1. Primórdios da teoria monetária

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1. Primórdios da teoria monetária"

Transcrição

1 1. Primórdios da teoria monetária 1.3. TQM em suas diferentes versões Carvalho et al. (2015: cap. 3) 24/08/2018 1

2 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Irving Fisher e a versão de transações Ao longo do final do séc.xix e início do séc.xx a teoria quantitativa da moeda foi formalizada matematicamente a partir de testes empíricos. Irving Fisher, em 1911, sintetizou a TQM na seguinte equação de trocas : MV = PT Onde M é a quantidade de moeda V é a velocidade de circulação da moeda P é o nível geral de preços T é o volume físico das transações realizadas A equação de trocas reflete uma tautologia (identidade contábil). 24/08/2018 2

3 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Irving Fisher e a versão de transações A equação de trocas de Fisher foi adaptada para lidar com problemas conceituais e estatísticos envolvidos na determinação do nível de preços e das quantidades transacionadas, considerando o valor do PIB real no lugar das transações. Neste caso, teríamos a equação de trocas na versão renda dada por: MV = PY M = oferta de moeda (estoque) V = velocidade-renda da moeda (número de vezes que a moeda muda de mãos para viabilizar as transações realizadas num período de tempo considerado, influenciada por instituições - periodicidade de gastos e recebimentos - e hábitos, sendo estável no curto prazo). Y = PIB real (plena utilização da capacidade produtiva no longo prazo - mão de obra, capital e tecnologia -, segundo Lei de Say) P = nível de preços (os preços variam proporcionalmente à M e V e inversamente à Y). Sendo V e Y constantes, então P M: moeda é apenas meio de transação. 24/08/2018 3

4 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Contribuição de Cambridge e a versão dos saldos de caixa A partir da influência de autores como Marshall e Pigou, a preocupação com a velocidade de circulação da moeda foi substituída pelas considerações sobre as razões que levam os agentes a reter moeda. A nova formulação da TQM sob a equação de caixa pode ser expressa como: M = Md = kpy M é a oferta exógena de moeda Md = demanda por moeda k = 1/V = M/PY é a constante marshalliana ou a proporção de encaixes, igual ao inverso da velocidade-renda da moeda e suposto constante por influência de fatores institucionais estáveis no curto prazo P o índice geral de preços Y a renda real, constante como resultado do pleno emprego assegurado pelo livre funcionamento das leis de mercado. Sendo V e Y constantes, então P M: moeda permanece como meio de transação, mas funciona como residência temporária de valor, tendo em vista o hiato temporal existente entre a compra e venda de bens e serviços. 24/08/2018 4

5 Teoria Quantitiva da Moeda (TQM) Contribuição de Cambridge e a versão dos saldos de caixa A versão clássica da demanda por moeda - exemplo Intervalos Desencaixe Encaixe 1 a a a a a a a Encaixes 1 a 5 5 a 8 8 a a a a a 31 24/08/2018 Lopes e Rosseti, 2009, p. 60 5

6 Teoria Quantitiva da Moeda (TQM) Contribuição de Cambridge e a versão dos saldos de caixa A versão clássica da demanda por moeda - exemplo Encaixe médio retido ao longo do período para realizar as diferentes despesas em diferentes datas pode ser calculado da seguinte forma: EM = (EncaixesxDias) / Número total de dias EM = (10.000x x x x x x7)/31 EM= /31= 4.390,32 Sendo k = 1/V = M/PY, então k = 4.390,21/10.000,00 = 0,44 24/08/2018 6

7 Teoria Quantitiva da Moeda (TQM) Contribuição de Cambridge e a versão dos saldos de caixa Embora k possa variar de indivíduo para indivíduo, k tende a ser relativamente constante no curto prazo, podendo apresentar mudanças apenas a longo prazo como resultado de alterações institucionais. Então, sendo k constante e Y fixo no curto prazo, tem-se: M = kpy => P = M Mecanismo de transmissão Equilíbrio no mercado monetário: M = Md = kpy M = k PY > Md = kpy ou k = M /PY > k = M/PY demanda (C e I) para diminuir o excesso de encaixes e, sendo Y, então P. Processo segue... até que P = P k = k tal que M = Md = k.p Y Variações no nível de preço equilibram oferta e demanda por moeda. 24/08/2018 7

8 Teoria Quantitiva da Moeda (TQM) Equação de caixa: M = kpy => P = M E, sendo k = 0, então P = 0 M = Y Postulados Básicos da TQM 1. Equiproporcionalidade entre moeda e preços 2. Causalidade da moeda para preços 3. Neutralidade da moeda no longo prazo 4. Dicotomia entre preços relativos e preços absolutos 5. Independência entre oferta e demanda por moeda inflação é sempre e em qualquer lugar um fenômeno monetário 24/08/2018 8

9 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo direto (abordagem à la Cambridge moeda pura) P P 1 P 0 Y 0 Ys MV = PY M = Md = k.py Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) Y Aumento da disponibilidade de moeda eleva a retenção de saldos reais pelos agentes que são levados a gastá-los para voltar ao nível de encaixes reais desejado. Como a economia opera em pleno emprego, o excesso de demanda se reverte em exclusivamente em elevações de preços, que acabam eliminando o excesso de saldos reais. Efeito saldos reais 24/08/2018 9

10 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (economia mista moeda-crédito) Wicksell introduz o conceito de taxa natural de juros, que seria aquela que iguala poupança e investimento, tal que a demanda total é igual ao produto de pleno emprego. Desta forma, à taxa natural de juros não há desequilíbrio entre oferta e demanda e o nível de preços é estável. 24/08/2018 r P P 0 r n =r 0 Ys Y 0 S = I MV = PY M = Md = k.py I S Yd (M 0 ) I,S Y 10

11 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (economia mista moeda metálica e moeda-crédito) Segundo Wicksell, o aumento da concessão de crédito pelos bancos (via aumento de ouro ou da oferta de moeda pelo BC) poderia diferenciar a taxa de juros do mercado em relação à taxa de juros natural, gerando desequilíbrio entre poupança e investimento e, portanto, entre oferta e demanda. Ms > Ms r < r* S(r ) < I(r ) Y d (r ) > Y s r P P 1 P 0 r n =r 0 r 1 Y 0 Ys S S = I I MV = PY M = Md = k.py I S Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) I,S Y 24/08/

12 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (cont.) cumulativo A queda da taxa de juros de empréstimo causa excesso de demanda, que pressiona os preços para cima em um processo persistente e cumulativo, enquanto houver diferencial entre os juros de mercado e a taxa de juros natural. Ms > Ms r < r* S(r ) < I(r ) Y d (r ) > Y s P P P 1 P 0 r r n =r 0 r 1 Y 0 Ys S S = I I MV = PY M = Md = k.py S I Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) I,S Y 24/08/

13 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (cont.) não explosivo P Ys MV = PY M = Md = k.py A elevação de preços aumenta a demanda por meio circulante para transação, diminuindo a proporção de depósitos a vista, e, portanto, a disponibilidade de reservas dos bancos para empréstimo, o que pressiona a taxa de juros de volta a sua taxa normal, num processo inflacionário não explosivo. P 1 P 0 r Y 0 S Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) Y r n =r 0 r 1 S S = I I I I,S 24/08/

14 Processo Cumulativo de Wicksell Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (cont.) não explosivo P Ys MV = PY M = Md = k.py Conforme aumentam os preços e a demanda por moeda como meio circulante em detrimento aos depósitos, a taxa de juros converge para a taxa natural, paralelo à diminuição dos empréstimos e da pressão sobre a demanda e os preços, até que cesse o processo. P 1 P 0 r Y 0 S Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) Y Ms = Md = k.p Y d (r*) = k.p Y s r n =r 0 Tal que S(r*) = I(r*) Y d (r*) = Y s r 1 S S = I I I I,S 24/08/

15 Processo Cumulativo de Wicksell e Política Monetária Relação entre moeda e preços Mecanismo indireto (cont.) Apenas por coincidência a taxa de juros de mercado estaria no nível da taxa de juros natural. Para Wicksell, portanto, a estabilidade de preços depende do manejo adequado das taxas de juros dos empréstimos, que deve subir em situação de inflação e cair em situação contrária. r P P 1 P 0 r n =r 0 r 1 Y 0 Ys S S = I I MV = PY M = Md = k.py S I Yd (M 1 ) Yd (M 0 ) I,S Y 24/08/

1. Primórdios da teoria monetária

1. Primórdios da teoria monetária 1. Primórdios da teoria monetária 1.3. TQM em suas diferentes versões Carvalho et al. (2015: cap. 3) 22/03/2019 1 Os Clássicos A expressão economistas clássicos foi usada por Keynes para denominar aqueles

Leia mais

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell 1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell Carvalho et al. (2015: cap. 3) Lopes e Rosseti (2009, cap.4.2) 20/10/2017 1 A expressão economistas clássicos foi

Leia mais

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell 1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell Carvalho et al. (2015: cap. 3) Lopes e Rosseti (2009, cap.4.2) 06/09/2017 1 A expressão economistas clássicos foi

Leia mais

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Clássicos Roupagem macroeconômica atribuída por Keynes às proposições apresentadas pelos

Leia mais

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 4 Clássicos Roupagem macroeconômica atribuída por Keynes às proposições apresentadas pelos

Leia mais

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.1. Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): dos primórdios às equações de Fisher e de Cambridge

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.1. Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): dos primórdios às equações de Fisher e de Cambridge 1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.1. Teoria Quantitativa da Moeda (TQM): dos primórdios às equações de Fisher e de Cambridge Carvalho et al. (2015: cap. 3) Lopes e Rosseti (2009: cap. 2.1 e 4.1) 06/09/2017

Leia mais

Macroeconomia. Universidade Federal do Rio de Janeiro Flávio Combat.

Macroeconomia. Universidade Federal do Rio de Janeiro Flávio Combat. Macroeconomia Universidade Federal do Rio de Janeiro Flávio Combat www.economics.com.br O conteúdo desta apresentação é regido pela licença Creative Commons CC BY-NC 4.0. https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/legalcode

Leia mais

Demanda por Moeda. 1. Introdução

Demanda por Moeda. 1. Introdução 1. Introdução Demanda por Moeda 2. Breve Histórico de um Longo Debate 2.1 A Controvérsia Bullionista: 1797-1821 2.2 A Controvérsia Continua: 1821 em diante 3. A Teoria Quantitativa da Moeda: a herdeira

Leia mais

ECONOMIA. Macroeconomia. Escola Clássica Parte 04. Prof. Alex Mendes

ECONOMIA. Macroeconomia. Escola Clássica Parte 04. Prof. Alex Mendes ECONOMIA Macroeconomia Escola Clássica Parte 04 Prof. Alex Mendes Equilíbrio entre oferta e demanda no modelo clássico Oferta Agregada = Demanda Agregada Y = DA DA = C + I Y = C + S S (r) = I(r) A taxa

Leia mais

Sistema Monetário e Inflação. Copyright 2004 South-Western

Sistema Monetário e Inflação. Copyright 2004 South-Western Sistema Monetário e Inflação 29 Moeda Moeda é o conjunto de ativos na econoima que as pessoas usam regularmente para trocar por bens e serviços. Funções da Moeda A moeda tem três funções na economia: Meio

Leia mais

O Monetarismo Petista: Uma análise da economia brasileira com enfoque na poĺıtica monetária

O Monetarismo Petista: Uma análise da economia brasileira com enfoque na poĺıtica monetária O Monetarismo Petista: Uma análise da economia brasileira com enfoque na poĺıtica monetária Marwil Dávila, Thiago Nascimento PET-Economia UnB 18 de Outubro de 2013 Mudanças recorrentes do foco teporico

Leia mais

Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas

Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Leia mais

MOEDA E INFLAÇÃO Macro VI

MOEDA E INFLAÇÃO Macro VI MOEDA E INFLAÇÃO Macro VI I INTRODUÇÃO: TEORIA MONETÁRIA Teoria monetária: é a teoria que relaciona mudanças na quantidade de moeda à mudanças na atividade econômica agregada e no nível de preços. Nível

Leia mais

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM 4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 06/05/2019 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável

Leia mais

Sistema Monetário e Inflação. Copyright 2004 South-Western

Sistema Monetário e Inflação. Copyright 2004 South-Western Sistema Monetário e Inflação 29 Moeda Moeda é o conjunto de ativos na econoima que as pessoas usam regularmente para trocar por bens e serviços. Funções da Moeda A moeda tem três funções na economia: Meio

Leia mais

Moeda e Inflação. Roberto Guena de Oliveira 25 de setembro de 2016 USP

Moeda e Inflação. Roberto Guena de Oliveira 25 de setembro de 2016 USP Moeda e Inflação Roberto Guena de Oliveira 25 de setembro de 2016 USP Sumário Introdução A teoria clássica da inflação Extensões 2 Introdução Inflação Inflação é a elevação generalizada nos preços de uma

Leia mais

3. Qual o significado geral da Análise IS-LM? 4. O que vem a ser a curva IS? Quais os fatores ou variáveis que a deslocam?

3. Qual o significado geral da Análise IS-LM? 4. O que vem a ser a curva IS? Quais os fatores ou variáveis que a deslocam? 1 1. O que define a moeda é sua liquidez, ou seja, a capacidade que possui de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Além disso, três outras características a definem:

Leia mais

Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico

Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico 1 Modelo Clássico x Modelo Keynesiano São duas formas de entender a economia, baseadas em pressupostos diferentes e com resultados diferentes. A contabilidade

Leia mais

Economia. Modelo Clássico. Professor Jacó Braatz.

Economia. Modelo Clássico. Professor Jacó Braatz. Economia Modelo Clássico Professor Jacó Braatz www.acasadoconcurseiro.com.br Economia MODELO CLÁSSICO Renda e produto de equilíbrio Modelo Clássico x Modelo Keynesiano São duas formas de entender a economia,

Leia mais

6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM

6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM 6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 27/10/2017 1 Monetaristas Os monetaristas reformulam a teoria quantitativa

Leia mais

08/03/16. Conteúdo Programático. Conteúdo Programático. Introdução à economia: macroeconomia 08/03/16

08/03/16. Conteúdo Programático. Conteúdo Programático. Introdução à economia: macroeconomia 08/03/16 Introdução à economia: macroeconomia Prof. Anderson litaiff/ Prof. Salomão Neves 1 2 Conteúdo Programático 2ª Avaliação O mercado de ativos e a determinação da taxa de juros O que significa? A teoria quantitativa

Leia mais

Introdução à economia: macroeconomia

Introdução à economia: macroeconomia Introdução à economia: macroeconomia Prof. Anderson litaiff/ Prof. Salomão Neves 1 2 Conteúdo Programático 2ª Avaliação O mercado de ativos e a determinação da taxa de juros O que significa moeda? A teoria

Leia mais

Inflação: Causas e Custos

Inflação: Causas e Custos Inflação: Causas e Custos Capítulo 28 Copyright 2001 by Harcourt, Inc. All rights reserved. Requests for permission to make copies of any part of the work should be mailed to: Permissions Department, Harcourt

Leia mais

6. Quais os fatores ou variáveis que a deslocam? Quais os fatores ou variáveis que alteram sua inclinação?

6. Quais os fatores ou variáveis que a deslocam? Quais os fatores ou variáveis que alteram sua inclinação? 1 1. O que define a moeda é sua liquidez, ou seja, a capacidade que possui de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Além disso, três outras características a definem:

Leia mais

A TEORIA QUANTITATIVA RESTABELECIDA POR MILTON FRIEDMAN

A TEORIA QUANTITATIVA RESTABELECIDA POR MILTON FRIEDMAN A TEORIA QUANTITATIVA RESTABELECIDA POR MILTON FRIEDMAN Economia Monetária e Financeira Fabiano Abranches Silva Dalto FRIEDMAN, Milton. A Teoria Quantitativa da Moeda: reestabelecimento. In Carneiro, Ricardo.

Leia mais

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM 4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 07/11/2018 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável

Leia mais

Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Modelo Clássico de Determinação da Renda rof.: Antonio Carlos Assumpção Os ilares da Economia Neoclássica (Clássica) Com preços e salários flexíveis e mercados concorrenciais, as forças de mercado tendem

Leia mais

Fatores Determinantes do

Fatores Determinantes do Fatores Determinantes do Balanço de Pagamentos Abordagem pela Absorção Abordagem pelos Movimentos de Capital Abordagem Monetária http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Contabilidade das relações externas

Leia mais

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM

4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM 4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 10/10/2018 1 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável

Leia mais

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Moeda)

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Moeda) Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Moeda) Eloi Martins Senhoras Available at:

Leia mais

O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio

O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio Introdução Os fatores que afetam a oferta ou a demanda de moeda de um país estão entre os principais determinantes da taxa de câmbio. O modelo integra

Leia mais

I MACROECONOMIA BÁSICA: AGREGADOS MACROECONÔMICOS,

I MACROECONOMIA BÁSICA: AGREGADOS MACROECONÔMICOS, Sumário Resumido Ordem dos Economistas do Brasil, xiii Apresentação, xv Introdução Teoria Macroeconômica: Evolução e Situação Atual, 1 Parte I MACROECONOMIA BÁSICA: AGREGADOS MACROECONÔMICOS, 17 Apresentação,

Leia mais

3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes

3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes 3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes Carvalho et al. (2015: cap. 7, 14.1 a 14.3) 31/08/2018 1 Política Monetária e a não-neutralidade

Leia mais

Introdução à Macroeconomia

Introdução à Macroeconomia UFRJ / CCJE / IE / CEPP Introdução à Política Macroeconômica Introdução à Macroeconomia Modelos Clássico e Keynesiano Simples Froyen (caps.3, 4, 5 e 6.1) Vasconcellos (caps.10 e 11) 20/05/2017 0 20/05/2017

Leia mais

15.1.Os principais instrumentos de política monetária são:

15.1.Os principais instrumentos de política monetária são: Módulo 15 Política Monetária O conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito constitui a política monetária de um determinado

Leia mais

Inflação: Causas e Custos 28. Inflação: Causas e Custos

Inflação: Causas e Custos 28. Inflação: Causas e Custos Inflação: Causas e Custos 28. Inflação: Causas e Custos Inflação é o aumento persistente de preços. É um aumento contínuo, e não aquele aumento esporádico, ainda que grande A inflação lida com o aumento

Leia mais

12 Flutuações de Curto Prazo

12 Flutuações de Curto Prazo 12 Flutuações de Curto Prazo Flutuações Econômicas de Curto Prazo A atividade econômica flutua de ano para ano. Em quase todos os anos, a produção aumenta. Nem toda flutuação é causada por variação da

Leia mais

Agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicador monetário

Agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicador monetário Agregados monetários, criação e destruição de moeda e multiplicador monetário 1 Conceitos e funções da moeda, motivos de demanda Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens

Leia mais

Introdução à Macroeconomia

Introdução à Macroeconomia UFRJ / CCJE / IE / PPED Teoria Econômica II Introdução à Macroeconomia Modelo Keynesiano Simples Froyen (caps.5 e 6.) Vasconcellos (caps.0 e ) Hipótese nível tecnológico, estoque de capital e estoque de

Leia mais

Sumário. ) Importações de Bens e de Serviços Não-Fatores (M nf

Sumário. ) Importações de Bens e de Serviços Não-Fatores (M nf Sumário CAPÍTULO 1 BALANÇO DE PAGAMENTOS... 1 1.1 Conceitos Introdutórios... 1 1.1.1 Definição... 1 1.1.2 Meios (formas) Internacionais de Pagamento... 3 1.1.3 Apresentação da Estrutura Antiga do Balanço

Leia mais

Produto e Emprego. Modelos Clássico e Keynesiano. UFRJ IE PPED Teoria Econômica II. Vasconcellos (cap.10 e 11) Froyen (cap.3 a 6) Ana Cristina Reif

Produto e Emprego. Modelos Clássico e Keynesiano. UFRJ IE PPED Teoria Econômica II. Vasconcellos (cap.10 e 11) Froyen (cap.3 a 6) Ana Cristina Reif UFRJ IE PPED Teoria Econômica II Produto e Emprego Modelos Clássico e Keynesiano Vasconcellos (cap.10 e 11) Froyen (cap.3 a 6) Ana Cristina Reif 0 1 h)p://oglobo.globo.com/brasil/governo:propoe:flexibilizacao:da:meta:fiscal:de:2014:8122987

Leia mais

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 7

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 7 Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3 e 7 Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) Friedman e a TQM Revisitada Friedman, influenciado

Leia mais

6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.2. Demanda por moeda na hiperinflação: a contribuição de Cagan

6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.2. Demanda por moeda na hiperinflação: a contribuição de Cagan 6. Demanda por Moeda no Modelo Monetarista 6.2. Demanda por moeda na hiperinflação: a contribuição de Cagan Carvalho et al. (2015: cap. 6) Complementar: Simonsen e Cysne (1989) Macroeconomia 17/11/2017

Leia mais

Demanda por moeda e preferência pela liquidez

Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.1. Keynes, economia monetária de produção, demanda por moeda, preferência pela liquidez e taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4, 5.1.3 e 20.1)

Leia mais

DEMANDA POR MOEDA FNC-IE-UNICAMP

DEMANDA POR MOEDA FNC-IE-UNICAMP DEMANDA POR MOEDA Ideia Básica Monetarista: Controle da Oferta de Moeda face à Estabilidade da Demanda por Moeda Motivos da Demanda por Moeda e Preferência pela Liquidez em Keynes Ideia Básica Não adianta

Leia mais

Parte 4 Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as políticas econômicas

Parte 4 Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as políticas econômicas Parte 4 Integração entre microeconomia e macroeconomia e implicações sobre as políticas econômicas Construções mais complexas das funções consumo, investimento, demanda e oferta de moeda, fazendo uso do

Leia mais

CEAV. Macroeconomia. Parte 2. Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

CEAV. Macroeconomia. Parte 2. Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção CEAV Macroeconomia arte 2 Modelo Clássico de Determinação da Renda rof.: Antonio Carlos Assumpção Os ilares da Economia Neoclássica (Clássica) Com preços e salários flexíveis e mercados concorrenciais,

Leia mais

MACROECONOMIA. Teoria Keynesiana e Modelo IS/LM Conceitos básicos. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva

MACROECONOMIA. Teoria Keynesiana e Modelo IS/LM Conceitos básicos. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva MACROECONOMIA Teoria Keynesiana e Modelo IS/LM Conceitos básicos 1 Mercado de Bens e Serviços Até 1930, os economistas acreditavam que as forças de mercado se encarregariam de equilibrar o fluxo econômico

Leia mais

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha Macroeconomia para executivos de MKT Lista de questões de múltipla escolha CAP. 3. Ambiente Externo, Cenário Macroeconômico e Mensuração da Atividade Econômica 5.1) A diferença entre Produto Nacional Bruto

Leia mais

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2.3. Alocação de portfólio e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 20/09/2017 1 Demanda por moeda, PPL

Leia mais

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7 Teoria Econômica II: Macroeconomia Economia Fechada Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7 Revolução Keynesiana Keynes lança sua principal obra, a Teoria Geral, em 1936, no contexto

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV Questão 24 Segundo Pindyck e Rubinfeld (2010), os bens públicos, que são, ao mesmo tempo, não disputáveis e não exclusivos, oferecem benefícios às pessoas a um custo marginal zero (para provê-los para

Leia mais

UFRJ IE PPED Teoria Econômica II RESUMO TRABALHO

UFRJ IE PPED Teoria Econômica II RESUMO TRABALHO UFRJ IE PPED Teoria Econômica II RESUMO E TRABALHO 27/05/16 0 Macroeconomia Procura estabelecer relação entre os grandes agregados: produto, investimento, consumo, poupança, nível geral de preços, emprego,

Leia mais

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.2. Demanda por moeda, preferência pela liquidez e a taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 06/04/2018 1 Demanda por moeda, PPL e a taxa de juros A taxa de

Leia mais

Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas

Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

Leia mais

Referencial para Análise do Produto

Referencial para Análise do Produto Parte II: Determinantes do Produto Capítulo 11: Referencial para Análise do Produto Parte II Capítulo 11 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 OBJETIVOS avaliar o impacto das políticas econômicas usando

Leia mais

EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 1. Prof: Danilo Igliori

EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 1. Prof: Danilo Igliori EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia Lista 1 Prof: Danilo Igliori Questão 1 Qual das seguintes manchetes de jornal é mais estreitamente relacionado com o que microeconomistas estudam (e menos relacionado

Leia mais

Demanda por Moeda. 1. Introdução

Demanda por Moeda. 1. Introdução 1. Introdução Demanda por Moeda 2. Breve Histórico de um Longo Debate 2.1 A Controvérsia Bullionista: 1797-1821 2.2 A Controvérsia Continua: 1821 em diante 3. A Teoria Quantitativa da Moeda: a herdeira

Leia mais

LEC206 - MACROECONOMIA II

LEC206 - MACROECONOMIA II LICENCIATURA EM ECONOMIA (2007-08) LEC206 - MACROECONOMIA II Avaliação Distribuída 2º Teste (30 de Maio de 2008) Duração: 60 minutos Não é permitido o uso de máquinas de calcular. Não é permitida qualquer

Leia mais

Unidade I MERCADO FINANCEIRO. Profa. Ana Maria Belavenuto

Unidade I MERCADO FINANCEIRO. Profa. Ana Maria Belavenuto Unidade I MERCADO FINANCEIRO Profa. Ana Maria Belavenuto Objetivo Entender como se estabelece as relações entre o lado monetário (moeda) com o lado real da economia (insumos e fatores de produção), na

Leia mais

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Moeda e Inflação

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Moeda e Inflação Introdução à Macroeconomia Danilo Igliori (digliori@usp.br) Moeda e Inflação 1 Moeda e preços Taxa de inflação = o aumento percentual no nível médio de preços. Preço = quantia de moeda necessária para

Leia mais

Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio

Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio Referência: Cap. 15 de Economia Internacional: Teoria e Política, 6ª. Edição Paul R. Krugman e Maurice Obstfeld Economia Internacional II - Material para aulas (3)

Leia mais

Aula 07 Modelo IS-LM Parte I

Aula 07 Modelo IS-LM Parte I Aula 07 Modelo IS-LM Parte I Contexto n Longo prazo Preços flexíveis Produto determiando pelos fatores de produção e tecnologia Desemprego iguala a taxa natural n Curto Prazo Preços fixos Produto determinado

Leia mais

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO R e f e r ê n c i a : C a p. 15 d e E c o n o m i a I n t e r n a c i o n a l : T e o r i a e P o l í t i c a, 1 0 ª. E d i ç ã o P a u l R. K r u g m a n e M a

Leia mais

MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS MÓDULO 3 POUPANÇA

MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS MÓDULO 3 POUPANÇA MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS MÓDULO 3 POUPANÇA Índice 1. Poupança...3 2. Desenvolvimento econômico e intermediação financeira..3 3. A Economia e os Mercados Financeiros...4 4. Moeda: Conceitos e Funções...4

Leia mais

Economia. Crescimento da moeda e inflação. Introdução à. N. Gregory Mankiw. Tradução da 6a.edição norte-americana

Economia. Crescimento da moeda e inflação. Introdução à. N. Gregory Mankiw. Tradução da 6a.edição norte-americana N. Gregory Mankiw Introdução à Economia Tradução da 6a.edição norte-americana 30 Crescimento da moeda e inflação 2013 Cengage Learning. All Rights Reserved. May not be copied, scanned, or duplicated, in

Leia mais

Algo sobre metas de inflação e Produto e taxa de câmbio no curto prazo

Algo sobre metas de inflação e Produto e taxa de câmbio no curto prazo Algo sobre metas de inflação e Produto e taxa de câmbio no curto prazo Referência: Cap. 15 e 17 de Economia Internacional: Teoria e Política, 6ª. Edição Paul R. Krugman e Maurice Obstfeld Economia Internacional

Leia mais

Demanda por moeda e preferência pela liquidez

Demanda por moeda e preferência pela liquidez 2. Demanda por moeda em Keynes e nos keynesianos 2.1. Keynes, economia monetária de produção, demanda por moeda, preferência pela liquidez e taxa de juros Carvalho et al. (2015: caps. 4 e 20.1) 31/08/2018

Leia mais

Curso de Teoria Monetária

Curso de Teoria Monetária Abril de 2016 Curso de Teoria Monetária Celso L. Martone Capítulo 6 Variedades de política monetária 6.1 Âncoras nominais A determinação do nível de preços exige que haja uma âncora nominal na economia,

Leia mais

Curso de Teoria Monetária

Curso de Teoria Monetária Março de 206 Curso de Teoria Monetária Celso L. Martone Capitulo 2 Moeda como Ativo 2. Fluxos de fundos na economia aberta Vamos considerar uma economia composta por quatro setores e quatro mercados. Os

Leia mais

Multiplicador monetário. Suponha que as seguintes hipóteses sejam válidas. 1

Multiplicador monetário. Suponha que as seguintes hipóteses sejam válidas. 1 EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Segunda Lista de Exercícios Mercado monetário 1. Blanchard, cap. 4, exercício 5 Suponha que a riqueza de uma pessoa seja de US$ 50.000 e que sua renda

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Faculdade de Ciências e Letras FCLar Araraquara

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO. Faculdade de Ciências e Letras FCLar Araraquara UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Ciências e Letras FCLar Araraquara PROJETO DE PESQUISA : em Macroeconomia Aberta da Argentina referente aos anos de 2006-2012 Coordenador:

Leia mais

Expectativas: ferramentas básicas

Expectativas: ferramentas básicas Expectativas: ferramentas básicas C A P Í T U L O 14 slide 1 Introdução Muitas decisões econômicas dependem não apenas do que acontece hoje, mas também das expectativas em relação ao futuro. Qual seria

Leia mais

A Política Monetária de Milton Friedman

A Política Monetária de Milton Friedman A Política Monetária de Milton Friedman SE506 Economia Monetária e Financeira Fabiano Abranches Silva Dalto Bibliografia utilizada: FRIEDMAN, M. O Papel da Política Monetária. In Carneiro, Ricardo. Clássicos

Leia mais

MACROECONOMIA. O problema é que às vezes alguns pormenores importantes são omitidos.

MACROECONOMIA. O problema é que às vezes alguns pormenores importantes são omitidos. MACROECONOMIA Estuda a economia como um todo determinação e o comportamento de grandes agregados: renda e produtos nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de s, taxas de juros,

Leia mais

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 2

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 2 Teoria Econômica II: Macroeconomia Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulo 2 Registro de transações entre residentes e não-residentes. Contas do Balanço de Pagamentos Transações Correntes:

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DISCIPLINA: ECONOMIA ALUNOS: LEANDRO SUARES, LUIS FELIPE FRANÇA E ULISSES

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DISCIPLINA: ECONOMIA ALUNOS: LEANDRO SUARES, LUIS FELIPE FRANÇA E ULISSES UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DISCIPLINA: ECONOMIA ALUNOS: LEANDRO SUARES, LUIS FELIPE FRANÇA E ULISSES VALENTIM Demanda agregada e Oferta agregada LEANDRO SUARES

Leia mais

Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre.

Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre. Macroeconomia Aberta CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ PARTE I: Determinantes da taxa de câmbio e do balanço

Leia mais

Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia LISTA 1

Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia LISTA 1 Universidade de São Paulo - USP Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia Disciplina: REC2201 - Teoria Macroeconômica I Profa. Dra. Roseli da Silva

Leia mais

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples 1. (ESAF) Considere: Y = C(Y) + I + G + X - M(Y) C(Y) = Co + 0,7.Y M(Y) = Mo + 0,5.Y I = 700 G = 200 X = 300 Co = 500 Mo = 100 Onde Y = produto; I = investimento; G =

Leia mais

Finanças Públicas. Dinâmica da Dívida Pública CAP. 9 GIAMBIAGI

Finanças Públicas. Dinâmica da Dívida Pública CAP. 9 GIAMBIAGI Finanças Públicas Dinâmica da Dívida Pública CAP. 9 GIAMBIAGI 1. INTRODUÇÃO Implicações econômicas: Como a dívida afeta o funcionamento da economia? Quais as consequências de políticas fiscais passadas

Leia mais

[80] O efeito multiplicador em questão pressupõe que a economia esteja em desemprego.

[80] O efeito multiplicador em questão pressupõe que a economia esteja em desemprego. 1. (EBC, Analista de Empresa de Comunicação Pública Economia, 2011, CESPE) Considerando o fato de que um aumento do gasto governamental provoca um aumento proporcional da renda nacional e sabendo que a

Leia mais

3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes

3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes 3. Política Monetária em Keynes e nos keynesianos 3.1. Operacionalidade e eficácia da política monetária em Keynes Carvalho et al. (2015: cap. 7, 14.1 a 14.3) 12/04/2019 1 Política Monetária e a não-neutralidade

Leia mais

é maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador em (c) será maior se b 1 é grande (investimento é sensível à renda),

é maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador em (c) será maior se b 1 é grande (investimento é sensível à renda), EAE-06 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 3 IS - Gabarito. Blanchard, cap. 5, exercício, (a) O produto de equilíbrio é: = [ ][c c 0 c T + I + G] O multiplicador é [ ]. c

Leia mais

CAPÍTULO 7. Agregando todos os mercados: o modelo OA-DA. Olivier Blanchard Pearson Education

CAPÍTULO 7. Agregando todos os mercados: o modelo OA-DA. Olivier Blanchard Pearson Education Agregando todos os mercados: o modelo OA-DA Olivier Blanchard Pearson Education CAPÍTULO 7 7.1 Oferta agregada A relação de oferta agregada representa os efeitos do produto sobre o nível de preço. Ela

Leia mais

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Keynes e a economia monetária de produção

2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Keynes e a economia monetária de produção 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Keynes e a economia monetária de produção Keynes, TG 13/09/2017 1 2. Demanda por Moeda em Keynes 2.1. Economia monetária de produção D Z = D D = D1 + D2 Z,D Z(N) D(N)

Leia mais

Finanças Internacionais - Macroeconomia Aberta: Teoria, Aplicações e Políticas

Finanças Internacionais - Macroeconomia Aberta: Teoria, Aplicações e Políticas Finanças Internacionais - Macroeconomia Aberta: Teoria, Aplicações e Políticas Capítulo 2: Como medir as transações internacionais Cristina Terra Roteiro 1 O balanço de pagamentos Estrutura Descrição das

Leia mais

Economia. Funções do governo. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.com

Economia. Funções do governo. Prof. Me. Diego Fernandes Emiliano Silva diegofernandes.weebly.com Economia Funções do governo 1 Microeconomia Trata Da economia como um todo Níveis gerais de preço (inflação) Políticas de emprego de recursos Crescimento Desenvolvimento 2 Governo tem grande importância

Leia mais

Modelo IS-LM. Exercícios e Questões

Modelo IS-LM. Exercícios e Questões Modelo IS-LM Exercícios e Questões Prof. Waldery Rodrigues Júnior waldery.rodrigues@yahoo.com.br Tópicos: Equilíbrio no Mercado de Bens Demanda por Moeda Oferta de Moeda Equilíbrio no Mercado Monetário

Leia mais

1G202 - MACROECONOMIA I

1G202 - MACROECONOMIA I LICENCIATURA EM GESTÃO (2008-09) G202 - MACROECONOMIA I Avaliação Distribuída 2º Teste (27 de Novembro de 2008) Duração: 60 minutos. Não é permitida qualquer forma de consulta. Os telemóveis deverão ser

Leia mais

Modelo Keynesiano 1. (APO) 2. (ESAF 2009) (ESAF 2006)

Modelo Keynesiano 1. (APO) 2. (ESAF 2009) (ESAF 2006) Modelo Keynesiano 1. (APO) Considere as seguintes informações: Y = 1000 C = 600 I = 300 G = 100 X = 50 M = 50 onde Y = produto agregado; C = consumo agregado; I = investimento agregado; G = gastos do governo;

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA. Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011

CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA. Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA Professor:César Augusto Moreira Bergo Data: Maio 2011 Conceito de Economia: Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as

Leia mais

Produção e Taxa de Câmbio no Curto Prazo

Produção e Taxa de Câmbio no Curto Prazo Produção e Taxa de Câmbio no Curto Prazo Introdução As mudanças macroeconômicas que afetam a taxa de câmbio, taxas de juros e nível de preços também afetam a produção. A determinação da produção será feita

Leia mais

O equilíbrio no mercado monetário, determinação da taxa de juros da economia. A curva LM, taxa de juros real e taxa de juros nominal.

O equilíbrio no mercado monetário, determinação da taxa de juros da economia. A curva LM, taxa de juros real e taxa de juros nominal. O equilíbrio no mercado monetário, determinação da taxa de juros da economia. A curva LM, taxa de juros real e taxa de juros nominal. 1 Poupança, investimento e a curva LM Já vimos que no mercado monetário

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Economia Rua Marquês de São Vicente, Rio de Janeiro Brasil.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Economia Rua Marquês de São Vicente, Rio de Janeiro Brasil. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Economia Rua Marquês de São Vicente, 225 22453-900 - Rio de Janeiro Brasil TEORIA MACROECONÔMICA II P2 19 de outubro de 2006 Professor:

Leia mais

1E207 - MACROECONOMIA II

1E207 - MACROECONOMIA II LICENCIATURA EM ECONOMIA (2009-0) E207 - MACROECONOMIA II Exame de Recurso (2 de Julho de 200) Duração: h (escolha múltipla) + h30 (exercícios). As respostas às questões de escolha múltipla serão recolhidas

Leia mais

Curva LM. A curva LM: os pontos sobre ela, à sua direita e à sua esquerda

Curva LM. A curva LM: os pontos sobre ela, à sua direita e à sua esquerda Curva LM Introdução Discutiremos algumas questões relacionadas à gestão da política monetária e seu impacto sobre a taxa de juros e a renda dos agentes em uma economia, através do equilíbrio entre oferta

Leia mais