comportamento dos bancos. Inovações financeiras: novos produtos e serviços para aumentar captação de recursos de 3os, afetando perfil e montante das obrigações emitidas. Administração da exigências de reservas: aumento na participação de obrigações que economizem reservas. Efeitos sobre condução da política monetária! 21
22 Ciclo Minskyano I A própria dinâmica do processo de crescimento econômico leva as firmas a se tornarem crescentemente endividadas para expandir o investimento. Existe uma tendência inerente das estruturas financeiras capitalistas em se moverem de estado de robustez para um estado de fragilidade ao longo do tempo. Isto ocorre em função das mudanças nas expectativas dos agentes que ocorre ao longo do ciclo econômico, e a forma como esta mudança é transmitida através do sistema financeiro. As flutuações cíclicas da economia resultam da maneira como as firmas financiam suas posições de carteira, com a fragilidade financeira se elevando em períodos de crescimento devido ao aumento do número de agentes com posturas especulativas. 22
23 Margens de segurança Uma estrutura financeira se caracteriza pelo estabelecimento de margens de segurança entre os fluxos futuros de lucros esperados de uma unidade econômica e os compromissos financeiros contratados. Minsky (1986): para analisar como os compromissos financeiros afetam a economia é necessário olhar para as unidades econômicas em termos de fluxo de caixa. A abordagem do fluxo de caixa olha todas as unidades famílias, corporações, governos nacional, estadual e municipal como se fossem bancos.
24 Tipologia das estruturas financeiras Unidades hedge: adotam posturas financeiras conservadoras, i.e., são aquelas em que as margens de segurança entre lucros e compromissos financeiros são suficientes para garantir que, em todos os períodos futuros, os lucros superem as despesas com juros e o pagamento de amortizações (a renda bruta esperada excede com alguma margem os compromissos de pagamento de dívidas). Para uma unidade hedge, a margem de segurança é positiva para qualquer aumento provável na taxa de juros, já que ela está protegida em relação aos seus compromissos futuros de caixa. Logo, uma elevação dos juros não afeta a capacidade de pagamento de compromissos dessas unidades. Unidades hedge são aquelas em que fazem o funding da compra de ativos de longo prazo com obrigações de longo prazo (ações e títulos de longo prazo a juros fixos) e/ou usam recursos próprios para financiar seus investimentos.
25 Unidades especulativas Unidades especulativas mantêm margens de segurança menores que as unidades hedge, pois especulam que não vai haver aumento nos custos financeiros a ponto de inviabilizar seus projetos. Em geral, nos períodos iniciais, seus lucros esperados não são suficientes para pagar o total do principal da dívida, ou seja, os compromissos de pagamento referentes às dívidas excedem a renda bruta esperada, pois espera-se que nos períodos seguintes os agentes obtenham um excesso de receita que compense as situações iniciais de déficit. Por isso, tais unidades necessitam de refinanciamento de parte das obrigações. Nestas condições, se os juros sobem, as despesas financeiras assumidas se elevam, alterando diretamente o valor presente dos seus empreendimentos. Agentes econômicos que tomam financiamento com maturidade inferior a do projeto financiado assumem normalmente posturas especulativas. Unidades especulativas fazem o funding de seus ativos de longo prazo com dívidas de curto prazo. Os compromissos de dívida estão concentrados no período inicial de vida dos projetos de investimento, enquanto que seus retornos esperados estão concentrados na fase final. Dada a prática comum de financiar posições de longo prazo com dívida de curto prazo, firmas, instituições financeiras e governo podem ser classificados como unidades especulativas. Esse padrão de financiamento é típico de economias dominadas por euforia.
26 Tipologia das estruturas financeiras Unidades Ponzi: caso extremo de unidades com posturas financeiras especulativas. No futuro imediato, seus lucros não são suficientes nem mesmo para cobrir o valor dos juros devidos, tornando necessário tomar recursos adicionais emprestados para que a unidade possa cumprir seus compromissos financeiros. Seu endividamento cresce mesmo que os juros não aumentem, sendo a vulnerabilidade frente a variações positivas nas taxas de juros ainda maiores que no caso anterior. Neste caso, a firma, frente a um aumento provável na taxa de juros, tem que voltar ao banqueiro e capitalizar seus pagamentos de juros em um processo de renegociação de dívida de modo a evitar sua falência. Uma economia em que predominam unidades especulativas e Ponzi, ou seja, em que as margens de segurança são reduzidas a um mínimo, o grau de fragilidade financeira é elevado, uma vez que qualquer mudança repentina na economia por exemplo, uma elevação mais acentuada na taxa de juros pode levar a uma crise.
27 L,D Hedge Especulativa L D L D L,D Ponzi D L
28 Ciclo Minskyano II Kregel (1997): aumento da fragilidade financeira é produzido por um lento e imperceptível processo de erosão nas margens de segurança das firmas e bancos, que gera um processo endógeno de instabilidade econômica. Inicio do boom cíclico depende das mudanças no estado de expectativas dos agentes, i.e, das expectativas compartilhadas entre bancos e firmas com relação as perspectivas da economia. Tanto bancos quanto firmas reduzem suas margens de segurança. Keynes (1937): agentes não precisam de poupança prévia para efetuar gastos mas de liquidez, criada pelos bancos ou desente-souramento dos agentes. 28
29 Bancos no ciclo econômico: fase expansiva Administração dinâmica do balanço: bancos diminuem preferência p/ liquidez + administração do passivo (postura mais ousada) -> aumentam alavancagem (obrigações de 3os). Bancos privilegiam rentabilidade a liquidez, com aumento descasamento e submissão a maiores riscos (crédito, liquidez e taxa de juros) Bancos respondem positivamente visões otimistas sobre viabilidade de estruturas de dívidas das firmas, concedendo crédito. 29
30 Quadro 1: Estrutura patrimonial dos bancos na fase ascendente do ciclo ATIVO PASSIVO Disponibilidades (-) Depósitos a vista importância da Títulos públicos e privados (-) menos Depósitos a prazo administração Empréstimos (+) líquido Empréstimos de passivo - Curto prazo (-) (redesconto, interbancário) - Longo prazo (+) Patrimônio líquido (-) OBS: o sinal (+) e (-) significa aumento ou diminuição da importância relativa da rubrica 30
31 Comportamento convencional 2º Kregel (1997), dada a impossibilidade de se analisar o grau de risco e retorno de um projeto em uma economia sujeita a incerteza, o banco apoia seu grau de confiança em convenções: a) Histórico da relação entre banco e cliente: no boom cíclico lucros reais superam lucros esperados, estimulando expansão da produção b) Bancos seguem a média de opinião do mercado -> garantia de market share e reputação 31
32 Kregel (1997) Agora, é uma característica de um período de expansão estável que a população de tomadores com boas histórias de pagamento está aumentando. Erros que poderiam emergir em períodos de dificuldade são convertidos em sucesso pelo crescimento do mercado e da renda. Em tais condições, não é necessário assumir que a banqueiro torne-se menos cético ou diligente em realizar suas avaliações de crédito ou que ele/ela torne-se mais entusiasta e otimista em avaliar os futuros ganhos em relação a margens de segurança que se reduzem. É tão-somente que o universo de experiências de empréstimos realizados torna-se crescentemente positivo. É a expansão que valida projetos de maior risco, e não qualquer mudança na avaliação por parte do emprestador. Ao longo do tempo, banqueiro irá emprestar aos tomadores que eles previamente teriam recusado (ou que teriam emprestado somente com margens de segurança mais elevadas), e eles irão se concentrar em emprestar para projetos em áreas especificas simplesmente porque todos os demais estão fazendo assim. Como qualquer processo evolucionário, os participantes precisam perceber o que está realmente acontecendo: um banqueiro não percebe que ele/ela está reduzindo sua margem de segurança. De fato, no que diz respeito ao banqueiro, a habilidade de seus clientes em pagarem os juros, baseado no desempenho passado, está na melhor das hipóteses melhorando. 32
33 Bancos no ciclo econômico: desaceleração Deterioração do estado de expectativas. Aumenta preferência pela liquidez e aversão ao risco do banco: preferência por ativos + líquidos, casamento da estrutura ativa e passiva, contração do crédito. Diminui sua exposição ao risco na atividade bancária -> Colaterais Estratégia defensiva leva a racionamento de crédito, ampliando a desaceleração. 33
34 Quadro 2: Estrutura patrimonial dos bancos na fase descendente do ciclo Disponibilidades (+) ATIVO Títulos públicos e privados (+) Empréstimos (-) - Curto prazo (+) Longo prazo (-) mais líquido Depósitos a vista Depósitos a prazo Empréstimos PASSIVO diminui importância da administração (redesconto, interbancário) de passivo Patrimônio líquido (-) OBS: o sinal (+) e (-) significa aumento ou diminuição da importância relativa da rubrica 34
35 Reversão do ciclo minskyano Uma economia em que predominam unidades especulativas e Ponzi, ou seja, em que as mg segurança são reduzidas a um mínimo, o grau de fragilidade financeira é elevado, uma vez que qualquer mudança repentina na economia p.ex., uma elevação mais acentuada na taxa de juros pode levar a uma crise. Margens de segurança menores significam menor tolerância a choques. Na crise, bons pagadores se tornam maus pagadores Projeções dos fluxos de caixa de rendas futuras são reduzidas de acordo com a reavaliação dos projetos de investimento por parte das instituições financeiras. Margens de segurança das firmas de contraem abruptamente com diminuição no fluxo de rendas futuras e impacto da elevação dos juros sobre dívida contraída. Crescente risco percebido é incorporado ao prêmio de risco, podendo os tomadores serem racionados em função da elevação nas taxas de empréstimos pelos bancos. Estrutura financeira da economia se torna frágil, vulnerável a deflação de dívida que pode induzir uma recessão profunda. Big Bank e Big Government. 35
36 Conclusão: Bancos não são agentes neutros na intermediação de recursos reais na economia, mas instituições que possuem expectativas e motivações próprias e que administram dinamicamente seu balanço. Bancos têm um comportamento fortemente pró-cíclico, que depende fundamentalmente das mudanças no estado de expectativas (mais ou menos otimista) e métodos convencionais de comportamento. Aumento da fragilidade financeira é produzido por um lento e imperceptível processo de erosão nas mg de segurança das firmas e bancos, que tendem a se endividarem no processo de crescimento econômico. Mudanças nas posturas financeiras dos agentes econômicos ao longo do ciclo não são percebidas pelos agentes ao mesmo tempo em que leva a uma crescente fragilidade financeira da economia. 36
SISTEMA FINANCEIRO, BANCOS E FINANCIAMENTO DA ECONOMIA Comportamento dos Bancos e Oferta de Crédito no Ciclo Econômico
SISTEMA FINANCEIRO, BANCOS E FINANCIAMENTO DA ECONOMIA Comportamento dos Bancos e Oferta de Crédito no Ciclo Econômico Luiz Fernando de Paula Prof Titular da FCE/UERJ Escola Keynesiana, AKB, 16/8/2017
Seminário 70 Anos da Teoria Geral de Keynes
Seminário 70 Anos da Teoria Geral de Keynes Preferência pela Liquidez e Comportamento dos Bancos Luiz Fernando de Paula (UERJ) Curitiba, Universidade Federal do Paraná, 25/05/2006 Estrutura da apresentação
Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Moeda)
Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Moeda) Eloi Martins Senhoras Available at:
12 Flutuações de Curto Prazo
12 Flutuações de Curto Prazo Flutuações Econômicas de Curto Prazo A atividade econômica flutua de ano para ano. Em quase todos os anos, a produção aumenta. Nem toda flutuação é causada por variação da
3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes
3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes Carvalho et al. (2015: cap. 7, 14.1 a 14.3) 31/08/2018 1 Política Monetária e a não-neutralidade
EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 3
EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia Lista 3 Prof: Danilo Igliori Questão 1 Em sua Teoria Geral, Keynes propôs que, no curto prazo, a renda total da economia era determinada: a) Pela produtividade marginal
7. Política Monetária do Novo- Consenso 7.2. Limites do RMI e as políticas monetárias não-convencionais (PMNC) experiência dos EUA na Grande Recessão
7. Política Monetária do Novo- Consenso 7.2. Limites do RMI e as políticas monetárias não-convencionais (PMNC) experiência dos EUA na Grande Recessão Carvalho et al. (2015: cap. 11 apêndice) Saraiva, DePaula
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Keynes e a economia monetária de produção
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Keynes e a economia monetária de produção Keynes, TG 13/09/2017 1 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Economia monetária de produção D Z = D D = D1 + D2 Z,D Z(N) D(N)
6. Quais os fatores ou variáveis que a deslocam? Quais os fatores ou variáveis que alteram sua inclinação?
1 1. O que define a moeda é sua liquidez, ou seja, a capacidade que possui de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Além disso, três outras características a definem:
Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre.
Macroeconomia Aberta CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ PARTE I: Determinantes da taxa de câmbio e do balanço
4. Modelos Neoclássicos de Demanda por Moeda 4.3. Assimetria de informação e racionamento de crédito
4. Modelos Neoclássicos de Demanda por Moeda 4.3. Assimetria de informação e racionamento de crédito Carvalho et al. (2015: cap. 5) Sobreira, R. Racionamento de Crédito e Comportamento da Firma Bancária:
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4
Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Clássicos Roupagem macroeconômica atribuída por Keynes às proposições apresentadas pelos
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4
Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Clássicos Roupagem macroeconômica atribuída por Keynes às proposições apresentadas pelos
Fatores Determinantes do
Fatores Determinantes do Balanço de Pagamentos Abordagem pela Absorção Abordagem pelos Movimentos de Capital Abordagem Monetária http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Contabilidade das relações externas
Adendo Economia para Concursos Luis Vivanco
Gabarito Questões estilo Cespe/UnB 1) (F) 2) (F) 3) (V) 4) (V) 5) (F) 6) (F) 7) (V) 8) (V) 9) (V) 10) (F) 11) (F) 12) (F) 13) (V) 14) (F) 15) (F) 16) (V) 17) (F) 18) (F) 19) (F) 20) (V) 21) (F) 22) (F)
3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes
3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes Carvalho et al. (2015: cap. 7, 14.1 a 14.3) 12/04/2019 1 Política Monetária e a não-neutralidade
Exercícios de Macroeconomia
Exercícios de Macroeconomia 1. Explique porque o PIB é tanto uma variável que mede tanto renda agregada, quanto a despesa agregada e produção. Por que PIB não mede riqueza? Qual a diferença entre PIB real
Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra
Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 19: Economia Mundial após a Segunda Grande Guerra Parte IV Capítulo 19 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Globalização Período recente se
Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, CDES, Brasília, 06/03/2009 Luiz Fernando de Paula Professor da Faculdade de Ciências Econômicas do
Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, CDES, Brasília, 06/03/2009 Luiz Fernando de Paula Professor da Faculdade de Ciências Econômicas do Estado do Estado do Rio de Janeiro (UERJ ) e Vice- Presidente
Multiplicador monetário. Suponha que as seguintes hipóteses sejam válidas. 1
EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Segunda Lista de Exercícios Mercado monetário 1. Blanchard, cap. 4, exercício 5 Suponha que a riqueza de uma pessoa seja de US$ 50.000 e que sua renda
3. Qual o significado geral da Análise IS-LM? 4. O que vem a ser a curva IS? Quais os fatores ou variáveis que a deslocam?
1 1. O que define a moeda é sua liquidez, ou seja, a capacidade que possui de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Além disso, três outras características a definem:
Demanda Agregada salários e preços rígidos
Demanda Agregada salários e preços rígidos Arranjos institucionais salários são periodicamente e não continuamente. revistos (1) comum em suporte para a rigidez de preços: custos associados com mudanças
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 06/05/2019 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável
CP Aceleracionista, Regra Monetária e Taxa de Sacrifício
7. Política Monetária no Modelo Monetarista 7.1. Taxa natural de desemprego, expectativas adaptativas, a curva de Phillips aceleracionista e a taxa de sacrifício 7.2. Regra monetária versus discricionariedade
CP Aceleracionista, Regra Monetária e Taxa de Sacrifício
7. Política Monetária no Modelo Monetarista 7.1. Taxa natural de desemprego, expectativas adaptativas e a curva de Phillips aceleracionista 7.2. Regra monetária versus discricionariedade 7.3. Taxa de sacrifício
SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FINANÇAS CORPORATIVAS
SUMÁRIO CAPÍTULO 1 FINANÇAS CORPORATIVAS... 1 1.1 Comportamento financeiro da economia... 1 1.1.1 Produção e lucro... 1 1.1.2 Inter-relação entre os aspectos econômicos e financeiros... 3 1.2 Objetivos
Fundação Getúlio Vargas / EPGE Economia Monetária e Financeira Prof. Marcos Antonio Silveira. 1 Visão Geral
Fundação Getúlio Vargas / EPGE Economia Monetária e Financeira Prof. Marcos Antonio Silveira Nota de Aula 14 Canais Alternativos de Transmissão da Política Monetária: Canais de Crédito Bibliografia: Mishkin,
Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha
Macroeconomia para executivos de MKT Lista de questões de múltipla escolha CAP. 3. Ambiente Externo, Cenário Macroeconômico e Mensuração da Atividade Econômica 5.1) A diferença entre Produto Nacional Bruto
Agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicador monetário
Agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicador monetário 1 Conceitos e funções da moeda, motivos de demanda Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 07/11/2018 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 06/04/2018 1 Demanda por moeda, PPL e a taxa de juros A taxa de
2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.2. Modelos de Baumol-Tobin (demanda transacional) e de Tobin (demanda especulativa)
2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.2. Modelos de Baumol-Tobin (demanda transacional) e de Tobin (demanda especulativa) Carvalho et al. (2015: cap. 5) 31/08/2018 1 MODELO BAUMOL-TOBIN Demanda
Nota de Aula 3: Bancos
Fundação Getúlio Vargas / EPGE Economia Monetária e Financeira Prof. Marcos Antonio Silveira Nota de Aula 3: Bancos Bibliografia: Mishkin, cap. 10 (5. edição em Portugûes) 1. Balanço Patrimonial = Passivo
Sistema Financeiro. Copyright 2004 South-Western
Sistema Financeiro 18 Sistema Financeiro O sistema financeiro é o grupo de instituições da economia que faz a intermediação entre poupança de quem guarda recursos e o investimento de quem precisa de recursos.
15.1.Os principais instrumentos de política monetária são:
Módulo 15 Política Monetária O conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito constitui a política monetária de um determinado
Nota de Aula 3: Bancos. Ativo = Passivo (capital de terceiros) + Patrimônio Liquido (capital próprio; capital bancário)
Fundação Getúlio Vargas / EPGE Economia Monetária e Financeira Prof. Marcos Antonio Silveira Nota de Aula 3: Bancos Bibliografia: Mishkin, cap. 10 (5. edição em Portugûes) 1. Balanço Patrimonial = Passivo
O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio
O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio Introdução Os fatores que afetam a oferta ou a demanda de moeda de um país estão entre os principais determinantes da taxa de câmbio. O modelo integra
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros
2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 20/09/2017 1 Demanda por moeda, PPL
[80] O efeito multiplicador em questão pressupõe que a economia esteja em desemprego.
1. (EBC, Analista de Empresa de Comunicação Pública Economia, 2011, CESPE) Considerando o fato de que um aumento do gasto governamental provoca um aumento proporcional da renda nacional e sabendo que a
9. Assimetria de informação e restrição de crédito a visão novokeynesiana
9. Assimetria de informação e restrição de crédito a visão novokeynesiana Carvalho et al. (2015: cap. 5) Canuto, O. e Ferreira Jr., R.R. Assimetrias de informação e ciclos econômicos: Stiglitz é keynesiano
Formação da Taxa de Juro. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP
Formação da Taxa de Juro Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Estrutura da apresentação Teorias Clássica e Neoclássica Política Econômica Democrática
4. Modelos Neoclássicos de Demanda por Moeda 4.3. Assimetria de informação e racionamento de crédito
4. Modelos Neoclássicos de Demanda por Moeda 4.3. Assimetria de informação e racionamento de crédito Carvalho et al. (2015: cap. 5) Sobreira, R. Racionamento de Crédito e Comportamento da Frima Bancária:
Macroeconomia Alex Mendes
Macroeconomia Alex Mendes Introdução Impacto da Política Fiscal Impacto da Politica Monetária Análise do impacto das políticas monetária e fiscal sobre a renda agregada de equilíbrio e sua interação com
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 2
Teoria Econômica II: Macroeconomia Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 2 Registro de transações entre residentes e não-residentes. Contas do Balanço de Pagamentos Transações Correntes:
DINÂMICA DA FIRMA BANCÁRIA: UMA ABORDAGEM NÃO- CONVENCIONAL * Luiz Fernando Rodrigues de Paula **
DINÂMICA DA FIRMA BANCÁRIA: UMA ABORDAGEM NÃO- CONVENCIONAL * Luiz Fernando Rodrigues de Paula ** RESUMO O artigo analisa a dinâmica da firma bancária a partir de um enfoque pós-keynesiano. Para tanto,
Macroeconomia Alex Mendes
Macroeconomia Alex Mendes Politica Fiscal e Monetária Introdução Política Fiscal Politica Monetária A Política Fiscal Referem-se às decisões do governo quanto ao gasto público e aos impostos. Receitas
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7
Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7 Revolução Keynesiana Keynes lança sua principal obra, a Teoria Geral, em 1936, no contexto
é maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador em (c) será maior se b 1 é grande (investimento é sensível à renda),
EAE-06 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 3 IS - Gabarito. Blanchard, cap. 5, exercício, (a) O produto de equilíbrio é: = [ ][c c 0 c T + I + G] O multiplicador é [ ]. c
o do banco central818doc-start F. Author, S. Another (Universities of Somewhere and Elsewhere) Presentation Title Conference Name, / 67
o do banco central818doc-start F. Author, S. Another (Universities of Somewhere and Elsewhere) Presentation Title Conference Name, 2013 1 / 67 Flutuações e Tendência Figura: Decomposição do Produto F.
1E207 - MACROECONOMIA II
LICENCIATURA EM ECONOMIA (2009-0) E207 - MACROECONOMIA II Exame de Recurso (2 de Julho de 200) Duração: h (escolha múltipla) + h30 (exercícios). As respostas às questões de escolha múltipla serão recolhidas
DEMANDA POR MOEDA FNC-IE-UNICAMP
DEMANDA POR MOEDA Ideia Básica Monetarista: Controle da Oferta de Moeda face à Estabilidade da Demanda por Moeda Motivos da Demanda por Moeda e Preferência pela Liquidez em Keynes Ideia Básica Não adianta
Bancos e crédito: a abordagem póskeynesiana
Bancos e crédito: a abordagem póskeynesiana de preferência pela liquidez Luiz Fernando de Paula 1 Resumo: O artigo objetiva apresentar a teoria da preferência pela liquidez dos bancos desenvolvida por
Unidade I MERCADO FINANCEIRO. Profa. Ana Maria Belavenuto
Unidade I MERCADO FINANCEIRO Profa. Ana Maria Belavenuto Objetivo Entender como se estabelece as relações entre o lado monetário (moeda) com o lado real da economia (insumos e fatores de produção), na
Resenha Bibliográfica
ISSN 0101-4161 Resenha Bibliográfica PAULA, Luiz Fernando de. Sistema Financeiro, Bancos e Financiamento da Economia: uma abordagem keynesiana. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 Giuliano Contento de
Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2006/2007
Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2006/2007 LEC 201 Macroeconomia I A Macroeconomia no Curto Prazo: Modelo IS-LM Introdução Introdução MKS: nível de produto/rendimento é um múltiplo do nível
EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 3 IS LM. 1. Blanchard, cap. 5, exercício 2,
EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 3 IS LM 1. Blanchard, cap. 5, exercício 2, Considere inicialmente o modelo do mercado de bens com investimento constante. O consumo
ECONOMIA. Macroeconomia. Sistema Monetário Parte 3. Prof. Alex Mendes
ECONOMIA Macroeconomia Sistema Monetário Parte 3 Prof. Alex Mendes Política Monetária A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou
Expectativas: ferramentas básicas
Expectativas: ferramentas básicas C A P Í T U L O 14 slide 1 Introdução Muitas decisões econômicas dependem não apenas do que acontece hoje, mas também das expectativas em relação ao futuro. Qual seria
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7
Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7 Revolução Keynesiana Keynes lança sua principal obra, a Teoria Geral, em 1936, no contexto
Influência das políticas monetária e fiscal sobre a demanda agregada.
Aula 28 07/06/2010 Cap 23 (FINAL) e Cap 24 Mankiw (2007) Continuação aula 23: Deslocamentos da O. A. Imagine que a oferta se deslocou devido a aumentos dos custos de produção causados, devido a mau tempo
Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio
Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio Referência: Cap. 15 de Economia Internacional: Teoria e Política, 6ª. Edição Paul R. Krugman e Maurice Obstfeld Economia Internacional II - Material para aulas (3)
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA TÓPICOS ESPECIAIS EM TEORIA MONETÁRIA E FINANCEIRA PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA TÓPICOS ESPECIAIS EM TEORIA MONETÁRIA E FINANCEIRA PROFESSOR JOSÉ LUIS OREIRO Segunda Prova de Verificação (data de entrega: 03/08/2016) Instruções 1. Esta prova deverá
Os Bancos e a Política Monetária e Financeira
Os Bancos e a Política Monetária e Financeira Introdução Conceitos: monetário e financeiro Política como arte ; Fundamentos teóricos da PMF; objetivos Controle da inflação? Estatutos X práticas dos BCs
Sumário. Prefácio à 11 a edição, xvii. Prefácio à 10 a edição, xix. Prefácio à 9 a edição, xxi
Sumário Prefácio à 11 a edição, xvii Prefácio à 10 a edição, xix Prefácio à 9 a edição, xxi Parte I Administração financeira e mercados financeiros, 1 1 introdução à administração financeira, 3 1.1 Administração
Sumário. Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1
Sumário Prefácio à 12 a Edição, xvii Parte I Administração Financeira e Mercados Financeiros, 1 1 Introdução à Administração Financeira, 3 1.1 Administração financeira nas empresas, 3 1.1.1 Objetivos das
Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico
Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico 1 Modelo Clássico x Modelo Keynesiano São duas formas de entender a economia, baseadas em pressupostos diferentes e com resultados diferentes. A contabilidade
INTRODUÇÃO À FINANÇAS CORPORATIVAS
INTRODUÇÃO À FINANÇAS CORPORATIVAS OBJETIVO GERAL Identificar e explicar alguns conceitos básicos de finanças corporativas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Discutir e identificar as 3 diferentes áreas de finanças;
Estrutura de Capital
Estrutura de Capital Estrutura de Capital Capital de Terceiros 25% Capital Próprio 50% Capital de Terceiros 50% Capital Próprio 75% Estrutura de Capital AC PC RLP Capital de Terceiros (exigível) AP Capital
Breves considerações sobre a crise recente: seria resultado de um momento Minsky? Fernanda Cardoso
Breves considerações sobre a crise recente: seria resultado de um momento Minsky? Fernanda Cardoso Alguns analistas vêm se referindo aos acontecimentos recentes no mercado financeiro norte-americano, particularmente
Macro VI: Intermediação financeira e análise macroeconômica. Professor Christiano Arrigoni
Macro VI: Intermediação financeira e análise macroeconômica Professor Christiano Arrigoni Motivação Essa aula é baseada em Woodford (JEP, 2010) A crise do subprime mostrou que variações de preços de ativos
Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia LISTA 1
Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia Disciplina: REC2201 - Teoria Macroeconômica I Profa. Dra. Roseli da Silva
Macroeconomia. 5. O Mercado de Bens e Serviços. Francisco Lima. 2º ano 1º semestre 2012/2013 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial
Macroeconomia 5. O Mercado de Bens e Serviços Francisco Lima 2º ano 1º semestre 2012/2013 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Oferta Agregada Nível de preços e custos Produto potencial Capital,
Economia. Modelo Clássico. Professor Jacó Braatz.
Economia Modelo Clássico Professor Jacó Braatz www.acasadoconcurseiro.com.br Economia MODELO CLÁSSICO Renda e produto de equilíbrio Modelo Clássico x Modelo Keynesiano São duas formas de entender a economia,
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA. Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011 Conceito de Economia: Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as
PADRÃO DE RESPOSTA. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas A I PROVA 9 SISTEMA FINANCEIRO
Questão n o 1 Conhecimentos Específicos O texto dissertativo deve abordar o que está apresentado abaixo. A curva de Phillips estabelece o trade-off entre inflação e desemprego. No curto prazo, um aumento
Demanda por Moeda e Armadilha de Liquidez. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h=p://fernandonogueiracosta.wordpress.
Demanda por Moeda e Armadilha de Liquidez Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h=p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Mo#vos da demanda por moeda em Keynes Transacional: para despesas
A Teoria do Dinheiro de Keynes
A Teoria do Dinheiro de Keynes A Teoria Completa: A Preferência Pela Liquidez na Escolha de Ativos Professor Fabiano Abranches Silva Dalto SE506-Economia Economia Monetária e Financeira Capítulo 17 No
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM
4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 10/10/2018 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável
1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell
1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell Carvalho et al. (2015: cap. 3) Lopes e Rosseti (2009, cap.4.2) 20/10/2017 1 A expressão economistas clássicos foi
1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell
1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell Carvalho et al. (2015: cap. 3) Lopes e Rosseti (2009, cap.4.2) 06/09/2017 1 A expressão economistas clássicos foi
Demanda por moeda e preferência pela liquidez
2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.1. Keynes, economia monetária de produção, demanda por moeda, preferência pela liquidez e taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4, 5.1.3 e 20.1)
MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO
MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO R e f e r ê n c i a : C a p. 15 d e E c o n o m i a I n t e r n a c i o n a l : T e o r i a e P o l í t i c a, 1 0 ª. E d i ç ã o P a u l R. K r u g m a n e M a
Tema 05 Estrutura de Capital
Tema 05 Estrutura de Capital FEA -USP Graduação em Ciências Contábeis EAC0511 Profa. Joanília Cia Tema 05 Estrutura de Capital I. INTRODUÇÃO II. RISCO DO NEGÓCIO E RISCO FINANCEIRO: Alavancagem Operacional
Parte 2 Fundamentos macroeconômicos Sessão 2
Parte 2 Fundamentos macroeconômicos Sessão 2 Reinaldo Gonçalves Sumário 1. Demanda efetiva 2. Pensamento Keynesiano 3. Pensamento Kaleckiano 4. Monetarismo 5. Economia Novo-clássica 6. Modelos de ciclos
Sistema Monetário e Inflação. Copyright 2004 South-Western
Sistema Monetário e Inflação 29 Moeda Moeda é o conjunto de ativos na econoima que as pessoas usam regularmente para trocar por bens e serviços. Funções da Moeda A moeda tem três funções na economia: Meio
Avaliação Financeira de Empresas e Empreendimentos Imobiliários
Curso de Especialização em Gerenciamento da Construção Civil Avaliação Financeira de Empresas e Empreendimentos Imobiliários Prof. MSC Miguel Adriano Gonçalves 1- Funções da administração financeira Setor
Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção
Modelo Clássico de Determinação da Renda rof.: Antonio Carlos Assumpção Os ilares da Economia Neoclássica (Clássica) Com preços e salários flexíveis e mercados concorrenciais, as forças de mercado tendem
08/03/16. Conteúdo Programático. Conteúdo Programático. Introdução à economia: macroeconomia 08/03/16
Introdução à economia: macroeconomia Prof. Anderson litaiff/ Prof. Salomão Neves 1 2 Conteúdo Programático 2ª Avaliação O mercado de ativos e a determinação da taxa de juros O que significa? A teoria quantitativa
Introdução à economia: macroeconomia
Introdução à economia: macroeconomia Prof. Anderson litaiff/ Prof. Salomão Neves 1 2 Conteúdo Programático 2ª Avaliação O mercado de ativos e a determinação da taxa de juros O que significa moeda? A teoria
Modelo Básico de Análise Conjuntural
Modelo Básico de Análise Conjuntural Mercado de Bens e Serviços: lado real da economia ou a macroeconomia real. A composição do produto e da renda da economia trabalha-se com os valores do consumo e da
Demanda por moeda e preferência pela liquidez
2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.1. Keynes, economia monetária de produção, demanda por moeda, preferência pela liquidez e taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 31/08/2018
MACROECONOMIA I. Licenciatura em Economia 2004/2005. Prova complementar 11 Fevereiro Normas e Indicações:
MACROECONOMIA I LEC201 Licenciatura em Economia 2004/2005 Prova complementar 11 Fevereiro 2005 Normas e Indicações: A prova tem a duração de 1 hora e 30 minutos. Não é permitida a consulta de quaisquer
QUESTÕES. Conceitos da primeira (CP) com a segunda curva de Phillips (LP).
QUESTÕES (Prova: CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional Disciplina: Economia - Assunto: Curva de Philips ) A macroeconomia analisa o comportamento dos grandes agregados
Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB)
Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB) Eloi Martins Senhoras Available at:
Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples
Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples 1. (ESAF) Considere: Y = C(Y) + I + G + X - M(Y) C(Y) = Co + 0,7.Y M(Y) = Mo + 0,5.Y I = 700 G = 200 X = 300 Co = 500 Mo = 100 Onde Y = produto; I = investimento; G =
Macroeconomia. 5. O Mercado de Bens e Serviços. Francisco Lima. 2º ano 1º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial
Macroeconomia 5. O Mercado de Bens e Serviços Francisco Lima 2º ano 1º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Modelo Macroeconómico Procura Agregada Políticas macroeconómicas
Teoria Econômica II: Macroeconomia. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 3
Teoria Econômica II: Macroeconomia Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 3 Sistema Financeiro Monetário Composto por instituições financeiras que criam meios de pagamentos (MP): Banco