CONCEITOS E PRÉ-HISTÓRIA. CONTEÚDOS Conceitos gerais Cronologia Pré-história AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS

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1 CONCEITOS E PRÉ-HISTÓRIA CONTEÚDOS Conceitos gerais Cronologia Pré-história AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS Conceitos Gerais A história é a ciência que estuda a ação humana ao longo do tempo, portanto, só se pode considerar um fato como histórico, se ele apresentar uma relação direta ou indireta com o ser humano. A importância de se estudar o passado, surgiu nos mais remotos tempos, quando os homens perceberam que conhecendo as consequências de ações que já ocorreram, era possível se evitar cometer os mesmos erros e repetir as experiências de sucesso. Nos grandes impérios da Idade Antiga, como a Mesopotâmia, Egito, Grécia e Roma, já haviam profissionais que eram responsáveis por registar e estudar os feitos passados do seu povo, ou seja, talvez eles tenham sido os primeiros historiadores que conhecemos. Os primeiros registros históricos vieram da Grécia, durante o século 5 a.c., por meio dos trabalhos de Heródoto e Tucídides. Depois deles, muitos outros historiadores surgiram e a história nunca mais deixou de ser registrada e estudada pelos diversos povos do mundo. Acredita-se que os primeiros hominídeos surgiram cerca de 280 milhões de anos atrás e a partir da evolução deles, apareceram outras variações dentro desse gênero como o homos (erectus, habilis, neandertal e sapiens). Assim, pode-se dizer que foi, por volta de 200 mil anos atrás, surgiram os primeiros humanos (Homo sapiens sapiens). Dessa forma, como essa espécie existe até os dias atuais, pode-se dizer que a história existe do surgimento dos primeiros humanos até os dias de hoje. Curiosidade: Os dinossauros viveram e foram extintos muito antes do homem surgir no planeta Terra. A existência desses animais ocorreu entre 225 e 65 milhões de anos atrás e, como vimos, os humanos só vieram a surgir há 200 mil anos atrás. Portanto, o período dos dinossauros não é objeto de estudo da História. Por exemplo, é um grande erro unir humanos e dinossauros em cenas de filmes e animações.

2 Figura 1 A história descoberta em escavações arqueológicas Fonte: Microgen/Sutterstock.com Para estudar o passado, os historiadores buscam informações por meio de vestígios arqueológicos e fontes documentais que podem ser escritas ou não. Quanto maior o número de fontes disponíveis, mais precisa se torna a pesquisa do historiador, que pode confrontar as informações dos diversos documentos e artefatos para tentar reconstruir o passado. Porém, nesse contexto, devemos lembrar que a história é uma ciência humana e sua construção também está ligada a carga cultural que o historiador traz em sua formação e no recorte dos fatos que ele opta fazer para realizar a sua análise. Cronologia Como já foi dito, a história começa com o surgimento dos humanos e dura até os dias atuais, ou seja, trata-se de um extenso período composto de muitos séculos, para ser estudado de uma única vez. Assim, os historiadores decidiram que para facilitar os estudos, era necessário dividir a história em períodos. No Brasil, assim como na maioria dos países ocidentais, o nascimento de Cristo é adotado como ano 1, ou seja, utiliza-se o calendário Cristão para determinar a datação histórica dos fatos. Dessa forma, todos os anos e séculos que antecedem esse fato são grafados com a.c. (antes de Cristo) e os anos e séculos que sucederam esse fato podem ser grafados com d.c. (depois de Cristo) ou deixados sem nenhuma indicação.

3 Exemplos: Indicação obrigatória A construção da pirâmide de Queops no Egito foi concluída no ano de 2560 a.c., ou seja, no século 26 a.c. O imperador romano Júlio Cesar morreu no ano 44 a.c., ou seja, no século 1 a.c. Indicação facultativa Oficialmente, a independência do Brasil ocorreu no ano de 1822 d.c. (ou simplesmente ano de 1822), ou seja, no século 19 d.c. (ou simplesmente século 19). Getúlio Vargas suicidou-se no ano de 1954 d.c. (ou simplesmente ano de 1954), ou seja, no século 20 d.c. (ou simplesmente século 20). Outro importante ponto a se destacar é que todo o período histórico que antecedeu a escrita (que surgiu por volta de 4 mil antes de Cristo) recebe o nome de Pré-história e, desse marco em diante, chama-se História. Observe essas informações no esquema a seguir: Figura 2 Linha do tempo Fonte: Fundação Bradesco Como os historiadores têm mais informações sobre o período posterior à escrita, este foi subdividido em partes menores que são chamadas de Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Ao observar os marcos que fazem a divisão de cada período da história (4.000 a.c. Invenção da Escrita / 476 Queda de Roma / 1453 Queda de Constantinopla / 1789 Revolução Francesa), deve-se tomar cuidado de lembrar que eles não são divisões estanques, mas sim marcos que simbolizam a mudança de um período para o outro. Assim, vale lembrar que as características de um novo período histórico surgem no seu período anterior, evoluem até se ter uma faixa de transição entre os dois períodos e quando o novo período se consolida, ainda observa-se características do período anterior que aos poucos vão desaparecendo. Portanto, didaticamente, a melhor forma de se representar uma linha do tempo seria a seguinte:

4 Figura 3 Linha do tempo Fonte: Fundação Bradesco O Brasil, por exemplo, foi oficialmente descoberto pelos portugueses em 1500, ou seja, durante a Idade Moderna. Dessa forma, sua história foi dividida em Período Colonial, Período Imperial e Período Republicano. Mas é importante lembrar de um detalhe. Antes da chegada dos europeus ao território americano, já existiam humanos vivendo nessa região, e se havia humanos, existe história e é possível estudar o passado desses grupos. Assim, ao se pensar a história do território brasileiro, deve-se levar em conta também o longo período Pré-colonial, que registra a história de diversos grupos indígenas que viveram nessa região. Figura 4 Linha do tempo Fonte: Fundação Bradesco

5 Para finalizar, vale lembrar que o século é composto por um período de 100 anos e, como o calendário cristão adota o nascimento de Cristo como o ano 1, a mudança de século só ocorre no ano 101 (e não no ano 100, como alguns podem vir a pensar). Dessa forma, é importante tomar cuidado na mudança dos séculos. Dica: Para entender melhor como se converte os anos em séculos, assista no Portal EJ@, na Biblioteca Digital de Ciências Humanas do Ensino Fundamental, a Micro aula: A contagem do Tempo nas Ciências Humanas Pré-história Até os dias de hoje, ainda pouco se sabe sobre as particularidades da Pré-história. A ausência de documentos escritos e de sítios arqueológicos bem conservados dificultam a obtenção das informações mais detalhadas sobre essa fase da história. Os vestígios arqueológicos (como restos de fogueiras, urnas de sepultamento, vestígios de moradias, pinturas rupestres, cerâmicas, armas e até mesmo esqueletos fossilizados) são capazes de dar algumas pistas sobre a organização desses grupos humanos ao longo do tempo, cabendo assim aos historiadores e arqueólogos trabalharem em conjunto para tentar reconstruir esse passado. Figura 5 Pintura Rupestre em São Francisco das Palmeiras (Morro do Chapéu) Bahia Fonte: Wikimedia Commons O período compreendido entre o surgimento dos primeiros humanos e a invenção da escrita é bastante extenso e, por isso, a chamada Pré-história pode ser dividida em três fases: a Selvageria, a Barbárie e a Civilização.

6 A Selvageria (Paleolítico ou Pedra Lascada) é datada do surgimento da humanidade (em ± a.c.) até o surgimento da agricultura (em ± a.c.). Nesse período os humanos não sabiam produzir o seu próprio alimento, ou seja, tudo era coletado pronto da natureza. Como não havia hierarquia, a divisão das tarefas era bem simples, as mulheres colhiam as frutas e as verduras disponíveis e cuidavam dos filhos, enquanto que os homens caçavam, pescavam e guerreavam. Conforme o alimento de uma região terminava, o grupo migrava para outra área, o que lhes conferia a característica de serem nômades. Foi nessa fase que esses seres humanos passaram a dominar o fogo, mas como não sabiam produzi-lo, eles mantinham grandes fogueiras que eram alimentadas dia e noite para evitar que elas se apagassem. A Barbárie (Neolítico ou Pedra Polida) é datada do surgimento da agricultura (em ± a.c.) até a invenção da Escrita em (± a.c.). Nesse período, os humanos passaram a produzir o seu alimento através da agricultura e da pecuária e foi dessa forma, que esses grupos foram se tornando sedentários, já que eles precisavam se fixar à terra plantada. No geral, as mulheres eram as detentoras dos saberes do cultivo da terra e isso lhes garantia um papel de destaque nessa sociedade, pois elas eram responsáveis pela produção de alimentos e reprodução do grupo. As famílias seguiam uma tradição matrilinear e pode-se dizer que essa sociedade tinha fortes laços matriarcais nesse período. Foi nessa época também, que a humanidade descobriu o processo de produção da cerâmica. Todas essas mudanças com relação ao período anterior, tiveram como consequência o investimento na construção de moradias mais resistentes e sistemas que lhes garantissem segurança, gerando um aumento populacional do grupo. Figura 6 Esquema de crescimento da população e dos alimentos Fonte: Fundação Bradesco.

7 A Civilização (Era dos Metais) é o período de transição da Pré-história para a Idade Antiga. Nesse período, a população cresceu muito acima do que a produção alimentar poderia acompanhar. Esse fato fez com que os indivíduos mais fortes reservassem as melhores terras para sua família, expulsando com violência os outros membros do grupo. Nasce, assim, a ideia de propriedade privada e pela necessidade de defendê-la, cria-se um Estado. Com o passar dos anos, esses estados se fortaleceram tornando-se impérios. Os primeiros e primitivos Estados que se organizaram, reuniam os proprietários em torno de um governo que arrecadava tributos para organizar um exército capaz de defendêlos. A descoberta da fundição veio contribuir para que esses grupos pudessem produzir armas mais eficientes para suas guerras pela posse da terra. Assim, como os homens eram mais fortes fisicamente que as mulheres para defender as terras, a sociedade foi se hierarquizando e o sistema patriarcal se consolidou. No campo religioso, geralmente os grupos pré-históricos são politeístas (acreditam em vários deuses) e suas divindades são ligadas a fenômenos da natureza como por exemplo o sol, a lua, o vento, a chuva, o trovão, etc. Seus ritos geralmente estão ligados à proteção dos guerreiros na caça e à abundância de alimentos para o grupo, ou seja, eles pedem para suprir as suas necessidades diárias. Dessa forma, não se observa uma preocupação com uma vida após a morte ou com a ideia de pecado nessas religiões préhistóricas. A prática de enterrar os mortos e cultuar as lembranças dos antepassados é observada a partir de quando esses humanos passaram a viver de forma sedentária. Figura 7 - Caricatura de um homem da Pré-história Fonte: Anton Brand/Shutterstock.com

8 A cultura da pré-história é muito rica e variada. Sabe-se que haviam diversos ritos no cotidiano dessas pessoas que envolviam cantos, danças e a utilização de adornos para o corpo. As pinturas rupestres, que em geral eram feitas nas paredes de cavernas, eram uma eficiente forma de registro desses povos. A cerâmica também passou a ser desenhada para servir, não apenas como utensílio doméstico, mas também como um objeto capaz de registrar uma pequena história. A evolução intelectual desses humanos, contribuiu para criarem soluções práticas como, por exemplo, a roda ou o manuseio dos metais, além do desenvolvimento de estruturas abstratas como a ideia de propriedade e Estado e alguns sistemas de contagem (matemática primitiva). ATIVIDADES 1. Pensando nos conceitos gerais da história, avalie se as afirmativas a seguir são falsas F ou verdadeiras V : [ ] Os historiadores estudam a Pangeia (um único bloco continental) e a sua posterior derivação que deu origem aos continentes, para entender o atual relevo. [ ] O objeto de estudo da história são as ações humanas ao longo do tempo. Desse modo, um fato histórico deve ter relação direta ou indireta com os seres humanos. [ ] Ao se estudar história é possível revisitar o passado e aproveitar de forma crítica e racional, as experiências positivas e negativas da trajetória humana. [ ] A história dos indígenas do Brasil só pode ser estudada a partir do contato dessas tribos com os conquistadores europeus. [ ] A história só pode ser estudada quando os pesquisadores se baseiam em fontes escritas que servem como única forma confiável de se documentar um fato histórico. [ ] Uma maneira de entender a origem de alguns hábitos e costumes que fazem parte do cotidiano é recorrer ao estudo da história.

9 2. Leia o texto a seguir: A primeira revolução que transformou a economia humana deu ao homem o controle sobre o abastecimento de sua alimentação. O homem começou a plantar, cultivar e aperfeiçoar, pela seleção, as ervas, raízes e árvores comestíveis. E conseguiu domesticar e colocar sobre sua dependência certas espécies de animais, em troca do alimento, da produção e da previsão que podia oferecer. CHILDE, Vere Gordon. A Evolução Cultural do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, Pelas características citadas no texto, responda: a) Qual o período pré-histórico a que ele se refere? ( ) Selvageria. ( ) Barbárie. ( ) Civilização. b) Quais as características da organização social que se observa nessa sociedade? c) Qual a principal consequência da descoberta da agricultura?

10 3. (ENEM-2007) Pintura Rupestre da Toca do Pajaú Piauí. Internet: < A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada Pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial.

11 LEITURA COMPLEMENTAR Pré-história brasileira Dentro dos estudos arqueológicos desenvolvidos na América, o Brasil concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos. Entre os estados que apresentam antigos vestígios da presença humana podemos destacar primeiramente os estados do Piauí, Minas Gerais e as regiões litorâneas do Centro-sul do país. Em São Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niède Guidon notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentarem-se. Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das Américas. Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de anos. Pesquisas desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação do continente. Os traços negróides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente. Próxima das regiões de rios e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré-históricos. Nestes lugares, montes de conchas e esqueletos de peixe conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca. Também conhecidos como povos sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado no Vale do Ribeira (SP). Nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos. Os chamados cemitérios dos índios são, na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro. Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente da dos sambaquis.

12 Ainda na região amazônica, temos relato sobre um outro conjunto de povos préhistóricos. Designados como integrantes da civilização marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais. Dotados de uma arte ceramista ricamente detalhada, os marajoaras fazem parte dos mais complexos grupos humanos que viveram em terras brasileiras. Com o passar dos anos, as civilizações ameríndias foram desenvolvendo-se em território nacional. Espalhados em diferentes tribos, os índios brasileiros integraram uma parte mais recente da História das populações nativas do Brasil. A partir do século 15, a chegada dos europeus transformou radicalmente a situação dos índios. A intolerância religiosa e cultural, a violência e as epidemias foram responsáveis pela dizimação dos povos indígenas no país. SOUSA, Rainer Gonçalves. Pré-história brasileira. Brasil Escola. Disponível em: < Acesso em: 14 jan h. INDICAÇÕES FUNDAÇÃO BRADESCO. Portal EJ@ - Web-aula: O homem e o tempo: as etapas da História. Disponível em: < Acesso em: 14 jan h. FUNDAÇÃO BRADESCO. Portal EJ@ - Microaula: A contagem do tempo nas Ciências Humanas. Disponível em: < Acesso em: 14 jan h. REFERÊNCIAS ANTON BRAND In: SHUTTERSTOCK. Caricatura de um homem da Pré-história. Disponível em: < Acesso em: 14 jan h30min. BORGES, Vavy. Pacheco. O que é História? São Paulo: Brasiliense, GUGLIELMO, Antônio Roberto. A Pré-história. Coleção: Tudo é História. São Paulo: Brasiliense, HOBSBAWM, Eric J. Sobre História Ensaios. São Paulo: Cia das Letras, 2004.

13 INEP. Prova amarela do ENEM de Disponível em: < Acesso em: 14 jan h. MARTINS, Rodrigues Rosicler. O Homem na Pré-história. Coleção: Desafios. São Paulo: Moderna, MASSON, Pierre. Mini Larousse da Pré-história. São Paulo: Larousse Brasil, MICROGEN In: SUTTERSTOCK. A história descoberta em escavações arqueológicas. Disponível em: < Acesso em: 13 jan h30min. OLIVIERI, Antônio Carlos. Pré-história. Coleção: O Cotidiano da História. São Paulo: Ática, PROUS, André. O Brasil Antes dos Brasileiros - A Pré-história do Nosso País. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, SOUSA, Rainer Gonçalves. Pré-história brasileira. Brasil Escola. Disponível em: < Acesso em: 14 jan h. WIKIMEDIA COMMONS. Fotografia de Chico Ferreira. Disponível em: < Acesso em: 13 jan h.

14 GABARITO 1. F A Pangeia existiu há aproximadamente 225 milhões de anos, e à deriva dos continentes ocorreu entre 200 e 65 milhões de anos atrás. Apesar desses eventos determinarem algumas características do relevo, pode-se dizer que esses fatos não são objetos de estudo da história, porque nesse período, a espécie humana ainda não havia surgido. V V F Existiram diversos grupos humanos habitando o território brasileiro antes da chegada dos portugueses. A história desses grupos pode ser estudada por uma série de vestígios arqueológicos encontrados como fósseis, armas, cerâmicas e pinturas rupestres. No território brasileiro, existiram grupos indígenas com organização político-social desenvolvida e grande desenvolvimento artístico, principalmente quando se pensa em cerâmica. F Existem muitas maneiras de estudar-se à história de uma civilização. Além das fontes documentais escritas, o pesquisador pode recorrer a história oral, às interpretações de imagens de obras de arte, à análise da arquitetura e outros tantos documentos arqueológicos podem indicar, com certa precisão, algumas informações importantes de povos que não deixaram registros escritos. V 2. a) Barbárie (Neolítico ou Pedra Polida) b) Comentário: A sociedade manteve-se praticamente sem hierarquias e organizada de forma matriarcal. Os trabalhos geralmente eram divididos entre os membros do grupo de acordo com o sexo, ou seja, os homens cuidavam dos animais e da defesa do grupo, enquanto as mulheres praticavam a agricultura e cuidava das crianças. c) Comentário: A principal consequência é que esses grupos humanos acabaram se sedentarizando e, com isso, puderam melhorar as suas moradias e sistemas de defesa. A longo prazo, com a diminuição da mortalidade dos membros do grupo, a população foi crescendo e isso provocou uma crise que abalou a sua estabilidade.

15 3. Alternativa C. Comentário: A pintura rupestre selecionada para esse item, mostra o registro de uma cena de caça. Esse é um dos temas mais recorrentes desse tipo de registro na Pré-história de todo o mundo. Dessa forma, a imagem representa o cotidiano de um grupo indígena que realiza uma atividade que é considerada vital para a sua sobrevivência.