Reabilitação Estrutural e Funcional do Pavilhão de Civil do Instituto Superior Técnico. 1º RELATÓRIO Março/2003
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- Suzana Conceição Braga
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1 Reabilitação Estrutural e Funcional do Pavilhão de Civil do Instituto Superior Técnico 1º RELATÓRIO Março/ Objectivo Desde a ocupação do Pavilhão de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, em 1992, que têm sido identificadas patologias de natureza l e funcional, com consequências graves nalgumas situações. Ao longo dos anos, as anteriores Comissões Executivas do Departamento de Engenharia Civil promoveram acções de manutenção periódicas de forma a minimizar alguns dos problemas pontuais existentes. Contudo nunca foi implementado um plano de manutenção corrente que contemplasse acções de conservação e limpeza do edifício. Decorridos cerca de 10 anos, constata-se ainda que muitas das patologias persistem e que outras surgiram em consequência do acentuado estado de degradação de alguns dos materiais is e de revestimento utilizados na construção do edifício. A gravidade de alguns dos problemas identificados exige, ainda, a urgente definição de acções de reabilitação a implementar a curto e médio prazo. Assim, é entendimento da actual Comissão Executiva (CE) que deve ser realizado um diagnóstico completo da situação de forma a ser elaborado um estudo detalhado do edifício com os objectivos seguintes: a) identificação de patologias e suas causas; b) definição de acções de reabilitação; c) definição de plano de manutenção. Esta 1ª versão do relatório contempla, essencialmente, a identificação das patologias e respectivas causas que permita, numa segunda fase, a definição de acções de reabilitação nas situações de maior gravidade e a definição de um plano de manutenção do edifício. 2. Acções desenvolvidas Para ser possível atingir os objectivos apresentados, foi constituído em Janeiro de 2003 um Grupo de Trabalho constituído pelos seguintes docentes do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura (DECivil): Prof. António Canha da Piedade Prof. Fernando Branco Prof. Gaspar Nero Prof. Jorge de Brito Prof. Manuel Correia Guedes Prof. José Neves Página 1 de 13
2 Das reuniões de trabalho e inspecções gerais ao edifício realizadas pelo grupo resultou a identificação das patologias e respectivas causas que são apresentadas nesta primeira versão do relatório. 3. Patologias e suas causas As patologias identificadas no edifício são, genericamente, de dois tipos: 1. Patologias de comportamento funcional 2. Patologias de comportamento l Até à data, apenas foi possível identificar as patologias de comportamento funcional. Está em curso o levantamento das patologias de ordem l, com maior dificuldade, pois passa pela revisão do projecto do edifício. 3.1 Patologias de comportamento funcional No âmbito das patologias do comportamento funcional do edifício consideram-se os seguintes conjuntos: a) Coberturas do edifício b) Espaços de gabinetes e de circulação c) Revestimentos de pisos e de paredes d) Circulação de fluídos a) Coberturas do edifício A cobertura do edifício é feita, essencialmente, por terraço acessível e por extensas clarabóias que cobrem as zonas dos corredores do Piso 3 e a zona central do pátio interior do Piso 0. Os passadiços que ligam os corpos lateriais do edifício às torres centrais onde se localizam os elevadores e as escadas (Figura 3) são cobertos por metálica e as zonas das escadas têm cobertura em vidro apoiado na metálica. O acesso do Piso 3 ao terraço tem cobertura em lajetas de betão apoiadas na laje de betão armado. As patologias identificadas nesta zona do edifício estão predominantemente ligadas a erros de concepção, execução e ausências de manutenção, traduzindo-se em infiltrações para o interior do Piso 3 e corrosão de elementos metálicos. As patologias e respectivas causas são apresentadas no Quadro I. b) Espaços de gabinete e de circulação Nos espaços de gabinete surgem principalmente problemas de conforto térmico e acústico associados, nomeadamente, à falta de ventilação, excesso de exposição solar e ruídos de funcionamento de equipamentos de ar condicionado. Página 2 de 13
3 Nos espaços de circulação detectam-se patologias ligadas ao conforto e à segurança da circulação e permanência de pessoas nesses locais. As infiltrações de água têm consequências graves nestes espaços. As patologias e respectivas causas ligadas a estes espaços são apresentadas no Quadro II. c) Revestimentos de pisos e de paredes A intensa circulação de pessoas que caracteriza a ocupação do edifício, dada a sua natureza funcional de ensino, mostra-se incompatível com a qualidade geral dos materiais utilizados no revestimento de pisos em determinados locais. Da mesma forma, a qualidade geral dos materiais utilizados no revestimento de paredes é insatisfatória. A ausência de manutenção corrente acrescida dos problemas de infiltrações de água em alguns gabinetes e corredores estiveram na origem das patologias mais graves detectadas. As patologias e respectivas causas ligadas aos revestimentos de pisos e de paredes são apresentadas no Quadro III. d) Circulação de fluídos Ao aspecto de circulação de fluídos estão associados problemas relativos aos esgotos, águas pluviais, ar condicionado, e rede de águas. As patologias e respectivas causas são apresentadas no Quadro IV. 3.2 Patologias de comportamento l De um modo geral, as patologias de comportamento l estão relacionadas com aspectos do projecto do edifício, quer em termos de comportamento estático quer em termos de comportamento dinâmico, e com pormenores de execução e acabamento adoptados durante a construção. Este tipo de patologias será desenvolvido na próxima versão do relatório que se espera estar desenvolvida no final do mês de Abril. 4. Acções em desenvolvimento Em virtude das patologias do edifício resultantes das infiltrações de águas, através da cobertura, das s metálicas das escadas e dos passadiços, e do excesso de exposição solar dos corredores do Piso 3, devido à existência das clarabóias, apresentarem as maiores consequências na habitabilidade do edifício, quer em termos de conforto quer em termos de segurança, foi contactada a empresa SMEFA para colaborar na definição de soluções de reabilitação das clarabóias e s metálicas dos passadiços. Pretende-se que as soluções a estudar contemplem os aspectos de infiltrações de águas e de exposição solar execessiva dos corredores e gabinetes do Piso 3. Página 3 de 13
4 5. Conclusão Perante as patologias e respectivas causas identificadas neste relatório, ainda que com um carácter provisório, pretende-se elaborar um estudo prévio de propostas concretas de reabilitação do edifício com estimativas orçamentais e contemplando uma implementação faseada dessas soluções. Ao mesmo tempo, será definido um plano de manutenção que permita no futuro assegurar ao edifício níveis mínimos de condições funcionais e is. 25 de Março de Página 4 de 13
5 QUADROS Página 5 de 13
6 Quadro I Patologias funcionais das coberturas. Falta de guardas de segurança de projecto Lajetas partidas Circulação de pessoas e quedas de objectos Remate nas zonas dos tubos de queda Terraço Infiltrações Corrosão das chapas de cobertura das juntas is Ligações soldadas partidas entre chapas metálicas de cobertura das juntas is manutenção da pintura Vegetação limpeza Página 6 de 13
7 Quadro I Patologias funcionais das coberturas (cont.). Corrosão da metálica de suporte manutenção da pintura Clarabóia Ligações deficientes das chapas de vidro entre si Passadiços Infiltrações Infiltrações Remates deficientes das borrachas de vedação das chapas de vidro à metálica de suporte Fissuração do murete de apoio da metálica Remate deficiente da metálica com a parede de betão armado Corrosão da chapa metálica de cobertura manutenção da pintura Página 7 de 13
8 Quadro I Patologias funcionais das coberturas (cont.). Ligações deficientes entre painéis de vidro Escadas Infiltrações Corrosão da metálica envolvente Eflurescências Arrastamento de materiais pelas águas das chuvas Acesso ao terraço Fissuração Movimentos da Página 8 de 13
9 Quadro II Patologias funcionais dos espaços de gabinete e de circulação. Ventilação deficiente dos gabinetes interiores Janelas interiores vedadas Gabinetes do Piso 3 Excessiva exposição solar dos gabinetes interiores Material da clarabóia Gabinetes do Piso 2 Ruído Ventilação deficiente dos gabinetes interiores Ruído Condutas de ventilação ar condicionado Condutas de ventilação Corredores Acumulações de água Infiltrações da cobertura Página 9 de 13
10 Quadro II Patologias funcionais dos espaços de gabinete e de circulação (cont.). Corredores (cont.) Efeito de estufa Material da clarabóia Varandins Guardas de segurança inadequadas de projecto Infiltrações da metálica Acumulações de água Escadas Infiltrações dos painéis de vidro da cobertura Guardas de segurança inadequadas de projecto Página 10 de 13
11 Quadro II Patologias funcionais dos espaços de gabinete e de circulação (cont.). Acumulações de água no pavimento Infiltrações da metálica Passadiços Escorrência de águas nas paredes e tectos Infiltrações da metálica Parque de estacioname nto porta corta-fogo na Torre Norte no projecto de alterações Página 11 de 13
12 Quadro III Patologias funcionais dos revestimentos de pisos e de paredes. Deficiente Desgaste do qualidade dos piso materiais Gabinetes Parque de estacionamento Desagregação do material do piso construtiva Passadiços Desgaste do revestimento Deficiente qualidade dos materiais Fissuração das platibandas revestimento Paredes exteriores Escamação do recobrimento Corrosão das armaduras Paredes interiores Corredores Pintura deteriorada Juntas is abertas Mosaicos descolados manutenção construtiva construtiva Página 12 de 13
13 Quadro III Patologias funcionais dos revestimentos de pisos e de paredes (cont.). Pátio interior Aspecto visual das lajestas Deficiente qualidade dos materiais Escadas Geometria dos degraus incorrecta construtiva Quadro IV Patologias funcionais da circulação de fluídos. Esgotos Colmatação de condutas de esgoto manutenção Ar condiconado Avarias em alguns gabinetes Sistema obsoleto de ar condicionado manutenção corrente Página 13 de 13
1º RELATÓRIO Março/2003. a) identificação de patologias e suas causas; b) definição de acções de reabilitação; c) definição de plano de manutenção.
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