Normas e Comportamentos Sociais: Uma Introdução. Rui Costa-Lopes Cícero Roberto Pereira

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1 1 Normas e Comportamentos Sociais: Uma Introdução Rui Costa-Lopes Cícero Roberto Pereira Em Dezembro de 2009 realizou-se no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa um seminário sobre normas e comportamentos sociais para o qual foram convidados investigadores que estudam fenómenos sociais nos quais consideram as normas sociais como um factor-chave para a sua compreensão. O objectivo deste encontro foi o de discutir o conceito de normas sociais, a sua ambiguidade e a sua centralidade na investigação em psicologia social. Especificamente, pretendíamos saber como as normas sociais são apreendidas no trabalho dos investigadores convidados e oferecer-lhes um ambiente intelectual no qual pudéssemos discutir estudos empíricos realizados a partir de diferentes perspectivas analíticas, mas que partilham o pressuposto de que o conceito de norma é fundamental na compreensão das atitudes e dos comportamentos dos actores sociais. A ideia de realizar este seminário surgiu de uma reflexão sobre a necessidade de sistematizar o entendimento sobre a natureza da norma social e o seu impacto na interpretação dos resultados da investigação sobre o tema, assim como proceder a uma revisão do papel que as normas desempenham nas atitudes e comportamentos sociais. De facto, os psicólogos sociais têm estudado de forma sistemática o papel de factores normativos na formação, desenvolvimento, e expressão de atitudes e comportamentos. O pressuposto sobre o qual estes estudos são realizados é o de que a acção social não é aleatória. Pelo contrário, a acção dos actores sociais segue um padrão diacrónico ao nível intra-individual (i.e., uma pessoa tende a apresentar o mesmo conjunto de acções perante situações similares em diferentes momentos no tempo), sincrónico ao nível intra-grupal (i.e., as pessoas num grupo tendem a agir de acordo com o padrão de acção dos membros do grupo), diferencial ao nível inter-grupal (i.e., as acções das pessoas num grupo tendem a seguir um padrão diferente das pessoas de outro grupo) e funcional ao nível ideológico (i.e., a acção dos diferentes grupos sociais tem a função de conferir legitimidade à forma como a sociedade está organizada). Essas ideias reflectem o que já se popularizou como níveis de análise do objecto de estudo da psicologia social (Doise, 1980) no qual destacamos a função reguladora das normas sociais nos quatro níveis de análise. Especificamente, as funções da norma nesses processos são definir a organização das

2 2 instituições, regular o pensamento de senso comum e especificar as situações sociais em que estão envolvidas, principalmente em contextos de incerteza. A Natureza da Norma Social O conceito de norma social é ecléctico, o que implica que a sua definição teórica e utilidade para a compreensão dos fenómenos estudados por cientistas sociais carece de especificidade e clareza analítica. A ideia de que as normas sociais são importantes não é recente. Tem a idade das ciências sociais modernas. Referência ainda que difusa e carente de evidência empírica sobre a sua importância para a compreensão do comportamento dos actores sociais e da organização das estruturas sociais pode ser facilmente encontrada em autores clássicos nas ciências sociais. Por exemplo, Sumner (1906) usou a expressão folkways e mores para referir costumes habituais ora motivados por necessidades básicas dos indivíduos ora referentes a princípios éticos fundamentais. Sherif (1936), por sua vez, definiu norma como formas padronizadas que regulam as actividades da nossa vida e o modo como percebemos o mundo. De uma forma mais difusa, considerou normas o conjunto formado por costumes, tradições, regras, valores, modas, e todos os demais critérios de conduta que são estandardizados como resultado do contacto entre indivíduos. Estas ideias são o pressuposto no qual assenta a hipótese de que as normas sociais explicam o comportamento humano (Horne, 2001) e a ordem social das coisas (Durkheim, 1912/1965). A investigação empírica sobre a influência das normas nos diversos domínios da acção social é caracterizada por um grande dissenso, principalmente no que respeita à natureza conceptual dos fenómenos normativos(e.g., Shaffer, 1983), o que coloca em relevo o debate sobre se o uso de conceitos abstractos são pertinentes para a análise científica de comportamentos e atitudes. De facto, o conceito de normas sociais é de tal modo controverso que às vezes uma norma é definida como sendo um valor, outras vezes como uma regra, ou mesmo como costume social, convenção ou tradição (ver Dubois, 2003). Este problema definicional traduz, na concepção de Cialdini e colegas (1990), o facto de o conceito ser polissémico, vago, demasiado geral, contraditório e, portanto, de difícil operacionalização (para uma revisão, ver Rodrigues 2011). A polissemia reflecte-se também na completa falta de consenso sobre a pertinência do conceito de normas como variável explicativa do comportamento social e do funcionamento da sociedade. Para alguns investigadores (e.g., Latane & Darley, 1970), a noção de normas sociais é demasiada vaga e abstracta para que se possa identificar o seu impacto no comportamento. Outros autores têm opinião contrária a

3 3 esta pelo que acreditam no conceito de normas como categoria analítica central para que se possa alcançar uma compreensão profunda sobre a natureza e a função social das atitudes e acções humanas (e.g., Deutsch & Gerard, 1955). Apesar da polissemia e da ausência de clareza e precisão do conceito de norma, a literatura tem se concentrado em tentar especificar a função normativa dos fenómenos sociais, muitas das vezes alimentando a indefinição conceptual aos confundir função do fenómeno com o seu conceito. De facto, a sua função reguladora das atitudes sociais (e.g., Asch, 1952; Berkowitz, 1972) e das relações que os grupos mantêm entre si (e.g., Turner, Hogg, Oakes, Reicher, & Wetherell, 1987) tem sido amplamente demonstrada na investigação empírica sobre o tema (para uma revisão, ver Moscovici, 1985), o que nos alerta para o facto de a análise do pensamento e da acção dos actores sociais enquanto fenómenos colectivos necessitar que se considere a possibilidade de existir uma função normativa nesses fenómenos. Embora a falta de consenso sobre o que é uma norma tipifique a literatura neste domínio, podem-se identificar duas características dos fenómenos normativos, as quais têm sido apontadas como centrais para que se especifique com precisão a natureza conceptual de uma norma: a descriptividade e prescriptividade. Isto é, a polissemia do conceito de norma assenta na distinção entre o que é mais tipicamente feito(ou o que se pensa que é mais frequentemente feito na sociedade), e o que é tipicamente aprovado, ou o que se pensa que é mais valorizado pela sociedade. A maioria das definições sobre normas podem ser organizadas nessas duas categorias. A primeira categoria define o que se convencionou designar normas descritivas. A segunda categoriza designa as normas prescritivas. Um exemplo desta tentativa de diferenciação entre normas descritivas e prescritivas pode ser encontrado em Sumner (1906) e na sua distinção entre folkways costumes habituais expressos por um grupo motivados pela satisfação de necessidades básicas dos indivíduos e cujo desvio comportamental não suscita sanções severas (e.g., código de vestuário) e mores costumes habituais que ascendem a um plano de valor social superior por se considerar que incorporam princípios éticos fundamentais à organização da sociedade (e.g., respeito pela propriedade). O termo normas descritivas é empregue actualmente para designar o conjunto de pensamentos, atitudes ou comportamentos que é mais frequentemente realizado pelos membros de um grupo social. Por exemplo, Pepitone (1976, p. 642) referiu que by normative it means that such social behavior is more characteristic (e.g., more uniform) of some sociocultural collective unit than of individuals observed at random. Norma é aqui referida como um conceito usado para descrever aquilo que a maioria dos membros do grupo faz, i.e.,

4 4 são os eventos mais frequentes. Em outras palavras, normative events are events that occur in the majority of the cases; they are statistically the most prevalent (Dubois, 2003, p. 1). Isto é, são os eventos modais. Ser normal significa estar na moda. Por analogia, os comportamentos não normativos, ou anti-normativos, são aqueles raramente executados ou mesmo não executados. É, designadamente, estar fora da moda. Por sua vez, o termo normas prescritivas caracteriza tanto os eventos modais como aqueles cuja ocorrência seja valorizada ou desejada. Esse tipo de norma remete-nos para a noção de valor, i.e., um fenómeno será normativo na medida em que for valorizado no grupo. Esta ideia de norma segue a proposta feita por Sherif (1936) segundo a qual estudar normas sociais implica analisar valores. Nessa perspectiva, a norma prescreve o que deve ser e proscreve o que não deve ser pensado, sentido e executado. O motivo pelo qual as pessoas seguem uma prescrição normativa seria, de acordo com Cialdini e Trost (1998), a necessidade de estarem de acordo com os valores sociais que prescrevem as recompensas para o seu cumprimento. Em síntese, as definições sobre a natureza das normas reconhecem, implícita ou explicitamente, a distinção entre essas classes de eventos frequentemente observáveis e eventos socialmente valorizados. Assim, uma norma social pode ser definida como um atributo grupal que é considerado simultaneamente descritivo e prescritivo numa determinada colectividade (ver Miller & Prentice, 1996). Normas e Influência Social Numa revisão da literatura dos estudos sobre a influência social normativa, Pereira (2009) classificou a investigação sobre normas sociais em três eixos temáticos. O primeiro eixo reúne os estudos que analisam os mecanismos de formação das normas. O exemplo paradigmático da investigação sobre esse aspecto é o estudo clássico realizado por Sherif (1936) no qual analisou os factores sociais que melhor explicam como um quadro de referência individual é transformado numa norma grupal. Na primeira fase do estudo, Sherif pediu aos participantes que, isoladamente, estimassem o tamanho das distâncias entre pontos de luz em movimento numa sala escura. O movimento percebido era, no entanto, uma ilusão de óptica característica do efeito auto-cinético. Os resultados mostraram que, após 30 estimativas, cada participante era capaz de formar um quadro de referência relativamente estável sobre o tamanho das distâncias dos supostos movimentos das luzes. Esse quadro de referência individual passou a organizar a dos participantes de modo que cada indivíduo passou a fazer as mesmas estimativas para movimentos aleatórios, sugerindo que as pessoas

5 5 tendem a organizar as suas experiências em quadros de referências individuais, principalmente em situações de incerteza. Na segunda fase do estudo, os indivíduos que já tinham formado o seu quadro de referência pessoal tinham de realizar a mesma tarefa, mas em situações de grupo e depois de escutarem as estimativasções feitas pelos outros membros do grupo. Os resultados dessa fase foram elucidativos. Após algumas estimativas iniciais, cada indivíduo abandonava o quadro de referência individual e passava a seguir outro padrão de respostas. Eles elaboravam um quadro de referência grupal. Especificamente, o padrão de estimativas verificado na primeira fase do estudo foi espontaneamente se alterando em direcção a um ponto de referência comum com base no qual todos os membros do grupo passaram a usar como base para as suas percepções. Na terceira fase do estudo, cada membro do grupo era gradualmente substituído por novos indivíduos que ainda não tinham participado nas fases precedentes (i.e., ainda não tinha formado quadro de referência individual nem contribuído para a formação da norma do grupo). Esses novos membros passaram a fazer estimativas tendo como base a norma do grupo elaborada pelos outros indivíduos, os quais não se estavam presentes na experiência. Com base nesses resultados, Sherif (1936) propôs que indivíduos colocados em situação de grupo constroem normas sociais que regulam o seu comportamento e a percepção que têm do ambiente em que vivem. A investigação foi também reveladora no que respeita à força da norma grupal. Mostrou que essas normas são factores mais importantes na definição das percepções e dos comportamentos do que os quadros de referências individuais na medida em que guiam as acções dos indivíduos mesmo quando estes não contribuíram para a elaboração da norma grupal (ver Garcia-Marques, 2000, para uma revisão). O segundo eixo temático organiza a investigação sobre se um determinado fenómeno se reveste ou não de normatividade. Os estudos realizados por Jellison e Green (1981) sobre a norma da internalidade são exemplos para grupo temático de estudos. Na primeira experiência, Jellison e Green mostraram que uma pessoa recebia avaliações mais positivas de outras pessoas quando expressava atitudes causais internas do que quando expressava atitudes causais externas. Noutra experiência, Jellison e Green verificaram que as pessoas tendem a expressar com mais intensidade atitudes causais internas quando lhes é pedido que respondam a um questionário conforme as suas próprias opiniões do que quando lhes é pedido que respondam como se fosse um membro típico do seu grupo. Noutra experiência, as pessoas tentam exprimir mais atitudes causais internas quando lhes é pedido que dêem uma impressão positiva de si do que quando lhes é solicitado que tentem exprimir uma imagem negativa de si. Estes resultados são importantes para o estudo das normas sociais porque indicam como se

6 6 pode verificar a normatividade de um fenómeno, para além de mostrar que a atribuição de internalidade é uma norma social. Finalmente, o terceiro eixo organiza a investigação sobre como as normas sociais influenciam as atitudes e comportamentos. Um exemplo paradigmático desse eixo é a investigação realizada por Kelman (1958) sobre a influência social normativa. Kelman levantou a hipótese de que uma mensagem persuasiva influencia as acções dos actores sociais através de três processos: 1) simples cumprimento da norma; 2) identificação com a fonte de influência; e 3) internalização dos valores contidos numa mensagem normativa. Para mostrar a influência desses processos, Kelman analisou a mudança de atitudes em alunos de cor negra que tinham opinião consensual sobre a pertinência da lei anti-segregação racial nas escolas dos Estados Unidos. O seu objectivo era mostrar que a mudança na atitude poderia se verificar manipulando as características da fonte da influência normativa (i.e., fonte com poder de controlo social vs. uma fonte investida de atractividade social vs. uma fonte revestida de credibilidade) e a pressão normativa para o cumprimento da mensagem persuasiva (i.e., pressão normativa vs. mera activação da norma vs. ausência da norma). Kelman pediu aos alunos para escutarem uma mensagem gravada em que se defendia uma posição contrária à lei anti-segregação justificando que era necessário que algumas escolas fossem frequentadas apenas por pessoa negras para que se pudesse manter preservada a cultura e a história dos negros. Na condição de poder de controlo da fonte de influência, o autor da mensagem foi apresentado como o Presidente da Associação Nacional das Escolas Negras. Na condição de atractividade da fonte de influência, o autor da mensagem foi apresentado como o Presidente do conselho estudantil. Na condição de credibilidade da fonte de influência, a autoria da mensagem foi atribuída a Professor de história das minorias raciais que teria baseado a sua opinião em pesquisas científicas e em provas históricas. A tarefa dos alunos era indicar se concordavam ou não com a opinião do autor da mensagem. Essa indicação era realizada ora numa situação de alta pressão normativa para o cumprimento da mensagem na qual os alunos tinham de se identificar para que as suas respostas pudessem ser inspecionadas ora numa situação de ausência de pressão normativa, onde não era necessária identificação. Os resultados mostraram que a opinião dos alunos seguia a mensagem persuasiva quando o autor da mensagem era apresentado como tendo forte poder de controlo, mas esse cumprimento verificou-se apenas quando os alunos estavam sujeitos a forte pressão para seguir a mensagem. Quando o autor da mensagem era revestido de atractividade, as opiniões dos alunos foram influenciadas tanto na situação de alta pressão normativa como na situação de ausência da norma. Quando o autor estava revestido de

7 7 credibilidade, os alunos não mudaram as suas atitudes iniciais mantendo-se amplamente favoráveis à lei anti-segregação. Segundo Kelman, estes resultados exemplificam os três processos pelos quais uma mensagem persuasiva influencia a mudança de atitudes. O primeiro processo actuou quando o autor da mensagem estava investido de forte poder de controlo numa situação em que os alunos estavam pressionados para seguir a mensagem. Estes exprimiram mudança de atitude como uma estratégia através da qual poderiam obter aprovação e evitar punição social. O segundo processo actuou quando o autor da mensagem foi apresentado como socialmente atrativo. Nessa situação, a expressão de mudança de atitude ocorreu porque os alunos se identificaram com a fonte da influência normativa, ainda que não concordassem com o teor da mensagem. O terceiro processo, designado internalização, ocorreu na condição em que o autor da mensagem estava revestido de credibilidade. Nesta situação os alunos mantiveram as suas atitudes iniciais porque o conteúdo da mensagem era incongruente com as suas crenças e valores previamente internalizados sobre o objecto da atitude, neste caso, a lei anti-segregação racial nos Estados Unidos. Organização do Livro A organização deste volume corresponde, em certa medida, à mesma estrutura segundo a qual acabámos de descrever os trabalhos teóricos e empíricos fulcrais na história das normas sociais. Assim, cada um dos seis capítulos deste livro enquadra-se num dos três eixos fundamentais desta literatura ainda que não formalmente distribuídos dessa forma. Os dois primeiros capítulos inserem-se no primeiro eixo que inclui trabalho sobre a origem e formação das normas. O primeiro capítulo, da autoria de José-Miguel Fernandez- Dols, intitula-se Normas Formais e Informais vs. Normas Explícitas e Implícitas: Uma Tipologia de Normas Alternativa. Apesar de não se tratar de um trabalho que pensa sobre a origem das normas, trata-se de uma reflexão que repensa todo o conceito de normas e que propõe uma nova tipologia para o entendimento deste conceito. Ao apresentar esta nova tipologia, o autor avança a sugestão de que o estudo psicossociológico das normas possa passar a focar-se em todos os tipos de normas alargando a anterior perspectiva reducionista que considerava irrelevante o enfoque nas normas formais e que se limitava, por isso, ao estudo das normas informais. Isabel Pinto, José Marques e Miguel Cameira são os autores do segundo capítulo intitulado Focalização normativa, reacções ao desvio e identidade social: a perspectiva da

8 8 dinâmica de grupos subjectiva sobre os mecanismos de controlo social nos grupos. Ao identificar as dimensões das normas sociais, nomeadamente a sua natureza, a sua extensão e as suas funções, os autores apresentam uma reflexão teórica mas também empiricamente suportada sobre a origem das normas. Na segunda parte deste capítulo, os autores procuram aplicar a sua própria perspectiva aos fenómenos intergrupais. Através desta perspectiva, que resulta de uma articulação da visão da Dinâmica de Grupos Subjectiva (Marques, Paez & Abrams, 1998) com as reflexões anteriores sobre a origem e natureza das normas, é analisado o comportamento desviante e as razões para a sua punição ou promoção num contexto intergrupal. Tal como referimos acima, o segundo eixo inclui trabalho que procura averiguar se um dado fenómeno se reveste de normatividade. Incluímos neste eixo o terceiro capítulo deste livro, da autoria de Hélder Alves, que se intitula: Sobre a descoberta da normatividade injuntiva da expressão da crença no mundo justo uma aventura em psicologia social. Como o título deixa adivinhar, neste capítulo, o autor apresenta, numa perspectiva que articula questões científicas com episódios do seu percurso pessoal, uma série de estudos que averiguaram a eventual normatividade da Crença no Mundo Justo (CMJ). A teoria da CMJ defende que as pessoas necessitam de percepcionar o mundo como um lugar onde os indivíduos têm o que merecem e merecem aquilo que têm (Lerner & Simmons, 1966). Com este trabalho, o autor procurou saber se esta crença é vista como socialmente relevante e normativa. O autor conclui que a CMJ é, efectivamente, um fenómeno com valor social e que se reveste de normatividade tanto ao nível prescritivo como injuntivo (Cialdini et al, 1991). Ainda neste eixo, incluímos aqui o capítulo de Mónica Brito Vieira intitulado As normas sociais e o direito-dever de voto. No âmbito de uma perspectiva mais enraizada noutra tradição disciplinar (história do pensamento político e social), a autora que desde cedo reflectiu profundamente sobre o conceito em análise, discute em profundidade sobre em que medida o acto de votar pode ser compreendido a partir de diferentes perspectivas e de como essas nos permitem perceber se o acto de votar se reveste ou não de normatividade. Os últimos dois capítulos apresentam estudos sobre o impacto das normas nas atitudes e comportamentos dos indivíduos em contextos intergrupais. O quarto capítulo, da autoria de Ricardo Rodrigues e Maria Benedicta Monteiro, intitula-se Cada cabeça, duas sentenças: Influência das normas sociais anti-racista e da lealdade endogrupal na expressão de avaliações raciais na infância. Neste capítulo, os autores estudam o desenvolvimento da norma antiracista nas crianças e analisam de que forma esta aprendizagem da norma tem impacto nas atitudes raciais que essas crianças expressam. A perspectiva desenvolvimentista adoptada

9 9 pelos autores neste capítulo permite perceber que a aprendizagem das normas e a sua consequente utilização na regulação das atitudes e comportamentos dos indivíduos em contextos públicos depende da idade. De facto, é mostrado que é o desenvolvimento intelectual das crianças a partir de uma certa idade que permite o desenvolvimento do raciocínio metacognitivo que, por sua vez, permite o reconhecimento de normas sociais que condenam a expressão de atitudes preconceituosas. O último capítulo deste livro é da autoria de Cícero Roberto Pereira e intitula-se Normas Sociais e Legitimação da Discriminação. Neste trabalho, o autor analisa o impacto das normas na relação entre preconceito e discriminação e demonstra como a existência de uma norma igualitária, anti-racista, presente em todas as sociedades democráticas actuais leva a que os indivíduos procurem justificações não-racistas para poderem discriminar sem serem sancionados socialmente. A existência de uma norma mais permissiva (Meritocracia), por sua vez, permite uma relação directa, sem recurso a justificações, entre preconceito e discriminação. Será importante referir que estes seis capítulos, que representam algum do trabalho teórico e empírico mais relevante na área das normas sociais, foram concebidos como capítulos independentes que permitem uma leitura autónoma e não implicam qualquer leitura sequencial deste livro. Desta forma, alertamos para uma possível redundância de termos e explicações ao longo do livro. Consideramos, no entanto, que tal redundância pode ser importante ao permitir-nos perceber o que há de comum e diferente nas várias abordagens, o que por sua vez facilita a identificação daquilo que é verdadeiramente central no conceito de normas. Para terminar, referimos, com um agradecimento, as pessoas e instituições sem as quais o encontro científico que deu origem a esta obra não teria sido possível. Assim, uma primeira palavra de agradecimento a todos os professores e investigadores que aceitaram participar neste encontro através da apresentação dos seus trabalhos, mas também a todas as outras pessoas presentes que contribuíram para um debate interessante e rico sobre o tema. Uma palavra especial ao Doutor Jorge Vala que presidiu à abertura do encontro e à Doutora Mónica Brito Vieira que aceitou sentar-se com os psicólogos para trazer uma perspectiva diferente ao encontro. À Fundação para a Ciência e a Tecnologia que apoiou financeiramente a grande parte dos trabalhos apresentados ao longo do encontro, dirigimos também o nosso agradecimento. Agradecemos finalmente ao Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa que serviu como instituição-anfitriã do encontro e que ofereceu todas as condições necessárias para a sua realização.

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