Patologias mais frequentes e as Técnicas de Reabilitação de Edifícios

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2 Projecto FEUP Patologias mais frequentes e as Técnicas de Reabilitação de Edifícios Porto, 15 de Outubro de 2009 Abílio Freitas ec09048 João Reis ec09061 João Matoso ec09109 João Silva ec09096 Manuel Castro ec09067 Mariana Dinis ec

3 Palavras-Chave Reabilitação, reconstrução, ampliação, alteração, patologia, eflorescência, edifício, fogos. Agradecimentos A preparação deste relatório envolveu várias horas de pesquisa e trabalho, bem como de respectivos conselhos e correcções por parte de alguns intervenientes externos. Agradecemos o tempo despendido por eles para assimilar conhecimentos e organizar a linha de raciocínio que nos dirigiu para a concretização deste mesmo. Desenvolvemos pensamentos lógicos, aprendendo um pouco com cada um deles, o que será importante mais tarde. Gostaríamos então de agradecer ao monitor Diogo Guimarães que nos motivou e incentivou a trabalhar, sendo uma grande ajuda para que o trabalho avançasse assim como à nossa supervisora, a engenheira Ana Vaz Sá. Fomos um grupo sólido, unido e responsável, que discutiu e debateu os assuntos entre si para chegar a um consenso do que seria melhor para o relatório e, deste modo, repartimos igualmente os louvores por cada elemento. 3

4 Índice Patologias e Reabilitação de Edifícios 1.Introdução Reabilitação de Edifícios Introdução Reabilitação ao longo dos tempos registo e tratamento de dados Patologias Patologias frequentes Destacamentos ou Descolamentos Humidade Fissuras 25 5.Eflorescência como patologia Eflorescência: formação Procedimento de recuperação Descrição da patologia: Sondagens e Medidas: Causas da patologia Soluções possíveis de reparação Conclusão Bibliografia

5 Introdução A necessidade de reabilitar edifícios, nomeadamente dar solução a problemas de degradação da envolvente exterior, como infiltrações de água, desconforto higrotérmico, condensações e fissuração, assumem uma crescente importância no sector da construção civil em Portugal. Construção, hoje, escreve-se com vários r. Termos como recuperação, renovação, revitalização, restauro, reparação e, sobretudo reabilitação, começam a fazer parte do vocabulário corrente da construção. De entre eles, o conceito chave é o de reabilitação, que tem por base as noções de utilidade ou função. A reabilitação pode ser entendida em vários âmbitos (da cidade e do edifícios), sendo a segunda parte que nos interessa. As empresas de construção tendem a ver-se cada vez mais envolvidas em actividades diferentes da construção nova, sendo com cada vez maior frequência, chamadas a intervir em construções existentes. Mas porquê a subida de importância da reabilitação? Por vários motivos: desde rentabilidade a custo. A reabilitação surge para reparar problemas dos edifícios que advém das patologias. Uma estrutura ou parte dela apresenta problemas patológicos quando, durante a sua utilização ou até mesmo antes, não apresenta o desempenho satisfatório para o qual o edifício foi projectado, comprometendo assim a sua vida útil. Parece-nos então importante falar das patologias ao mesmo tempo que falamos da reabilitação de edifícios, sendo que iremos enumerar algumas delas e desenvolver um tipo em especial, as eflorescências. fontes: Reabilitação: a melhor via para a construção sustentável. Universidade Federal da Bahia. 5

6 2. Reabilitação de Edifícios Patologias e Reabilitação de Edifícios 2.1. Introdução Tal como já foi referido anteriormente, construção, hoje, escreve-se com vários r : recuperação, renovação, revitalização, restauro, reparação e, sobretudo reabilitação. No que toca à reabilitação de edifícios, pode falar-se de reabilitação de edifícios correntes ou de edifícios com valor enquanto património cultural. Relativamente aos edifícios correntes, o conceito corresponde à reparação, renovação e modificação extensa de um edifício para o pôr de acordo com critérios económicos ou funcionais equivalentes aos exigidos a um edifício novo para o mesmo fim. Já para os edifícios com valor enquanto património cultural as coisas são diferentes, correspondendo o conceito ao acto ou processo de possibilitar um uso eficiente e compatível de uma propriedade através de reparações, alterações e acrescentos, preservando, ao mesmo tempo, as partes ou características que transmitem os seus valores histórico, cultural e arquitectónico. Este segundo conceito conduz-nos ao conceito de conservação: todo o processo de cuidar de um lugar com o fim de manter a sua importância cultural. Hoje em dia temos as empresas de construção cada vez mais envolvidas em actividades diferentes da construção nova, sendo chamadas a intervir frequentemente em construções existentes. Como representa a figura, temos 3 esferas que nos ilustram a estrutura da actividade de construção civil e obras públicas (CC&OP): 6

7 A esfera maior que engloba todo o sector e que representa a construção nova - representa um volume de negócios na ordem dos 25 mil milhões de euros e mobiliza 600 mil trabalhadores; A esfera intermédia corresponde à reabilitação, que revela uma importância pequena (inferior a 10% do total da CC&OP, isto em Portugal, sendo que chega a 40 ou 50% noutros países europeus) mas em crescimento. A esfera menor simboliza a conservação e restauro dos monumentos e edifícios históricos (abrange menos de 1% do total). Ilustração 1 - estrutura da actividade de construção civil e obras públicas (fonte: Universidade Federal da Bahia) Apesar da actividade no sector da CC&OP se concentrar muito na construção nova, o objectivo do governo é que a percentagem correspondente à reabilitação se aproxime dos países mais desenvolvidos da UE. Interessa então salientar que a reabilitação dos edifícios se pode fazer a 3 níveis: 1. Invólucro exterior (fachadas e cobertura); 2. Condições de habitabilidade e conforto; 7

8 3. Comportamento estrutural. Primeiro nível estética do edifício. Patologias e Reabilitação de Edifícios Segundo Nível bem-estar dos utentes do edifício (intervenções mais complexas) Terceiro nível segurança das pessoas e bens (elevada importância relativamente à actividade sísmica) fonte: Reabilitação: a melhor via para a construção sustentável. 8

9 dados Patologias e Reabilitação de Edifícios 2.2. Reabilitação ao longo dos tempos registo e tratamento de Obras concluídas em 2008 Das obras concluídas durante o ano 2008, 66,7% corresponderam a edifícios em construções novas para habitação familiar, dos quais 88.4% são moradias. Apesar do domínio da construção nova (79.9% do total de todas as construções), vê-se que a reabilitação na edificação vem a ganhar o seu espaço no sector da construção, com as Alterações e Ampliações a ganharem importância. Destaque para as regiões do Alentejo e de Lisboa com valores superiores a 20%, facto que resulta, provavelmente, do reconhecimento de que existe uma saturação do mercado de novas habitações, procurando-se então a reabilitação do edificado. Em 2008, concluíram-se, em Portugal, construções novas para habitação, número superior ao registado em 2007 (33 946) em cerca de 5.3% do total. Ilustração 2 - edifícios concluídos por tipo de obra (Portugal 2008, fonte: INE) 9

10 Numa análise por tipos de obra é possível concluir que as obras de Alteração, Ampliação e Reconstrução (obras de reabilitação) têm um maior peso relativo nos destinos que não a habitação. É nas obras destinadas ao Comércio que a reabilitação teve um maior peso no ano de 2008: cerca de 36.2%. A Indústria apresenta também um peso considerável das obras de reabilitação, que correspondem a 29.6% do total de obras concluídas em 2008 para esse destino. fonte: INE. = &PUBLICACOESmodo=2 1 0

11 Reabilitação do Edificado Patologias e Reabilitação de Edifícios Em Portugal já é visível o relativo equilíbrio entre a oferta e a procura de habitação. Na verdade, o aumento da oferta marcou os últimos anos em Portugal, assim como o incremento da procura de habitação, devido a uma maior facilidade de acesso ao crédito para adquirir casa própria por via da diminuição das taxas de juro (de 1991 a 2005) e do aumento do rendimento das famílias e pela falta de acção do mercado de arrendamento de habitações. O conceito de requalificação urbana compreende processos de renovação, reestruturação ou reabilitação urbana. A perspectiva sobre a requalificação desenvolvida nesta análise incidira somente no conceito mais restrito da reabilitação do edificado, que fundamentalmente se prende com a conclusão de obras de Alteração, Ampliação e Reconstrução (reabilitação do edificado), no âmbito do Sistema de Indicadores das Operações Urbanísticas. Em 2008, foram concluídos edifícios em Portugal, sendo que (20,1%) correspondiam a obras de alteração, ampliação e reconstrução (reabilitação do edificado). Ilustração 3 - reabilitações do edificado e construções novas, Portugal ( , fonte: INE) 1 1

12 Regista-se, face ao ano anterior, um acréscimo de 5,7% do número de edifícios reabilitados, sendo que a maior parte destes (66,3%) correspondem a obras de ampliação. As obras de reconstrução correspondem a mais pequena fatia das obras de reabilitação do edificado (14,5%) Em Portugal, a evolução das obras concluídas em edifícios no período de 1995 a 2008, aponta para duas fases de crescimento distintas. Entre 1995 e 2002 a uma diminuição da importância das obras concluídas de reabilitação do edificado, atingindo a sua expressão máxima de 24,2% em 1996 e um peso mínimo de 15,8% em Ilustração 4 - necessidades de reparações dos edifícios, 2001 (fonte: INE) Da análise dos dados dos Censos de 2001, esperava-se um crescimento significativo da importância das obras de reabilitação do edificado. Assim, de acordo com os dados do Recenseamento da Habitação de 2001, a idade média dos edifícios a nível nacional era a próxima dos 34 anos e apenas 19% tinham sido construídos entre 1991 e De igual modo, as necessidades de reparação atingiam cerca de 38,1% dos edifícios e 2,9% apresentavam um elevado estado de degradação. O valor estimado dos fogos a exigir médias, grandes ou muito grandes reparações rondava os Tendo em conta a evolução das obras de reabilitação do edificado, é possível concluir que o esforço de investimento em obras no sector 1 2

13 habitacional tem sido predominantemente orientado para a construção nova, apesar das necessidades de reparações dos edifícios, na generalidade do país. Numa comparação entre o número de edifícios, para habitação familiar, em que foram realizadas obras de reabilitação com o número de edifícios resultantes de construção nova (com o mesmo fim), é possível concluir que a nível nacional, a proporção entre ambos apresenta um valor médio de 20,0% no período compreendido entre 2001 e 2008, registando-se contudo um aumento progressivo desta proporção nos últimos anos, tendo atingido o seu valor máximo em 2007 (22,2%). Nas Regiões Autónomas a reabilitação do edificado ultrapassa a construção nova de forma contínua, desde 2001, a proporção obtida a nível nacional. Ilustração 5 - edifícios concluídos para habitação familiar, por tipo de obra ( , fonte: INE) Ilustração 6 - proporção da reabilitação do edificado relativamente às construções novas de edifícios concluídos para habitação familiar ( , fonte: INE) 1 3

14 Ilustração 7 - número de reconstruções por cada 100 construções novas, por concelho (2008, fonte: INE) Ilustração 8 - número de reconstruções por cada 100 construções novas, por concelho (2008, fonte: INE) Da análise dos quadros anteriores, é possível concluir que o peso da reabilitação tem aumentado nos últimos anos, fundamentalmente em resultado da redução progressiva da construção nova. Através da visualização do mapa, verifica-se que à excepção de Lisboa, que apresenta uma predominância deste tipo de obras, não se verifica uma grande distribuição regional de obras de reabilitação. 1 4

15 Ilustração 9 - fogos concluídos para habitação familiar, por tipo de obra (2008, fonte: INE) Este facto deve-se ao reduzido número de reabilitação que tem sido concluído um pouco por todo o país. É ainda possível verificar que existe uma grande dispersão na sua repartição regional. Relativamente ao ano de 2007, verifica-se um acréscimo de 16,1% de número de fogos reabilitados. A região do Norte é aquela que tem um maior número de reabilitação de edifícios, correspondendo a 68,4% de total de fogos reabilitados em Em oposição, é na região da Madeira que o número de obras de reabilitação é mais reduzido, restringindo-se a apenas 3,1%. Ilustração 10 - edifícios e fogos concluídos em reabilitação, por tipo de edifício (2008, fonte: INE) Relativamente ao tipo de edifícios, a reabilitação tem incidido mais nas moradias que nos edifícios de apartamentos. Assim, em 2008, cerca de 92,1% dos edifícios alvo de reabilitação correspondiam a moradias. Como seria de esperar, é na região de Lisboa que o peso das moradias reabilitadas é mais reduzido, restringindo-se a 66,2%. Em oposição, é na região do Norte que o peso da reabilitação de moradias se destaca com 92,9%. 1 5

16 No entanto, é na região de Lisboa que os edifícios de apartamentos mais predominam, 60,6%. fonte: INE. pub_boui= &publicacoesmodo=2 1 6

17 3. Patologias SILVA (2005), A grande incidência de problemas como eflorescências, bolores, destacamento de cadelhos, fissuras, infiltrações e descolamento de pinturas mostra que o segmento da construção civil precisa de se preocupar cada vez mais com o sistema de revestimento de uma edificação compatibilizando mão-de-obra, sistemas construtivos e a tradição, de maneira condizente à Engenharia. Os edifícios convencionais costumam apresentar algumas manifestações patológicas. Considera-se patologia qualquer fenómeno que, ocorrendo fora de um período previsível, se manifesta na componente estrutural ou nos materiais e afecte o desempenho da construção, podendo este ser físico, económico ou estético. Esta perda, parcial ou total, do desempenho pode ter origem no próprio projecto, na sua execução, nos materiais empregados ou no uso do próprio edifício. Para fins de classificação, as manifestações patológicas podem ser classificadas em três grupos principais: humidade, fissuras e descolamento de revestimento, podendo estes tipos de patologia facilitar o surgimento de outras (carácter evolutivo). Para proceder ao tratamento das patologias, é necessário começar por encontrar a causa da mesma e eliminá-la e, seguidamente, proceder à eliminação dos seus efeitos. A identificação da causa pode ser efectuada pelos seguintes procedimentos: Vistoria dos edifícios; Anamnese - entrevistas com os utentes, construtores, a fim de se obter uma descrição de como se iniciou o problema, o seu comportamento evolutivo, ocorrências naturais ou não no entorno do prédio; 1 7

18 Análise de campo e/ou de laboratório. Mediante a avaliação das manifestações patológicas levantadas por profissionais especializados, torna-se possível estabelecer o grau de degradação de um prédio, definir as causas intervenientes, conhecer os mecanismos de como os fenómenos ocorrem e o modo como eles se apresentam (sintomas). A partir destas informações, define-se o tratamento mais adequado, levando-se em conta o tipo de edificação, e se possui ou não valor histórico e/ou arquitectónico fonte: Universidade Federal da Bahia

19 4. Patologias frequentes Patologias e Reabilitação de Edifícios Os edifícios que encontramos nos dias de hoje degradados são edifícios que sofrem de patologias, que vão ficando impróprios para habitação ou para a utilidade com que foram construídos. Essas patologias manifestam-se em diferentes zonas do edifício, eis algumas delas: Cobertura inclinada; Cobertura em terraço não acessível; Parede Interior; Parede exterior; Pavimento Intermédio; Vão envidraçado; Junta de dilatação; Clarabóia; Varanda; ( ) entre outras. Vai-se então fazer o levantamento de algumas patologias e explicitá-las de uma maneira simples. Eis algumas que são frequentes em telhados de edifícios históricos: Ilustração 11 - deformação excessiva ou ruína parcial da estrutura de apoio e seu efeito sobre o telhado (fonte: Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica) 1 9

20 Ilustração 12 - telhado sem conservação ou limpeza, com beirais deteriorados e ineficazes. (fonte: Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica) Ilustração 13 - pormenor de transição entre águas consecutivas com soluções de recurso, muito degradadas e com total ineficácia. (fonte: Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica) Ilustração 14 - telhado muito inclinado argamassado e com grampos, submetido a uma reparação local da pior qualidade. (fonte: Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica) Estes edifícios são edifícios com valor patrimonial muito alto nos quais a manutenção é quase nula, daí resultar muitos problemas. Os problemas demonstrados nas ilustrações anteriores são alguns dos mais comuns nas coberturas, sendo que a sua reabilitação é normalmente total e quase nunca parcial uma vez que implica inúmeros processos, tais como: levantamento global do telhado, reparação/reforço/substituição dos elementos estruturais, substituição e realinhamenho da estrutura secundária de apoio, ( ) 2 0

21 No que diz respeito a, por exemplo, coberturas com telhas cerâmicas, os problemas mais frequentemente encontrados são as infiltrações e descasque de telhas, problemas estes que devem-se não só a defeito de fabrico mas sim a erros de execução, aquando da montagem dos telhados, que mais tarde podem originar estes fenómenos. fonte: Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica

22 4.1. Destacamentos ou descolamentos Os destacamentos são caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e a argamassa colante e/ou emboco. Ilustração 15 - destacamentos ou descolamentos (fonte: Universidade Federal da Bahia) Também é possível realçar algumas patologias nas fachadas: Ilustração 16 - fachada em cadelho com sujeiras e descolamento (fonte: Universidade Federal da Bahia) 2 2

23 Ilustração 17 - fachada em pintura com craqueamento (fonte: Universidade Federal da Bahia) Ilustração 18 - fachada em cadelho com eflorescências (fonte: Universidade Federal da Bahia) Ilustração 19 - fachada em pintura vermelha já desbotada (fonte: Universidade Federal da Bahia) 2 3

24 Pelas imagens, percebe-se que a grande maioria dos problemas surge devido à falta de manutenção dos prédios, sendo alguns deles antigos e favorecendo o aparecimento de manchas e sujeira. (ilustração 6) Nas fachadas dos edifícios com descascamento (ilustração 7 e 9) de pintura, estes podem ter tido como origem: a má diluição da primeira aplicação da pintura sobre o reboco; aplicação da tinta sobre caiação, sem preparação da superfície. As infiltrações de água causam, principalmente, descascamentos, bolhas e manchas (ilustração 7 e 9). As eflorescências (ilustração 8) na pintura (mancas esbranquiçadas) ocorrem devido à aplicação da pintura sobre reboco húmido Humidade A Humidade apresenta-se como uma das patologias mais frequentes na construção civil, sendo que a sua correcção é extremamente difícil, estando associada à complexidade dos fenómenos envolventes e à falta de estudos neste ramo. Este problema quando surge degrada rapidamente o edifício e as suas soluções são caras. A Humidade aparece devido a vários factores, como por exemplo: arquitectura moderna; novos materiais (ex: betão armado); sistemas de construção utilizados Ilustração 20 - Parede Interior - humidade ascencional (fonte: PATORREB) 2 4

25 Na ilustração 20 temos um exemplo de humidade que se manifesta com manchas na base e no rodapé, em madeira. Tal facto aconteceu porque as paredes estavam em contacto com água ou solo húmido e devido ao facto de os materiais constituintes apresentarem elevada capilaridade. fonte: PATORREB Fissuras As fissuras são anomalias frequentes nas fachadas dos edifícios. É muito importante ter-se em atenção o seu tipo, visto que isso condiciona o processo de tratamento. Existem vários tipos de fissura: Fissuras de retracção Parecem-se com rupturas curtas e sem ordem aparente. Relacionam-se com uma má dosagem do reboco, excesso de espessura de aplicação ou secagem demasiado rápida. Acontecem durante a fase de presa e endurecimento das argamassas e revestimentos. Ilustração 20 - fissura de retracção 2 5

26 Fissuras de deformação A sua forma de rede de malha larga, sem direcção dominante resulta das deformações sofridas pelo suporte por falta de estabilidade, entre outras razões. Ilustração 21 - fissura de deformação Fissuras de pontos singulares Surgem em pontos específicos das fachadas (ex. cantos de vãos) e nas ligações entre materiais diferentes no suporte (ligação de alvenaria com caixas de estores, ligação entre tijolo e betão, etc.). Ilustração 22 - fissura de pontos singulares Fissuras estruturais São originadas pela deformação estrutural dos edifícios e apresentam espessuras e profundidades importantes. 2 6

27 Mostram, geralmente, orientação bem definida (horizontal, vertical ou oblíqua, nalguns casos). Ilustração 23 - fissuras estruturais 2 7

28 5. Eflorescência como patologia Os sais presentes no solo e/ou nos materiais utilizados na construção civil podem afectar as alvenarias e betão, pela sua deposição (que ocorre pela cristalização dos sais de soluções aquosas, devido a evaporação do solvente) na região interior ou exterior das construções. A coexistência de: água, sais solúveis em água e condições ambientais (regiões áridas e semi-áridas essencialmente) e de estrutura que proporcionem a evaporação da água, são condições que favorecem o aparecimento desta patologia. As eflorescências causam degradação microestrutural apenas nas zonas próximas à superfície, bem como degradação estética no produto cerâmico, paredes pintadas, pisos e tectos Eflorescência: formação Quimicamente a eflorescência é constituída principalmente de sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio, solúveis ou parcialmente solúveis em água). Pela acção da água de chuva ou do solo estes sais são dissolvidos e migram para a superfície e a evaporação da água resulta na formação de depósitos salinos. Factores que contribuem para a formação desta patologia: Factores internos Factores externos Teor de sais solúveis Quantidade de água Pressão hidrostática (proporciona a Tempo de contacto migração para a superfície) Presença de água Elevação da temperatura Porosidade dos componentes 2 8

29 5.2. Procedimento de recuperação Para a remoção dos depósitos nas áreas já afectadas, pode recorrer-se a uma simples lavagem da superfície do revestimento, o que geralmente já é suficiente para a eliminação dos depósitos (que, no entanto, podem voltar a ocorrer) sendo que com o passar do tempo os sais vão sendo eliminados e o problema tende a diminuir. É importante no entanto reduzir o uso de cimento com baixo teor em álcalis, utilizar placas cerâmicas de boa qualidade, isto é, queimadas em altas temperaturas (deste modo elimina os sais solúveis da sua composição e a humidade residual) e garantir o tempo necessário para a secagem de todas as camadas exteriores à execução do revestimento Descrição da patologia: A zona das juntas do revestimento (à base de PVC) descolou e levantou devido à existência de uma grande humidificação a zona de colagem entre o revestimento e o solo e degradação da cola. Ilustração 24 - piso descolado e levantado nas juntas (fonte: PATORREB) 2 9

30 5.4. Sondagem e Medidas Patologias e Reabilitação de Edifícios Com recurso às sondagens, verificou-se que o revestimento era à base de PVC colado sobre a camada de suporte em betão. Fez-se então uma carotagem a seco na camada de betão, tendo-se chegado à conclusão que havia mais humidade à superfície que em profundidade. Efectuaram-se um conjunto de medições de forma a caracterizar as condições higrotérmicas (ou térmicas): Humidade relativa na interface de colagem do revestimento; Temperatura das várias interfaces do pavimento térreo; Temperatura interior e humidade relativa da ambiência. Ilustração 25 - teor de humidade vs profundidade (fonte: PATORREB) 5.5. Causas da patologia O revestimento descolou-se devido à devido à ausência de um páravapor eficaz e pelas oscilações de temperatura no interior do pavilhão, o que contribuiu para que ocorressem as condensações entre o revestimento e o piso. 3 0

31 Devido à pouca impermeabilidade do revestimento, este funcionou como um pára-vapor durante a noite, numa altura em que a temperatura do solo era superior à do ambiente interno. Ilustração 26 - causas (exemplificação, fonte: PATORREB) 5.6. Soluções possíveis de reparação Para corrigir a patologia, seriam necessários os seguintes procedimentos: Remoção do revestimento à base de PVC; Picagem da camada de suporte em cerca de 0,06 m; Regularização do suporte; Aplicação de uma barreira pára-vapor com permeância Wp inferior a 2x10¹² kg/(m².s.pa); Colocação de um filme de polietileno de protecção; o Execução de uma lajeta de betão, armada, com 0,05 m de espessura; o Colagem do revestimento à base de PVC. 3 1

32 Em alternativa, poderia substituir-se o revestimento à base de PVC por um revestimento com um sistema de fixação não sensível à água (B). Ilustração 27 - soluções para reparação (fonte: PATORREB) fonte: Patorreb. 3 2

33 Conclusão A indústria da construção é a actividade económica que causa maior impacto sobre o ambiente e o património natural, assim como no ambiente construído e no património arquitectónico. Será então importante dizer que, devido ao facto de Portugal ter vindo a atravessar um surto construtivo de grande intensidade na última década, verificamos que esse crescimento é de tal modo intenso e desordenado que provocou a degradação de solos de qualidade e aumentou o risco de cheias catastróficas. É então necessário e justificativo que se reduza a construção nova, dando maior ênfase à reabilitação. Inúmeras razões, como por exemplo o aproveitamento do espaço em que o edifício antigo se encontra situado ou o mero facto de evitarmos a demolição de edifícios fazem poupar tempo e dinheiro. No entanto, não é isso que tem vindo a acontecer em Portugal, o que é preocupante. Apesar de tudo, continua a ser a construção nova que ganha predominância no nosso país. Em suma, a reabilitação, apesar de importante, não tem a dimensão que deveria ter sendo que devem fazer-se esforços por informar e fazer ver os construtores de que este é o caminho a seguir. 3 3

34 Bibliografia 1. Reabilitação: a melhor via para a construção sustentável. (accessed October 3, 2009) 2. Openline. Reabilitação de edifícios. tacao.pdf (accessed October 3, 2009) 3. Tecnisol. Reabilitação de Edifícios. (accessed October 3, 2009) 4. TecReab. Técnicas de reabilitação de edifícios e estruturas. (accessed October 3, 2009) 5. Plano Crescente. Recuperação de edifícios. 1.html (accessed October 3, 2009) 6. Arfe. Construção e reabilitação de edifícios. 1.html (accessed October 3, 2009) 7. Catálogo IST. Inspecções e ensaios na reabilitação de edifícios. (accessed October 7, 2009) 8. Eficiência energética. ETAL.pdf (accessed October 7, 2009) 3 4

35 9. Projectos de Reabilitação de Edifícios Recentes. Princípios e casos práticos. Seminario%20OE%20-%20ProjReab.%20Edif.pdf (accessed October 10, 2009) 10. Patorreb. Estatísticas. (accessed October 10, 2009) 11. Patorreb º Encontro sobre patologia e reabilitação de edifícios. (accessed October 14, 2009) 12. Patorreb. (accessed October 14, 2009) 13. Universidade Federal da Bahia. Levantamento das principais patologias de revestimentos de fachada de edifícios da cidade de salvador. K05/04/PesquisaPatologia.pdf (accessed October 17, 2009) 14. Defeitos de concepção e execução de coberturas de telha de cerâmica. (accessed October 20, 2009) 15. Parede Interior Humidade Ascencional. (accessed October 20, 2009) 3 5

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