UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

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1 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar Renato Butsher Cruz São Paulo 2015

2 RENATO BUTSHER CRUZ Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação da Universidade São Judas Tadeu como requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação Física Orientador: Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza São Paulo 2015

3 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Universidade São Judas Tadeu Bibliotecário: Daiane Silva de Oliveira - CRB 8/8702 Cruz, Renato Butsher C957e Efeitos de Uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos wistar / Renato Butsher Cruz. - São Paulo, f. : il. ; 30 cm. Orientador: Romeu Rodrigues de Souza. Dissertação (mestrado) Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Exercício resistido. 2. Treinamento. I. Souza, Romeu Rodrigues. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física. III. Título CDD

4 Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação da Universidade São Judas Tadeu como requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação Física Área de concentração: Bases Biodinâmicas da Atividade Física Orientador:Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza São Paulo 2015

5 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome: Renato Butsher Cruz Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade São Judas como requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação Física Área de concentração: Bases Biodinâmicas da Atividade Física Orientador: Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza Data: / / Banca Examinadora Prof. Dr. Instituição Assinatura Julgamento: Prof. Dr. Instituição Assinatura Julgamento: Prof. Dr. Instituição Assinatura Julgamento:

6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Fotomicrografia eletrônica mostrando grânulos de peptídeos natriuréticos Figura 2 Fotomicrografia eletrônica com grânulos de peptídeos natriuréticos tipo A e tipo B Figura 3 Fotomicrografias eletrônicas de cortes de cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar mostrando poro nuclear, grânulos de ANP e de BNP, mitocôndrias, aparelho de Golgi, retículo endoplasmático, eucromatina, heterocromatina e núcleo do cardiomiócito Figura 4 Figura ilustrativa mostrando o treinamento aeróbio Figura 5 Equipamento utilizado para a realização do treinamento resistido Figura 6 Figura ilustrativa mostrando um dos animais realizando o treinamento resistido Figura 7 Fotomicrografia eletrônica utilizada para contagem dos grânulos de ANP e BNP Figura 8 Fotomicrografia eletrônica para determinação do diâmetro de um grânulo de ANP Figura 9 Gráfico representativo do número médio de grânulos de ANP por campo Figura 10 Gráfico representativo do número médio de grânulos de BNP Figura 11 Gráfico representativo do número médio de grânulos de ANP e BNP Figura 12 Gráfico representativo do diâmetro médio de grânulos de ANP Figura 13 Gráfico representativo do diâmetro de grânulos de BNP Figura 14 Gráfico representativo do tamanho médio de grânulos de ANP e BNP

7 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANP BNP CG ER E GA GR G HE ICB LEMI m mi N NPs PA Peptídeo natriurético atrial Peptídeo natriurético cerebral Grupo Controle Retículo endoplasmático Eucromatina Grupo treinamento aeróbio agudo Grupo treinamento resistido agudo Aparelho de Golgi Heterocromatina Instituto de Ciências Biomédicas Laboratório de Estudos Morfoquantitativos e Imunohistoquímicos Mitocôndrias Miofibrilas Núcleo Peptídeos Natriuréticos Pressão arterial Ran GTPase Ran guanosina trifosfato µm micrômetro nm USP nanômetro Universidade de São Paulo

8 Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar Autor: Renato Butsher Cruz Orientador: Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza Programa de mestrado strictu sensu em Educação Física - Universidade São Judas Tadeu RESUMO Os cardiomiócitos atriais sintetizam e secretam para a corrente sanguínea os hormônios Peptídeo Atrial Natriurético (ANP) e peptídeo natriurético cerebral (BNP). Ambos encontramse armazenados no citoplasma dos cardiomiocitos sob a forma de grânulos. Quando liberados na corrente sanguínea, inibem mecanismos vasoconstritores e aumentam a diurese e natriurese, diminuindo a pressão arterial. Na vigência de treinamento ocorre liberação tanto do ANP como do BNP para a corrente sanguínea, visando o controle da pressão arterial (PA), o que diminui a quantidade de grânulos no citoplasma dos cardiomiócitos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de uma sessão de treinamento agudo aeróbio ou resistido nos níveis atriais de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito em ratos Wistar. Foram utilizados três grupos com 5 animais por grupo: Grupo Controle (GC); Grupo treinado aeróbio agudo (GA) e Grupo treinado resistido agudo (GR). Os animais do GA realizaram corrida em esteira, com velocidade de 12 m/min, durante 60 minutos. Os animais do GR escalaram varias vezes uma escada também durante uma hora. O numero e o tamanho dos grânulos de ANP e BNP foram determinados em micrografias eletrônicas dos cardiomiócitos dos vários grupos. Foram feitas de cada animal dez micrografias eletrônicas com aumento de x para determinação da quantidade e do diâmetro dos grânulos por cardiomiócito. Os dados obtidos foram comparados estatisticamente pelo ANOVA e teste post hoc de Tukey (nível de significância: p 0,05). Os resultados obtidos mostram que: 1- Morfologicamente, observa-se a presença de grânulos em quantidade e diâmetros variados situados em sua maioria junto ao núcleo do cardiomiócito, em meio às organelas citoplasmáticas; 2- Tanto o treinamento aeróbio como o resistido promoveram alterações quantitativas nos grânulos de ANP e BNP: houve diminuição do número de grânulos tanto de ANP quanto de BNP após a realização dos treinamentos, quando

9 comparados com o grupo controle; os grupos treinados mostraram valores menores nos diâmetros dos grânulos tanto de ANP quanto de BNP quando comparados com o grupo controle após a realização dos treinamentos. Os resultados obtidos neste trabalho mostram que, no rato Wistar, a realização de treinamento aeróbio e resistido agudo promoveu alterações significantes nos níveis de ANP e BNP, nos cardiomiócitos do átrio direito provavelmente com o intuito de normalizar a elevação da pressão arterial sofrida durante a realização dos treinamentos. A conclusão foi de que ambos os tipos de treinamento promovem efeitos semelhantes tanto na quantidade como no diâmetro dos grânulos de ANP e BNP. Os dois tipos de treinamento promovem diminuição dos níveis de ANP e BNP nos cardiomiócitos do átrio direito, em relação ao grupo não treinado, significando a perda de ambos os tipos de NPs para a corrente sanguínea durante os treinamentos. Comparando as porcentagens de diminuição da quantidade de NPs entre os dois tipos de treinamento verificamos que foi maior no BNP (19,6%) do que no ANP (14,3%) e essa perda aconteceu no treinamento resistido. Os tipos de grânulos eliminados durante o treinamento foram os grânulos de maior dimensão e na mesma proporção em ambos os tipos de treinamento. Palavras-chaves: - Peptídeos natriuréticos, treinamentos de endurance agudo, treinamento de força agudo, célula muscular atrial, ratos

10 ABSTRACT Author: Renato Butsher Cruz Advisor: Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza EFFECTS OF ACUTE AEROBIC TRAINING OR RESISTANCE TRAINING ON THE LEVELS OF ANP AND BNP IN CARDIOMYOCYTES FROM A RAT MODEL The Atria cardiomyocytes synthesize and secrete the hormones Atrial Natriuretic Peptide (ANP) and Brain Natriuretic Peptide (BNP). Both hormones are stored in the cytoplasm of cardiomyocytes in the form of granules. When released into the bloodstream, inhibit vasoconstritor mechanisms and increase diuresis and natriuresis, decreasing the blood pressure (BP). During training both hormones are released to the blood stream, to control the BP, thus reducing the amount of granules in the cytoplasm of the cadiomyocytes. The objective of this study was to evaluate the effects of acute aerobic training, and acute resistance training in the atrium levels of ANP and BNP in right atrial cardiomyocyte in Wistar rats to see which peptide was released in larger quantities and the amount that was released to the blood stream. Three groups of five animals per group were used: Control Group (CG), Acute aerobic trained group (AG) and acute resistance trained Group (RG). The AG animals underwent treadmill running at speed of twelve meters per minute for sixty minutes. The Wistar rats in the RG scaled several times a ladder also for an hour. From each animal ten electron micrographs at x15, 000 were used to determine the diameter and the number of granules per cardiomyocyte. The data were analyzed statistically by ANOVA and Tukey post hoc test (significance level: p 0.05). The results shows that: 1- Morphologically, there is the presence of small and large granules in different quantities located mostly near the nucleus of cardiomyocytes, near of cytoplasmic organelles; 2- Both aerobic training and resistance training promoted quantitative changes in the granules of ANP and BNP: there was a decrease in the number of granules of ANP and BNP after training, when compared with the control group; the trained groups showed lower values of the diameters of the granules, when compared with the control group, after the training. The results of this study shows that in the Wistar rat, submmited to acute aerobic or resistance training caused significant changes in the levels of ANP and BNP in right atrial cardiomyocytes, probably in order to normalize high blood pressure suffered during training.

11 Key words: Natriuretic peptides, acute endurance training, strenght training, cardiac muscle cell, rats. The conclusion was that both types of training promote similar effects on both the quantity and the diameter of the granules ANP and BNP. The two types of training promote decreased levels of ANP and BNP in right atrial cardiomyocytes compared to the untrained group, meaning the loss of both types of NPs to the bloodstream during training. Comparing the reduction percentages of the number of NPs between the two types of training we found out that BNP was higher (19.6%) than in ANP (14.3%) and the loss happened at the resistance training. The types of beads that were eliminated during the training were the larger beads and in the same proportion in both types of training.

12 Sumário 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA Aspectos ultra-estruturais e funcionais dos cardiomiócitos atriais Mecanismo de liberação dos peptideos natriureticos Mecanismo de ação dos Peptídeos Natriuréticos no controle da pressão arterial Comportamento da pressão arterial durante o treinamento aeróbio e treinamento resistido Secreção de NPs nos treinamentos aeróbio e resistido Secreção de ANP OBJETIVOS MATERIAIS E MÉTODOS Amostra Treinamento aeróbio Treinamento resistido Obtenção e preparação do Material para Exame à Microscopia Eletrônica de Transmissão Análise Morfométrica Análise estatística RESULTADOS Quantidade de grânulos de ANP Quantidade de grânulos de BNP Diâmetro dos grânulos de ANP Diâmetro de grânulos de BNP DISCUSSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 42

13 13 Efeitos de uma sessão aguda de treinamento aeróbio ou resistido nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar 1. INTRODUÇÃO Os cardiomiócitos atriais apresentam no seu citoplasma grânulos de número e tamanhos variados, os quais contem o peptídeo natriurético atrial (ANP) e o peptídeo natriurético cerebral (BNP). Em micrografias eletrônicas, o ANP aparece como grânulos esféricos, regulares com limites nítidos, apresentando um halo claro em torno de uma área mais escura. Os grânulos de BNP não possuem halo, são geralmente menores do que os de ANP, evidenciando frequentemente a presença de espículas na sua superfície (CLERICO, IERVASI, CHICCA, 1998; DICSTEIN, 1998; MAEDA et al, 1998; MAISEL, RAWN, STEVENSON, 2001). O diâmetro dos grânulos atriais em ratos mede entre 100 e 250 nm e sofre variações em espécies diferentes ((KRYLOVA 2007; MAREI 2002; SKEPPER, NAVARATMAN, 1989). Tanto o ANP quanto o BNP tem função hipotensora. Assim, quando há aumento de pressão arterial, esses hormônios são liberados para a corrente sanguínea (BAKOWSKI, WOZAKOWSKA, OPOLSKI, 2009). Uma vez na corrente sanguínea, os peptídeos atuam nos vasos sanguíneos inibindo a vasoconstrição e atuam nos túbulos renais, aumentando a diurese e a natriurese tendo como consequência a queda da pressão arterial (KANGAWA, MATSUO, 1984; DE BOLD, 1985; SUGAWARA, NAKAO, MORII, 1985; MUNAGALA, BURNETT, REDFIELD, 2004). Trabalhos mostram que no exercício, ocorrem alterações na concentração plasmática de ANP, (BARLETTA et al., 1998; OHBA et al., 2001; ENGELMAN et al., 2004; VOGELSANG et al., 2006). Durante a realização de treinamento aeróbio ou resistido, a pressão arterial sistólica (PAS) aumenta diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco (PÁSSARO, GODOY, 1996). No treinamento aeróbio a elevação da pressão arterial (PA) é menor do que durante a realização de treinamento resistido (FLETCHER et al, 1995). Diante do aumento da PA, vários mecanismos são colocados em ação para diminuir seu valor logo após o treinamento. Um destes mecanismos é a liberação de ANP e BNP na circulação tanto em humanos como em animais (TANAKA, et al, 1986; EDWARDS, 2002). Sabe-se que tanto no treinamento resistido quanto no aeróbio agudo ocorre aumento de pressão arterial, o qual exige a participação de mecanismos de controle. Embora se conheça a participação dos peptídeos natriuréticos no controle da PA, não há informações na literatura

14 14 sobre o comportamento dos peptídeos ANP e BNP frente a uma sessão de treinamento agudo, seja aeróbio ou resistido. Os efeitos de diferentes tipos de treinamento crônico nos níveis de ANP e BNP dos cardiomiócitos atriais têm sido descritos na literatura. Como se pode constatar, a literatura apresentada não contempla trabalhos sobre efeitos de treinamento agudo, seja aeróbio ou resistido, sobre os níveis de peptídeos natriuréticos (NPs) nos cardiomiócitos atriais. A morfometria é um método de morfologia quantitativa que permite determinar com precisão os efeitos de diferentes fatores sobre a quantidade de grânulos de ANP e BNP dos cardiomiócitos atriais (KAJSTURA et al, 1996). Os métodos morfométricos atuais são acurados e eficientes na determinação da quantidade de grânulos de ANP e BNP sob diferentes e variadas condições (ÁGUILA et al, 1998). O trabalho se justifica primeiro pela ausência de informações sobre o tema e segundo pela importância de se conhecer os diferentes fatores que atuam nos mecanismos de controle da pressão arterial durante a realização de diferentes tipos de treinamentos. Este trabalho experimental tem o objetivo de avaliar quantitativamente o ANP e o BNP dos cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar, antes a após uma sessão de treinamento aeróbio ou resistido.

15 15 2. REVISÃO DA LITERATURA Os cardiomiócitos atriais e ventriculares produzem e secretam na corrente sanguínea os hormônios Peptídeo Atrial Natriurético (ANP), e Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP) (ENGELMANN et al, 2005; MIFUNE et al 1991). Esses peptídeos ficam armazenados sob a forma de grânulos esféricos de tamanhos variados de 150 a 250 nm no citoplasma dos cardiomiócitos dos átrios, (KRYLOVA 2007; MAREI 2002; SKEPPER, NAVARATMAN, 1989), (Fig.1). Os grânulos que contém o ANP são também denominados do tipo A e os que contem BNP do tipo B. Figura 1- Fotomicrografia eletrônica de cardiomiócito do átrio direito de rato Wistar com pequeno aumento, mostrando grânulos de peptídeos natriuréticos de tamanhos variados (setas) dispersos no citoplasma do cardiomiócito. Numerosas mitocôndrias (m) podem ser vistas distribuídas no citoplasma do cardiomiócito bem como miofibrilas (mi) com seu aspecto característico mostrando vários sarcômeros, separados por linhas Zs. N- Núcleo. A descoberta dos NPs deu-se na década de 50. Inicialmente verificou-se que os cardiomiócitos atriais e auriculares cardíacos possuíam uma substância capaz de reduzir a pressão arterial sistêmica ao induzir a natriurese e diminuir a volemia. Posteriormente, observou-se a presença de grânulos no citoplasma dos cardiomiócitos atriais. Os grânulos de ANP foram descritos pela primeira vez por Bruno Kisch em 1956 (SILVA et al, 2003) em cobaias. A seguir, constatou-se que esses grânulos continham uma substância

16 16 química que atuava como fator natriurético. Assim, a substância passou a ser denominada de Fator Natriurético Atrial e posteriormente, Peptídeo Natriurético Atrial (PALADE et al, 1961), (figura 2). Figura 2- Fotomicrografia eletrônica de cardiomiócito do átrio direito de rato Wistar, mostrando grânulos de peptídeos natriuréticos tipo A (seta) e tipo B (cabeça de seta). Os grânulos de BNP foram descobertos recentemente sendo também conhecidos como grânulos que contem o peptídeo natriurético cerebral (reconhecido pela sigla BNP, de Brain Natriuretic Peptide) (figura 2). O BNP foi identificado inicialmente no cérebro de macacos. Em humanos, o BNP também é liberado pelos átrios e ventrículos cardíacos, em resposta a uma sobrecarga de pressão ou volume no sistema circulatório e, assim como o ANP, promove aumento da diurese e vasodilatação (DICSTEIN, 1998; MAEDA et al, 1998; MAISEL, RAWN, STEVENSON 2001), sendo portanto um hormônio, como o ANP, com efeito hipotensor. Em resumo, a secreção de ANP e BNP para a corrente sanguínea é desencadeada pelo aumento da pressão contra as paredes atriais devido ao aumento da pressão arterial. Uma vez na corrente sanguínea, os Peptídeos Natriuréticos atuam nos vasos sanguíneos inibindo mecanismos vasoconstritores e nos túbulos renais aumentando a diurese, tendo como consequência à queda

17 17 da pressão arterial (KANGAWA, MATSUO, 1984; MUNAGALA, BURNETT, REDFIELD, 2004). 2.1 Aspectos ultra-estruturais e funcionais dos cardiomiócitos atriais Os cardiomiócitos atriais, produtores de ANP e BNP, possuem um núcleo central, organelas citoplasmáticas bem evidentes, como por exemplo, o aparelho de Golgi, mitocôndrias e retículo endoplasmático, além da presença dos peptídeos natriuréticos atriais sob a forma de grânulos de tamanhos variados (Fig. 3). Os componentes nucleares e citoplasmáticos do cardiomiócito estão envolvidos na produção e liberação do ANP e BNP, especialmente a cromatina nuclear, os poros da membrana nuclear, o aparelho de Golgi, mitocôndrias e retículo endoplasmático. Por esse motivo, esses componentes foram denominados por alguns autores de aparelho secretor do cardiomiócito (MAKSIMOV et al, 2004). Figura 3 Imagem própria. Fotomicrografias eletrônicas de cortes de cardiomiócitos do átrio direito de ratos Wistar mostrando poro nuclear (seta preta, em a), grânulos de ANP (setas brancas) e de BNP (cabeças de setas), mitocôndrias (M), aparelho de Golgi (G, em a), retículo endoplasmático (ER), eucromatina (E), heterocromatina (HE) e núcleo do cardiomiócito (N). O aparelho de Golgi e o retículo endoplasmático aparecem com seu aspecto característico constituído por membranas interligadas.

18 18 A produção de NPs depende de mecanismos celulares como a transcrição e formação contínua de novas moléculas (RODRIGUEZ e BJERLIN 2013). O processo de transcrição depende da membrana nuclear para realização da saída do RNAm do núcleo para o citoplasma, assim como o transporte de proteínas, fatores estes, dependentes dos poros da membrana nuclear (KATTA et al 2013). O transporte de proteinas ocorre através de uma outra proteína denominada Ran guanosina trifosfato (Ran GTPase), responsável pela regulação de vários processos, dentre os quais o transporte de substancias do núcleo para o citoplasma, mitose, formação de envelope nuclear e principalmente a biogênese dos poros da própria membrana nuclear (BIRD et al 2013). Segundo Seedorf et al (1998), a participação da Ran GTPase no transporte de proteínas entre o núcleo e o citoplasma é crucial tanto para síntese proteíca quanto para a síntese do próprio DNA. A maior parte dos grânulos de NPs encontra-se próximo aos componentes citoplasmáticos dos cardiomiócitos (CAVALLINI et al, 1994; FEDERICO, 2010; KLAIBER, et al, 2011) (Fig. 3). Da mesma forma, os grânulos estão geralmente situados próximo ao núcleo, sendo que uns poucos estão espalhados pelo citoplasma (TOYOSHIMA et al, 1996). Os átrios direito e esquerdo tem uma distribuição quantitativa diferente desses grânulos. Há maior número de grânulos nos cardiomiócitos do átrio direito do que nos do esquerdo (GAMA et al, 2007). Logo após sua descoberta, especulou-se qual seria a função dos grânulos atriais. Para verificar a função do ANP dos grânulos, De Bold et al (1981) prepararam extrato de átrios e injetaram em peritônio de ratos. Observaram aumento na diurese, excreção renal de sódio, diminuição da pressão arterial e aumento do hematócrito nos animais que receberam o extrato atrial. A partir dessa descoberta, numerosos trabalhos têm sido realizados sobre os cardiomiócitos atriais e sobre os grânulos de ANP em várias situações. Posteriormente, vários trabalhos foram realizados sobre os NPs, tanto do ponto de vista morfológico como funcional, confirmando os achados iniciais. Embora esteja também presente nos cardiomiócitos atriais, o BNP é produzido principalmente no cérebro e tem uma vida curta, de apenas 22 min, conforme estudo de Maisel et al (2001). É considerado como um hormônio de emergência do coração, refletindo o momento atual de

19 19 sobrecarga ventricular (VILLACORTA et al, 2002). Por esse motivo, dosagens do BNP têm sido utilizadas para diagnóstico e prognóstico de cardiopatias (SILVA et al, 2003; ENGELMANN et al, 2005). 2.2 Mecanismo de liberação dos peptideos natriureticos Considera-se que o estímulo para a liberação dos NPs seja o hiper estiramento das paredes dos átrios, o qual, fisiologicamente resulta do aumento da pressão no interior do sistema cardiovascular ( VOEUX, 2002). O aumento da pressão intra-atrial pode ocorrer por expansão de volume, agentes constritores, imersão em água, taquicardia atrial e dieta rica em sais, conforme Viana (1991), o que pode promover o estiramento dos átrios e a liberação dos NPs para a corrente sanguínea. Entre os vários fatores que promovem a liberação do NPs são citados: treinamento, hipóxia, isquemia e aumento do estresse (FLATO et al, 2009). É conhecido que a liberação das moléculas de NPs dos cardiomiócitos se dá por mecanismo de exocitose (GAMA et al 2007). O material é expelido da célula e entra na corrente sanguínea. 2.3 Mecanismo de ação dos Peptídeos Natriuréticos no controle da pressão arterial Uma vez liberados pelos átrios, os NPs penetram na circulação e atuam nos rins, causando aumento de filtração glomerular e diminuição da reabsorção de sódio pelos ductos coletores. Essas ações combinadas dos NPs levam à excreção aumentada de sal e de água, o que promove a diminuição do excesso de volume sanguíneo, o que tem como conseqüência a queda da pressão arterial (VOEUX, 2002). Os NPs tem participação ainda em outras atividades fisiológicas, dentre as quais são citadas a inibição da liberação de renina, aldosterona e hormônio antidiurético e participação no ritmo de filtração glomerular e da excreção renal de água e de outros eletrólitos (SOUZA, AIRES, 1997). Além das ações hipotensora, natriurética e diurética dos NPs também é atribuído a estes peptídeos função de inibição do sistema renina-angiotensina, do fluxo simpático e da proliferação celular endotelial e do músculo liso da parede dos vasos (FLATO et al, 2009). 2.4 Comportamento da pressão arterial durante o treinamento aeróbio e treinamento resistido É conhecido que, diferentes tipos de treinamento têm sido amplamente recomendados quando se fala em promoção de saúde. No treinamento aeróbio, ocorre um estresse fisiológico no

20 20 organismo em função do grande aumento da demanda energética em relação ao repouso, o que provoca grande liberação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistêmico (MORAES et al., 2005). Durante a realização do treinamento aeróbio a pressão arterial sofre aumento em seus valores conforme Brum et al (2004) e após o treinamento, ocorre diminuição da PA. O treinamento resistido é também conhecido como treinamento de musculação (treinamento localizado contra resistência) induzindo resposta cardiovascular específica, ou seja, aumento da frequência cardíaca, e principalmente, elevação da pressão arterial, que aumenta à medida que o treinamento se repete (FORJAZ et al, 2003). De fato, elevações pressóricas de cerca de 60/50 mm Hg para a pressão arterial sistólica/diastólica foram observadas em indivíduos normotensos, que realizam movimentos de extensão de pernas em mesa romana com carga correspondente a 80% da carga voluntária máxima (BRUM et al, 2004). 2.5 Secreção de NPs nos treinamentos aeróbio e resistido Secreção de ANP Estudos realizados têm demonstrado que os níveis de ANP sanguíneos sofrem alterações durante os diferentes tipos de treinamentos e com o tempo de sua realização. Os exemplos a seguir demonstram este fato. Os níveis sanguíneos de ANP estavam significativamente elevados, tanto após treinamento aeróbio de curta duração, conforme estudos de Tanaka et al, (1986); Saito et al, (1987); Thamsborg et al, (1987), como após treinamento de longa duração, como mostrado nos estudos de Lijnen et al (1987) e Pastene, (1996), quando comparados aos valores de repouso. Em outro estudo, foi demonstrado que os níveis plasmáticos de ANP apresentaram um aumento significante depois de uma ultramaratona de 100 km em 10 indivíduos masculinos saudáveis (OHBA et al, 2001). Estudo realizado por Follenius e Brandergerger, (1988), constatou aumento nos níveis de ANP no sangue de atletas após 30 minutos de treinamento aeróbio. Ao término do treinamento, os níveis sanguíneos de ANP diminuíram imediatamente. Estudo realizado por Fareh et al, (1992), mostrou que o conteúdo de ANP dos átrios diminuiu significantemente em cerca de 35% (p < 0,05) após 5 semanas de treinamento aeróbio. Além disso, grânulos de forma difusa (grânulos imaturos de ANP) não foram encontrados nos cardiomiócitos dos animais treinados, enquanto que grânulos de forma definida estavam

21 21 presentes especialmente nos cardiomiócitos do átrio esquerdo. Os autores concluem a partir destes resultados que o treinamento crônico causa uma diminuição na síntese do ANP sem alterar as suas reservas nos átrios. Barletta et al, (1998), submeteram 8 indivíduos saudáveis a treinamento de bicicleta e preensão palmar. Observaram um aumento significativo dos níveis de ANP plasmático em 236% durante o treinamento de bicicleta e 77% no treinamento de preensão palmar. Durante o treinamento aeróbio moderado com os membros superiores e membros inferiores na posição vertical comparada com posição supina, Vogelsang et al, (2006), observaram que embora não tenha ocorrido mudança da pressão arterial média, a concentração do ANP no plasma aumentou significantemente na posição vertical. Os autores não explicam as causas. Em trabalho recente, Chien et al, (2008), demonstraram que em ratos da linhagem Sprague- Dawley treinados em esteira com diferentes intensidades de treinamento por oito semanas o ANP plasmático aumentou gradualmente conforme a intensidade do treinamento. A quantidade de ANP nos cardiomiócitos aumentou tanto nos grupos treinados com moderada quanto nos de alta intensidade de treinamento. Os autores concluíram que as alterações dos níveis de ANP plasmático tendem a aumentar gradualmente com o aumento da intensidade do treinamento. Ou seja, treinamentos de moderada e alta intensidade, segundo esses autores aumentam a síntese e o armazenamento de ANP nos cardiomiócitos. Por outro lado no treinamento resistido o miocárdio é submetido a períodos curtos de atividade intensa, quando então ocorre discreta elevação do débito cardíaco com uma acentuada elevação da pressão arterial (ANDERSON et al 1987; BRUM et al, 2004). A literatura consultada não refere trabalhos mostrando os efeitos do treinamento resistido nos níveis de ANP nos cardiomiócitos Secreção do BNP Durante a atividade física, vários mecanismos morfofisiológicos são ativados para manter a homeostase frente à sobrecarga. Em relação ao BNP, foi observado aumento significativo de seus níveis plasmático em corredores de elite, bem como em atletas participantes de ultramaratona. Os autores sugerem que este aumento pode ser atribuído parcialmente às lesões do miocárdio durante a competição (BARLETTA et al, 1998).

22 22 Foi também avaliado o nível do BNP durante exercício com bicicleta e preensão palmar em indivíduos do sexo masculino saudáveis. O nível de BNP no sangue, durante o exercício com bicicleta aumentou em 41% enquanto no exercício com preensão palmar aumentou em 30 %. Estes dados sugerem que durante os exercícios a liberação de BNP é regulada de forma distinta do ANP (BARLETTA et al, 1998). Em atletas em repouso os níveis de BNP no plasma são mais elevados que os níveis de ANP. Outro estudo demonstrou aumento na resposta dos níveis de BNP em atletas de ultramaratona, antes e após a prova (OHBA et al, 2001)

23 23 3. OBJETIVOS O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar os efeitos do treinamento resistido agudo e aeróbio agudo sobre os níveis de ANP e BNP do átrio direito de ratos Wistar. O objetivo específico se compõe de uma análise quantitativa do número, diâmetro e tipos de grânulos atriais, de ANP e BNP em uma única sessão de treinamento resistido ou aeróbio.

24 24 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Amostra Para a realização deste trabalho foram utilizados 15 ratos Wistar machos jovens com três meses de idade pesando 230 ± 25g, fornecidos pelo Instituto Butantã. Os animais foram mantidos em gaiolas coletivas (cinco em cada) em ambiente com temperatura de 23ºC e por possuírem hábitos noturnos onde a iluminação pode interferir na produção hormonal dos animais foi utilizado o protocolo de ciclo claro-escuro invertido, controlado de 12 horas, o ciclo claroescuro respeita o ciclo ativo dos animais. Esse período do estudo aconteceu no biotério do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). Os ratos tiveram livre acesso à dieta contendo 52% de carboidratos, 21% de proteínas e 4% de lípides (NUVILAB CR1, NUVTAL Nutrientes LTDA, Curitiba, PR) e receberam água ad libitum. A análise das imagens e as medidas foram realizadas no laboratório de morfometria da Universidade São Judas Tadeu (Estudo quantitativo). Os animais foram distribuídos aleatoriamente nos três diferentes grupos seguintes, com 5 animais em cada grupo: Grupo Controle sedentário (GC) Grupo treinamento aeróbio agudo (GA) Grupo treinamento resistido agudo (GR) 4.2 Treinamento aeróbio No período de adaptação os animais do grupo GA foram condicionados a correr na esteira durante três dias consecutivos, antes do início do protocolo. Após serem colocados na esteira, correram durante 15 minutos nesta fase (Fig. 4). No dia seguinte após a fase de adaptação os animais foram submetidos a uma sessão de corrida em esteira por uma hora sem interrupção com velocidade de 12m/min., durante 60 minutos (MEEUSEN ET AL, 1996).

25 25 Figura 4- Treinamento aeróbio dos animais 4.3Treinamento resistido Os ratos deste grupo foram igualmente submetidos a um período de adaptação com o equipamento durante três dias. O equipamento utilizado para a execução do treinamento foi construído conforme descrito por Hornberger, Farrar (2004). Tal equipamento consiste numa escada de madeira medindo 110 cm de altura, com degraus de ferro e inclinação de 80 graus (Fig. 5). Os animais escalaram o equipamento com a finalidade de alcançar uma área de descanso no topo. Os animais foram condicionados a escalar o equipamento colocando-os no degrau inferior e empurrando-os para que subissem a escada. Isso foi feito até que eles espontaneamente subissem a escada ao serem colocados no primeiro degrau.

26 26 Figura 5 - Equipamento utilizado para a realização do treinamento resistido pelos animais. O equipamento foi confeccionado em madeira com degraus de ferro. A altura do equipamento é de 110 cm com inclinação de 80º (HORNBERGER E FARRAR, 2004). Cada animal foi estimulado a subir os degraus até atingir a área de descanso no topo da escada. O treinamento resistido dos animais foi realizado durante o período da manhã, com uma única sessão com duração de uma hora. Os animais realizaram o treinamento com pesos de chumbo atrelados à cauda por uma fita adesiva, segundo uma adaptação do protocolo de treinamento de força proposto por Hornberger e Farrar (2004). Cada rato realizou seis escaladas consecutivas com uma carga equivalente a 50% do peso corpóreo, o que representa o mesmo índice de carga relativa de treinamento para cada animal (Fig. 6). Após cada seis escaladas era feito um intervalo de descanso de 2 minutos e reiniciavam-se as escaladas.

27 27 Figura 6 Figura ilustrativa mostrando um dos animais realizando o treinamento resistido com pesos atrelados à cauda. Ao final do período de treinamento, todos os animais foram eutanasiados por decapitação. O coração foi imediatamente retirado da cavidade torácica e lavado com solução fisiológica. O protocolo de eutanásia dos animais foi submetido à Comissão de Bioética da Universidade de São Paulo, tendo sido aprovado. 4.4 Obtenção e preparação do Material para Exame à Microscopia Eletrônica de Transmissão Após a eutanásia por decapitação, foi feito uma toracotomia com uma incisão mediana. Aberta a cavidade, foi aberto o pericárdio, retirado o coração através de secção dos vasos da base e na sequência foram separados os ventrículos dos átrios por uma incisão no sulco atrioventricular. Posteriormente os átrios direitos foram separados dos esquerdos e reduzidos a fragmentos de

28 28 aproximadamente 5mm³ pelo uso de uma lâmina de barbear nova. Os fragmentos foram imediatamente colocados em solução fixadora de glutaraldeído a 2,5% em solução tampão fosfato (0,2M, ph 7,3) durante três horas. A seguir, foram lavados três vezes com a mesma solução tampão por 5 minutos cada vez, e colocados subsequentemente em uma solução de tetróxido de ósmio a 1% em tampão fosfato durante 2 horas. Os fragmentos permaneceram durante a noite no acetato de uranila a 0,5% e, após serem lavados com o tampão foram desidratados em séries crescentes de álcoois e óxido de propileno, durante 8 horas, sob rotação. A seguir, os fragmentos foram incluídos em resina pura durante 5 horas e finalmente deixados na mesma resina a 60ºC durante cinco dias. Os cortes ultrafinos foram obtidos com uma faca de diamante, em ultramicrótomo (Sorvall MT-2), e após serem contrastados com acetato de uranila e citrato de chumbo foram fotografados ao microscópio eletrônico de transmissão (Jeol, ICB, USP) e analisados no Laboratório de Estudos Morfofuncionais da Universidade São Judas Tadeu. 4.5 Análise Morfométrica Grânulos de ANP e BNP. Os grânulos de ANP e BNP foram contados e seus tamanhos medidos em grupos de dez micrografias eletrônicas por animal, que foram obtidas por amostragem aleatória sistemática de campo citoplasmático de área conhecida (36µm²) e de tamanho padronizado, sempre à direita do núcleo, examinadas com ampliação final de x15000 para medida da área e quantificação dos grânulos de ANP e BNP por fotomicrografia (dez micrografias) (Figura 7). O número de grânulos presentes por campo foi determinado e o seus diâmetros foram medidos em nanômetros, (figura 8), usando o programa de análise de imagem computadorizado (Axio Vision, Zeiss). Um total de 150 campos (micrografias) foram analisados nos três grupos de animais. Foram obtidos o número de grânulos de ANP e BNP secretados pelos cardiomiócitos nos dois tipos de treinamentos e grupo controle, tipos de grânulos de ANP e BNP secretados nos diferentes tipos de treinamentos.

29 29 Figura 7 Fotomicrografia eletrônica utilizada para contagem dos grânulos de ANP (setas brancas) e BNP (setas pretas) e medida de seus diâmetros. N- núcleo; M- mitocôndrias; m- miofibrila. Figura 8 Fotomicrografia eletrônica, ampliada para ilustração de como foi utilizada para determinação do diâmetro de um grânulo de ANP.

30 Análise estatística Os resultados estão expressos como média e desvio padrão. Após as contagens e medidas dos grânulos, foram construídos os gráficos correspondentes. As análises foram realizadas através de comparações entre o grupo controle e os grupos que receberam os diferentes tratamentos. Dado que os resultados são paramétricos, foi aplicado o teste de análise de variâncias múltiplas (ANOVA) e a seguir o teste de Tukey. As médias e desvios-padrões dos três grupos foram calculados e comparados estatisticamente. Valores de p 0.05, são considerados significantes.

31 31 5. RESULTADOS 5.1 Quantidade de grânulos de ANP A figura 9 demonstra que há uma diminuição na quantidade média de grânulos de ANP presentes nos cardiomiócitos atriais do grupo aeróbio quando comparados com o grupo controle (p=0,00). Da mesma forma, ao se comparar o grupo controle com o grupo de treinamento resistido foi observado diferença, (p=0,00), ou seja, a quantidade de grânulos de ANP diminuiu no grupo de treinamento resistido. A comparação entre os grupos treinados aeróbio x resistido não evidenciou diferença significativa entre as médias de grânulos presentes no citoplasma dos cardiomiócitos (p= 0,26). A quantidade de ANP no grupo treinamento aeróbio diminuiu 60,9% em relação ao grupo controle. Quando comparamos o grupo controle com o grupo que realizou o treinamento resistido observamos uma diminuição de 75,2% na quantidade de ANP no grupo que realizou o treinamento. A diferença entre os grupos que realizaram treinamento mostra uma perda maior de ANP no grupo de treinamento resistido na ordem de 14,3% em relação ao grupo de treinamento aeróbio. A figura 9 é o gráfico representativo da quantidade média de ANP presente no cardiomiócito dos animais dos grupos controle, aeróbio e resistido. Figura 9-Gráfico representativo do número médio de grânulos de ANP por campo nos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido), com média e desvio padrão.

32 Quantidade de grânulos de BNP A média de grânulos de BNP no grupo controle é maior do que nos outros dois grupos estudados. A figura 10 mostra que existe diferença na quantidade média de grânulos de BNP presentes no interior do cardiomiócito atrial do grupo controle quando comparado com o grupo que exerceu treinamento aeróbio (p=0,00). Quando comparamos o grupo controle com o grupo de treinamento resistido também observamos diferença, (p=0,00), na quantidade média de grânulos de BNP presentes no interior do cardiomiócito. E quando comparamos o grupo de treinamento aeróbio com o grupo de treinamento resistido também observamos diferença estatistica (p=0,04). Ou seja, a quantidade média de grânulos de BNP presentes nos cardiomiócitos atriais difere dependendo do tipo de treinamento exercido. No treinamento resistido a quantidade de BNP no cardiomiocito é menor do que a quantidade de grânulos presentes no cardiomiócito dos animais que praticaram treinamento aeróbio sugerindo que no treinamento resistido os cardiomiócitos secretam uma quantidade maior de NPs na corrente sanguínea. A figura 10 é o gráfico representativo da quantidade média de BNP presente nos cardiomiócitos dos animais dos grupos controle, aeróbio e resistido. A comparação entre o grupo controle com o grupo treinamento aeróbio mostra uma diminuição de 38,1% na quantidade média de grânulos de BNP no grupo que realizou o treinamento. Podemos observar que houve uma diminuição de 68,1 % na quantidade de BNP no grupo que realizou treinamento resistido quando comparamos com o grupo controle. Já no grupo que realizou treinamento resistido a diminuição de BNP foi 48,5 % em relação ao grupo de treinamento aeróbio. A diferença entre os grupos que realizaram ambos os tipos de treinamento mostra uma perda maior de BNP no grupo de treinamento resistido na ordem de 19,6% em relação ao grupo de treinamento aeróbio.

33 33 Figura 10- Gráfico representativo do número médio de grânulos de BNP por campo nos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido), com média e desvio padrão. A figura 11 mostra a quantidade média de grânulos de ANP e BNP nos cardiomiócitos, de forma conjunta, para efeito de comparação. Figura 11 -Gráfico representativo do número médio de grânulos de ANP e BNP por campo nos cardiomiócitos dos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido).

34 34 Comparando as diferenças das perdas de NPs entre os dois tipos de treinamento verificamos que foi maior no BNP (19,6%) do que no ANP (14%) e essa perda aconteceu no treinamento resistido. 5.3 Diâmetro dos grânulos de ANP Na figura 12 pode ser observado que existe diferença no diâmetro médio dos grânulos de ANP presentes no interior dos cardiomiócitos atriais do grupo controle quando comparado com o tamanho médio de grânulos de ANP do grupo treinamento aeróbio (p=0,00), ou seja, o diâmetro dos grânulos de ANP no grupo que realizou treinamento aeróbio é 37,9% menor do que no grupo controle. Quando comparamos o tamanho médio de grânulos de ANP do grupo controle com o grupo de treinamento resistido observamos diferença semelhante (p=0,00), a diminuição no diâmetro do grânulo no treinamento resistido é de 40,7%. Ao comparar a média de tamanho dos grânulos do grupo de treinamento aeróbio com o resistido observamos uma diminuição de 2,8 % no diâmetro do grupo de treinamento resistido, (p=1,00). Como pode ser visto na figura 12, o diâmetro médio dos grânulos de ANP no grupo controle é maior que nos outros dois grupos. No treinamento aeróbio o diâmetro médio dos grânulos de ANP é maior que dos grânulos do treinamento resistido, porém não existe diferença significante quando comparados, entre si, os dois tipos de treinamento. Figura 12 -Gráfico representativo do diâmetro médio de grânulos de ANP por campo nos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido), com média e desvio padrão.

35 Diâmetro de grânulos de BNP A figura 13 demonstra que existe diferença no tamanho médio dos grânulos de BNP presentes no interior dos cardiomiócitos atriais do grupo controle quando comparado com o tamanho médio de grânulos de BNP dos grupos treinamento aeróbio e treinamento resistido. No gráfico pode ser observado que o tamanho médio dos grânulos de BNP no grupo controle é maior quando comparado com o do grupo treinamento aeróbio (p=0,00). Essa diferença representa uma diminuição de 30,3% no diâmetro do grânulo do grupo que realizou treinamento. Diferença semelhante pode ser observada quando comparamos o grupo controle com o grupo treinamento resistido (p=0,00), onde a diminuição do diâmetro dos grânulos no grupo que realizou treinamento resistido é de 27,6%. A comparação entre o grupo de treinamento aeróbio com o grupo de treinamento resistido não mostra diferença estatisticamente significativa. No treinamento aeróbio o tamanho médio dos grânulos de BNP foi 2,7% menor que o dos grânulos do treinamento resistido que apresentam diâmetro maior, porém não existe diferença no tamanho médio quando são comparados entre si os dois tipos de treinamento p >0,05. Figura 13- Gráfico representativo do tamanho médio de grânulos de BNP por campo nos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido), com média e desvio padrão. A figura 14 mostra os valores médios do tamanho dos grânulos de ANP e BNP, para uma visão conjunta dos dados obtidos.

36 Figura 14- Gráfico representativo do tamanho médio de grânulos de ANP e BNP nos três grupos estudados (controle, aeróbio, resistido). 36

37 37 6. DISCUSSÃO No presente estudo, procuramos verificar os efeitos de uma sessão aguda de treinamento resistido ou aeróbio nos níveis dos peptídeos natriuréticos ANP e BNP dos átrios cardíacos, utilizando como modelo animal o rato Wistar. Os resultados deste estudo mostraram que não existe diferença significativa na quantidade de grânulos de ANP entre os grupos treinados, significando que houve secreção de NPs dos cardiomiócitos durante a realização dos dois tipos de treinamentos. Isso sugere que o estiramento da musculatura do coração frente a prática de treinamento tanto aeróbio como resistido induza o mesmo tipo de efeito na parede do cardiomiócito atrial promovendo a secreção dos NPs na corrente sanguínea, na mesma quantidade média, seja no treinamento aeróbio seja no resistido. Estes dados corroboram com os estudos realizados anteriormente por Tanaka et al, (1986); Saito et al, (1987); Thamsborg et al, (1987); Follenius e Brandergerger, (1988), pois os resultados mostraram que os níveis sanguíneos de ANP estavam significativamente elevados, quando comparados aos valores de repouso, tanto após treinamento aeróbio de curta duração como após treinamento de longa duração, como também demonstrado pelos estudos de Lijnen et al (1987) e Pastene, (1996). Em relação aos mecanismos pelos quais ocorre a liberação dos NPs para a corrente sanguinea durante a realização de atividade física, sabe-se que sua liberação tanto no treinamento aeróbio quanto no resistido ocorre devido ao estímulo de encurtamento da musculatura do átrio (CHO et al, 1991). A contração da musculatura atrial por si só é um estímulo suficiente para que ocorra a liberação dos NPs, mas a somatória de contração e o estímulo extrínseco, ativam ambas as cavidades atriais de forma mais eficaz (SKEPPER et al, 1989). Vários estudos demonstraram a relação de treinamento aeróbio e secreção de ANP. Todos confirmam o aumento dos níveis de ANP na corrente sanguínea, com o intuito de controle da PA, que se eleva durante o treinamento (TANAKA et al, 1986; SAITO et al, 1987; THAMSBORG et al, 1987, FOLLENIUS E BRANDERGERGER, 1988, FAREH et al, 1992, OHBA et al, 2001; ENGELMANN et al, 2005; VOGELSANG et al, 2006). Nossos resultados

38 38 confirmam esses achados ao demonstrarem diminuição dos níveis de ANP nos cardiomiócitos nos animais que realizaram o treinamento aeróbio. Da mesma forma outros trabalhos demonstraram o aumento dos níveis de BNP sanguíneos durante a realização de treinamento aeróbio, Barletta et al, 1998; Ohba et al, (2001), o que está de acordo com nossos achados ao demonstrarmos diminuição dos níveis deste peptídeo nos cardiomiócitos após a realização do treinamento. Após a sessão de treinamento aeróbio de baixa ou moderada intensidade ocorre queda estendida na PA. Isso depende, basicamente, de uma diminuição do débito cardíaco associado à redução do volume sistólico (NEGRÃO; RONDON, 2001). O aumento da excreção urinária de sódio e, consequentemente, a diminuição da atividade da renina plasmática são respostas que têm sido utilizadas para explicar a diminuição da PA após exercício físico aeróbico (HADDAD et al., 1997). O efeito agudo dessa prática, do ponto de vista hemodinâmico para a diminuição na PA após uma única sessão de treinamento aeróbio, somente poderia ser explicado por uma queda na resistência vascular periférica total ou por uma redução no débito cardíaco (NEGRÃO; RONDON, 2001; ALEX et al., 2007). Estudos de Kangawa, Matsuo, (1984); Munagala, Burnett, Redfield (2004), mostram que uma vez na corrente sanguínea, os Peptídeos Natriuréticos atuam nos vasos sanguíneos inibindo mecanismos vasoconstritores e nos túbulos renais aumentando a diurese, tendo como consequência à queda da pressão arterial, fato este que confirma o achado em nosso estudo que demostra uma diminuição de PN no interior dos cardiomiócitos nos dois tipos de treinamento, funcionando como um dos mecanismos de diminuição da PA sistêmica durante prática de exercícios. Estudo de Wijeyaratne (1993) em humanos, onde infusões venosas de ANP e BNP foram administradas em doses capazes de aumentar discretamente a concentração plasmática, provocou a natriurese e diurese, o que na prática de atividade física, como apresentado em nosso estudo, seja no treinamento aeróbio ou resistido, contribui para a diminuição da pressão arterial sistêmica.

39 39 Nas últimas décadas, ênfase cada vez maior vem sendo dada à realização de treinamento resistido como meio de promoção da saúde (VERRILL, RIBISL, 1996; KELLEY, 1997). Esta modalidade de treinamento consiste em submeter grupos de músculos a sobrecargas progressivamente maiores, com freqüentes repetições e pausas entre as execuções, sendo, portanto, caracterizado como esforço descontínuo (VERRILL RIBISIL, 1996). Embora vários estudos tenham sido publicados sobre este tipo de treinamento, os resultados do presente estudo são os primeiros a contribuir para o conhecimento de seus efeitos em exercícios agudos nos níveis de Peptídeos natriuréticos dos átrios. Os resultados do presente estudo mostram que houve redução dos níveis de ANP no treinamento resistido. Sabe-se que no treinamento resistido o miocárdio é submetido a períodos curtos de atividade intensa, quando então ocorre discreta elevação do débito cardíaco com uma acentuada elevação da pressão arterial (ANDERSON et al 1987; BRUM et al, 2004). Esta elevação deve ter sido a responsável pelo aumento da secreção de ANP para a corrente sanguinea que observamos neste trabalho. Schiebinger & Greening (1992) referem que os estímulos mecânicos e hormonais, utilizando norepinefrina, endotélina e vasopressina atuam como mediadores responsáveis pela liberação do NPs. Estes hormônios aumentam no sangue com a distensão das paredes do complexo átrioauricular durante o aumento volumétrico do plasma (SEUL et al, 1992). Lachance & Garcia (1991) avaliaram em ratos, os efeitos da estimulação adrenérgica e da pressão das paredes atriais na liberação dos NPs. Propuseram que cada uma destas situações pode induzir a secreção destes hormônios, e que as duas situações ocorrendo concomitantemente, potencializariam as respostas secretoras. Verificamos também que no treinamento resistido a quantidade de BNP no cardiomiócito foi menor do que a quantidade de grânulos presentes no cardiomiócito dos animais que praticaram treinamento aeróbio sugerindo que no treinamento resistido os cardiomiócitos secretam uma quantidade maior de BNPs na corrente sanguínea do que no treinamento aeróbio. O BNP É considerado como um hormônio de emergência do coração, refletindo o momento atual de sobrecarga ventricular (VILLACORTA et al, 2002). Por esse motivo, dosagens do BNP têm sido utilizadas para diagnóstico e prognóstico de cardiopatias (SILVA et al, 2003; ENGELMANN et al, 2005). Observamos em nosso estudo que o tamanho médio dos grânulos

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