Qualidade e Sustentabilidade na Construção Civil
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- João Gabriel Mendes Brunelli
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1 Qualidade e Sustentabilidade na Construção Civil
2 Série ISO 9000: Modelo de certificação de sistemas de gestão da qualidade mais difundido ao redor do mundo: Baseada na norma ISO 9000 No Brasil: a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é a responsável pela tradução da série ISO 9000 (CB-25 - Comitê Brasileiro da Qualidade). 2
3 Série ISO 9000: Os requisitos da série ISO 9000 consiste em um conjunto de boas práticas gerenciais. É um mecanismo básico de prevenção de problemas. 3
4 Considera outros fatores: Foco no cliente; Série ABNT ISO 9000/2000: Liderança e envolvimento de pessoas; Melhoria continua; Benefícios mútuos nas relações com fornecedores. 4
5 Série ISO 9000: A NBR ISO 9001 e aplicável a qualquer tipo de organização (ABNT, 2000). Inclusive nas empresas da indústria da construção civil. No entanto, é necessário um esforço de adaptação, pois a série de normas ISO 9000 foi laborada visando atender a indústria seriada. 5
6 CERTIFICAÇÃO NO BRASIL:
7 Certificação no Brasil: Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) Criado em 1973 pelo Governo Federal Objetivo: criar uma infra-estrutura de serviços tecnológicos capaz de avaliar e certificar a qualidade de produtos, processos e serviços. 7
8 Certificação no Brasil: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) Único organismo de credenciamento do SINMETRO e responsável pelo reconhecimento internacional do Sistema Brasileiro de Certificação (SBC). 8
9 SINMETRO Certificação no Brasil: Conselho CONMETRO Certificadora INMETRO Credenciados OCC, OIC Produção 9
10 Certificação no Brasil: Certificação de Conformidade: Serviço da OCC e OIC Documento emitido pelo Organismo de Certificação Credenciado, de acordo com as regras de um sistema de certificação e que atesta a qualidade de um sistema, produto ou serviço. 10
11 Certificação no Brasil: PBQP H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat Sistema nacional Prevê 4 níveis de qualificação (A, B, C e D) Contempla os requisitos da ISO 9001 Define o número de materiais e serviços que devem ser obrigatoriamente controlados Exigido pela Caixa Econômica Federal 11
12 Sistema de Qualidade: DIFICULDADES DE IMPLANTAÇÃO
13 Dificuldades de Implantação: Falta de envolvimento da alta direção; Falta de cultura de controle e retroalimentação; Pouco uso de procedimentos documentados; Ineficiência do sistema de informação; 13
14 Dificuldades de Implantação: Muitos gerentes não cumprem suas atividades de implantação do programa por estarem ocupados com as tarefas rotineiras. Assim, consideram o sistema como um empecilho, ao invés de auxilio na realização de suas tarefas. 14
15 Dificuldades de Implantação: GONZALEZ & JU N GLES (2003) 15
16 Dificuldades de Implantação: Papel do mestre de obras: Passa a ser a garantia que os serviços estão sendo realizados conforme os procedimentos. Não é mais o responsável pela definição da forma de trabalhar da mão de obra, como normalmente. 16
17 Dificuldades de Implantação: Falta de escolaridade Setor da construção civil possui a função social de absorver grande quantidade de mão de obra não especializada e de baixa escolaridade. 17
18 Dificuldades de Implantação: Devido a estes fatos, alguns mestres de obras chegaram a ser demitidos por não se adaptaram a nova realidade do sistema de produção provocada pela implantação de procedimentos documentados e fichas de verificação. Vivancos e Cardoso (2000) 18
19 Dificuldades de Implantação: Muitas construtoras terceirizam parte ou todos os serviços de execução. Muitos subempreiteiros preocupam-se com a produtividade em detrimento da qualidade dos serviços e desperdícios gerados. 19
20 Dificuldades de Implantação: Muitas construtoras terceirizam parte ou todos os serviços de execução. A falta de comprometimento da mão de obra terceirizada com os procedimentos adotados pela construtora. 20
21 Dificuldades de Implantação: Muitas construtoras terceirizam parte ou todos os serviços de execução. Dificuldade de integração entre as equipes responsáveis por serviços que apresentam relações de dependência. 21
22 Dificuldades de Implantação: A implantação de SGQ gera uma certa burocracia: as principais não conformidades referem-se a falta de algum tipo de registro ou documento. Falta de sistemática das empresas de construção em elaborar padrões e documentar seus procedimentos. 22
23 SISTEMA 5 S
24 Sistema 5 S Surgiu e se consolidou na década de 50 no Japão. Deriva de palavras japonesas iniciadas com as letras S. GONZALEZ & JUN GLES (2003) 24
25 Sistema 5 S Senso de utilização (liberação de áreas no canteiro) Senso de ordenação (localização e arrumação) Senso de limpeza (limpeza dos ambientes) Senso de asseio (asseio pessoal e saúde) Senso de disciplina (local de trabalho disciplinado) 25
26 Sistema 5 S É uma ferramenta para a implantação de programas de qualidade, uma vez que não utiliza premissas e conceitos. 26
27 Sistema 5 S A idéia é: A partir de treinamentos, fazer todos se sentirem participantes do processo e, portanto responsáveis pelo ambiente da obra. 27
28 O programa ajuda a identificar: Perdas escondidas; Redução do tempo parado dos trabalhadores; Sistema 5 S Melhora o nível de comprometimento dos funcionários. 28
29 Sistema 5 S Os resultados são imediatos: Canteiros organizados e limpos; Melhoria no ambiente de trabalho; Melhoria na motivação dos funcionários; Redução do entulho e do desperdício; Melhoria da qualidade de vida e das condições de higiene; Redução do custo da obra. 29
30 Cria-se a cultura de que: Sistema 5 S Cada um é responsável pela organização e limpeza do ambiente, do material, das ferramentas e equipamentos. Princípios da Limpeza: Quem suja limpa; Quem limpa conserva; Quem usa zela. 30
31 Sistema 5 S Cria-se o hábito na empresa do trabalho limpo de uma equipe para outra, eliminando-se serventes para executar da limpeza da obra. 31
32 Definição: Sistema 5 S É um processo educativo que possibilita a mudança cultural das pessoas na organização, com o objetivo de uma vida harmônica no trabalho. A motivação do pessoal é um dos pilares de sustentação para a manutenção dos 5 S na empresa. 32
33 Sistema 5 S A maioria das empresas inicia a implantação dos 5S com palestras de esclarecimentos; O programa tem seu ponto alto no dia da grande limpeza, onde todos são envolvidos numa limpeza geral nos locais de trabalho. 33
34 Ap ós este passo inicial: Sistema 5 S A motivação para o programa deve ser uma constante; É fundamental o comprometimento da alta direção e do coordenador do programa na obra. 34
35 Sistema 5 S É comum usar mecanismos de motivação: Palestras; Escolhas dos responsáveis pelos setores; Campanhas de funcionário mais limpo; Mural do 5 S; Mascote do 5 S; Setor mais organizado, etc. 35
36 Outra fase fundamental: Programa de auditorias Realizadas mensalmente. Divide-se o canteiro em vários setores Sistema 5 S Em cada setor é eleito um responsável pelo programa Durante as auditorias o auditor é acompanhado por um representante do setor auditado e o coordenador do 5 S na obra. 36
37 Sistema 5 S O auditor irá utilizar as listas de verificação existente para cada S e anotar todas as não conformidades. Essas anotações servem para planejar e acompanhar as ações corretivas e implementar novas melhorias no processo. 37
38 Sistema 5 S IMPORTANTE: A obra está sempre recebendo novos trabalhadores e estes precisam ser treinados nos conceitos do 5 S, para contribuírem na implantação do programa. 38
39 Sistema 5 S Palestras com o objetivo de realizar comparações entre situações anteriores e posteriores ao 5 S. Motivar a melhor equipe com uma premiação, desde que não seja em dinheiro, gera uma boa repercussão entre os funcionários. 39
40 Sistema 5 S Implantação e manutenção: Reunião para definir objetivos Lista de verificação e mudança no Lay-out Treinamento com multiplicadores Divulgação dos resultados Avaliação das equipes Treinamento com as equipes Feed Back às equipes GONZALEZ & JU N GLES (2003) 40
41 ISO 14000
42 ISO Conjunto de normas que define parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas (privadas e públicas). Diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio ambiente. 42
43 ISO Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais através de seus processos de produção. Seguindo as normas do ISO 14000, estas empresas podem reduzir significativamente estes danos ao meio ambiente. 43
44 ISO Quando uma empresa segue as normas e implanta os processos indicados, ela pode obter o Certificado ISO Certificado atesta que a organização possui responsabilidade ambiental, valorizando assim seus produtos e marca. 44
45 ISO Para conseguir e manter o certificado ISO 14000: A empresa precisa seguir a legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para seguirem as normas, diagnosticar os impactos ambientais que está causando e aplicar procedimentos para diminuir os danos ao meio ambiente. 45
46 ISO Sustentabilidade: Suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas. 46
47 Sustentabilidade: Ciclo de vida ISO
48 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Aproveitamento de energia solar 48
49 Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: ISO Aproveitamento de água de esgoto 49
50 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Usar materiais de rápida renovação. Reduzir o uso de matérias-primas finitas e de materiais com longo ciclo de renovação pela substituição por materiais de rápida renovação. 50
51 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Gestão de resíduos da construção: Reduzir a geração de resíduos Incentivar a separação e reciclagem 51
52 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Quando possível, reciclar resíduos na própria obra. 52
53 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Gestão de perdas: Reduzir as perdas ocorridas na etapa de construção, evitando o desperdício de materiais. 53
54 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Aproveitamento máximo de luz natural 54
55 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Aproveitamento máximo de luz natural 55
56 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Sistemas de coleta de água de chuva Condomínios com registros de água separados Escolha de materiais que emitem pouco CO 2 56
57 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Escolha de materiais que emitem pouco CO 2 Cimento CO 2 Total : 900 kg/tonelada de clínquer; Indústria do cimento mais de 7 % da emissão de CO 2 mundial. 57
58 ISO Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: Adição para cimento: Adições reduzem % de clínquer; Minimizam emissões de CO 2 por kg de cimento; Resíduos industriais que iriam para aterros; Fíler carbonático: CP II F, 10 % Fíler; Cinzas Volantes: CP IV, 40% Cinzas Volantes; Escórias de alto forno: CP III, 70% Escória. 58
59 Atitudes sustentáveis para a Construção Civil: ISO Tipo Adição kg CO 2 /tonelada CP II F 10 % Fíler 820 CP II Z 14 % Pozolana 700 CP II E 40% Escória 580 CP III 70 % Escória 290 CP IV 40% Pozolana 530 CP V 5 % Fíler
60 Sites cacao.asp 60
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