INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. Prof. Celso Candido ADS / REDES / ENGENHARIA AULA 02
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- Ana Júlia Gesser Vilalobos
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2 Na última aula vimos: A importância do conhecimento. A criação do conhecimento numa organização. Os modos de conversão do conhecimento. Condições promotoras da espiral do conhecimento. Nesta aula veremos: Fases do processo de criação do conhecimento. A transferência do conhecimento e a busca pela Inovação. 2
3 As cinco fases do processo de criação do conhecimento São elas: Fase 1: Compartilhamento de conhecimento tácito; Fase 2: Criação de conceitos; Fase 3: Justificação de conceitos; Fase 4 Construção de um arquétipo; Fase 5: Difusão interativa do conhecimento. 3
4 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Fase 1: Compartilhamento de conhecimento tácito Fase onde processo de criação do conhecimento inicia-se pelo compartilhamento do conhecimento tácito, correspondendo aproximadamente a socialização. Como estamos no início, o conhecimento que habita os indivíduos precisa ser explorado para ser ampliado dentro da organização. O conhecimento tácito está mantido por seus detentores, mas também é a base da criação do conhecimento organizacional, assim esta fase torna-se crítica ao processo de criação. 4
5 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Para passarmos por esta fase, precisará ser criado pela organização uma forma no qual os indivíduos possam interagir e compartilhar experiências pessoais, através de uma equipe a que chamamos de auto-organizada, onde todos trabalham juntos para superar as metas. Com uma equipe auto-organizada teremos facilidades nas criações de uma variedade de requisitos, experimentando a redundância de informações. Aos gestores da organização cabe gerar o caos criativo, estabelecendo metas desafiadoras e fornecer alto grau de autonomia aos membros da equipe. Caos Criativo 5
6 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Fase 2: Criação de Conceitos Fase onde ocorre a interação mais intensiva entre os membros e o conhecimento tácito transforma-se em conhecimento explícito, que corresponde ao modo de conversão da externalização. Os conceitos são criados de forma cooperativa por meio de diálogos. Nesta fase o processo de conversão do conhecimento tácito em explícito é facilitado pelo uso de múltiplos métodos de raciocínio como: Dedução Partir de um raciocínio conhecido e montar novas ideias; Indução Procurar pontos que comuns no processo de conversão; Abdução Escolher o melhor raciocínio ou melhor ideia. 6
7 As cinco fases do processo de criação do conhecimento A autonomia ajuda os membros da equipe a expressar livremente seus pensamentos. A intenção organizacional serve como ferramenta para convergir o pensamento em uma direção. A variedade de requisitos, junto com a flutuação e caos criativo, ajudam a equipe a representar as ideias existentes e a fornecer diferentes perspectivas para análise de um problema. A redundância de informações permite uma melhor compreensão da linguagem figurativa de outros integrantes. 7
8 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Mais adiante ou na próxima aula faremos exercícios ou até uma simulação. 8
9 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Fase 3: Justificação de Conceitos Esta fase envolve o processo de determinação de que os conceitos recém-criados são realmente úteis para a organização e para a sociedade. Esses novos conceitos precisam ser justificados em algum momento do procedimento para que o conhecimento se torne verdadeiro e justificado. Os critérios de justificação da empresa devem ser consistentes, quantitativos e qualitativos, mas não precisam ser estritamente objetivos e factuais (baseado em fatos). Temos como exemplos: custo, margem de lucro, grau de contribuição do produto para o crescimento da empresa, estética, etc. 9
10 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Fase 4: Construção de um Arquétipo (Protótipo ou Modelo) Fase onde o conhecimento, que já foi criado e justificado, é transformado em algo tangível ou concreto como um arquétipo (protótipo ou modelo) que também é um conhecimento explícito e tendo como modo de conversão o da combinação. Para um novo produto teremos um protótipo e para um serviço teremos um modelo de mecanismo de operações. Nesta fase a atenção ao detalhes e à necessidade da cooperação são muito importantes. Facilitadas pela condição de variedades de requisitos e pela redundância de informações. 10
11 As cinco fases do processo de criação do conhecimento Fase 5: Difusão interativa do conhecimento Fase onde a criação do conhecimento organizacional é tratado como um processo interminável, com contínuas atualizações. Ocorre entre diferentes níveis ontológicos, podendo se tornar real ou assumir a forma de arquétipo ou ainda dar início a um novo ciclo de criação do conhecimento. Nesta fase a autonomia é essencial para que cada unidade organizacional possa usar o conhecimento desenvolvido em outro lugar. 11
12 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação Já foi comentado que para inovar precisamos do conhecimento, só assim será possível obter um contínua transferência desses conhecimentos cada vez mais vital para a sociedade e a economia. Mas também precisamos entender que muitos fatores culturais poderão inibir essa busca pelo conhecimento. Esses inibidores também chamados de atritos, retardam ou impedem a transferência desse conhecimento. As dimensões do processo de transferência de conhecimentos são: Tempo despendido no processo; Apropriação do conhecimento; Implicitabilidade do conhecimento; Universalidade do conhecimento. 12
13 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação O tempo despendido no Processo Está ligado a três aspectos que geram interferência na gestão e na estrutura das relações universidade-empresa (UE): 1. Precisamos considerar a Magnitude do Processo de Pesquisa. Exemplo: Um projeto de pesquisa para o desenvolvimento de um medicamento, poderá requerer muitos anos de trabalho, em média de 5 a 10 anos, e, mesmo assim não apresentar meios de assegurar seu sucesso técnico ou comercial. Analisando o exemplo, os gestores industriais, procuram soluções práticas a curto prazo e redução do tempo despendido nos processos. Na área acadêmica adotam pontos de visão mais a longo prazo, incentivando a pesquisa e desenvolvimento. 13
14 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação 2. Precisamos considerar junto ao aspecto do tempo gasto no processo, o ciclo de vida do projeto, o que influencia a dinâmica da pesquisa e tipo de colaboração externa que as empresas procurarão. Neste processo teríamos envolvidos: o Relação universidade-empresa; o Preservação de segredos; o Decisões conjuntas sobre publicações; o Altos riscos; o Altos graus de incerteza, com baixa apropriação das empresas; o Proteções e garantias formais, etc. 14
15 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação 3. O último a ser considerado é o tempo necessário para a propagação do conhecimento dentro da organização. O tempo despendido para propagar o conhecimento dentro da organização depende tanto da natureza do conhecimento como das características organizacionais. O tempo requerido para a propagação do conhecimento influencia o tipo de relação universidade-empresa que será adotado. 15
16 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação A apropriação do conhecimento Constitui um método pelo qual as empresas podem se proteger de imitações, ao mesmo tempo que lhes permite se apropriar dos benefícios dessas inovações. Temos dois tipos de problemas que as empresas podem enfrentar quando negociam com as universidades em questões referentes a apropriação do conhecimento gerado: Tipo I Os pesquisadores acadêmicos apropriam-se dos resultados da pesquisa, surgidos no processo de colaboração, e iniciam seus próprios negócios; Tipo II O pessoal da universidade fornece informações que beneficiam as empresas concorrentes. 16
17 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação A implicitabilidade do conhecimento Tenta incrementar as relações universidade-empresa (EU), pois quanto mais interação houver mais poderá se obter desse conhecimento. A universalidade do conhecimento É a possibilidade de utilizar o conhecimento de forma proveitosa, em diferentes áreas, em muitos casos, distante do local de origem. Seu conhecimento específico surge principalmente do conhecimento implícito, enquanto o conhecimento genérico é normalmente mais codificável, por ser mais comum. As duas opções não se sobrepõem, coexistindo no mundo empresarial sem gerar conflitos. 17
18 A transferência do conhecimento e a busca pela inovação O conhecimento genérico pode ser buscado quando as soluções locais para problemas específicos são ineficazes ou onerosas. O conhecimento local ou específico pode ser apropriado mais facilmente que o conhecimento genérico, mesmo quando inteiramente codificável. O grau de universalidade do conhecimento gerado no processo de cooperação universidade-empresa (EU) tem impactos tanto nas motivações para o relacionamento quanto nos arranjos institucionais. As empresas estão mais interessadas em aumentar a previsibilidade da ciência com o objetivo de reduzir os custos de desenvolvimento. 18
19 LEITURA DA APOSTILA Para um melhor entendimento faça uma leitura do conteúdo das páginas de 14 a 27 da apostila Gestão da Inovação Tecnológica, 2ª Edição, de Dálcio Roberto dos Reis. Editora Manole, Após a leitura caso tenha dúvidas anote e discutiremos em sala. 19
20 AULAS DE APOIO A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO Estarão disponibilizadas nos descritos a baixo para downloads os arquivos nos formatos: PowerPoints ou Word das aulas. Alguns estarão disponíveis para impressão, outros, somente para leitura, mas não para edição. Em alguns casos em que se fizer necessário a impressão, o professor estará liberando para um melhor desenvolvimento dos trabalhos a ser solicitados. Sites do professor: Contato: celsocan@gmail.com 20
21 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO FIM 21
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