MP dos Portos e o dilema do crescimento

Transcrição

1 Thiago Nascimento, Matheus Costa Pet-Economia UnB 24 de Maio de 2013

2 Brasil é o 53 lugar no ranking do Relatório Global de Competitividade , o penúltimo entre os emergentes; Produtividade baixa devido ao alto Custo-Brasil; Custo de transporte da soja encarece o produto em 25%; Custo do funcionário é de quase 3 vezes o salário. Estudo da FGV mostra que trabalhador com salário de 730 reais custa mensalmente 2067.

3 América Latina O Gap em infraestrutura Custo Brasil A América Latina tem se atrasado na evolução de seu sistema de infraestrutura; A brecha em infraestrutura na AL cresceu em relação aos tigres asiáticos entre 40-50% em infraestrutura rodoviária, 50-60% em telecomunicações e % em capacidade de geração de energia elétrica; Gap para o Brasil é estimado em 37%.

4 Gap AL vs Ásia O Gap em infraestrutura Custo Brasil

5 Crescimento e infraestrutura O Gap em infraestrutura Custo Brasil

6 Custo Brasil O Gap em infraestrutura Custo Brasil O Custo Brasil descreve um conjunto de dificuldades estruturais que encarecem o investimento no Brasil, fazendo com que nossos produtos fiquem mais caros que os importados; Efeitos: reduz competitividade externa das indústrias nacionais, contribui para o aumento do desemprego e trabalho informal, sonegação de imposto e evasão de divisas; Estudo feito pela ABIMAQ estima que o Custo Brasil deixa o produto nacional 36,27% mais caro que o americano.

7 MP 595 A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas A medida provisória 595, ou Lei dos Portos, substitui a Lei de 1993; MP faz parte de um plano de investimentos do Governo de R$54,2 bilhões para portos lançados em dezembro, objetivando reduzir o frete em 20%; Busca maior eficiência e abre mais espaço para empresas privadas; Estabelece novas regras de concessão e relações trabalhistas.

8 Pano de Fundo A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas A lei autoriza a existência de portos privados que movimentariam a carga de terceiros somente como serviço complementar. Os portos de Cotegipe (CE), Itapoá (SC), Portonave (SC) e Embraport (SP) são denunciados no TCU. A Medida Provisória 595 chega para regularizar a situação desses portos.

9 Aprovação A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas A 4 horas e meia de perder a validade, a Lei foi aprovada na última quinta-feira, 16, após 41 horas de debates na Câmara, 8 no Senado, 10 sessões, e um texto de 50 páginas;

10 Aprovação A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas

11 Disputas A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Disputas entre o governo e a base aliada. No processo de negociação com os congressistas, o governo acertou a liberação de R$ 1 bilhão para atender as emendas parlamentares, prometeu cargos federais e pediu que sua tropa de choque atropelasse os prazos normais de discussão e votação. (Folha)

12 Disputas A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas DEM, PSDB e Psol pediram a intervenção do STF alegando que a pressa imposta pelo governo impossibilitaria o devido processo legislativo. A oposição exerceu um esforço de Terrorismo Legislativo. Anthony Garotinho (PR-RJ) acusa os colegas de fazerem acordos com lobistas para aprovar a Emenda Tio Patinhas.

13 Reclamações A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Reguladores de portos públicos reclamam que o Governo priorizou terminais privados; O sindicato dos estivadores entrará na justiça contra a medida. Portos públicos tem que contratar apenas filiados e incorrem em um custo adicional de 30% de mão de obra, enquanto privados contratam livremente; Dilma tem até 05/06 para decidir sobre vetos e já anunciou que alguns vão ocorrer.

14 Pontos Principais A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas

15 A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas

16 Outras mudanças A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Terminal indústria: espaços localizados fora dos portos públicos que vão servir para movimentação exclusiva de cargas desse tipo. Os portos privados poderão transportar cargas de terceiros; Arrendamento e concessões: Mantém a obrigação de licitação, mas elimina a parte do texto original que a concessão poderia abranger a exploração de todo o porto e as áreas em volta; Critérios para licitação: Maior eficiência (maior capacidade de movimentação de carga ou menor custo por unidade), antes operava-se por maior lance. A licitação será feita pela Agência de Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), podendo ser repassada para a administração do porto.

17 Outras mudanças A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Prazo: As autorizações terão prazo de 25 anos, prorrogáveis por períodos sucessivos caso as empresas cumpram metas de investimento na ampliação e infraestrutura do porto; Requerimento: Qualquer empresa pode participar do processo de licitação desde que oficializado em chamada pública e que não tenha participação societária acima de 5% na companhia de navegação marítima, exceto as públicas; Guarda portuária deve ser responsabilidade da administração de cada porto;

18 Críticas A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Abdib (Associação Brasileira de Indústrias de Base): As críticas remanescentes a MP são falsos dilemas. A diferença entre portos privados e públicos é praticamente insignificante. Destaca a importância dos Terminais Indústria. Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro): Defende a manutenção do poder deliberativo dos conselhos de autoridade portuária. Advoga pelo estabelecimento de portos 24 horas.

19 Perspectivas A Medida Provisória Repercussão Mudanças Críticas e Perspectivas Em portos de commodities, o Brasil possui o 1, 2 e 5 melhores portos, todos da Vale; Em portos de contêineres, o Brasil possui a 35 a posição entre 40; A burocracia é o principal empecilho. O Brasil tem o 106 pior índice entre 118 países. Aqui, o tempo de liberação de carga é de 5,5 dias, contra três no resto do mundo; Estima-se que com o plano do Governo em ação, o Brasil suba 20 posições.

20 para o Brasil

21 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário;

22 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público;

23 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público; 3 Privatização da infraestrutura;

24 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público; 3 Privatização da infraestrutura; 4 Tornar as leis trabalhistas mais dinâmicas;

25 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público; 3 Privatização da infraestrutura; 4 Tornar as leis trabalhistas mais dinâmicas; 5 Reduzir a burocracia;

26 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público; 3 Privatização da infraestrutura; 4 Tornar as leis trabalhistas mais dinâmicas; 5 Reduzir a burocracia; 6 Lidar com a falta de mão de obra qualificada;

27 para o Brasil 1 Estabelecer um novo sistema tributário; 2 Melhorar o custo-benefício do gasto público; 3 Privatização da infraestrutura; 4 Tornar as leis trabalhistas mais dinâmicas; 5 Reduzir a burocracia; 6 Lidar com a falta de mão de obra qualificada; 7 Criar uma cultura de excelência nos projetos e serviçoes públicos.

28 Obama afirma que guerra perpétua ao terrorismo está fadada ao fracasso. (Zero Hora) Dilma indica Luís Roberto Barroso para a vaga de Ayres Brito no STF. Desemprego fica em 5,8% em abril, mostra IBGE. (Globo) EUA podem restringir vistos permanentes para brasileiros. (R7)

29 Incêndio atinge depósito de combustíveis em Duque de Caxias (RJ). Assalariado com nível superior ganha em média 219% mais, diz IBGE. (G1) ONU revisa para baixo previsão de crescimento mundial para 2013 e Economia mundial deve crescer 2,3% este ano e 3,1% em Para o Brasil, ONU projeta PIB de 3% este ano e de 4,2% em (G1) Segundo FGV o índice de confiança do consumidor tem recuo de 0.4% sobre abril. (G1)