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1 VERSÃO PARA IMPRESSÃO PLANEJAMENTO E DIRETRIZES PÚBLICAS UIA 3 FORMULAÇÃO E ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS

2 2 Este material é destiado exclusivamete aos aluos e professores do Cetro Uiversitário IESB, cotém iformações e coteúdos protegidos e cuja divulgação é proibida por lei. O uso e/ou reprodução total ou parcial ão autorizado deste coteúdo é proibido e está sujeito às pealidades cabíveis, civil e crimialmete. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

3 3 SUMÁRIO Aula 13 Ciclo de Políticas Públicas Formulação e Implemetação de Políticas Públicas Avaliação de Políticas Públicas... 7 Aula 14 Abordages Recetes Atores as Políticas Públicas Reflexões Atuais sobre Políticas Públicas Aula 15 Elaboração de Políticas Públicas Estilo Gerecial e Estilo Regulatório Marco Regulatório Participação a Costrução de Políticas Públicas Aula 16 Aálise de Políticas Públicas O Aalista e Atores de Políticas Públicas Aálise Istitucioal de Políticas Públicas Aula 17 Pricípios de Trasparêcia Goverametal Novos Istrumetos de Políticas Públicas O Federalismo Fiscal Brasileiro Aula 18 Políticas Públicas e Proteção Social O Welfare State e os Sistemas de Proteção Social Abordages Teóricas Recetes de Proteção Social Referêcias Glossário Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

4 PLANEJAMENTO E DIRETRIZES PÚBLICAS UIA 3 4 Aula 13 CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Olá, estudate, bem-vido(a) à terceira Uidade de Iteração e Apredizagem (UIA). Nesta ossa primeira aula, serão apresetados coceitos relativos aos os ciclos de políticas públicas, suas formulações e implemetações, descrevedo o processo burocrático que estava evolvido em sua formulação e em sua passagem para um modelo modero e diâmico, que permite o gestor cotar com recursos do plaejameto e tomar suas decisões com maior cohecimeto, maximizado o resultado do gasto público. Fique ateto e boa aula! Acesse o Ambiete Virtual de Apredizagem (AVA) da disciplia e assista à videoaula FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Nos últimos aos, o admiistrador público deve leva em cota cosiderações as suas decisões políticas variáveis que a decisão empresarial ão cosidera. Isso tora o gestor público um aalista úico, que embora utilize em muitos casos ferrametas da admiistração privada os objetivos orgaizacioais são diferetes e muitas vezes coflitates com o setor privado visto que o gestor público é um formulador de políticas públicas o qual deveria estar ateto a coisa pública (res publica). Peter Drucker (1999), que aalisa o comportameto do gestor empresarial, coloca que a primeira aplicação cosciete e sistemática dos pricípios da admiistração ão se deu uma empresa. Foi a reorgaização do Exército dos Estados Uidos, feita em 1901: [...] até a década de 30, o puhado de escritores e pesadores que se preocupavam com a admiistração começado por Frederick Wislow Taylor, mais ou meos a virada do século, e termiado com Chester Barard, logo ates da Seguda Guerra Mudial presumia que a admiistração de empresas ão passava de subdivisão da admiistração geral. Para eles, o termo admiistração aplicava-se a qualquer tipo de orgaização, ão apeas às empresas. (DRUCKER, 1999) E a pesquisadora Tâia Fischer (1984), corroborado com o mesmo raciocíio, destaca que, até 1930, Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

5 5 O admiistrador público era cosiderado um mero executor de políticas, detro de pricípios de eficiêcia 1, cosiderados ão apeas o fim do sistema, mas também a medida de eficácia do mesmo. A partir dos aos 30 e da Primeira Guerra Mudial, o crescimeto do aparato estatal ifluiu a mudaça do coceito de admiistrador, já etão percebido como formulador de políticas públicas. (FISCHER, 1984) Na aálise de Bresser-Pereira (1996), embora os problemas decorretes da forma burocrática de admiistrar o Estado terem sido detectados e soluções teham sido pesadas o iício da década de 1960, esses problemas vieram tomado outras formas com a cosolidação do govero militar depois do golpe de 1964, que ão codiziam com a moderização que a sociedade civil almejava. A crise da admiistração pública burocrática começou aida o regime militar ão apeas porque ão foi capaz de extirpar o patrimoialismo que sempre a vitimou, mas também porque esse regime, ao ivés de cosolidar uma burocracia profissioal o país, através da redefiição das carreiras e de um processo sistemático de abertura de cocursos públicos para a alta admiistração, preferiu o camiho mais curto do recrutameto de admiistradores através das empresas estatais. (BRESSER PEREIRA, 1996, p. 3) Tudo isso levou, ao logo dos aos 1980, ao fortalecimeto progressivo de uma cocepção mais ágil da atividade goverametal e, em particular, do papel do gestor público. A ideia posta em ação foi a de aproveitar os aspectos positivos do plaejameto e da ova diâmica da reforma estatal, utilizado-se de coceitos derivados da admiistração empresarial e das trasformações operadas o campo da ecoomia e da reforma da admiistração pública. Taques em frete ao Cogresso Nacioal patrulham a Esplaada dos Miistérios, em 1964, após o golpe militar. Esse movimeto ocasioou uma democratização e descetralização do sistema político e mais participação do gestor, facilitado, do poto de vista operacioal, as mudaças sociais desejadas pela sociedade civil. Para Almeida (2006), durate os aos 1930 e 1980, houve muitas propostas visado pregar mudaças e reformas implemetadas o Estado. Essas propostas buscavam como objetivo a moderização e a icorporação de ovos padrões de gestão (para mais detalhe cosulte a Aula 1 da UIA 1). Cotudo, os modelos de gestão do Estado, bem como os meios empregados esse período, cotiuavam a coviver com o paradoxo de um modelo burocrático ou weberiao. Para Bresser-Pereira (1997), os desafios efretados pela admiistração pública brasileira a partir do fial da década de 1960 eram represetados pela tetativa de solucioar as deficiêcias ecotradas o Estado e superar as disfuções provocadas pela burocracia. Com isso, buscou-se a implemetação de um modelo de 1 Critério de avaliação que trata do ível de alcace de metas ou objetivos preestabelecidos. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

6 6 gestão alterativa a ser icorporada à gestão pública, com foco a admiistração pública e seus objetivos e com uma atitude mais gerecialista do gestor, se compararmos ao perfil do gestor weberiao (burocrático). O modelo da admiistração pública proposto tiha como meta a reforma do Estado brasileiro e estava fudametado o istrumeto deomiado Plao Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). Essa proposta suscitou bastate cotrovérsia com relação às possíveis abordages e à forma como o Estado deveria se adequar admiistrativamete à diâmica das mudaças globais. O modelo gerecial proposto, o PDRAE, é itroduzido como modo de efretar a crise fiscal pela qual o Estado estava passado e se cofigurou uma estratégia para torar a admiistração pública mais modera, eficiete e meos oerosa, como esta viha se torado ao logo das décadas. Admiistração Pública Gerecial Emerge a seguda metade do século XX, como resposta de um lado, à expasão das fuções ecoômicas e sociais do Estado, e, de outro, ao desevolvimeto tecológico e à globalização da ecoomia mudial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados ao modelo aterior. A eficiêcia da admiistração pública a ecessidade de reduzir custos e aumetar a qualidade dos serviços, tedo o cidadão como beeficiário tora-se etão essecial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orietada predomiatemete pelos valores da eficiêcia e qualidade a prestação dos serviços públicos e pelo desevolvimeto de uma cultura gerecial as orgaizações. (BRASIL, 1995) Assim, as orgaizações públicas, reagido a esse etrave (público versus privado), com um aseio crescete de participação democrática as decisões estatais, a sua implemetação, o seu cotrole e os seus beefícios, permitiu fortalecer a trasparêcia e o cosequete cotrole social das ações do Estado. Na aálise de Eli Diiz (2014), a mudaça ocorrida com a democratização do sistema político e sua descetralização cosolida o aseio de reformas e amplia a participação do gestor e suas resposabilidades; seja ele federal, estadual ou muicipal. [...] parece-me relevate abordar a reforma do Estado em coexão com o aperfeiçoameto do estado de Direito, aspecto geralmete egligeciado as aálises corretes sobre crise e reforma do Estado, já que tais aálises tedem a privilegiar compoetes ecoômicos e, sobretudo fiaceiros da referida crise. Em outros tempos, cabe pesar a reforma do Estado em estreita associação com os temas da goverabilidade democrática e do aperfeiçoameto istitucioal do país, em cotraposição aos fatores de atureza puramete cotábil, ligados à redução de despesas e à ampliação de receitas. Para tato impõe-se o abadoo de efoques restritos, uilaterais e reducioistas, em ome de uma abordagem ampla e de uma perspectiva multidimesioal, focalizado vários aspectos evolvidos uma aálise mais profuda da reforma do Estado. Essa visão implica desde logo efatizar o aspecto costitucioal do Estado o império da lei, pricípio segudo o qual iguém, iclusive aqueles que goveram, deve estar acima da lei. Implica aida cosiderar a questão da relação etre os poderes, o papel dos partidos políticos, a existêcia de fotes alterativas de iformações e as formas de articulação estado-sociedade. Ademais a reforma admiistrativa passa a ser vista como um dos ites de uma ageda mais abragete de reforma, que compreede além de questões técicas e fiaceiras a dimesão propriamete política da reforma do estado. (DINIZ, 2004, p. 41) Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

7 AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Nas últimas décadas, as avaliações de políticas públicas goverametais têm assumido grade relevâcia para as fuções de plaejameto e gestão. Essa ecessidade de avaliação teve sua origem com moderização da Admiistração Pública. Detro dessa perspectiva, a motivação foi a adoção dos pricípios da Gestão Pública, buscado uma trasformação das relações etre Estado e sociedade, visado subsidiar o gestor público em sua atuação quato: ao plaejameto e formulação das iterveções goverametais; ao acompahameto de sua implemetação; à atuação em suas reformulações e ajustes; a subsidiar suas decisões sobre a mauteção ou iterrupção das ações. Nesse setido, a avaliação de políticas públicas cosiste em um istrumeto importate para a melhoria da eficiêcia: a) dos gastos públicos; b) da qualidade da gestão; c) do cotrole sobre a efetividade 2 da ação do Estado; e d) para a divulgação de resultados de govero. Pricipalmete, busca-se estabelecer uma mesuração objetiva dos resultados alcaçados. Avaliação possui aspectos qualitativos, costituido-se em um julgameto sobre o valor das iterveções estatais por parte dos gestores iteros, bem como por parte dos usuários ou beeficiários dos programas de políticas públicas. Portato, as decisões de aplicar recursos públicos em ação goverametais pressupõem a atribuição de valor e legitimidade aos seus objetivos. Dessa forma, a avaliação ecessariamete deve assegurar o cumprimeto das metas estabelecidas. Há um coseso etre os gestores goverametais de que os motivos para realizar estudos de avaliação de políticas e programas públicos estão relacioados à trasformação da Admiistração Pública em uma admiistração mais modera e eficiete. De acordo com Bresser-Pereira (1996): No lugar da velha admiistração pública burocrática, emergiu uma ova forma de admiistração a admiistração pública gerecial, que tomou emprestado do setor privado os imesos avaços práticos e teóricos ocorridos o século XX a admiistração de empresas, sem, cotudo perder sua característica específica: a de ser uma admiistração que ão está orietada para o lucro, mas para o atedimeto do iteresse público. (BRESSER-PEREIRA, 1996, p. 9) A implatação de uma avaliação da admiistração pública gerecial mostra sua eficiêcia e orieta o cidadão a visão dos gastos públicos, sua implemetação e seus resultados, em cotrapoto à admiistração burocrática, que se cocetra os processos, sem cosiderar a sociedade civil e as suas ecessidades. 2 Qualidade de efetivo. Atividade real; resultado verdadeiro. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

8 8 Dessa forma, os goveros têm demostrado bastate iteresse os estudos de avaliação, pois estes estão relacioados às questões de efetividade, eficiêcia, accoutability 3 e desempeho da Gestão Pública. Os estudos dessa atureza costituem-se em ferrametas para gestores, formuladores e implemetadores de programas e políticas públicas. Portato, as avaliações de políticas e programas permitem que gestores públicos tomem suas decisões com mais cohecimeto, maximizado o resultado do gasto público, idetificado êxitos e superado potos de estragulameto. Isso porque as avaliações oferecem subsídio ao processo de tomada de decisões durate a execução dos programas e das políticas, bem como forecem aos geretes e admiistradores públicos respostas sobre a diretrizes e a utilização dos gastos públicos, mostrado os resultados de sua implemetação à sociedade civil e ao Legislativo. Estudates, ão deixem de acessar os artigos dispoíveis os liks a seguir ou o acervo da disciplia. O primeiro, texto de Marta Ferreira Satos Farah, trata da relação etre admiistração pública e políticas públicas. O segudo, de José Eduardo Satos Vital, faz um levatameto histórico da temática da qualidade e um registro de estudos e propostas dirigidas às orgaizações empresariais e à admiistração pública. Termia aqui ossa primeira aula desta uidade. Itroduzimos coceitos que serão importates ao logo da disciplia. Cotiue os estudos desta disciplia e até breve! 3 Termo em iglês sem tradução atualmete que correspode à capacidade de imprimir ao agete público trasparêcia, cotrole e resposabilidade por suas ações e omissões. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

9 PLANEJAMENTO E DIRETRIZES PÚBLICAS UIA 3 9 Aula 14 ABORDAGENS RECENTES Caros(as) estudates, falaremos agora das abordages mais recetes em relação ao osso assuto de estudo. Cotiue os estudos desta disciplia e boa aula! ATORES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Sedo a Lei de Diretrizes Orçametárias (LDO) um istrumeto costitucioal de plaejameto operacioal, faz-se ecessário defiir quem são os atores das políticas públicas que direta ou idiretamete estão evolvidos o processo. Por determiação costitucioal, o govero é obrigado a ecamihar o projeto de Lei Orçametária Aual (LOA) ao Cogresso Nacioal até o dia 31 de agosto de cada ao (4 meses ates do ecerrameto da sessão legislativa). Acompaha o projeto, uma mesagem do presidete da República, a qual é feito um diagóstico sobre a situação ecoômica do país e suas perspectivas. Essa mesagem do presidete da República é de iteresse dos atores das políticas públicas, ou seja, dos grupos que itegram o sistema político, sejam eles os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, evolvedo todos os gestores públicos de cada poder (atores goverametais), bem como da sociedade civil em geral (atores privados ou ão goverametais), pois essa comuicação que estão traçadas as alocações de recurso que o govero pretede aplicar durate o ao. Quadro resumo a seguir mostra os atores goverametais e ão goverametais. Políticos Atores goverametais Desigados politicamete Servidores Públicos (decisores) Juízes Grupos de iteresses Partidos políticos Atores ãogoverametais Mídia e comuicação Destiatários de políticas públicas Orgaizações ão goverametais Outros orgaizamos de iteresses Quadro 1: atores goverametais e ão goverametais Fote: Secchi (2013) Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

10 10 Dessa forma, os atores (os grupos que itegram o sistema político), ates da elaboração da LOA, apresetam reividicações de ações, que serão trasformadas em políticas públicas. No processo de discussão, criação e execução das políticas públicas, ecotramos debates e propostas dos dois tipos de atores, os oriudos do govero ou do Estado e da sociedade civil. A costrução de políticas públicas ão é um processo abstrato e ão está idissociado aos atores públicos. Essa depede de uma estrutura a qual são elaboradas as diretrizes políticas. Assim, aalisar os atores as políticas públicas coduz ecessariamete a uma reflexão sobre a atuação dos mesmos o espaço público e a diâmica o ecamihameto de suas ações. Em realidade, as políticas públicas represetam a totalidade de ações, metas e plaos que os goveros federal, estadual ou muicipal traçam para alcaçar o bem-estar da sociedade e o iteresse público. Portato, os dirigetes públicos, que são os goverates ou os tomadores de decisões, selecioam suas prioridades coforme eles etedem as demadas ou expectativas da sociedade. Suas ações refletem o bem-estar que a sociedade está demadado; porém, ão custa lembrar que as prioridades são defiidas pelos atores goverametais, e ão pela sociedade diretamete. Devido à estrutura democrática a sociedade civil, ós, como cidadãos, coseguimos os expressar de forma itegral fazedo solicitações, pedidos ou demadas para ossos represetates, atores do poder legislativos (seadores, deputados e vereadores). Assim, podemos mobilizar também os membros do Poder Executivo, que também foram eleitos (presidete, goveradores e prefeitos), cuja fução é ateder as demadas da população. Os atores goverametais são aqueles que exercem fuções públicas o Estado, tedo sido eleitos pela sociedade para um cargo por tempo determiado (presidete, seadores deputados), ou atuam de forma permaete, como os servidores públicos (cargo por meritocracia 4, isto é, submeteram-se à avaliação feita, geralmete, cocurso público, ou foram sabatiados pelo Poder Legislativo). Para Secchi (2013), As políticas públicas, aaliticamete, moopólio de atores estatais. Segudo esta cocepção, o que determia se uma política é ou ão pública é a persoalidade jurídica do formulador. Em outras palavras, é política pública somete quado emaada de ator estatal. (SECCHI, 2013) 4 Predomíio, uma sociedade, orgaização, grupo, ocupação etc. daqueles que têm mais méritos (os mais trabalhadores, mais dedicados, mais bem dotados itelectualmete etc.). Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

11 11 O mesmo autor coceitua que algus atores e pesquisadores defedem a abordagem estatista, equato outros defedem abordages multicêtricas o que se refere ao protagoismo o estabelecimeto de políticas públicas (SECCHI, 2013, p. 2). Na cocepção da abordagem estatista, os atores ão estatais têm ifluêcia o processo de elaboração de políticas públicas, mas ão lhes cofere o privilégio de estabelecer e liderar o processo. Na cocepção da abordagem multicêtrica, o que importa ão é quem formula a política, que pode ser qualquer um, mas a origem do problema a ser efretada; essa é a sua caracterização fudametal. Assim, uma política recebe o adjetivo de pública se o problema que teta efretar é público. A abordagem multicêtrica cosidera as orgaizações privadas, orgaizações ão goverametais, orgaismos multilaterais, redes de políticas públicas (policy etworks 5 ), jutamete com atores estatais, protagoistas o estabelecimeto das políticas públicas (SECCHI, 2013, p. 2). As redes de políticas públicas (policy etworks) são compostas de atores públicos e privados que se sitam motivados para debater e agir em toro de temas de iteresse comum. Essas redes têm como características esseciais: auto-orgaização; iformalidade as iterações; iexistêcia de uma hierarquia formalizada; adesão volutária de seus membros; iteresses exteros ao grupo (ou seja cotrários aos grupos de pressão). Segudo a cocepção de Secchi (2013), o que determia se uma política é ou ão pública é a persoalidade jurídica do formulador. Em outras palavras, é política pública somete quado emaada de ator estatal. Ou seja, dos atores goverametais e, sobretudo, dos gestores públicos em decisões autorizadas ou sacioadas. A essêcia coceitual de políticas públicas é o problema público. Exatamete por isso, o que defie se uma política é ou ão pública é a sua iteção de respoder a um problema público, e ão se o tomador de decisão tem persoalidade jurídica estatal ou ão estatal. São os cotoros da defiição de um problema público que dão à política o adjetivo de pública. (SECCHI, 2013, p. 5) Rua (2009) efatiza a questão dos atores públicos. A dimesão pública de uma política, de forma geral, é dada pelo seu caráter jurídico imperativo. Dessa forma, as políticas públicas (policy) compreedem o cojuto das decisões e ações relativas à alocação imperativa de valores, evolvedo dos bes públicos. Vale lembrar que a dimesão pública deve se desevolver de forma que as ações e decisões privadas (atores ecoômicos), mesmo que esses teham iteresses públicos, ão se cofudam com as atividades políticas e, pricipalmete, com políticas públicas. 5 Implica que os participates em um processo coletivo de tomada de decisão estão frequetemete ligados de forma horizotal e vertical, ão existido hierarquia etre eles. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

12 PLANEJAMENTO E DIRETRIZES PÚBLICAS UIA REFLEXÕES ATUAIS SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS A atual reflexão sobre as políticas públicas diz apota para as características de sua ação itegrada. Esta qualidade está relacioada à itegração, ou seja, à proposição de ação ou política que visa itegrar em um grupo maior da sociedade civil. Nesse setido, podemos distiguir dois aspectos as proposições das políticas públicas. Existem políticas que são setoriais; como as de saúde, educação, habitação, trasporte, etc., e existem outras que são mais abragetes, como a lei do plao diretor participativo ou a lei do orçameto participativo etc. As políticas setoriais discutem questões específicas, como as citadas. No etato, as políticas, tais como o plao diretor participativo ou do orçameto participativo, do tipo abragetes, focam a repartição dos gastos públicos de forma específica e objetiva e priorizam a alocação das verbas públicas como um todo, primeiramete. As políticas públicas direcioadas são os programas, os projetos, as decisões e diretrizes estratégicas, as atividades goverametais que teham como foco a sociedade civil. Todos os processos são costruídos ao logo de várias fases, até se torarem uma política pública. A fase da cocepção de uma política pública evolve o embate de forças etre diferetes poderes existetes: o poder público (presidete, prefeitos e vereadores) e o poder ão goverametal (o poder social, grupos da sociedade civil orgaizada, como movimetos populares, associações de bairro, sidicatos, etc. e grupos de pressão). Esses poderes em sempre possuem os mesmos iteresses, embora, o plao democrático, todos possuam direitos recohecidos e respeitados pelos atores. No embate de forças que gera uma política pública, as partes buscam iflueciar as outras partes sobre a legitimidade de seus direitos e satisfação de seus iteresses. Os diversos iteresses e direitos geram coflitos etre os grupos. Assim, egociações e cosesos vão defiir o teor, a abragêcia, os limites e a justiça de uma determiada política pública. Refletido sobre essa cocepção, a itegração se dá à medida que todas as partes evolvidas teham a mesma força de imposição e egociação de seus iteresses e direitos com as outras partes. Dessa forma, as políticas públicas, os poderes político e ecoômico etram a discussão, trazedo como suporte a força de itegrarem a esfera estatal (poder político), o poder empresarial (poder ecoômico) e o poder social. Etretato, se as políticas públicas forem cocebidas com base em uma relação assimétrica etre os poderes, a qual um deles ão possui represetate ou é represetado apeas por um de seus atores sociais o que ocorre a maior parte das vezes, o resultado é um programa, projeto, estratégia, decisão ou diretriz que ão tem cosistêcia ou abragêcia. As políticas públicas fragmetadas, voltadas para a satisfação de iteresses de atores ecoômicos, são geradas esse cotexto da bargaha etre poder político e poder ecoômico. Uma política pública com diretriz é aquela que traz em seu bojo as respostas, oportuidades e soluções que ão visam os iteresses de atores específicos, Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

13 13 sejam eles do poder político, do poder ecoômico ou do poder social, mas que está voltada a uma realidade em que cosidera os direitos, ecessidades e iteresses de todos os atores evolvidos. Essa reflexão somete ocorre quado a sociedade civil se orgaiza e exige seus direitos o espaço público. O que dá à política pública a qualidade de atualidade são os seus processos de cocepção, diretriz e implemetação, que ecessitam ser pleamete democráticos e participativos por todos os seus atores, priorizado o poder da sociedade civil orgaizada. Essa é uma costrução que depede de muitos fatores para se cosumar e torar-se base para uma das reflexões atuais sobre políticas públicas. Acesse o lik a seguir ou o acervo da disciplia e leia este texto curto, porém objetivo, expodo de forma clara os atores e os papéis o processo de cosolidação de políticas públicas. O artigo a seguir, ititulado Política pública: discussão de coceitos, explora a questão dos atores de políticas públicas com uma abordagem multicêtrica. Acesse pelo lik a seguir ou o acervo da disciplia. E aí, muito coteúdo? Estamos ficado cada vez mais especialistas o assuto, com isso, cresce a quatidade e a qualidade daquilo que apredemos ao logo da disciplia. Cotiue estudado! Aula 15 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS Caros(as) estudates, esta aula, irão ser apresetados e discutidos as atuais elaborações de políticas públicas. Iremos, a pricípio, discorrer sobre o estilo gerecial e estilo regulatório e, pricipalmete, sobre o papel do marco regulatório e sobre sua elaboração e debate. Discutiremos também a implatação das agêcias reguladoras e, em seguida, a participação dos atores sociais a costrução de políticas públicas e sua iserção o processo de tomada de decisão ESTILO GERENCIAL E ESTILO REGULATÓRIO Algus aspectos precisam ser cosiderados o processo de formulação de gereciameto as políticas públicas o mometo em que a sociedade civil está cada vez mais cosciete de seus deveres e obrigação. Os cidadãos são, assim, chamados a participar dos problemas que atigem a população. Como exemplo, a carga tributária, os direitos sociais, os problemas de ifraestrutura e Dia 17 de juho de Mais de 100 mil maifestates se reuiram o cetro do Rio de Jaeiro. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

14 14 seguraça, etre outros, são problemas geralmete debatidos, defedidos ou criticados pela sociedade civil. As políticas públicas traduzem os problemas istitucioais e suas mediações etre iteresses e valores dos diversos setores da sociedade, que se defrotam em espaços públicos para egociar soluções para o cojuto da sociedade (políticas abragetes) ou determiados grupos sociais (políticas focadas). As políticas públicas estão diretamete ligadas ao modelo ecoômico. Afial, é esse modelo que costrói os fudos públicos para que estes assumam aspecto estratégico, podedo ser utilizados como referêcia e base para a defiição de outras políticas ou programas em determiadas áreas. Nessas opções estratégicas, devem ser levadas em cosideração as mudaças a reestruturação produtiva que a sociedade passa, pricipalmete com a icorporação de iovações tecológicas e os seus efeitos sobre o emprego, distribuição de reda e o agravameto das desigualdades sociais. Dessa maeira, o gestor de políticas públicas deve buscar costatemete alterativas que redirecioem as políticas ecoômicas e sociais para que estas ão sejam apeas compesatórias, mas que torem seus beeficiários em cidadãos ativos, cotribuido, através de ovas formas de iserção social, para o desevolvimeto da sociedade. Cotrariamete ao papel do aalista público, que somete atua para que as mudaças o coteúdo e a metodologia das políticas públicas favorecessem as elites políticas a composição do poder político. O papel do gestor atual é agir para que as mudaças mais substativas ocorram, visado obter coquistas sociais através da mobilização social e da ação coletiva, sobretudo, quado as políticas passam a ter um coteúdo de proposição, de debate público de alterativas e ão de mero favorecimeto de uma elite. Para isso, faz-se ecessário que as proposições sejam legitimadas por um amplo coseso e que teham mais abragêcia do que os iteresses corporativos ou setoriais. Nesse cotexto, o estilo gerecial a elaboração de políticas públicas reflete a realidade do atual processo social, em que a sociedade civil se ecotra articulada com as orgaizações represetativas os espaços públicos. Por isso, os gestores públicos passam a exercer um papel político amplo, de costruir alterativas os vários campos de atuação do Estado e de oferecê-las ao debate público, coparticipado, iclusive, a sua implemetação e gestão. Atualmete, detro de estilo gerecial a elaboração de políticas públicas, existe uma série de experiêcias que veem sedo desevolvidas por ONGs e orgaizações de base que podem servir de referêcia para a elaboração de propostas e alterativas de políticas públicas. A partir da Costituição de 1988, o gestor de políticas públicas, utilizado algus mecaismos de atureza admiistrativa, judicial ou parlametar, passa a exercer, juto ao Estado, um papel mais ativo e propositivo, iclusive de cotrole e avaliação de ações egociadas. Dessa forma, vários caais istitucioais devem ser utilizados pelo gestor público para ampliar o debate, desde os Coselhos de Gestão, até espaços autôomos, que evolvem áreas específicas de atuação, sejam elas ecoômicas ou sociais. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

15 MARCO REGULATÓRIO A sociedade brasileira, em diferetes mometos históricos, foi marcada por ideias domiates, doutrias e corretes que predomiaram. Nesse setido, um importate marco para o desevolvimeto ecoômico e para a diretriz da admiistração pública foi a origem das agêcias reguladoras. Aalisado do poto de vista teórico, o marco regulatório tem sua atuação por itermédio das agêcias reguladoras, que são istituídas para combater falhas de mercado, agido em atividades tais como: assegurar a competitividade de setores da ecoomia, dimiuir os custos de trasação ieretes à provisão de bes públicos, reduzir assimetrias de iformação 6 etre agetes ecoômicos e combater as exteralidades egativas 7 advidas das iterações ecoômicas. Uma agêcia reguladora, busca, efim, uiversalizar serviços e promover os iteresses dos cosumidores. Coforme colocado por Perez (1998): A fução básica das Agêcias Reguladoras o Brasil é a iterveção do Estado o domíio ecoômico ou a promoção do desevolvimeto ecoômico, objetivo típico do estado de bem-estar, isto sob o poto de vista do fortalecimeto da competição o setor privado da Ecoomia e da criação de procedimetos de cotrole racioal e cristalio. (PEREZ, 1998, p. 126) De acordo com Melo (2002), o marco regulatório foi estabelecido pelas agêcias reguladoras que devem atuar sobre setores vitais da ecoomia, assumido diferetes estatutos jurídicos, desde sua subordiação à admiistração pública direta até sua existêcia como órgão idepedete. No Brasil, o modelo de regulação por agêcias foi posto em prática em meados dos aos 1990, pricipalmete pela istituição de três agecias: 1. a Agêcia Nacioal de Eergia Elétrica (Aeel); 2. a Agêcia Nacioal de Telecomuicações (Aatel); e 3. a Agêcia Nacioal do Petróleo (ANP). Seguido os exemplos dessas três primeiras, outras sete agêcias federais e 23 agêcias estaduais foram implemetadas posteriormete. A questão atual do debate sobre regulação o Brasil diz respeito ao próprio caráter iovador das agêcias. Discute-se até que poto elas costituem um ovo formato istitucioal e gerecial de atuação regulatória 6 É um feômeo que ocorre quado dois ou mais agetes ecoômicos estabelecem etre si uma trasação ecoômica com uma das partes evolvidas detedo por tal meio iformações qualitativa e/ou quatitativamete superiores aos da outra parte. Essa assimetria gera o que se defie a microecoomia como falhas de mercado. 7 Exteralidades egativas e positivas: São os efeitos laterais de uma decisão sobre aqueles que ão participaram dela. Existe uma exteralidade quado há cosequêcias para terceiros que ão são tomadas em cota por quem toma a decisão. Geralmete, refere-se à produção ou cosumo de bes ou serviços sobre terceiros, que ão estão diretamete evolvidos com a atividade. Ela pode ter atureza egativa, quado gera custos para os demais agetes (poluição atmosférica, de recursos hídricos, poluição soora, siistralidade rodoviária, cogestioameto, etc.), ou atureza positiva, quado os demais agetes, ivolutariamete, se beeficiam, (por exemplo, ivestimetos privados em ifraestrutura e tecologia, ou ivestigação). Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

16 16 do Estado a ecoomia, verificado-se até que poto elas são realmete dotadas de idepedêcia e dos mecaismos de cotrole adequados ao exercício da regulação em seus respectivos setores. Nessa primeira fase, a elaboração das ovas agêcias reguladoras tive suas diretrizes expressas o Plao Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), publicado em ovembro de Foi diagosticado o PDRAE que o problema do Estado brasileiro estava atrelado à crise fiscal, decorrete da crescete perda de crédito estatal, o esgotameto da estratégia estatizate de iterveção do Estado e a forma de admiistração estatal, caracterizada pela admiistração político-burocrática. (BRESSER-PEREIRA, 1995). Coforme Costa (2002), para combater esses problemas, o govero declarou a ecessidade de redefiir o papel do Estado a ecoomia e estabelecer um ovo padrão de relação Estado-sociedade o Brasil, apresetado duas propostas iter-relacioadas a serem viabilizadas através da criação de agêcias autôomas e orgaizações sociais, ou seja: a. a privatização de empresas públicas; e b. a alteração os padrões de gestão da admiistração pública e de regulação das atividades ecoômicas. Para Bresser-Pereira (1996), o ovo modelo de admiistração pública deveria se assetar os seguites pricípios: descetralização do poto de vista político, trasferido recursos e atribuições para os íveis políticos regioais e locais; descetralização admiistrativa, através da delegação de autoridade para os admiistradores públicos trasformados em geretes crescetemete autôomos; orgaizações com poucos íveis hierárquicos ao ivés de piramidal; pressupostos da cofiaça limitada e ão da descofiaça total; cotrole por resultados, a posteriori, ao ivés do cotrole rígido, passo a passo, dos processos admiistrativos; e admiistração pública voltada para o atedimeto do cidadão (BRESSER-PEREIRA, 1996). No eteder de Nues (1998), o etato, a despeito de toda teorização e diretrizes sobre a reforma do Estado, pricipalmete proposta pelo etão miistro Luiz Carlos Bresser-Pereira, ão existiram defiições claras sobre o formato istitucioal e orgaizacioal das agêcias idealizadas para fiscalizar e regular os serviços públicos que seriam privatizados. Foi por meio do Coselho de Reforma do Estado (CRE) que se recomedou os seguites pricípios para a costrução do marco legal dos ovos etes reguladores: Foi miistro da Fazeda do Brasil, de 29 de abril de 1987 a 21 de dezembro do mesmo ao, durate o govero José Sarey. autoomia e idepedêcia decisória; ampla publicidade de ormas, procedimetos e ações; celeridade processual e simplificação das relações etre cosumidores e ivestidores; participação de todas as partes iteressadas o processo de elaboração de ormas regulametares em audiêcias públicas; e Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

17 17 limitação da iterveção estatal a prestação de serviços públicos, aos íveis idispesáveis à sua execução (CRE, 1997). Dessa forma, o CRE recomedava que os etes reguladores deveriam promover a competitividade dos seus respectivos mercados, além de garatir o direito de cosumidores e usuários dos serviços públicos, estimular o ivestimeto privado, buscar qualidade e seguraça dos serviços a meores custos possíveis para os usuários, assegurar a remueração adequada dos ivestimetos realizados as empresas prestadoras de serviço, dirimir coflitos etre cosumidores e empresas prestadoras de serviço e preveir abusos de poder ecoômico por agetes prestadores de serviços públicos. Portato, a criação das agêcias reguladoras o Brasil promoveu uma atuação de diretrizes de políticas públicas por meio de um regime regulatório amplo, que desse setido à ova istâcia regulatória. Isso para que essas políticas cotiuassem com eficácia em suas atividades para o aperfeiçoameto dos setores regulados, cotribuido para o bem da sociedade e protegedo o iteresse público. Visto que é um istituto em desevolvimeto, somete com o passar do tempo e com sua utilização é que poderão ser feitas aálises mais apuradas da cotribuição das agêcias reguladoras PARTICIPAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS As políticas públicas são um processo diâmico, com egociações, pressões, mobilizações, aliaças ou coalizões de iteresses. Dessa forma, compreede a formação de uma ageda que pode refletir ou ão os iteresses dos setores majoritários da população, a depeder do grau de mobilização da sociedade civil para se cocretizar o grau de istitucioalização de mecaismos que viabilizem sua participação mais ampla da população. A participação a costrução de políticas públicas se tora complexa devido à fragmetação das orgaizações, apesar de algumas iiciativas de articulação em algus setores. Algus elemetos de coteúdo e de processo a estruturação das políticas públicas já estão claros, tais como: sustetabilidade, democratização, eficácia, trasparêcia, participação, qualidade de vida. Porém, há a ecessidade de se estabelecer parâmetros objetivos que possam ortear a elaboração, implemetação e avaliação da diretriz de políticas públicas, tais como: a. Elaboração e formulação de um diagóstico participativo e estratégico com os pricipais atores evolvidos, o qual se possam idetificar os obstáculos ao desevolvimeto, fatores restritivos, oportuidades e potecialidades; egociação etre os diferetes atores. b. Debate público e mobilização da sociedade civil em toro das alterativas evolvedo os atores e a utilização dos recursos e estratégias de implemetação, croogramas, parâmetros de avaliação. c. Detalhameto de modelos e projetos, estabelecedo diretrizes e estratégias; idetificação das fotes de recursos; orçameto; mobilização dos meios dispoíveis e a provideciar; mapeameto de possíveis parcerias, para a implemetação. d. Na execução, publicização 8, mobilização e defiição de papéis dos atores, suas resposabilidades e atribuições, acioameto dos istrumetos e meios de articulação. e. Na avaliação, acompahameto do processo e resultados coforme idicadores; redefiição das ações e projetos. 8 Movimeto itrodutor de um ovo modelo de admiistração pública com base em aliaças estratégicas etre o Estado e a sociedade. Publicização é a trasferêcia da gestão de serviços e atividades, ão exclusivas do Estado, para o setor público ão estatal, assegurado o caráter público à etidade de direito privado, bem como autoomia admiistrativa e fiaceira. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

18 18 A ova cocepção do Estado admite que este seja uma etidade com poder de regular e discipliar os membros da sociedade, com o objetivo de garatir a sobrevivêcia e o bem-estar de seus cidadãos. Porém, o Estado ão pode ser reduzido à burocracia pública, aos orgaismos estatais que cocebem e implemetam as políticas públicas. As políticas públicas devem ser compreedidas como de resposabilidade do Estado quato à implemetação e mauteção a partir de um processo de tomada de decisões que evolvem órgãos públicos e diferetes orgaismos e agetes da sociedade relacioados à política implemetada. Nesse setido, políticas públicas ão podem ser reduzidas a políticas estatais. Portato, políticas públicas devem ser etedidas como diretrizes e pricípios orteadores de ação do poder público; regras e procedimetos para as relações etre poder público e sociedade, mediações etre atores da sociedade e do Estado. Essas são, dessa forma, políticas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documetos formalizadas (em leis, programas, e diretrizes) que orietam ações que ormalmete evolvem aplicações de recursos públicos. Nesse setido, as políticas públicas buscam traduzir, o seu processo de elaboração e implatação e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, evolvedo a distribuição de poder, ou seja, reafirmado o papel do coflito social os processos de decisão, a repartição de custos e beefícios sociais, visto que o poder é uma relação social que evolve vários atores, com projetos e iteresses difereciados ou até cotraditórios. Todavia existe uma ecessidade de mediações sociais e istitucioais para que se possa obter um míimo de coseso e, portato, as políticas públicas exerçam sua legitimidade com a fialidade de obter eficácia. Dessa forma, ao se elaborar políticas públicas, deve-se defiir quem decide o que, quado e quais os grupos sociais que serão beeficiados diretamete. São defiições relacioadas com a atureza do regime político vigete em um determiado mometo, levado-se em cosideração o grau de orgaização da sociedade civil e com a cultura política vigete. Portato, cumpre distiguir políticas públicas de políticas goverametais. Nem sempre políticas goverametais são públicas, embora sejam estatais. Para serem públicas, é preciso cosiderar a quem se destiam, ou seja, os grupos sociais e os resultados ou beefícios cocretos para esse grupo, devedo o processo de elaboração ser submetido ao debate público. Diferete do que acotecia o passado recete, atualmete, ota-se a preseça cada vez mais ativa da sociedade civil as questões de iteresse geral, cotudo é fudametal que existam mais caais de publicização para que as mesmas sejam etedidas pela maioria da população, visto que, a realidade, qualquer ação de política pública implica o tratameto de recursos públicos, diretamete ou através de reúcia fiscal (iseções), ou de cobraça de impostos que evolvem iteresses públicos. Elas se realizam um campo extremamete cotraditório, em que se etrecruzam iteresses e visões de mudo coflitates e ode os limites etre público e privado são de difícil demarcação. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

19 19 Daí a ecessidade do debate público, da trasparêcia, da sua elaboração em espaços públicos, e ão os gabietes goverametais. Portato, as políticas públicas visam respoder a demadas, pricipalmete dos setores ou de grupos mais fragilizados da sociedade, codições que legitimam a iterveção em grupos vuleráveis e sob pressão o mometo. São demadas iflueciadas por uma ageda que se cria a sociedade civil através da pressão e mobilização social e, ecessariamete, devem ser aalisadas e iterpretadas pelos gestores públicos e trasmitidas para aqueles que ocupam o poder de voto e de veto a esfera democrática. Cotudo, a atuação do gestor público visa ampliar e efetivar direitos de cidadaia, gereciado as lutas sociais para estas que se torem recohecidas istitucioalmete. As políticas propostas pelos gestores públicos devem promover o desevolvimeto, criado alterativas de geração de emprego e reda como forma compesatória dos ajustes criados por outras políticas de cuho mais estratégico e restrito, que visam, por exemplo, o lado ecoômico dos problemas apresetados pela sociedade. Outra cotribuição importate do gestor público essa questão é a ecessidade de regular os coflitos etre os diversos atores sociais que, mesmo hegemôicos, têm cotradições de iteresses que ão se resolvem por si mesmas, em pela atuação do mercado e ecessitam de mediação efetiva que ão vejam trazer problemas futuros. As costates atuações de aálise de proposta dos gestores públicos objetivam permitir que as políticas apresetem-se como uma referêcia e sejam valorizadas e ão exprimem somete as opções e visões de mudo daqueles que cotrolam o poder, aida que, para sua legitimação, ecessitem cotemplar certos iteresses de segmetos sociais domiados, visado, assim, apresetar propostas objetivado a capacidade de orgaização e egociação etre vários segmetos da sociedade civil. Acesse pelo lik a seguir ou o acervo da disciplia o artigo ititulado Aálise Comparativa do Deseho Normativo de Istituições Reguladoras do Presete e do Passado, publicado a Revista Brasileira de Admiistração Pública. Neste outro artigo, também acessível pelo lik a seguir ou o acervo da disciplia, teremos uma aálise de experiêcias latio-americaas e europeias a participação social e a gestão de políticas públicas locais. Termiamos aqui mais uma de ossas aulas desta Uidade de Iteração e Apredizagem (UIA). Na aula seguite, falaremos sobre como fazer a aálise de políticas públicas. Até lá! Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

20 20 Aula 16 ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS Prezados(as) estudates, esta aula, serão apresetados os coceitos de atores de políticas públicas, visto que os mesmos devem saber sobre as restrições de suas atuações, porém gahado espaço a cea política. Iremos também apresetar a aálise istitucioal de políticas públicas, que efatizar a importâcia de elemetos ecoômicos, sociais e políticos o estudo de políticas sociais e orgaizacioais o trato das coisas públicas O ANALISTA E ATORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS De acordo com Secchi (2013), é crescete a demada por profissioais capacitados para atuarem com gestores de políticas públicas, os quais devem apresetar os seguites perfis: Capacidade aalítica refiada para eteder feômeos político-admiistrativos. Criatividade, a fim de ecotrar soluções para problemas públicos que sejam tecicamete eficietes e mete viáveis. Cohecimeto legal-istitucioal. Habilidade de previsão e de atecipação para vislumbrar possíveis efeitos das políticas públicas sobre comportametos idividuais e coletivos. Agregados a esse perfil, faz-se ecessário que o profissioal de políticas públicas teha cohecimetos sobre restrições legais e fiaceiras para a ação pública. Dessa forma, o aalista de políticas públicas deve ser capaz de eteder o que ocasioou o surgimeto de um problema público e gahar espaço o meio da comuidade. Além disso, o aalista deve propor soluções e alterativas para mitigar ou extiguir o problema, quado for o caso, e executar uma reflexão para apresetar propostas de soluções para problemas aida ão desevolvidas e quais os obstáculos devem ser superados. Com base o seu cohecimeto legalistitucioal, deve verificar a possibilidade de as medidas propostas trazerem resultados satisfatórios e, em um segudo mometo, avaliar o impacto de suas propostas. Dessa forma, o gestor de políticas públicas deve, além de eteder as restrições que o sistema possa impor o processo de execução de políticas públicas, deve também estar à altura de vislumbrar ovas possibilidades que orietem a ação política admiistrativa. Nesse cotexto, podemos eteder a política (politics) como um processo que compreede a operação de vários mecaismos e procedimetos destiados a propor soluções de coflitos quato à alocação de bes e recursos públicos. Para tato, o gestor público deve ter clarezas de quem são os evolvidos o processo, caracterizado os evolvidos que terão iteresses afetados, positiva ou egativamete, pelas decisões e ações. Os atores políticos são iúmeros e variam coforme o tipo de política pública evolvida. Dessa forma, cada ator político procurará apresetar suas lógicas próprias de comportameto, iteresses próprios e recursos de poder. Secchi (2013) chega a referir-se a esses atores políticos como stakeholders. O termo desiga os portadores de um iteresse que está a poto de ser decidido de forma defiitiva, e que pode perder ou gahar, a depeder de qual decisão seja tomada. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

21 21 No estudo dos atores as políticas públicas, é preciso distiguir etre atores públicos e atores privados. Os atores públicos são aqueles que exercem fuções públicas, as quais propostas de ações são regidas por suas fuções e mobilizam os recursos públicos a elas associados. Etre os atores públicos, por seu turo, podem-se difereciar, grosso modo, duas categorias: os políticos e os gestores. Os políticos, tipicamete, são lideraças que ocupam posições a estrutura orgaizacioal dos seus partidos ou são políticos que ficaram provisoriamete sem madato; dessa forma, em todos os cargos públicos são preechidos mediate competição eleitoral. Os gestores são especialistas e profissioais com cohecimeto específicos dos bes públicos (res publica) e, como tais, ocupam suas fuções por meritocracia, e sua carreira está sujeita à resposabilização técica e ética. Outro ator político que atualmete vem exercedo maior pressão o que diz respeito às políticas publicas são os cidadãos orgaizados, sejam em sidicados, grupos de pressão ou as redes sociais. Todos esses atores são deomiados a literatura por stakeholder. A ação do stakeholder ormalmete adota uma perspectiva de complexidade do ambiete, propodo somar a visão ecoômica dos recursos à visão ecoômica de mercado, ao mesmo tempo em que icorpora uma visão sociológica e política da sociedade o sistema maior em que a empresa está situada para as tomadas de decisão. Os stakeholders buscam trazer para as suas propostas uma abordagem com destaque para as teorias de éticas e de resposabilidade social, portato, as propostas apresetadas pelos stakeholders icorporam, a admiistração pública, uma ampla costelação de iteresses de idivíduos e grupos. Esses iteresses afetam ou podem ser afetados pela atividade propostas pela política pública, dessa forma, os stakeholders legitimamete procuram iflueciar os processos de decisão, com o objetivo de obter beefícios para os iteresses que defedem ou represetam. De uma forma geral, as políticas públicas, ão se costuma descrever os atores políticos em termos gerais e abstratos, haja vista esses atores estarem comumete viculados a uma determiada área de políticas públicas, a uma questão de políticas públicas ou a uma política pública em si. Portato, os atores públicos operam em todo o processo da política pública, guiados por seus iteresses e valores, idepedete de que quais sejam. A meção a atores políticos abarca desde tomadores de decisão até beeficiários e ão beeficiários, fiaciadores, implemetadores e forecedores que participam direta ou idiretamete da política pública. De acordo com Piho (2011), os pricipais atores de uma forma bastate ampla, a qual se cofude a codição de ator com a de lócus istitucioal, icluido até acordos, para obter parte do orçameto ou privilégios istitucioais podem ser: Poder Executivo: tido como o pricipal lócus de formulação e gestão de políticas públicas, a poto de ser cosiderado por algus como o úico. Poder Legislativo: seadores, deputados e vereadores, além de coselheiros dos tribuais de cotas, têm importâcia fudametal a aálise, legitimação e fiscalização de políticas públicas. Poder Judiciário: decisões de juízes das diferetes istâcias podem alterar por completo uma política pública estabelecida (educação, saúde, etc.). Outras esferas de govero: estadual e muicipal. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

22 22 Orgaizações da sociedade civil: ONGs, etidades de classe, sidicatos, associações, grupos de iteresse etc. iflueciam a formulação e fiscalização. Orgaismos e acordos iteracioais. Cotudo, o aalista ou gestor de políticas públicas, que também é um ator detro do processo, deve ser capaz de idetificar todos os atores evolvidos, suas demadas e seus iteresses. Essa classificação de atores serve para agregar aqueles com características específicas e comus e distigui-los de outros com características diferetes, ou seja, os atores goverametais e os ãos goverametais (como explicamos a Aula 14). Todos esses atores exercem e sofrem pressão de acordo com o seus iteresses. Mas, idepedetemete da posição de cada um, cabe ao gestor público eteder o porquê da demada e a quem esta irá beeficiar. Com isso, pode-se apresetar uma proposta que seja útil a maior parte da população, visado o desevolvimeto e o crescimeto ecoômico e social do país ANÁLISE INSTITUCIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS Assumir uma perspectiva de aálise istitucioal de políticas públicas represeta efatizar a importâcia de elemetos ecoômicos, sociais e políticos o estudo de políticas sociais e orgaizacioais. Desse modo, ressaltase a relevâcia das orgaizações e dos atores sociais como agetes de mudaças istitucioais. Os agetes da mudaça são os atores sociais, que respodem aos icetivos icorporados o modelo istitucioal. Essas cotribuições da perspectiva istitucioal são recetes os estudos da admiistração pública e das orgaizações. Apesar disso, já foram registrados cotribuições da Ecoomia, da Ciêcia Política e da Sociologia, que etederam as orgaizações como uma expressão estrutural da ação racioal, que, ao logo do tempo, estão sujeitas às pressões do ambiete social e se trasformam em sistemas políticos admiistrativos. A abordagem istitucioal é apotada como tetativa de cotestar e se cotrapor ao modelo racioalista fucioalista e seu foco está mirado as exigêcias técicas dos processos gereciais e produtivos, estado ateta ao exame dos elemetos de redes relacioais (atores de políticas públicas) e de sistemas culturais que modelam e sustetam a estrutura e a ação das orgaizações admiistrativas. Passados mais de duas décadas, a teoria istitucioal tem desafiado a domiate iterpretação fucioalista das orgaizações do Estado e tem se torado uma das mais criativas e promissores o cotexto das Ciêcias Políticas, emergida de um poderoso paradigma, que tem os levado a uma ova compreesão da fução dos sigificados a produção e reprodução de práticas sociais, ão somete a aálise orgaizacioal, mas o estudo das políticas públicas. Portato, a aálise de processos de mudaça o campo da admiistração pública pode se beeficiar da iclusão do tema da legitimidade, que, de acordo com Oliveira e Misoczky (2004), trata-se de uma percepção ou suposição geeralizada de que as ações de uma etidade são desejáveis, próprias ou apropriadas detro de algum sistema de ormas, valores, creças e defiições socialmete costruídas. Com relação à estabilidade e permaêcia dessas mudaças, a tradição da aálise das políticas públicas aida segue, predomiatemete, abordages racioalistas, descosiderado a dimesão simbólica, elemetos ambietais, aspectos culturais e cogitivos, valores compartilhados o ambiete gerecial. A Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

23 23 iclusão desses aspectos permitiria superar a limitação da aálise a dimesões istrumetais e operacioais, propiciado uma visão mais ampla do processo admiistrativo de políticas públicas. Para Medoça e Adrade (2003), a perspectiva istitucioalista em orgaizações camihou para uma abordagem mais abragete que, recohecedo a cetralidade dos processos cogitivos, também efatiza a importâcia dos padrões socialmete costruídos, que adquirem caráter objetivado em amplos sistemas sociais e podem passar a exercer certa força coercitiva ou de homogeeização sobre as orgaizações. Dessa maeira, a aálise istitucioal surgiu destacado o papel das ormas e dos elemetos do amplo cotexto istitucioal, como a atuação de profissioais e a ação do Estado a costrução de estruturas e processos orgaizacioais em políticas públicas. Assim, mudaças istitucioais as orgaizações públicas podem produzir ovos atores ou estratégias, cujos iteresses e realizações subvertem o sistema a qual a eficácia daqueles atores e estratégias repousava. Os coflitos os processos de mudaça istitucioal aparecem quado regras formais das orgaizações ão estão alihadas com os iteresses da coletividade. Já quado regras formais das orgaizações refletem os iteresses da coletividade, a orgaização tora-se mais também cosistete em relação às ormas iformais, que surgiram a orgaização para promover e defeder iteresses legitimados. Em resumo, as mudaças istitucioais, é preciso ter a cogruêcia a iteração etre as ormas formais e iformais detro das orgaizações públicas. As redes de políticas públicas também podem ser compreedidas como aálise istitucioal de políticas públicas, pois essas redes se cofiguram como elemeto essecial, em uma perspectiva de políticas. Mesmo com a diâmica das redes de políticas públicas, elas se desevolvem em etapas ão lieares do processo, embora teham iício e fim claramete defiidos. Porém, do poto de vista istitucioal, as políticas públicas estão se defiido e se redefiido de forma cotíua, por itermédio do processo de retroalimetação e em fução de mudaças o cotexto em que se deserola a ação e pelas iterveções dos atores sociais. Portato, é um processo complexo, com limites icertos e caracterizados pela itercoexão existete etre os itervetores da rede. O processo de elaboração de políticas públicas se explica ão somete a partir da mobilização de grupos sociais, mas também a partir da forma em que se istitucioalizam as relações e a rede de poder etre seus atores. Dessa forma, o processo de elaboração de políticas públicas é compreedido como um sistema istitucioal o qual atuam os atores políticos e as orgaizações para a cosecução de um objetivo comum, que coverge em uma perspectiva comum a todos. Leia agora, pelos liks a seguir ou o acervo da disciplia, os seguites textos: Parcerias, ovos arrajos istitucioais e políticas públicas o ível local de govero e Mudaça istitucioal o setor público: uma abordagem alterativa Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

24 24 Aula 17 PRINCÍPIOS DE TRANSPARÊNCIA GOVERNAMENTAL Prezados(as) aluos, esta aula, iremos apresetar o coceito de accoutability como pricípio de gestão as políticas públicas e os ovos istrumetos de trasparêcia goverametal. Iremos discorrer sobre a questão do federalismo fiscal brasileiro, que está itimamete atrelado à eficiêcia do setor público. Acesse o Ambiete Virtual de Apredizagem (AVA) da disciplia e assista à videoaula NOVOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS Atualmete, a Nova Gestão Pública traz um ovo foco o trato das coisas públicas (res publica), voltado à admiistração gerecial, utilizado istrumeto que mapeiam os resultados alcaçados. Dessa forma, surge a ecessidade de uma gestão voltada à boa goveraça, visto que ão basta somete admiistrar de acordo com a lei. Faz-se ecessário que se alcace o melhor resultado com o míimo de gasto possível. O ovo modelo gerecial proposto está cetrado a maior eficiêcia, eficácia e ecoomicidade possível. De acordo com Meirelles (2003), a gestão da admiistração pública é todo o aparelhameto do Estado ordeado à realização de seus serviços, visado à satisfação das ecessidades coletivas. Nessa cocepção, o fim a ser alcaçado pela admiistração pública será sempre satisfazer as ecessidades da coletividade, cotribuido, assim, para a busca do bem-estar e o alcace da cidadaia de todos, idepedetemete da classe social. A satisfação das ecessidades coletivas está precoizada o iciso II do Art. 1º da Costituição Federal, que coloca todo poder emaa do povo, que o exerce por meio de represetates eleitos ou diretamete (BRASIL, 1988). Portato, cabe ao govero, por meio dos represetates escolhidos pela sociedade, represetar cada cidadão. O govero, etão, o exercerá seu poder por meio de uma admiistração pública por itermédio dos gestores públicos. Tedo em cota esse pricípio costitucioal, atualmete, verifica-se que a sociedade civil ão aceita mais a rotieira deúcia de desvios e fatos de corrupção por parte dos atores políticos. Faz-se ecessário, portato, a cosolidação do cotrole social como premissa básica da democracia, bem como uma eficaz trasparêcia a gestão pública. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

25 25 Coforme colocado por Platt Neto et al. (2007), é extremamete ecessário que, a gestão pública, haja mais trasparêcia das cotas dos etes públicos. Esse pricípio deve ser exercido pelo gestor público, que apresetará suas atividades de forma clara para a sociedade em geral. Para Medeiros (2008, p. 52), accoutability abarca as ideias de trasparêcia a codução das ações, efetiva prestação de cotas a utilização dos recursos públicos e resposabilização dos gestores públicos, tato por suas ações como omissões. Portato, com o adveto do Estado democrático de direito, o respeito à cidadaia passou aos poucos a se cosolidar ovamete em osso país. E a forma gerecial da admiistração pública passou de um Estado burocrático para um gerecial, com agetes mais profissioais e atuado com mais trasparete. Corbari (2004, p. 102) afirma que há ecessidade de o gestor ter em mete que trasparêcia pressupõe comuicação eficaz que, por sua vez, pressupõe liguagem adequada e viabilidade de acesso à iformação. O coceito de trasparêcia vai além da publicidade dos atos praticados, pressupodo também a compreesibilidade das iformações, dispoibilizadas forecidas pelos gestores públicos, que as utilizam para a tomada de decisões. De acordo com Platt Neto et al. (2007, p. 75), o Brasil, a trasparêcia é cosiderada um pricípio da gestão fiscal resposável que deriva do pricípio costitucioal da publicidade. Para Pereira (2002), houve mudaças a gestão pública que se basearam em pricípios da admiistração gerecial, como orgaização, plaejameto, comado e cotrole. O autor ressalta que a implatação do modelo gerecial, há muito adotado a admiistração privada, passa a fazer parte da ação estatal, que passou a utilizar uma postura de adoção de serviços voltados estritamete aos aseios do cidadão, levado em cosideração mais trasparêcia e um código de ética os egócios públicos, tedo como propósitos o aumeto da eficácia, eficiêcia e efetividade da admiistração pública. Os ovos istrumetos de políticas públicas visavam, a pricípio, a trasparêcia das cotas públicas. O Tribual de Cotas da Uião (TCU), em 16 de dezembro de 1998, por meio da Lei º 9.755, cria o site Cotas Públicas a iteret, buscado a divulgação dos dados e iformações goverametais. Seguido o pricípio de trasparêcia e orietado a utilização desse istrumeto de políticas públicas, o TCU editou a Istrução Normativa º 28, de 5 de maio de 1999, e a Portaria º 275, de 14 de dezembro de 2000, com o ituito de orietar os órgãos abragidos pela referida lei. De acordo com a Lei º 4.320/1964, que regula a cotabilidade pública brasileira, a cotabilidade evideciará perate a Fazeda Pública a situação de todos quatos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, admiistrem ou guardem bes a ela pertecetes ou cofiados (BRASIL, 1964). Portato, a cotabilidade pública deve ser utilizada como um importate papel frete à sociedade, sedo que a demostração exata dos atos e fatos atietes à gestão pública deve ser evideciada de forma precisa, clara e acessível para todos os cidadãos. Dessa forma, para Kohama (2006), a cotabilidade pública ão pode ser vista apeas como destiada ao mero registro e à escrituração cotábil, mas pricipalmete à observação da legalidade dos atos da execução orçametária, por meio do cotrole e do acompahameto, como é prévio em lei, cocomitate e subsequete. Portato, há a ecessidade da utilização de ovos istrumetos de gestão pública, como exposto ateriormete, ressaltado a trasparêcia das cotas goverametais. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

26 O FEDERALISMO FISCAL BRASILEIRO O modelo federativo brasileiro pressupõe a fragmetação do poder político em diferetes íveis de govero. O poder cetral, apesar de desempehar fuções com exclusividade, ão é hierarquicamete superior aos demais. A Costituição é que ue os etes federados e lhes atribui competêcias e cofere a cada um a autoomia suficiete para o exercício de suas resposabilidades. O pacto federativo brasileiro está disposto a distribuição das competêcias político-admiistrativas da Costituição Federal, sedo que a orgaização político-admiistrativa da República Federativa do Brasil compreede a Uião, os estados, o Distrito Federal e os muicípios, todos autôomos, os termos da Costituição. Os bes que pertecem à Uião e aos estados estão especificados a Costituição, sedo bes públicos e, portato, impehoráveis (CONTI, 2004). Vale salietar que as competêcias admiistrativas de cada ete federado estão dispostas a Costituição, sabedo-se que a admiistração pública direta e idireta, de qualquer dos Poderes da Uião, dos estados, do Distrito Federal e dos muicípios deverá obedecer aos pricípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiêcia. Nesse setido, a Federação é orietada pelos pricípios de solidariedade e de subsidiariedade. O federalismo é, portato uma cocepção geérica que se cocretiza através das figuras típicas da cofederação e da federação de Estados. O Federalismo exprime os ideais políticos de uidade em toro de valores compartilhados e a pluralidade em face das especificidades de seus itegrates. O federalismo represeta uma ideia de força da uião de Estados para a criação de diversas istâcias de poder e de serviços públicos para tutela da vida do cidadão, garatido sua liberdade, igualdade e lhe assegurado seguraça. Ou seja, assegurado os direitos fudametais. Com isso, fica defiido um pressuposto da oção de Estado, que costituí os atributos da existêcia e digidade da pessoa humaa (GOLDBERG, 2004). Podemos, etão, defiir o federalismo fiscal brasileiro como o cojuto de providêcias costitucioais, legais e admiistrativas orietadas ao fiaciameto dos diversos etes federados, seus órgãos, serviços e políticas públicas tedetes à satisfação das ecessidades públicas as respectivas esferas de competêcia. Portato, o federalismo fiscal pode ser compreedido como uma técica que visa garatir o melhor atedimeto ao bem comum da população. Trata-se de um istrumeto de ordeação das fiaças públicas, de modo a esejar a realização do federalismo político. Dessa forma, o federalismo fiscal trata das competêcias tributárias detro do território acioal, e, portato, das regras que regem o desevolvimeto ecoômico das regiões. Copyright 2015 Cetro Uiversitário IESB. Todos os direitos reservados.

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