2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros

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1 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 06/04/2018 1

2 Demanda por moeda, PPL e a taxa de juros A taxa de juros não é a variável que equilibra a poupança e o investimento (conforme visão dos clássicos), mas é a variável que expressa a recompensa por se abrir mão da liquidez (prêmio de liquidez). No Tratado sobre a Moeda: Circulação industrial: Refere-se à quantidade de moeda necessária para dar suporte ao giro de bens e serviços produzidos na economia Circulação financeira: Inclui operações com ativos financeiros, isto é, cobre as necessidades de moeda para a realização de compras de ações, títulos de dívida etc., não relacionadas ao giro da renda corrente. 06/04/2018 2

3 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Transação (saldos monetários ativos) relacionado ao intervalo existente entre pagamentos e recebimentos que seguem padrão previsível. A moeda demandada por este motivo é função da renda corrente. Motivo Precaução (saldos monetários inativos) para atender despesas inesperadas e aproveitar oportunidades imprevistas de negócios, sem incorrer no risco de perda de capital em caso de comportamento desfavorável do mercado de ativos de menor liquidez. 06/04/2018 3

4 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Precaução (cont.) a existência de incerteza justifica a demanda por precaução, mas o volume demandado, na visão de Keynes, seria função da renda. Indivíduos de renda mais alta reservam maiores recursos para emergências e oportunidades do que indivíduos de renda mais baixa. Neste sentido, o motivo precaução poderia ser tratado junto ao motivo transação, como função da renda, com a diferença que a moeda demandada para transação será recolocada no mercado, enquanto a demanda por moeda por precaução será retida entre períodos. Demanda por moeda por transação e precaução: L1(Y) 06/04/2018 4

5 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Especulação (saldos monetários inativos) moeda demandada em função da diferença entre a taxa de juros presente e a taxa de juros esperada para o futuro posição especulativa dos agentes frente à incerteza sobre comportamento da taxa de juros. o Ursos (baixistas): acreditam que o preço dos títulos irá cair e, logo, a taxa de juros irá subir, por isso demandam moeda pelo motivo especulativo (para comprar os títulos na baixa). o Touros (altistas): acreditam que o preço dos títulos irá subir e, logo, a taxa de juros irá cair, por isso alocam seus recursos líquidos em títulos para aproveitar oportunidade de ganho de capital não têm demanda especulativa por moeda. 06/04/2018 5

6 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Especulação (saldos monetários inativos) a demanda por moeda pelo motivo especulação varia inversamente à taxa de juros quão menor a taxa de juros e maior o preço dos títulos, maior o número de agentes que acredita que a taxa de juros vai subir e o preço dos títulos vai cair, portanto, maior a demanda especulativa por moeda. Demanda por moeda por especulação: L2(r) 06/04/2018 6

7 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Especulação (saldos monetários inativos) P B = C/r P B = 1.000, C = 100, r=10% 1000 = 100/0,10 Investimento inicial r=20% => P B = 500 Perda de Capital (ΔP B < 0) 500 = 100 / 0,20 r=5% => P B = Ganho de Capital (ΔP B > 0) 2000 = 100/0,05 06/04/2018 7

8 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Especulação (saldos monetários inativos) Supondo r n relativamente fixa para cada agente Ursos: r < r n i logo P B > P B * Expectativa: r e P B => B d i = 0 e L2 > 0 onde Bd é a demanda por títulos e L2 é a demanda especulativa por moeda Touros: r > r n i logo P B < P B * Expectativa: r e P B => L2 i = 0 e B d i > 0 06/04/2018 8

9 Motivos para Demandar Moeda Na Teoria Geral: Motivo Especulação (saldos monetários inativos) Retorno esperado: R M = 0 (supondo inflação = 0) R B = r + ΔP B, onde ΔP B > 0 ganho de capital esperado ΔP B < 0 perda de capital esperada P B = C/r P B = 1.000, r n =10% r=11,0%, C = 110, ΔP B = 100, R B = 210 => L2 i = 0 r=9,5%, C = 95, ΔP B = -50, R B = 45 => L2 i = 0 r=9,0%, C = 90, ΔP B = -100, R B = -10 => B d i = 0 06/04/2018 9

10 Motivos para Demandar Moeda Demanda por moeda: L = L1(Y) + L2(r) r r r n i r c i L2 i L(Y) (Wh i L1 i ) L 06/04/

11 Motivos para Demandar Moeda Armadilha da liquidez Em níveis muito baixos, a taxa de juros pode alcançar um patamar inferior, onde há consenso entre os agentes de que a taxa de juros não pode baixar ainda mais e a preferência pela liquidez se torna absoluta, caracterizado a situação de armadilha da liquidez. r L L 06/04/

12 Motivos para Demandar Moeda Em Teorias Alternativas da taxa de juros e A teoria ex-ante da taxa de juros : Motivo Financiamento (saldos monetários temporariamente inativos) Demanda por moeda para realização de gastos de planejados, menos rotineiros e de maior volume, como aqueles voltados para ampliação de capacidade produtiva das firmas. Assemelha-se à demanda para transações, por sua previsibilidade, sendo relacionado às decisões de investimento, mas apresenta caráter mais duradouro. De forma simplificada, este motivo será tratado junto a L1(Y). 06/04/

13 Equilíbrio no mercado monetário e a taxa de juros Oferta de moeda (M) é determinada pela autoridade monetária Demanda por moeda (L) é determinada pelos motivos transação, precaução e financiamento (L1(Y)) e especulação (L2(r)). M = M1 + M2 = L1(Y) + L2(r) = L A taxa de juros é determinada pelo equilíbrio no mercado monetário, isto é, entre oferta e demanda por moeda. r M L(Y) 06/04/ M

14 Equilíbrio no mercado monetário e a taxa de juros Apresentação (slide): M = M1 + M2 = L1(Y) + L2(r) = L Livro: M = M1 + M2 + M3 + M4 = L1(Y) + L2(r) + L3 (*) + L4 (I) De/Para: Alterações em L4(I) são capturadas por L1(Y) na primeira equação e alterações em L3(*), por alterações na função L. 06/04/

15 Equilíbrio no mercado monetário e a taxa de juros Variações na demanda por moeda, seja por mudança do nível de renda, incerteza ou na percepção dos agentes sobre o comportamento futuro da taxa de juros, causa alterações na taxa de juros corrente para reequilibrar o mercado monetário. Se a oferta de moeda é dada, um aumento da demanda por moeda tem como contrapartida aumento da oferta de títulos, fazendo com que seus preços caiam e a taxa de juros suba, o que transforma um número maior de indivíduos em altistas, reduzindo a demanda por moeda e reequilibrando o mercado monetário. L(Y ) ou L (Y) 06/04/ r r r M L(Y) M

16 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Taxa monetária de juros dos ativos Para Keynes, a taxa de juros representa o prêmio para se abrir mão da liquidez máxima conferida pela moeda em troca de uma forma menos líquida de riqueza. As formas menos líquida de se alocar a riqueza podem ser, em termos gerais, associadas a títulos (de dívida e propriedade) e ativos produtivos (máquinas, equipamentos e instalações). No capítulo 17, Keynes apresenta uma teoria de alocação de portfólio, considerando a alocação de recursos entre os diversos ativos a partir da comparação entre as rentabilidades esperadas (e correspondente precificação dos ativos). 06/04/

17 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Taxa monetária de juros dos ativos rm = a + q c + l q = rendimento esperado (ex. lucros, juros, dividendos, aluguel) c = custo de carregamento (ex. depreciação, custo de estocagem, seguro, taxa de administração) l = prêmio de liquidez (segurança associada à possibilidade de recompor portfólio com certeza, a curto prazo e sem perdas) a = apreciação/depreciação do ativo (variação do valor do ativo no tempo) 06/04/

18 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Taxa monetária de juros dos ativos rm = a + q c + l Exemplos Bens de capital: (q-c) > 0, l = 0 e a < 0 Títulos: (q-c) > 0, l > 0 e a <> 0 Moeda: (q-c) = a = 0, l > 0 (máximo) 06/04/

19 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Taxa monetária de juros dos ativos rm = a + q c + l Os agentes alocam seus recursos progressivamente nos diversos ativos que oferecem maior rentabilidade esperada. O aumento da demanda pelos ativos faz com que a rentabilidade esperada seja decrescente conforme aumenta sua participação na carteira dos indivíduos. A rentabilidade esperada ativos é decrescente, em geral, devido ao preço de oferta crescente e à renda esperada declinante por limitações de mercado. 06/04/

20 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Particularidades da moeda A moeda apresenta particularidades que fazem com que sua atratividade diminua mais lentamente do que a atratividade dos demais ativos conforme sua demanda aumenta. (i) Elasticidade de produção muito pequena ou igual a zero: elevação da demanda não induz aumento da oferta de moeda. r M (ii) Elasticidade de substituição igual, ou quase igual, a zero: moeda cumpre por excelência o papel de meio de pagamento e ativo de liquidez máxima. L(Y ) ou L (Y) L(Y) M 06/04/

21 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Preferência pela liquidez, taxa de juros e alocação de portfólio Em equilíbrio, o retorno esperado de todos os ativos deve ser igual e determinado pela taxa de juros da moeda. r M rm rm r rm L(Y ) ou L (Y) r L (Y) L,M I I I 06/04/

22 Demanda Alocação por moeda de portfólio e preferência e a taxa pela de liquidez juros Preferência pela liquidez, taxa de juros e alocação de portfólio Quão maior a preferência pela liquidez, maior a taxa de juros e menor a demanda pelos demais ativos, em particular, ativos produtivos, como bens de capital, que geram renda, produção e emprego. Desse modo, à falta de moeda e naturalmente devemos supô-lo também de qualquer outra mercadoria com as características que atribuímos à moeda, as taxas de juros só se equilibrariam em condições de pleno emprego. (Keynes, TG, p.229) 06/04/

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 20/09/2017 1 Demanda por moeda, PPL

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