DISCIPLINA DE CONTABILIDADE AMBIENTAL Prof. Bruno Santi Aula 06 Os Indicadores Ambientais nas Normas de Balanço Social
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2 DISCIPLINA DE CONTABILIDADE AMBIENTAL Prof. Bruno Santi Aula 06 Os Indicadores Ambientais nas Normas de Balanço Social 2
3 CURSO: Ciências Contábeis SÉRIE: 7º semestre DISCIPLINA: Contabilidade Ambiental CARGA HORÁRIA: 40 horas 3
4 Introdução Muitas empresas se utilizam de recursos naturais, direta ou indiretamente, para gerir seus negócios. No entanto, estes recursos naturais pertencem à sociedade de modo geral, e algumas vezes não são renováveis. Fatos como este, aliados ao conceito de governança corporativa, levam os Stakeholders a exigirem uma postura de maior responsabilidade social das empresas. Atualmente, as empresas que buscam continuidade produtiva são estimuladas a obter soluções para atingir o desenvolvimento sustentável. 4
5 Atividade Econômica e a Questão Ambiental no Brasil A intervenção humana pode causar severos desastres ambientais, comumente associados a atividades econômicas. O caso brasileiro é um bom exemplo, pois já nasceu sob a égide da agressão ambiental. A sua primeira atividade econômica a extração do Pau-Brasil era uma exploração rudimentar que não deixou traços apreciáveis, a não ser a destruição impiedosa e em larga escala das florestas nativas donde se extraía a preciosa madeira (PRADO JR., 1962 p. 26) 5
6 Atividade Econômica e a Questão Ambiental no Brasil A intervenção humana pode causar severos desastres ambientais, comumente associados a atividades econômicas. O caso brasileiro é um bom exemplo, pois já nasceu sob a égide da agressão ambiental. A sua primeira atividade econômica a extração do Pau-Brasil era uma exploração rudimentar que não deixou traços apreciáveis, a não ser a destruição impiedosa e em larga escala das florestas nativas donde se extraía a preciosa madeira (PRADO JR., 1962 p. 26) 6
7 Contextualização do Balanço Social Para Ribeiro e Lisboa (1999), o balanço social na sua concepção mais ampla envolve a demonstração da interação da empresa com os elementos que a cercam ou que contribuem para sua existência, incluindo o meio ambiente natural, a comunidade e economia local e recursos humanos. Uma das vertentes do balanço social apresentada por Iudícibus (2000) é o balanço ambiental, que deve externalizar a postura da empresa com relação aos recursos naturais, dentre eles: gastos com preservação, proteção e recuperação dos mesmo, investimentos com tecnologias voltados para a área ambiental, passivos ambientais e descrição comparativa de poluentes produzidos, dentre outros (IUDÍCIBUS, 2000, p. 31) 7
8 Abordagem do Balanço Social no Mundo Diversos países vem incentivando a prática de publicação de informações sociais, principalmente na Europa, como destacam Cunha e Ribeiro (2004). Nos USA tem havido muitos debates com relação à contabilidade de recursos humanos, mas ainda não há nenhuma exigência às empresas americanas para publicação de informações sociais (HEDRIKSEN; VAN BRADA, 1999, p. 512). Contudo, na França, Bélgica e Portugal são destaques no que tange ao balanço social, pois já possuem legislação que institui e regulamenta a elaboração este. 8
9 Regulamentações Brasileiras do Balanço Social Como vimos, o Brasil ainda não possui uma legislação de âmbito nacional que institua o balanço social como demonstrativo de elaboração e publicação obrigatórias, havendo apenas projetos de lei ainda em tramitação no Congresso Nacional para aprovação. Porém, nas esferas estadual e municipal, apesar de serem poucos, alguns já regulamentação certos tipos de balanço social. Além disso, os órgãos reguladores da profissão contábil incentivam a elaboração desse demonstrativo e já lançaram normas para orientar essa realização. 9
10 Norma Brasileira de Contabilidade NBCT 15 (Resolução CFC n 1.003/2004) A norma sugere um total de 48 indicadores, sendo que, na categoria de interação com o meio ambiente, a norma determina exposição de 8 indicadores, o que corresponde a apenas 17% do total de indicadores sugeridos. 2% 17% Distribuição de Riquezas 25% 56% Recursos Humanos Sociedade Meio Ambiente 10
11 Resolução CRC-RJ n 292/2001 Esta norma institui a possibilidade de recebimento do Certificado de Responsabilidade Social para empresas situadas no estado do Rio de Janeiro que apresentarem o Balanço Social à sua apreciação. A norma estabelece que o balanço social deve englobar um conjunto de informações, ações e programas sociais voltados aos seus empregados, às entidades da classe, ao governo, à comunidade, e ao meio ambiente. Entretanto, não sugere os indicadores a serem comtemplados no demonstrativo, não direcionando a uma padronização do modelo de balanço social que permitisse maior comparabilidade. 11
12 Projeto de Lei n 32/1999 O referido projeto de lei divide o balanço social em: empresa, empregados, comunidade e meio ambiente, e estabelece um total de 44 indicadores, distribuídos como abaixo: 12
13 Projeto Lei n 1.305/2003 Este propõe que todas as empresas com mais de 500 funcionários publiquem obrigatoriamente, o balanço social. O referido projeto de lei difere substancialmente das normas já apresentadas que estabelecem um modelo de balanço social, pois propõe apenas que sejam apresentados: 1) A quantidade total de empregados no final do exercício; 2) O total de admissões no período; 3) O total de demissões do período; 4) As ações sociais e os gastos relacionados distribuídos por Público de Relacionamento; 5) a previsão de dispêndio com o Público de Relacionamento para o próximo Balanço Social. 13
14 Lei n /2000 do Estado do Rio Grande do Sul Apesar da Lei não dividir os indicadores em categorias, é possível classificas os 34 indicadores sugeridos em relação à: empregados, comunidade e meio ambiente. 14
15 Lei n 7.687/2002 do Estado do Mato Grosso Esta Lei também institui a possibilidade de recebimento do Certificado de Responsabilidade Social. Propõe, para às empresas privadas e organizações não governamentais, o mesmo conjunto básico de indicadores sugeridos pela Lei /2000 do Rio Grande do Sul. Bem como o mesmo conjunto de disposições, notadamente no que tange ao grau de incentivo à apresentação de informações transparentes e comparáveis, são aqui aplicáveis. 15
16 Lei n 2.843/2003 do Estado do Amazonas Idem à Lei /2000 do Estado do Rio Grande do Sul. Propõe o mesmo conjunto básico de indicadores sugeridos pela Lei, bem como o mesmo conjunto de disposições, notadamente no que tange ao grau de incentivo à apresentação de informações transparentes e comparáveis, são aqui aplicáveis. 16
17 Lei n 7.672/1998 do Município de Santo André (SP) Esta lei propõe uma estrutura de balanço social dividida entre os seguintes grupos: pesquisa sociológica sobre o perfil social de seus empregados; avaliação qualitativa do padrão de atendimento às cláusulas sociais do trabalho; e investimentos e esforços desenvolvidos em programas e/ou projetos que incentivem o desenvolvimento humano e a qualidade de vida da comunidade ao seu redor, sendo este relacionado à comunidade e ao meio ambiente. Dessa forma, o total de 42 indicadores propostos nesta lei estão assim distribuídos: 17
18 Lei n 8.118/1998 do Município de Porto Alegre (RS) Nesta Lei, é possível classificar os indicadores da seguinte forma: Recursos Humanos, Comunidade e Meio Ambiente. Contudo diferentemente das demais regulamentações aqui apresentadas, há um maior equilíbrio entre as áreas de recursos humanos e comunidade, que são constituídas respectivamente por 14 e 11 indicadores: 18
19 Lei n 9.536/2004 do Município de Londrina (PR) Dentre os 36 indicadores, apenas 3 referem-se ao meio ambiente, representando apenas 8% do total de indicadores. Também nesta lei verifica-se a supremacia de indicadores voltados aos funcionários. 19
20 Abordagem dos Indicadores Ambientais nas Normas Brasileiras do Balanço Social Das 10 regulamentações sobre o balanço social apresentadas, 2 não sugerem indicadores ambientais. A Resolução CRC-RJ n 292/2001, apesar de prever um grupo destinado à relação da empresa com o meio ambiente no balanço social, não apresenta o conjunto de indicadores que deveriam compor o balanço social. E o Projeto de Lei n 1.305/2003 não apresenta qualquer indicador diretamente relacionado ao meio ambiente. Assim, essas regulamentações não são abordadas na análise a seguir: 20
21 Abordagem dos Indicadores Ambientais nas Normas Brasileiras do Balanço Social 21
22 Conclusão Diante disso, pode-se concluir que as poucas regulamentações existentes são limitadas no que tange à sua vertente ambiental. Embora essas regulamentações brasileiras do balanço social, em sua maioria, já abordem o aspecto ambiental como uma das vertentes do seu modelo estrutural, percebe-se que o foco principal deste demonstrativo é a vertente de recursos humanos. Os indicadores ambientais ainda correspondem a um pequeno número em relação ao total de indicadores propostos pelas regulamentações estudadas. 22
23 DÚVIDAS? 23
24 FIM 24
Esta política abrange a todos os departamentos da Instituição.
I. OBJETIVO Esta Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA), tem como objetivo estabelecer os princípios e as diretrizes compatíveis com a natureza e complexidade das atividades e produtos da Instituição,
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