Boletim Diário MERCADOS. Análise de Investimentos. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Altas e Baixas do Ibovespa. Juros

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1 MERCADOS Bolsa A Bovespa sofreu mais um dia queda, com o peso do pessimismo gerado pelo abismo fiscal dos EUA e demora no repasse da ajuda à Grécia. No meio da tarde, a Bovespa acelerou a queda depois da notícia que os ministros europeus decidiram adiar por semanas a decisão para a crise da Grécia. O discurso negativo do presidente do Banco Central Europeu (BCE) sobre as perspectivas para o crescimento da zona do euro também pesaram. Com isso, o Ibovespa encerrou em baixa de 1,70%, aos pontos com volume financeiro de R$ 6.68 bilhões. A agenda econômica já divulgou dados da produção industrial e vendas a varejo, na China, em linha com a expectativa. No Brasil a previsão de inflação (IGP-M) veio com queda maior que o esperado e do lado dos EUA termos ainda dados a serem divulgados até o meio dia. As bolsas da Europa continuam pesadas, reflexo do cenário político. A expectativa para a Bovespa segue com viés negativo. Câmbio Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 57,524 (1.7) Ibovespa Fut. 57,844 (1.6) Nasdaq 2,896 (1.4) (2.7) 11.1 DJIA 12,811 (0.9) (2.2) 4.9 S&P 500 1,378 (1.2) (2.5) 9.5 Tóquio 8,758 (0.9) (1.9) 3.6 Xangai 2,069 (0.1) 0.0 (5.9) Frankfurt 7,205 (0.4) (0.8) 22.2 Londres 5,776 (0.3) (0.1) 3.7 Mexico 40,831 (0.4) (1.9) 10.1 India 18,846 (0.3) Rússia 1,410 (1.2) (1.7) 2.1 Dólar - vista R$ Dólar/Euro $1.27 (0.2) (1.6) (1.7) Euro R$ (1.2) 7.7 Ouro $1, Petróleo Brent $ (1.3) (0.1) Petróleo WTI $ (1.3) (13.9) * Dia anterior, exceto Ásia O dólar fechou a quinta-feira em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,0420, maior valor de fechamento desde 30 de agosto. Na BM&F, a moeda à vista fechou em alta de 0,25%, a R$ 2, A moeda norte-americana refletiu o ambiente conturbado no exterior, com as preocupações com Estados Unidos e Grécia. CTIP3 LLXL3 CSAN3 Altas e Baixas do Ibovespa 2.7% 2.5% 2.3% Juros UGPA3 CESP6 1.8% 1.7% A deterioração do ambiente internacional, devido às preocupações com a questão fiscal dos e problemas na Grécia reduziu o avanço das taxas de juros futuras. O juro com vencimento em jan/13 projetou taxa de 7,13%, de 7,12% no ajuste. O DI para jan/14 marcou 7,34%, de 7,33% ontem. Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV - Prévia IGP-M (m/m) 8-nov -0,05% 0,15% Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 11:30 Índice de preços de importação (m/m) Outubro 0,00% 1,10% 12:55 Univ.de Michigan - Indicador de Confiança Novembro 83,0 82,6 13:00 Estoques no atacado Setembro 0,40% 0,50% China Referência Expectativa Apurado Anterior 03:30 Produção industrial (a/a) Outubro 9,40% 9,60% 9,20% 03:30 Vendas a varejo (a/a) Outubro 14,40% 14,50% 14,20% VAGR3-5.6% ELPL4-5.0% BBAS3-4.5% CMIG4-4.4% MRVE3-4.3% Ibovespa x Dow Jones (em dólar) 60 Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES OGX 3T12 Tudo caminhando bem A OGX divulgou na noite de ontem seu balanço do 3T12, onde o que menos importa são os números da Demonstração de Resultados. Como a empresa está iniciando suas operações efetivas neste ano, ainda apresenta pequena geração de caixa e elevado prejuízo. No trimestre, pela primeira vez, a OGX apresentou receita líquida (R$ 151 milhões), já contabilizando parte do valor das quatro cargas de petróleo entregues. No trimestre, o EBITDA foi negativo em R$ 305 milhões com prejuízo líquido de R$ 343 milhões (R$ 17 milhões no 3T11). A OGX já entregou quatro cargas de petróleo, somando 2,4 milhões de barris, que geraram uma receita total de R$ 494 milhões. Numa demonstração dos resultados deste embarques apenas pro-forma, a OGX teve uma geração de caixa (EBITDA) nestas quatro operações de R$175 milhões (margem de 35,4%) e um EBITDA por barril vendido de R$ 72,98. O mais importante no resultado do 3T12 da OGX é monitorar o nível de caixa e acompanhar a evolução dos investimentos. No trimestre, a empresa queimou R$ 880 milhões do caixa, mantendo ainda um volume de Disponibilidades de R$ 5 bilhões (US$ 2,5 bilhões). A empresa indicou que deve fechar o ano com caixa de US$ 1,8 bilhão. Os investimentos do trimestre foram de US$ 588 milhões, 13% acima dos US$ 521 milhões do 2T12. Entre os projetos, o mais importante no curto prazo é a ligação do terceiro poço à FPSO OSX-1, no Campo de Tubarão Azul. Os dois primeiros poços já ligados à plataforma continuam produzindo dentro do esperado, pouco acima de 5 mil barris por dia (bpd). Para o terceiro poço, existe uma expectativa que ele possa produzir um volume superior a 6 mil bpd. Outros projetos importantes da empresa são: Campo de Tubarão Martelo: já com a comercialidade declarada, a OGX está finalizando a perfuração de três poços que serão interligados à FPSO OSX-3, que tem chegada prevista ao Campo no 3T12; Bacia do Parnaíba (Campos de Gavião Azul e Gavião Real): a empresa já conta com a licença de operação e escoamento para início da produção de gás natural e onze poços já completados e testados, que podem produzir cerca de 5 milhões de m3/dia; Página 2

3 Bacia de Santos: estão analisando dados de dois poços, onde foram descobertos indícios importantes. Bacia do Espírito Santo: a campanha exploratória nesta bacia será intensificada em No trimestre, a OGX devolveu um bloco exploratório (BM ES-38), após a análise dos dados; Colômbia: a empresa adquiriu mais um bloco na bacia no Vale Inferior Madalena. Divulgamos início de cobertura recente da OGX cujo resumo poderia ser: fluxo de caixa revela elevado potencial de valorização, mas mercado não deve pagar por ser potencial antes de ver fatos concretos. A empresa decepcionou o mercado, apresentando um volume de petróleo produzido nos seus dois primeiros poços muito menor que as expectativas divulgadas pela própria OGX. Assim, acreditamos que o mercado vai precificar melhor a empresa paulatinamente, na medida em que perceber que os planos mais modestos de agora estão se tornando realidade. MRV Engenharia (MRVE3) - Resultados do 3T12 No 3T12, a empresa registrou receita líquida de R$ 1,15 bilhão contra R$ 1,06 bilhão no 3T11, aumento de 8,4% em relação. A margem bruta caiu de 31,6% no 3T11 para 29,1% no 3T12, mas ficou ligeira acima do 2T12 que foi de 28,5%. No acumulado de 9 meses a receita líquida foi de R$ 3,24 bilhões contra R$ 2,85 bilhões nos 9M11 (+13,9%), com queda na margem bruta de 31,9% para 28,2% no período comparativo. O EBITDA caiu de R$ 301 milhões no 3T11 para R$ 238 milhões no 3T12 e margem Ebitda caiu de 28,5% no 3T11 para 20,8% no 3T12. No acumulado de 9M12, o Ebitda ficou em R$ 641 milhões contra R$ 758 milhões nos 9M11, queda de 15,4% e redução também na margem Ebitda de 26,6% nos 9M11 para 19,8% nos 9M12. O lucro líquido do 3T12 ficou em R$ 151 milhões contra R$ 301 milhões no mesmo período de 2011, com queda na margem líquida de 28,5% no 3T11 para 20,8% no 3T12 e no acumulado de 9 meses o lucro líquido atingiu R$ 412 milhões queda de 25,2% em relação aos R$ 551 milhões dos 9M11. A margem líquida nos 9M12 ficou em 12,7% contra 19,4% nos 9M11. O retorno sobre o patrimônio líquido (12 meses) também caiu de 22,8% nos 9M11 para 17,4% nos 9M12. A relação dívida líquida sobre o patrimônio líquido de 34,4% em set/11 para 48,3% em set/12 e em relação ao Ebitda anualizado 1,23x nos 9M11 para 2,30x nos 9M12. Página 3

4 O VGV lançado (parte da MRV) caiu de R$ 3,24 bilhões nos 9M11 para R$ 2,77 bilhões nos 9M12 (-14,7%) e as vendas contratadas (parte MRV) caíram de R$ 2,88 bilhões para R$ 2,78 bilhões no mesmo período comparativo com queda de 3,4%. A velocidade de vendas sobre a oferta ficou em 19%, estável nos últimos três trimestres. Opinião: Os números fracos da MRV já eram esperados, como outras grandes incorporadoras também virão com números fracos para os 9M12. Não estamos recomendando as empresas do setor neste momento devido às incertezas que cercam o setor neste último trimestre, cenário de desempenho fraco para o começo de 2013, repetindo o comportamento dos últimos anos. Triunfo Participações (TPIS3) - Resultado do 3T12 demonstrou ótima evolução operacional e financeira Divulgou os resultados do 3T12 com uma receita operacional líquida atingindo R$212,2 milhões (+23,1%) no período e R$605,6 milhões (+23,4%) nos 9M12. Tais aumentos ocorreram principais por conta: (i) do reajuste das tarifas de pedágio nas concessionárias, que registraram aumento de 12,1% no período; (ii) crescimento da receita de movimentação de contêineres (+28,7%) e de outros serviços portuários (+35%) e na Portonave; (iii) adição de R$ 24,3 milhões de receita da operação de cabotagem da Maestra que opera com 4 navios desde Março de 2012; e (iv) crescimento da receita da venda de energia assegurada (+10,6%), em virtude da adição de 4MWh de garantia física ocorrida em agosto de 2011 e do reajuste de tarifa ocorrido em maio de O EBITDA ajustado consolidado expandiu 37,8% comparado ao 3T11 alcançando R$ 101,1 milhões, como consequência do crescimento das receitas e aumento de eficiência nas operações maduras. A margem EBITDA ajustada do 3T12 atingiu 47,6%, 490 pontos base maior que no 3T11, sobretudo como resultado da melhoria significativa das margens dos segmentos de rodovias, porto e geração de energia. Opinião: As recentes operações no mercado de dívida da TPI fizeram a diferença ao diminuir a alavancagem da empresa, entre elas: (i) financiamento de longo prazo da Rio Canoas; (ii) troca da dívida da Portonave; e (iii) emissão de debentures na Vessel Logo. O resultado disto foi um desalavancagem que caiu de 5,3x no trimestre anterior para 3,9x no 3T12. Além disto, este ano, já foram distribuídos R$48,8 milhões com 3,5% de dividend yield anualizado. Portanto, esperamos uma reação positiva do mercado nesta sessão diante de tais importantes evoluções operacionais e financeiras da TPI neste trimestre. (Analista: Brian Moretti, CNPI) Página 4

5 IOCHPE MAXION (MYPK3) Aquisições machucaram o resultado final da empresa Registrou lucro líquido de R$ 20,8 milhões no terceiro trimestre, o que corresponde a uma queda de 68,5% em relação aos ganhos apurados um ano antes, de R$ 65,8 milhões. Apesar da evolução de 85,5% da receita líquida, que somou R$ 1,5 bilhão nos três meses, o resultado foi comprometido pelo aumento de custos e despesas operacionais, além da deterioração nos resultados financeiros. O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ficou positivo em R$ 150,8 milhões, um crescimento de 23,9% em um ano. Opinião: Destacamos que, entre julho e setembro, a empresa teve perdas financeiras de R$ 58,2 milhões, resultantes, sobretudo, do aumento de R$ 40,1 milhões das despesas com juros, após a dívida da empresa subir com as aquisições no exterior do Grupo Galaz e Hayes Lemmerz. Já as despesas operacionais da companhia foram afetadas por aumentos salariais e pela consolidação das aquisições. Com o desempenho no terceiro trimestre, o lucro da Iochpe-Maxion soma R$ 30,9 milhões nos nove primeiros meses do ano, 82,7% abaixo do montante do mesmo período do ano passado. O endividamento bancário líquido de R$ 2.539,5 milhões ao final do 3T12 (R$ 529,7 milhões ao final do 3T11), decisivamente influenciado pela conclusão das aquisições do Grupo Galaz e Hayes Lemmerz ao longo do 1T12. Esse endividamento representa 4,7x o EBITDA dos últimos 12 meses, quando considerado, em uma análise pró forma, a adição do EBITDA dos últimos 12 meses do Grupo Galaz e Hayes Lemmerz. Considerando o EBITDA do Grupo Galaz e Hayes Lemmerz apenas a partir da conclusão das aquisições, a relação atingiu 5,9x EBITDA dos últimos 12 meses (1,4x ao final do terceiro trimestre de 2011). (Analista: Brian Moretti, CNPI) São Martinho (SMTO3) Resultados consistentes no 2T13 A São Martinho reportou seus resultados referentes ao 2º trimestre do ano - Safra 2012/2013, com uma Receita Líquida de R$ 546,9 milhões (+37% sobre igual trimestre do ano anterior), EBITDA ajustado de R$ 236,3 milhões (+45%) com +2,3pp na margem ebitda para 43,2%, resultado do aumento de preço (+15,7%) e volume nas vendas de açúcar (+29,1%), e um Lucro Líquido de R$ 50,5 milhões que se compara a R$ 48,7 milhões de igual trimestre do ano anterior (+4%), sensibilizado principalmente pelas variações no resultado financeiro, IR/CS corrente e diferidos, e pelo resultado da marcação a mercado do ativo biológico cujo efeito foi de uma despesa sem efeito caixa de R$ 4,3 milhões no 2T13 e no 2T12 uma receita sem efeito caixa de R$ 28,3 milhões. Página 5

6 São Martinho - principais destaques operacionais e de resultados R$ milhões 2T12 2T13 var 1S12 1S13 var Cana processada (mil ton) ,9% ,1% Própria ,8% ,6% Terceiros ,2% ,8% ATR vendido (mil Kg) ,8% ,9% Colheita mecanizada 84,7% 89,2% 4,6 pp 85,7% 89,2% 3,5 pp Rec. Oper. Líquida ,4% ,2% Merc Interno ,6% ,0% Merc Externo ,2% ,2% Lucro Bruto ,2% ,3% margem bruta 38,6% 29,2% -9,3 pp 34,4% 27,7% -6,7 pp EBITDA ,1% ,8% margem ebitda 47,4% 42,4% -4,9 pp 46,2% 42,0% -4,2 pp EBITDA ajustado ,9% ,8% margem ebitda aj. 41,0% 43,2% 2,3 pp 42,1% 40,9% -1,2 pp Resultado Fin. Líquido ,0% ,5% Lucro Líquido ,8% ,9% margem líquida 12,2% 9,2% -3,0 pp 11,9% 6,3% -5,6 pp Patrimônio Líquido ,2% ,2% Dívida Líquida ,2% ,2% Dív. Líquida/Ebitda (x) 1,1 2,1 1,0 x 1,1 2,1 1,0 x Investimentos ,1% ,4% Fonte: empresa. O volume de cana processada no acumulado da safra 2012/13 totalizou 8,95 milhões de toneladas apresentando acréscimo de 3,1% em relação à safra anterior (com 89,2% da colheita mecanizada). O clima mais seco no Centro-Sul neste trimestre proporcionou aceleração da moagem de cana e os embarques de açúcar da companhia no período. Com isso, a empresa conseguiu recuperar o terreno perdido no 1T13. Tomando a quantidade de cana moída, por exemplo, das 8,95 milhões de toneladas no semestre, 1/3 foi moída no primeiro e 67% no segundo trimestre. Desse modo a empresa espera atingir o guidance de produção de açúcar e etanol até o final da safra, de 900 mil toneladas de açúcar e 470 mil m³ de etanol (sendo 282 mil m³ ou 60% em anidro e 188 mil m³ ou 40% em hidratado). O total de cana moída deve chegar a 12 milhões de toneladas. Ao final do trimestre a empresa possuía uma dívida líquida de R$ 1,21 bilhão com elevação de 30% frente março de 2012, equivalente a uma alavancagem de 2,1 vezes o EBITDA pro forma dos últimos 12 meses (ante 1,6x em mar/12). Segundo a empresa, os principais fatores que contribuíram para o crescimento do endividamento foram (i) o aumento da utilização do capital de giro empregado nas operações, de R$ 274,2 milhões, principalmente nos itens de Contas a Receber e Estoques que serão revertidos até o final do exercício, (ii) investimentos no projeto de cogeração na unidade São Martinho de R$ 55,0 milhões e (iii) aumento da área plantada de cana de açúcar, principalmente na Usina Boa Vista, no valor de R$ 28,5 milhões. Página 6

7 Opinião: Os resultados vieram consistentes e as perspectivas se mantêm favoráveis tanto em preço quanto em volume. Estamos confiantes de que a São Martinho entregará o guidance de moagem de 12 milhões de toneladas neste exercício, bem como as 900 mil toneladas de açúcar e os 470 mil m³ de etanol. Para a próxima safra a empresa trabalha com um crescimento entre 5% a 10% de cana moída, sem considerar o aumento de capacidade produção na Usina Boa Vista que sobe 1,5 milhões na margem, dos atuais 2,5 milhões de toneladas para 4 milhões, o que no final significará um crescimento entre 17,5% e 22,5% correspondentes a um volume de cana moída entre 14,1 milhões e 14,7 milhões de toneladas. Ao final deste exercício a companhia deve voltar a um indicador de alavancagem financeira em torno de 1,6x o seu ebitda. Em termos de múltiplos a empresa está sendo negociada a um Valor de Mercado de R$ 2,9 bilhões, P/L 2013/14 de 12,5x e VE/Ebitda para o mesmo período de 4,5x. O yield esperado é de 2%. Seguimos com manutenção para os papéis da São Martinho. Fertilizantes Heringer (FHER3) Fraco resultado no 3T12, ainda abaixo do esperado. A Heringer registrou no 3T12 um resultado líquido negativo de R$ 3,2 milhões e de R$ 50,2 milhões no acumulado dos 9 meses de 2012, fortemente impactados pela queda da margem bruta e pela variação cambial. Isso mesmo com a importante redução das despesas financeiras líquidas no 3T12 comparado ao 3T11. Sua geração operacional de caixa medida pelo EBITDA somou R$ 40,4 milhões no 3T12, com margem de 2,1%, bem abaixo da margem de 11,2% do 3T11. No acumulado dos 9M12 o EBITDA totalizou R$ 103,1 milhões representando uma margem de 2,9%, inferior à dos 9M11, em função da queda da margem bruta. Demais destaques: Receita Líquida de R$ 1,63 bilhão no 3T12 (12,7% superior ao 3T11) e de R$ 3,54 bilhões nos 9M12 (+15,9% sobre os 9M11). O Lucro bruto somou R$ 129,5 milhões no trimestre, com margem de 7,9%, inferior à margem de 16,8% do 3T11 e R$ 320,0 milhões nos 9M12 representando uma margem de 9,0%, inferior à do 9M11. A queda de 2,6% nas despesas com vendas, gerais e administrativas (VG&A) no 3T12 em relação ao 3T11 reduziu o percentual sobre a receita líquida de 2,5% no 3T11 para 2,1% no 3T12 e nos 9M12 x 9M11 a queda foi de 3,0% e o percentual sobre a receita líquida caiu de 3,5% para 3,0%. O volume de entregas totalizou 1.507,4 mil toneladas no 3T12 (+1,9% sobre o 3T11), e de 3.435,9 mil toneladas nos 9M12 (+4,6% sobre os 9M11). Ressalte-se o importante crescimento de 7,2% no volume de entrega dos produtos especiais no 3T12, mantendo a participação destes produtos no total das vendas em 37% e de 7,5% nos 9M12, resultando no crescimento da participação das vendas de 37% nos 9M11 para 38% nos 9M12. Página 7

8 Opinião: Quanto aos resultados, a Receita Líquida veio em linha, porém o EBITDA e o resultado líquido vieram abaixo do esperado. A empresa já havia sinalizado um trimestre ainda aquém do desejável dado que as vendas não haviam sido boas, os estoques continuavam altos pressionando os preços. O resultado está aí, com redução de margem operacional e queda de lucro. O momento não é dos melhores para o papel, que já havia se ajustado a este cenário mais desafiador, ao menos em parte. Em termos de múltiplos a companhia está sendo negociada a um Valor de Mercado de R$ 504 milhões, um P/L 2013 de 4,3x e um VE/Ebitda 2013 de 4,4x. Seguimos com manutenção para os papéis da companhia, que podem, contudo, reagir negativamente aos resultados ora apresentados. Página 8

9 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) (2.000) (4.000) (6.000) (1.095) (741) (281) (1.293) (1.227) (2.422) (2.339) (4.173) dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 Fonte: Ibovespa, dados até 06/11/2012 Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 06/11/12 30 dias Mês Ano Saldo (9,261) (1.566) 266,2 (2.160,8) Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro (10.000) (40.000) (70.000) ( ) ( ) Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Página 9

10 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Segunda-feira 05:00 BR IPC-Fipe (semanal) 7/nov 0,75% 0,84% 12/11/ :30 BR BC - Pesquisa Focus (semanal) 15:00 BR Balança comercial (FOB) - semanal 11/nov Terça-feira 09:00 BR Vendas a varejo (m/m) Setembro 0,10% 0,20% 13/11/ :30 EUA NFIB - Otimismo pequenos negócios Outubro 91,8 92,8 13:00 EUA IBD/TIPP - Otimismo econômico Novembro 53,5 54,0 17:00 EUA Orçamento mensal Outubro -125,0 bilhões 08:00 EURO Levantamento ZEW - Sentimento Econômico Novembro -1,4 Quarta-feira 08:00 BR FGV - IGP-10 (m/m) Novembro -0,07% 0,42% 14/11/ :00 EUA MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 9/nov -5,00% 11:30 EUA Índice preços do produtor (m/m) Outubro 0,20% 1,10% 11:30 EUA Vendas a varejo antecipadas Outubro -0,10% 1,10% 13:00 EUA Estoques de empresas Setembro 0,40% 0,60% 17:00 EUA Ata da Reunião do FOMC 08:00 EURO Zona Euro - Produção Industrial (m/m) - SA Setembro -1,80% 0,60% Quinta-feira 11:30 EUA Índice de preços ao consumidor (m/m) Outubro 0,10% 0,60% 15/11/ :30 EUA Índice Empire State de manufatura em NY Novembro -7,20-6,16 11:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego 10/nov 355 mil 13:00 EUA Indicador do Fed da Filadélfia Novembro 3,00 5,70 08:00 EURO Zona Euro - IPC (m/m) Outubro 0,20% 0,70% 08:00 EURO Zona Euro - PIB (t/t) - SA 3T -0,20% -0,20% Página 10

11 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Eduardo Velho, Economista-Chefe evelho@plannercorretora.com.br Silvia Chandrowski Zanotto, CNPI-T szanotto@plannercorretora.com.br Gustavo Lobo, CNPI-T globo@plannercorretora.com.br Valcimar Lucas vlsilva@plannercorretora.com.br Andre Seiti Tanaka atanaka@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI* rmartins@plannercorretora.com.br Mario Roberto Mariante mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Brian Tadeu Moretti, CNPI bmoretti@plannercorretora.com.br Priscila Grossi Andrade pandrade@plannercorretora.com.br Gustavo Pereira Serra gserra@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins vmartins@plannercorretora.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 11