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- Sonia Lagos Caldeira
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1 Aula 07 INTELIGÊNCIA Já estamos quase ao final da disciplina!! Não poderíamos deixar de estudar a inteligência e a criatividade. Agora vamos conhecer os tipos de Inteligência e a sua relação com a criatividade. Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de: Compreender a relação da inteligência com a criatividade Conhecer os tipos de inteligência Definir criatividade Seções de estudo Seção 1 - Inteligência e criatividade Seção 2 - Tipos de inteligência 59
2 Seção 1 - Inteligência e Criatividade Psicologia - Sandra Armoa - UNIGRAN Inteligência é um conceito que pode ser considerado como reunindo toda a psicologia cognitiva. Exatamente, o que é inteligência? Em 1921, quando os editores da Revista de Psicologia Educacional fizeram a 14 psicólogos famosos esta pergunta, as respostas variavam, mas geralmente abrangiam estes dois temas: a inteligência envolve a capacidade para aprender a partir da experiência e a capacidade para adaptar-se ao ambiente circundante. Também eles enfatizaram a importância da aprendizagem a partir da experiência e da adaptação do ambiente. ( Sternberg, 2008 p.389) História da Testagem da Inteligência A medição contemporânea da inteligência pode remontar a uma de duas tradições históricas muito diferentes. Uma tradição concentrada em um nível inferior, as capacidades psicofísicas (tais como acuidade sensorial, força física e coordenação motora); a outra focalizada em um nível superior, capacidades de julgamento (que nós, tradicionalmente, descrevemos como relacionadas ao pensamento). ( Sternberg, 2008 p.389) Pare, por enquanto, para pensar em si próprio e em seus colegas íntimos. Como você se avaliaria e a seus colegas, em termo de inteligência? Durante a realização dessas avaliações, para você parecem mais importantes as capacidades psicofísicas ou as de julgamento? Francis Galton ( ) acreditava que a inteligência era uma função das capacidades psicofísicas e, por muitos anos, manteve um laboratório bem-equipado, onde os visitantes podiam medir-se em uma variedade de testes psicofísicos. Esses testes mediam uma ampla variação de habilidades psicofísicos. Esses testes mediam uma ampla variação de habilidades psicofísicas e de sensibilidades, tais como discriminação de peso (a capacidade para perceber pequenas diferenças nos pesos dos objetos), sensibilidade à altura do som (a capacidade para ouvir pequenas diferenças entre as notas musicais) e vários testes de força física (GALTON, 1883). Um dos mais entusiastas seguidores de Galton, Clark Wissler (1901), tentou detectar relações entre os testes variados, as quais unificaram as várias dimensões da inteligência psicofísica. Para grande desalento de Wissler, nenhuma associação, unificadora pôde ser detectada e a abordagem psicofísica para avaliar a inteligência logo enfraqueceu, quase caindo no esquecimento, embora reaparecesse muitos anos mais tarde. Uma alternativa à abordagem psicofísica foi desenvolvida por Alfred Binet ( ). Ele e seu colaborador, Theodosius Simon, também tentaram avaliar a inteligência, mas seu objetivo era muito mais prático do que científico.binet fora solicitado a planejar um procedimento para distinguir os alunos normais dos mentalmente retardados (BINET; SIMON, 1916). Assim, planejaram medir a inteligência como uma função da capacidade para aprender, dentro de um ambiente acadêmico. Na concepção de Binet, o julgamento era a 60
3 explicação para a inteligência, não a acuidade, a força ou a habilidade psicofísica. Para Binet (Binet; Simon, 1916), pensamento inteligente julgamento mental compreende três elementos distintos: direção, adaptação e crítica.pondere como você mesmo está usando inteligentemente esses elementos neste momento: a direção envolve saber o que tem de ser feito e como fazê-lo; a adaptação refere-se a habituar uma estratégia para realizar uma tarefa e, depois monitorizar essa estratégia para realizar uma tarefa e, depois, monitorizar essa estratégia durante sua implementação; e a crítica é sua capacidade para criticar seus próprios pensamentos e ações. A importância da direção e da adaptação, certamente, concorda com as concepções contemporâneas de inteligência, e a noção de crítica, de Binet, realmente parece previdente, considerando a valorização atual dos processos metacognitivos como um aspecto-chave da inteligência. Seção 2 - Tipos de inteligência Inteligências múltiplas Inteligências múltiplas é uma teoria desenvolvida a partir dos anos 80 por uma equipe de pesquisadores da universidade Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou sete tipos de inteligência. Essa teoria teve grande impacto na educação no início dos anos 90. As inteligências lógico-matemática: Capacidade de analisar problemas, operações matemáticas e questões científicas. (matemáticos, engenheiros, cientistas) Linguística: Sensibilidade para a língua escrita e falada. (oradores, escritores, poetas.) Espacial: Capacidade de compreender o mundo visual de modo minucioso. (arquitetos, desenhistas, escultores) Musical: Habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais. (Músicos, compositores, dançarinos) Físico-cinestésica: Potencial de usar o corpo para dança, esportes. (Mímicos, dançarinos, desportistas) Intrapessoal: Capacidade de se conhecer. (escritores, psicoterapeutas, conselheiros) Interpessoal: Habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. (Políticos, religiosos, professores) Naturalista: Sensibilidade para compreender e organizar os padrões da natureza (paisagistas, arquitetos, mateiros) Trajetória da teoria Depois de quase duas décadas de tentativas de estudiosos de explicar a inteligência, Howard Gardner a conceitua de modo mais refinado como: "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar proble- 61
4 mas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura". Em seu processo de revisão de sua teoria Gardner acrescentou a Inteligência Natural à lista das inteligências originais, que se refere à habilidade de reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna e flora e devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio ambiente e de seus componentes. Porém, o mesmo não ocorre com a Inteligência Existencial ou Espiritual, embora o autor se sinta interessado, ele conclui que o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora conclui o autor da Teoria, em seu recente livro intitulado Inteligência: um conceito reformulado (2001). Gardner explica que as inteligências não são objetos que podem ser contados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros. Inteligência psicométrica A despeito das várias definições para a inteligência, a abordagem mais importante para o entendimento desse conceito (ou melhor, a que mais gerou estudos sistemáticos) é baseada em testes psicométricos. O fator genérico medido por cada teste de inteligência é conhecido como g (ver Teoria g). É importante deixar claro que o fator g, criado por Charles Spearman, é determinado pela comparação múltipla dos itens que constituem um teste ou pela comparação dos escores em diferentes testes; portanto, trata-se de uma grandeza definida relativamente a outros testes ou em relação aos itens que constituem um mesmo teste. Isso significa que, se um teste for comparado a determinado conjunto de outros testes, pode-se mostrar mais (ou menos) saturado em g do que se fosse comparado a um conjunto diferente de outros testes. Um exemplo: um teste como G36, que é um teste de matrizes, se comparado a testes como Raven, Cattell, G38 e similares, ficará mais saturado em g do que se for comparado a testes como WAIS, Binet, DAT, R1 que incluem mais conteúdo verbal e aritmético. Com relação ao g interno do teste, um caso como o Raven Standard Progressive Matrices, em que os itens apresentam pouca variabilidade de conteúdo, tende a apresentar um fator g mais alto do que um teste como o WAIS-III, que é constituído por 14 subtestes com conteúdos bastante distintos. Portanto, o fator g não tem um sentido absoluto. Inteligência emocional Na psicologia, inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções. Foi introduzida e definida por John 62
5 D. Mayer e Peter Salovey. Inteligência emocional, chamada também EI é medida frequentemente como um Quociente de inteligência Emocional ou um QE emocional, descrevem uma habilidade, uma capacidade, ou uma habilidade de perceber, para avaliar, e controlar as emoções de si mesmo, de outro, e dos grupos. Entretanto, sendo uma área relativamente nova, a definição da inteligência emocional está ainda em um estado do fluxo. Alguns, tais como John D. Mayer (2005a) preferem distinguir o conhecimento emocional da inteligência emocional, como discutido abaixo. Em 1920, na universidade de Colômbia, (Thorndike 1920), usou o termo inteligência social para descrever a habilidade de se relacionar com outras pessoas. Em 1975, em The Shattered Mind (Gardner 1975) começou a formulação da idéia de inteligências múltiplas (identifica oito inteligências, mais foram adicionadas posteriormente), incluindo a inteligência interpessoal e a inteligência do intrapessoal. Muitos psicólogos, tais como Gardner, acreditam que medidas tradicionais da inteligência, tais como o teste do QI, falham em explicar inteiramente a habilidade cognitiva (SMITH 2002) O termo inteligência emocional parece ter originado com Wayne Payne (1985), mas foi popularizado por Daniel Goleman (1995). A pesquisa principal sobre o conceito originou com Peter Salovey e John Jack Mayer que começa no final da década de 80. Em 1990, seu papel seminal (1990) definiu o conceito como uma inteligência. Mayer e Salovey continuam a pesquisar o conceito. O termo quociente emocional parece ter originado em um artigo por Keith Beasley (1987). Há muitas outras avaliações da inteligência emocional cada modelos e medidas diferentes advogando. A distinção entre a inteligência e o conhecimento na área da cognição (isto é QI) está muito clara, onde geralmente, a pesquisa psicológica demonstra que o QI é uma medida de confiança da capacidade cognitiva, e é tempo excedente estável. Na área da emoção (isto é QE) a distinção entre a inteligência e o conhecimento é ainda desconhecido. As definições atuais de QE são inconsistentes sobre o que mede: alguma (como Bradberry e Greaves 2005) palavra que QE é dinâmico, pode ser aprendido ou aumentado; visto que outros dizem que QE é estável, e não pode ser aumentado. Mayer (2005a) é consistente com as definições cognição baseadas da inteligência e do conhecimento, indicando que a inteligência emocional é improvável ser mais levantada facilmente do que a inteligência geral, mas do conhecimento emocional pode ser aumentado. Sob a definição de Mayer, o conhecimento emocional seria o nível da percepção e da avaliação que um indivíduo tem de suas emoções em todo o momento dado a tempo. Retomando a conversa inicial Chegamos, assim, ao final da aula. Espera-se que agora tenha ficado mais claro o entendimento de vocês sobre inteligência.vamos, então, recordar: 63
6 Seção 1 Inteligência e criatividade A inteligência é uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender idéias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência. Não é uma mera aprendizagem literária, uma habilidade estritamente acadêmica ou um talento para sair-se bem em provas. Ao contrário disso, o conceito refere-se a uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundoà sua volta - 'pegar no ar', 'pegar' o sentido das coisas ou 'perceber'". Já a criatividade é a capacidade de resolver problemas com ideias originais. Seção 2 Tipos de inteligência Existem vários tipos de inteligência, cada qual com sua especificidade. As pessoas possuem maior ou menor capacidade para lidar com as informações emocionais no processo adaptativo. Isso é precisamente o que está na base da inteligência emocional. Uma definição bem ampla é que a inteligência emocional é a capacidade de processar as informações com controle emocional e usá-las favoravelmente no processo adaptativo. Sugestão de filme Em 1990, seu papel seminal (1990) definiu o conceito como uma inteligência. Mayer e Salovey continuam a pesquisar o conceito. O termo quociente emocional parece ter originado em um artigo por Keith Beasley (1987). Há muitas outras avaliações da inteligência emocional. Filme: Gênio Indomável Em Boston, um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia e é servente de uma universidade, revelasse um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles. 64
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