ANA PAULA MAGALHÃES RESENDE BERNARDES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANA PAULA MAGALHÃES RESENDE BERNARDES"

Transcrição

1 ANA PAULA MAGALHÃES RESENDE BERNARDES AVALIAÇÃO OBJETIVA DO IMPACTO DOS EXERCÍCIOS HIPOPRESSIVOS NA REABILITAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES COM PROLAPSO GENITAL: ESTUDO PILOTO ORIENTADOR Profa. Dra. Marair Gracio Ferreira Sartori CO-ORIENTADORES Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão Prof. Dr. Rodrigo Aquino de Castro COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão São Paulo 2010

2 ANA PAULA MAGALHÃES RESENDE BERNARDES AVALIAÇÃO OBJETIVA DO IMPACTO DOS EXERCÍCIOS HIPOPRESSIVOS NA REABILITAÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES COM PROLAPSO GENITAL: ESTUDO PILOTO Tese apresentada a Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina para obtenção do Título de Doutor em Ciências ORIENTADOR Profa. Dra. Marair Gracio Ferreira Sartori CO-ORIENTADORES Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão Prof. Dr. Rodrigo Aquino de Castro COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão São Paulo 2010

3 Bernardes, Ana Paula Magalhães Resende Impacto dos exercícios hipopressivos na reabilitação do assoalho pélvico de mulheres com prolapso genital: estudo prospectivo, randomizado e controlado/ Ana Paula Magalhães Resende. -- São Paulo, xi, 74f Tese (Doutorado) Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Ginecologia Título em inglês: Impact of hypopressive exercises in pelvic floor rehabilitation of women with pelvic organ prolapse 1. Assoalho Pélvico. 2. Exercícios hipopressivos. 3. Reabilitação ii

4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA Chefe do Departamento: Prof. Dr. Afonso Celso Pinto Nazário Coordenador do curso de pós-graduação: Prof. Dr. Manoel J. B. C. Girão iii

5 Este trabalho é dedicado: Ao meu esposo, Bruno, por seu amor e apoio irrestrito à minha dedicação à pesquisa Aos meus pais Saulo e Ana Lúcia pelos valores ensinados desde a infância e pelo incentivo constante ao meu crescimento Aos meus irmãos Saulo e Thiago, pela amizade e companheirismo em todos os momentos Aos meus tios Paulo, Eriberto e Roberto que, por meio de sua deficiência, originaram minha paixão por reabilitar iv

6 Agradecimentos Agradeço imensamente a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho. Se não nominar a todos, por falha humana, gostaria que se sentissem igualmente representados na relação abaixo apresentada. À Profa. Dra. Marair Gracio Ferreira Sartori por seu brilhantismo, incentivo e paciência em me orientar. Minha eterna gratidão e respeito. Ao Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão pelo apoio que me dispensou desde a especialização e por partilhar seus valiosos ensinamentos. Ao Prof. Dr. Rodrigo Aquino de Castro por seu elevado rigor científico, por todas as sugestões e contribuições, fundamentais para a conclusão deste trabalho. Minha admiração e respeito. Ao Dr. Emerson Oliveira pelo auxílio desde a concepção desta idéia, por me fazer acreditar que era possível e pelo apoio irrestrito em todos os momentos desta pesquisa. Minha eterna gratidão. À fisioterapeuta e amiga Dra. Liliana Stüpp, com quem cresci como pesquisadora e como pessoa. Meu muito obrigada. À Dra. Adriana Moreno, exemplo na fisioterapia em uroginecologia, pelo auxílio no início deste trabalho. Aos professores e preceptores do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal, aqui representados pela Dra. Zsuzsanna I. K. de Jármy Di Bella, Dr. Paulo Cezar Feldner Júnior, Dra. Maíta Poli Araújo, Dra. Eliane Zucchi, Dra. Claudia Takano, Dr. Mauro Suguita e Dra. Raquel Arruda por compartilharem comigo seu conhecimento. Às fisioterapeutas do Departamento de Ginecologia, aqui representadas por Dra. Luiza Torelli, Dra. Débora Wolff, Dra. Angélica Alcides, Dra. Amene Cidrão, Dra. Scheila Fontaine, Dra. Christine Plogër, Dra. Alessandra Loureiro e Dra. Ana Paula Bispo, pelos bons anos de convivência e aprendizado. v

7 À Dra. Miriam Raquel Diniz Zanetti e à Profa. Dra. Mary Uchiyama Nakamura por todas as oportunidades concedidas e pelo carinho com que me receberam como aluna da especialização de Fisioterapia em Obstetrícia. Às fisioterapeutas do Departamento de Obstetrícia aqui representadas, Dra. Carla Dellabarba Petricelli, Dra. Melina Sanchez, Dra. Vanessa Campanholi, Dra. Vanessa Marques, Dra. Carolina Azevedo e Dra. Daniela Bombonati pela importante participação em meu aprimoramento profissional. Às minhas queridas amigas Fernanda Veruska Narciso e Vanessa Silva Lemos. Pessoas raras, que me incentivaram desde a graduação e me fizeram acreditar na finalização deste trabalho. Obrigada por sua grande amizade e por estarem presentes em todos os momentos. Às secretárias do departamento de ginecologia: Karim, Zélia, Valéria, pela paciência e pronto atendimento em todos os momentos. À Enfa. Eliana, Carolina, Hélia e D. Dirce, funcionárias Setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da UNIFESP-EPM por todo o auxílio que sempre dispensaram no Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal. Às pacientes do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da UNIFESP À Fundação de Amparo de Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que por meio do Grant número 2007/ possibilitou a realização desse trabalho. Ao Autor da vida. Nunca me deixes esquecer que tudo o que tenho, tudo o que sou e o que vier a ser, vem de Ti. vi

8 Sumário Dedicatória... iv Agradecimentos... v Lista de Figuras, Tabelas e Gráficos... viii Lista de Abreviações... ix Lista de Anexos... x Resumo... xi 1. INTRODUÇÃO PROPOSIÇÃO CASUÍSTICA E MÉTODOS Casuística Métodos Análise estatística RESULTADOS Características do grupo GI Características do grupo GC Avaliação do assoalho pélvico Avaliação do prolapso genital DISCUSSÃO CONCLUSÕES ANEXOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abstract Bibliografia Consultada vii

9 Lista de Figuras, Tabelas e Gráficos Figura 1 1ª etapa do exercício hipopressivo inspiração diafragmática: página 25 Figura 2 2ª etapa do exercício hipopressivo expiração máxima: página 25 Figura 3 3ª etapa do exercício hipopressivo aspiração diafragmática: página 26 Tabela 1 Distribuição da casuística de acordo com suas características demográficas: página 32 Tabela 2 Função e endurance muscular, tônus de base e contração voluntária máxima avaliados no início e ao final do tratamento, para os grupos intervenção (GI) e controle (GC) : página 33 Tabela 3 Comparação entre os grupos, dos valores finais atribuídos a função muscular, endurance, tônus de base e CVM: página 38 Tabela 4 Função muscular do assoalho pélvico dividida em duas categorias, avaliada ao final do tratamento, nos grupos GI e GC: página 39 Tabela 5 Alterações observadas no POP-Q ao final do tratamento para os grupos GI e GC: página 41 Gráfico 1 Boxplot demonstrando a função muscular (Oxford) inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC: página 34 Gráfico 2 Boxplot demonstrando o endurance muscular inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC: página 35 Gráfico 3 Boxplot demonstrando o tônus de base inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC: página 36 Gráfico 4 Boxplot demonstrando a contração voluntária máxima inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC: página 37 Gráfico 5 Correlação de Spearman entre as variáveis CVM final e Oxford final para os grupos GI e GC: página 40 viii

10 Lista de Abreviações ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária CVM: Contração Voluntária Máxima EMGs: Eletromiografia de superfície ICS: Sociedade Internacional de Continência IMC: Índice de Massa Corpórea IUGA: Associação Internacional de Uroginecologia MAP: Músculos do Assoalho Pélvico N : número POP-Q: Pelvic Organ Prolapse Quantification TB: Tônus de Base UNIFESP: Universidade Federal de São Paulo ix

11 Lista de Anexos Anexo 1 Termo de consentimento livre e esclarecido: página 52 Anexo 2 Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa UNIFESP: página 55 Anexo 3 Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q). Classificação do Prolapso Genital segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS): página 57 Anexo 4 Escala de Oxford para avaliação da função dos MAP: página 58 Anexo 5 Cartilha de exercícios hipopressivos: página 59 Anexo 6 Diário de Exercícios: página 60 Anexo 7 Fluxograma demonstrando as etapas da pesquisa: página 61 Anexo 8 Valores individuais das avaliações do prolapso genital, mensurado por meio do POP-Q: página 62 Anexo 9 Valores individuais das avaliações de função muscular (Oxford e endurance) no início e ao final do tratamento para grupo intervenção (GI) e o grupo controle (GC): página 63 Anexo 10 Valores individuais atribuídos a atividade elétrica (TB e CVM) no início e ao final do tratamento, para os grupos intervenção (GI) e controle (GC): página 64 x

12 Resumo Objetivo: avaliar os efeitos dos exercícios hipopressivos associados a contração voluntária dos músculos do assoalho pélvico (MAP) na musculatura perineal de mulheres com prolapso genital. Casuística e Métodos: Foram comparados, em estudo prospectivo randomizado e controlado, dois grupos: grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). Os grupos foram avaliados quanto à função muscular do assoalho pélvico e ao estádio do prolapso genital. Para avaliação da função, utilizaram-se a palpação bidigital, por meio da escala de Oxford, que avalia a potência muscular que é a máxima contração que a paciente consegue realizar, e o endurance muscular, que é o tempo de manutenção da contração em segundos, e ainda, a eletromiografia de superfície, que avalia a atividade elétrica dos MAP. O estadio do prolapso foi avaliado por meio da classificação Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP- Q) por ginecologista. As pacientes do grupo GI se submeteram a três sessões individuais para o aprendizado dos exercícios e, em seguida, foram encaminhadas para três meses de exercícios domiciliares, com retornos mensais e ligações telefônicas quinzenais. O grupo GC se submeteu a uma sessão individual, em que foram orientados exercícios domiciliares para o assoalho pélvico, sem protocolo definido. Ambos os grupos foram reavaliadas após três meses. Resultados: Foram incluídas 21 pacientes no grupo GI e 16pacientes no grupo GC. O grupo GI apresentou melhora da função muscular, mensurada por Oxford (p < 0,001), endurance (p < 0,001) e contração voluntária máxima (CVM), avaliada por meio de eletromiografia de superfície (p=0,001). Quando comparados os dois grupos, o grupo GI apresentou melhor função muscular. No que se refere ao prolapso genital, 70% das mulheres do grupo GI diminuíram um estádio do prolapso, fato ocorrido em 21% das mulheres do grupo GC. Conclusão: os exercícios hipopressivos associados a contração voluntária dos MAP promoveram melhora da função muscular e diminuição do prolapso genital. xi

13 1. INTRODUÇÃO

14 INTRODUÇÃO 2 Os exercícios supervisionados para os músculos do assoalho pélvico (MAP) possuem grande importância no tratamento das disfunções perineais (Hay-Smith, Dumoulin, 2006; Zanetti et al, 2007; Castro et al, 2008; Bo et al, 2009; Camargo et al, 2010). No que se refere à incontinência urinária de esforço, são fortemente recomendados, com nível A de evidência, resultado de mais de 50 ensaios clínicos randomizados (Hay-Smith, Dumoulin, 2006). O funcionamento inadequado dos MAP feminino figura entre as principais causas da incontinência urinária de esforço feminina, e recentemente, sua relevância foi citada na bexiga hiperativa e prolapso genital (Abrams et al, 2010). As estruturas do assoalho pélvico feminino funcionam em unidade, e a relação anatômico-funcional é muito importante para a manutenção da funcionalidade (Barbosa et al, 2005). O assoalho pélvico participa da função de suporte dos órgãos pélvicos, que decorre de interação dinâmica entre os ossos da pelve, tecido conjuntivo endopélvico e musculatura (Bo, Frawley, 2007). Seus limites anatômicos são: a sínfise púbica superiormente, as tuberosidades isquiáticas lateralmente e o osso cóccix posteriormente (Amaro et al, 2005; Ghetti et al, 2005; Moreno, 2009).Fazem parte da sustentação dos órgãos da pelve os ligamentos, músculos e fáscias. A fáscia endopélvica, é constituída por fibras de colágeno, interligadas com elastina e guarda íntima relação com os ligamentos, que seriam espessamentos dessa fáscia. Destacam-se os pubovesicouterinos, transversos e úterossacros (Oliveira, Carvalho, 2007). Constitui função dos ligamentos abrigarem em seu interior células musculares lisas e estruturas vasculares. Portanto, simultaneamente

15 INTRODUÇÃO 3 são condutores neurovasculares e estruturas de suporte (DeLancey,1993). No que tange o sistema muscular, seu componente principal é o músculo levantador do ânus com seus três feixes puboretal, pubococcígeo e ileococcígeo (Oliveira, Cavalho, 2007; Moreno, 2009). Como descrito anteriormente, a sustentação dos órgãos pélvicos ocorre pela contração intencional dos MAP, que elevam e comprimem a uretra, vagina e ânus e oferecem suporte estrutural aos órgãos pélvicos (DeLancey, 1993; Norton et al, 1993; Strohbehn, 1998). Localizado na parte inferior da pelve e inervado por raízes nervosas de S2-S4, o assoalho pélvico possui espessura de aproximadamente um centímetro (Morkved et al 2004; Bo, 2006). No que diz respeito ao tipo de fibra muscular, esses músculos compõem-se de cerca de 70% de fibras do tipo I e 30% do tipo II. As primeiras são responsáveis por manter o tônus muscular, possuem capacidade de contração lenta e de suportar longos períodos de solicitação sem sofrer fadiga. As últimas são fatigáveis, responsáveis pelas contrações rápidas em resposta a aumentos súbitos de pressão intra-abdominal, que acontecem nas situações de tosse ou esforço repentino (Bourcier et al, 1999; Menta et al, 2006). O nervo pudendo, condutor do sistema nervoso periférico, é responsável por inervar o assoalho pélvico (Petrus, Ulmsten, 1999). Ramifica-se ao longo de seu trajeto em quatro partes: nervo dorsal do clitóris, nervos labiais posteriores, nervos perineais e nervos retais inferiores (Chiarapa, 2007). Esses ramos estão presentes nos dois lados do períneo e, embora sejam oriundos de raízes de S2-S4 de ambos os lados, não atuam separadamente em condições fisiológicas, ao contrário, promovem contração simultânea nos lados direito e esquerdo do assoalho pélvico. Entretanto, em caso de lesão unilateral do

16 INTRODUÇÃO 4 assoalho pélvico, como por exemplo, nas lacerações perineais e episiotomias, pode haver contração ineficiente de um lado e, à palpação, observa-se contração desproporcional (Grigorescu et al, 2008). O assoalho pélvico feminino apresenta duas camadas musculares, que podem ser classificadas, segundo sua localização topográfica, em músculos superficiais e profundos. A parte mais cranial, antigamente denominada diafragma pélvico, é composta por fáscia endopélvica, três feixes do músculo levantador do ânus e o músculo isquiococcígeo. Já a camada mais superficial, antigamente denominada diafragma urogenital, contém seis pequenos músculos do períneo, a saber: transversos profundo e superficial do períneo, buboesponjoso, isquiocavernoso, esfíncter uretral externo e esfíncter anal externo. Superficialmente a esses músculos localiza-se a membrana perineal (Amaro, 2005; Chiarapa, 2007; Moreno, 2009). Destacam-se, ainda, as propriedades dos tecidos que compõem o assoalho pélvico feminino. As fáscias e aponeuroses são formadas por tecido conjuntivo e possuem propriedades específicas de sustentação, preenchimento, agrupamento de feixes musculares, formação de tendões e ligamentos e propagação da contração (Guyton, 1996; Kraemer, Fleck, 2009). Referida propagação pode se tornar ineficiente quando há lesão da fáscia e o estímulo elétrico pode não ser distribuído de maneira uniforme durante a contração (Ashton-Miller, DeLancey, 2007). Não obstante, na mulher adulta o assoalho pélvico contém proporção maior de fáscia em relação a músculo e, por essa razão, quando há rompimento, a fáscia pode não mais apresentar a força que é requerida para manter os órgãos genitais na cavidade intra-abdominal (Palma,

17 INTRODUÇÃO 5 Portugal, 2009). Há, ainda, as propriedades musculares: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade (Astrand, Rodahl, 1977). A elasticidade relacionase à capacidade de retorno dos músculos ao comprimento de repouso, inerente a todos os músculos esqueléticos, particularmente observada no assoalho pélvico durante o parto vaginal. A contratilidade é a capacidade de aproximação das moléculas de actina e miosina desencadeada pelo estímulo elétrico, que leva o músculo a aproximar sua origem de sua inserção (Astrand, Rodahl, 1977), e tonicidade é o estado constante do músculo de ativação basal (Guyton, 1996, Kraemer, Fleck, 2009). Assim, o assoalho pélvico nunca está completamente inativo, mas mantém tônus basal que se ajusta automaticamente às mudanças de postura e aos aumentos de pressão abdominal (Ashton-Miller, DeLancey, 2007). Essas propriedades merecem destaque porque podem ser avaliadas mediante palpação bidigital ou eletromiografia de superfície (EMGs) e fornecem informações a respeito da situação muscular, além de sugerir presença de lesão (Dietz, Shek, 2008; Madill, McLean, 2008; Dietz et al, 2009). Salienta-se, ainda, a importância do corpo perineal. Estrutura fibromuscular medial, é a única estrutura pélvica superficial que não se posiciona num eixo sagital ou oblíquo (Ashton-Miller, DeLancey, 2007; Chiarapa et al, 2007; Palma, Portugal, 2009). Por isso, forma uma espécie de viga estrutural posicionada na parte medial do períneo, capaz de suportar sobre si estruturas posicionadas sagitalmente. Assim, pode ser considerado como o centro de gravidade do períneo (Fozzatti et al, 2010). O corpo perineal está envolvido na criação do ângulo vaginal e é a chave estrutural que define a primeira parte da

18 INTRODUÇÃO 6 vagina (Palma, Portugal, 2009). No que se refere aos músculos adjacentes ao assoalho pélvico, citam-se os músculos abdominais e os internos do quadril (pelvitrocanterianos), por possuírem comunicação por fásicas a aponeuroses com os MAP (Netter, 1995; Santos, 2002, Fozzatti et al, 2010). Os músculos abdominais se estendem das laterais da pelve, e o transverso abdominal, músculo mais profundo, está fixado nas costelas inferiores, processos transversos das vértebras lombares e crista ilíaca (Sobotta, 1993, Netter, 1995). Suas fibras musculares são horizontais, portanto, sua contração provoca diminuição do diâmetro abdominal. É possível sentir essa contração nas laterais da cintura, por exemplo, durante a expiração completa (Calais-Germain, 2005). Observou-se, por meio de ultrassonografia que, durante a contração correta e vigorosa do músculo levantador do ânus, há contração da parte inferior do abdome (Bo et al, 2009a). Foi demonstrado, ainda, que os MAP e os músculos abdominais são co-ativados durante manobras voluntárias e involuntárias (Sapsford et al, 2001; Neumann, Gill, 2002; Hodges et al, 2007). Recentemente, Junginger et al (2010) demonstraram, por meio de ultrassom perineal e EMGs, que além de ativação dos MAP há elevação do colo vesical durante a contração do músculo transverso abdominal, e sugeriram o treinamento desse músculo como parte do programa de reabilitação das disfunções do assoalho pélvico. Outros músculos que se correlacionam anatomicamente com o assoalho pélvico são os pelvitrocanterianos, que se originam no sacro e na tuberosidade

19 INTRODUÇÃO 7 isquiática e se inserem no trocânter maior do fêmur (Sobotta, 1993; Santos, 2002, Fozzatti, 2006). Esse grupo é formado pelos músculos piriforme, obturador externo e interno que, em conjunto, realizam rotação externa do quadril, além de auxiliarem na distribuição do peso do tronco para os membros inferiores (Sobotta, 1993; Netter, 1995, Fozzatti, 2006). A fáscia que cobre a superfície pélvica do músculo obturador interno se condensa em espessamento fibroso, denominado arco tendíneo da fáscia endopélvica, importante estrutura anatômica para os cirurgiões, que é local de inserção lateral do músculo levantador do ânus (Netter, 1995, Fozzatti, 2006). Como descrito anteriormente, a função assoalho pélvico pode ser avaliada por meio de palpação ou de equipamentos específicos. A avaliação bidigital é método comum e seguro para mensurar a função muscular do assoalho pélvico, com validade e reprodutibilidade comprovadas (Bo, Sherburn, 2005). Foram desenvolvidas escalas específicas para mensuração da força muscular. A principal e mais utilizada na literatura científica atual é a escala de Oxford (Bo, Fickenhagen, 2001). Consiste na introdução dos dedos indicador e médio do examinador no terço proximal da vagina, cerca de 3,5 cm do intróito vaginal. Solicita-se, então, a contração dos MAP e mensura-se, de acordo com o movimento sentido pelos dedos do examinador, a força muscular de grau 0 a grau 5. Quanto maior o grau de mensuração, maior a força muscular (Bo, Fickenhagen, 2001; Laycock, Jerwood, 2001). No que diz respeito aos equipamentos, Arnold Kegel, em 1948, foi pioneiro na avaliação desses músculos por meio de instrumento denominado

20 INTRODUÇÃO 8 perineômetro (Kegel, 1948). Trata-se de dispositivo pneumático, que capta a pressão exercida pela contração dos MAP (Kegel, 1948). Nos dias atuais, esse equipamento é amplamente utilizado na prática clínica, entretanto, sua eficácia é questionada. Acredita-se que o aumento de pressão abdominal possa ser captado durante as contrações dos MAP e, portanto, a real pressão promovida pelos músculos perineais pode não ser refletida (Bo et al, 1990; Bo, Sherburn, 2005). Em busca de novas formas de avaliação da função muscular do assoalho pélvico, criaram-se novos métodos e dentre eles destaca-se a EMGs (Bo, Sherburn, 2005; Madill, McLean, 2008; Moreno, 2009). A eletromiografia é eficaz na avaliação dos MAP, porém, não avalia diretamente a força muscular, e sim, a atividade elétrica promovida pelo recrutamento das unidades motoras (Vodusek, 2002; Madill, McLean, 2008). Trata-se de técnica que permite o registro dos sinais elétricos gerados pela despolarização das membranas das células musculares e possibilita o registro da atividade muscular durante a contração (Ocarino et al, 2005; Vodusek, 2007; Ghoniem et al, 2008; Auchincloss, McLean, 2009). Em recente diretriz, a Associação Internacional de Uroginecologia (IUGA), preconizou a eletromiografia como o padrão ouro para o estudo da doença neuromuscular periférica, e recomendou o seu uso na avaliação do assoalho pélvico (Ghoniem et al, 2008). A eletromiografia pode ser realizada por meio de agulha, que capta a atividade elétrica de poucas unidades motoras ou por meio de eletrodo de superfície, que objetiva captar a atividade elétrica de várias unidades motoras ao mesmo tempo (Vodusek, 2007; Ghoniem et al, 2008). Portanto, existem

21 INTRODUÇÃO 9 eletrodos de superfície e eletrodos intramusculares, igualmente adequados para a coleta de sinais (Coletti et al, 2005). Contudo, a escolha do eletrodo é determinada pela profundidade do músculo a ser avaliado. Em músculos superficiais, os eletrodos de superfície são de primeira escolha, já que não causam desconforto durante a coleta de dados. No entanto, para os músculos profundos, os eletrodos intramusculares devem ser utilizados, com o intuito de evitar interferências (também chamadas de crosstalk) dos sinais dos músculos que se encontram mais superficialmente (Ocarino et al, 2005; Botelho et al, 2010). Citam-se, ainda, diversas vantagens da EMGs: não é método invasivo, é seguro e de fácil manuseio. Porém, implica diretamente em cuidados de aplicação, posicionamento e conhecimento da técnica (Resende et al, 2010a). Bo e Sherburn (2005) indicam que a EMGs pode ser utilizada para mensurar a atividade elétrica dos músculos esqueléticos e respostas motoras voluntárias às contrações reflexas dos MAP. Na prática clínica, os eletrodos de superfície ou probes vaginais são comumente utilizados com alta sensibilidade para a região perineal. Entretanto, a interpretação dos sinais pode sofrer influência de outros músculos se o probe não for posicionado de forma padronizada (Resende et al, 2010a). Apesar de captar a atividade elétrica promovida pelo recrutamento das unidades motoras, há boa correlação entre o número de unidades motoras ativadas e a força muscular (Vodusek, 2002). No que diz respeito à análise dos dados, os sinais eletromiográficos podem ser quantificados, ou seja, é possível obter informações objetivas

22 INTRODUÇÃO 10 relacionadas à amplitude desses sinais (Coletti et al, 2005). A atividade elétrica muscular é mensurada em microvolts (µv). Portanto, para serem registrados, os sinais devem ser amplificados. Durante a amplificação, o tamanho do sinal biológico torna-se maior, permitindo sua interpretação (Ocarino et al, 2005). Além da ativação de músculos vizinhos, a eletromiografia sofre influência de diversos fatores que determinarão a quantidade de sinal registrado. Destacam-se a espessura do tecido adiposo subcutâneo, velocidade de contração, área de secção transversal do músculo, idade, sexo, distância entre os eletrodos, diferenças antropométricas entre os locais de coleta e impedância da pele (Ocarino et al, 2005; Resende et al, 2010). Por isso, o método de coleta deve ser minucioso. A resposta eletromiográfica da contração do assoalho pélvico é um método alternativo de monitorização do tônus de base ou repouso, força, resistência, com o objetivo de obter dados das funções físicas normais e anormais dos MAP (Vodusek, 2007). Na prática uroginecológica, esse método tem sido indicado como meio de avaliação muscular fidedigno, objetivo, sem danos à paciente, com baixo risco, desde que os probes encontrem-se devidamente esterilizadas e o pesquisador mantenha o correto posicionamento durante o processo (Botelho et al, 2010, Resende et al, 2010a). No que tange o tratamento das disfunções do assoalho pélvico, em recente padronização, a Sociedade Internacional de Continência (ICS) preconiza o treinamento dos MAP para o tratamento da bexiga hiperativa e do prolapso genital, por auxiliar na redução dos sintomas e por prevenir ou retardar a progressão do prolapso de parede vaginal anterior (Abrams

23 INTRODUÇÃO 11 et al, 2010). De acordo com a mais recente padronização da ICS e da IUGA, em 2010, o prolapso de órgãos pélvicos pode ser definido como a descida da parede vaginal ocasionada pela queda dos órgãos pélvicos. Pode se apresentar como prolapso de parede vaginal anterior, prolapso de parede vaginal posterior e prolapso uterino ou de cúpula vaginal em caso de mulheres histerectomizadas (Haylen et al, 2010). A presença de sintomas está amplamente relacionada a prolapsos pélvicos significativos, que se encontram mais comumente na altura do hímen ou abaixo dele (Haylen et al, 2010). O prolapso pode ocorrer por anormalidades na inervação do assoalho pélvico, distúrbios do tecido conjuntivo, disfunções neuromusculares e defeitos fasciais, que levam a diminuição do tônus muscular e a maior solicitação dos ligamentos que, pela tensão crônica tornam-se, progressivamente, menos resistentes. Deste modo, são incapazes em manter os órgãos pélvicos em suas posições habituais (DeLancey, 1993; Norton et al, 1993; Girão et al, 2002; Thornton et al, 2005; Krause et al, 2006). Acredita-se que a integridade do assoalho pélvico possa diminuir as chances de desenvolvimento do prolapso genital que, uma vez instalado, pode levar a sintomas como sensação de peso na vagina, dor abdominal, inguinal e lombar (Ghetti et al, 2005). Estes sintomas tendem a se manifestar em maior intensidade quanto mais avançado for o estádio do prolapso (Haylen et al, 2010). Recentemente, alguns estudos têm sido publicados com o objetivo de

24 INTRODUÇÃO 12 avaliar os efeitos do tratamento conservador do prolapso genital. Hagen et al (2007), em revisão sistemática, concluiu que não há evidências suficientes de que o tratamento conservador possa melhorar o assoalho pélvico. Dois mecanismos foram descritos para justificar a eficácia do treinamento muscular no tratamento e prevenção do prolapso genital (Bo, Frawley, 2007): as mulheres aprendem a contrair o assoalho pélvico de forma consciente antes e durante os aumentos de pressão abdominal e continuam a realizar essas contrações de forma comportamental, para prevenir a descida do assoalho pélvico; as mulheres são ensinadas a realizar exercícios regulares para os MAP, a fim de melhorar, ao longo do tempo, o tônus muscular e o suporte estrutural oferecido pelo assoalho pélvico aos órgãos. Após estas revisões, um ensaio clínico randomizado e controlado foi publicados. Hagen et al (2009) avaliaram 47 mulheres com prolapso genital estádio I ou II, sintomáticas, em que o prolapso de parede anterior foi o mais comum (85%). Vinte e três mulheres foram incluídas no grupo de intervenção e 24 em grupo controle. No grupo de intervenção, avaliou-se a força dos músculos do assoalho pélvico por meio de palpação digital pela escala de Oxford, aplicou-se questionário sobre qualidade de vida e foram colhidas informações a respeito de sintomas. Essas pacientes foram orientadas sobre a forma correta de contração dos músculos perineais e receberam um programa domiciliar individualizado de exercícios, sendo recomendadas seis séries

25 INTRODUÇÃO 13 diárias, no total de 16 semanas de tratamento. Ambos os grupos receberam orientações no que diz respeito ao aumento da ingesta hídrica, maior consumo de fibras e evitar aumentos de pressão abdominal. Ao final, houve diminuição significativa dos sintomas relacionados ao prolapso no grupo de intervenção e melhora no estádio do prolapso em 45% das mulheres deste grupo. Houve ainda aumento da força muscular do assoalho pélvico no grupo de intervenção. Assim, o treinamento dos músculos do assoalho pélvico parece ser eficaz no tratamento do prolapso genital feminino. Há, porém, outras formas de reabilitação, eficazes no tratamento da incontinência urinária, mas ainda sem evidências no tratamento do prolapso genital. É o caso dos exercícios hipopressivos. Os exercícios hipopressivos foram propostos por Marcel Caufriez (1997), como alternativa para o tratamento das disfunções do assoalho pélvico, inclusive, o prolapso genital (Caufriez, 1997). Esses exercícios supostamente, por meio do estímulo da musculatura acessória, relaxam o diafragma, diminuem a pressão abdominal e, reflexamente, tonificam a musculatura abdominal e os MAP. Trata-se de técnica que considera o complexo muscular lombo-pélvico, a respiração e a musculatura abdominal como coadjuvantes no tratamento das disfunções do assoalho pélvico (Caufriez, 1997; Seleme et al, 2009). São praticados em três fases: (1) inspiração diafragmática lenta e profunda, (2) expiração completa e, (3) aspiração diafragmática, em que, de acordo com Caufriez, ocorre progressiva contração dos músculos abdominais profundos, intercostais e elevação das cúpulas diafragmáticas.

26 INTRODUÇÃO 14 A aspiração diafragmática promove pressão negativa na cavidade abdominal e reflexamente ativa os MAP por meio de tração da fáscia abdominal, a qual guarda íntima relação com a fáscia endopélvica (Caufriez, 1997; Sobotta, 1993; Seleme et al, 2009). Em concordância com essas afirmações, Guyton (1996) descreveu que a fáscia de tecido conjuntivo que recobre os músculos esqueléticos possui função de propagação da contração muscular (Guyton, 1996). Baseado nessa íntima comunicação foi proposto que os exercícios com enfoque hipopressivo tonificam os músculos abdominais profundos e o assoalho pélvico e normalizam as tensões nas estruturas músculoaponeuróticas (Caufriez, 1997; Seleme et al, 2009). Entretanto, apesar da teoria proposta e das correlações anatômicas, ainda não existem evidências científicas consistentes de que esses exercícios realmente atuem no assoalho pélvico ou possam auxiliar na reabilitação de suas disfunções (Resende et al, 2010b). Observa-se, contudo, que nos dias atuais, a correlação entre assoalho pélvico e os músculos abdominais tem sido amplamente pesquisada, e já existem evidências dessa interligação (Hodges et al, 2007; Madill, McLean, 2008; Sapsford et al, 2008; Madill et al, 2009; Junginger et al, 2010). Dignos de nota são os estudos que mostraram, por meio de EMGs, que os MAP aumentam sua atividade elétrica quando há contração dos músculos abdominais profundos e vice-versa. Foi verificada ainda a alteração da atividade desses músculos em diversos posicionamentos da coluna lombar, em diferentes graus de lordose; durante os movimentos dos membros superiores (flexão, extensão e abdução de ombro); a respiração profunda, superficial e

27 INTRODUÇÃO 15 expiração forçada, dentre outros (Peschers et al, 2001; Devreese et al, 2007; Hodges et al, 2007; Sapsford et al, 2008; Madill, McLean, 2008; Smith et al, 2008; Junginger et al, 2010). Esses resultados evidenciam que o assoalho pélvico responde aos demais estímulos do corpo e auxilia na estabilização do tronco e pelve (Fozzatti et al, 2010). A partir desses achados, foram propostas técnicas de treinamento que inserissem os MAP no contexto postural, com a utilização concomitante de outros músculos, especialmente os abdominais, para tratamento das disfunções urogenitais (Sapsford, 2004; Fozzatti et al, 2010; Hung et al, 2010; Resende et al, 2010b). Assim, pesquisas com reeducação postural global, pilates, exercícios hipopressivos e movimentos coordenados entre respiração, postura e assoalho pélvico foram propostos recentemente (Fozzatti et al, 2008; Seleme et al, 2009; Culligan et al, 2010; Fozzatti et al, 2010; Hung et al, 2010, Resende et al, 2010b). Trata-se de linha de tratamento em ascensão, porém ainda demanda maior número de pesquisas para firmar-se como opção de tratamento para as disfunções do assoalho pélvico. Apesar das inúmeras pesquisas que avaliam o assoalho pélvico por meio de palpação bidigital e EMGs, na base de dados Medline não foi encontrado nenhum estudo que avaliasse o assoalho pélvico antes e após tratamento com exercícios hipopressivos. Tal fato motivou-nos a realizar este estudo.

28 2. PROPOSIÇÃO

29 PROPOSIÇÃO 17 Propusemo-nos, neste estudo, a avaliar os efeitos dos exercícios hipopressivos associados à contração voluntária dos MAP na função do assoalho pélvico de mulheres com prolapso genital. Propusemo-nos, ainda, a correlacionar a função dos MAP, avaliada por meio de palpação bidigital com a atividade elétrica, avaliada por meio de EMGs e por fim, avaliar o prolapso genital após três meses de exercícios hipopressivos associados a contração voluntária dos MAP e comparar com grupo controle.

30 3. CASUÍSTICA E MÉTODOS

31 CASUÍSTICA E MÉTODOS Casuística Realizou-se estudo clínico randomizado, controlado e encoberto, no período entre janeiro de 2008 e setembro de 2009, sob registro n NCT no site Foram incluídas mulheres, com diagnóstico de prolapso genital estádio II, de acordo com a Sociedade Internacional de Continência (ICS) (Bump et al, 1996), não tratado, oriundas do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal, do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP. As participantes do estudo foram recrutadas por médico, pesquisador associado, por contato pessoal. Em seguida, foram encaminhadas ao Setor de Fisioterapia do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da UNIFESP. Todas as participantes do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1). Este estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP sob o parecer no 1978/07 (Anexo 2), em atendimento a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Para inclusão das pacientes, adotaram-se como critérios a presença de prolapso genital estádio II, mulheres alfabetizadas, com pelo menos um parto vaginal anterior e que concordassem em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Não foram incluídas mulheres que apresentaram doenças de origem neuromuscular, que estavam em uso de terapia hormonal, diabéticas, e as que apresentaram prolapso genital estádios III e IV.

32 CASUÍSTICA E MÉTODOS 20 Por meio de tábua de números randômicos geradas por computador (Jaddad et al, 1996), as pacientes foram randomizadas em dois grupos assim constituídos: Grupo Intervenção (GI): formado por 21 pacientes que se submeteram à avaliação médica e que utilizaram como tratamento os exercícios hipopressivos coordenados por fisioterapeuta conforme protocolo descrito posteriormente. Grupo Controle (GC): formado por 16 pacientes que se submeteram à avaliação médica e que não sofreram intervenção nessa pesquisa, com objetivo de controle.

33 CASUÍSTICA E MÉTODOS Métodos Procedimentos de avaliação a) Avaliação Médica Para o diagnóstico do prolapso genital, as pacientes se submeteram a avaliação ginecológica, realizada por profissional médico, especialista em Uroginecologia. Referida avaliação constou de anamnese, exame físico geral e exame ginecológico. Mensurou-se o prolapso de órgãos pélvicos por meio da classificação POP-Q, proposta em 1996 pela International Continence Society (ICS) (Bump et al, 1996), que classifica o prolapso em estádios de 0 a 4, de acordo com a gravidade (Anexo 3). b) Avaliação Fisioterapêutica Inicialmente, foi realizada avaliação física e funcional do assoalho pélvico com objetivo de avaliar a integridade muscular e a capacidade de contração da musculatura pélvica, o que permitiu o planejamento terapêutico de acordo com a funcionalidade avaliada (Bo, Sherburn, 2005). Assim, o protocolo foi seguido segundo a randomização, contudo o número de repetições em cada série variou de 8 a 12, de acordo com avaliação. Foi utilizada a postura de litotomia para todos os procedimentos, que foram

34 CASUÍSTICA E MÉTODOS 22 realizados pela fisioterapeuta responsável por essa pesquisa, especialista em uroginecologia. Para avaliação da função dos MAP, utilizou-se a palpação vaginal, por meio de toque bidigital. Os dedos do examinador foram posicionados a aproximadamente quatro centímetros do intróito vaginal, em forma de gancho para quantificação da função muscular por meio da escala de Oxford (Anexo 4) (Bo, Fickenhagen, 2001). Referida escala gradua a força muscular de 0 a 5, cuja pontuação mínima é 0, e a máxima, 5. Assim, 0 representa ausência de contração perineal e 5, contração que comprime fortemente os dedos do examinador e os eleva em direção a sínfise púbica. Posteriormente, classificou-se a avaliação dos MAP em duas categorias, sendo categoria 1, que incluiu todas as pacientes avaliadas que apresentaram graus 1 e 2 por meio de Oxford, e categoria 2, que incluiu todas as pacientes com graus 3, 4 e 5. Avaliou-se, ainda, o endurance muscular, por meio do esquema PERFECT, que é representado pelas seguintes letras: power (P) (força), endurance (E) (duração), número de repetições repetition (R), fast (F) número de contrações rápidas, e mais adiante every (E),contraction (C) time (T) (tempo de todas as contrações) (Laycock, Jerwood, 2001). Para este trabalho, utilizou-se somente o endurance, que é representado pelo tempo de manutenção da contração muscular, mensurado em segundos (Laycock, Jerwood, 2001; Laycock et al, 2008). Para essa avaliação, solicitouse a paciente que contraísse e mantivesse a contração ao redor dos dedos do examinador pelo máximo de tempo que conseguisse. Foi considerado o tempo de contração em que não houvesse diminuição da intensidade da pressão

35 CASUÍSTICA E MÉTODOS 23 exercida nos dedos do examinador. Por fim, avaliou-se a atividade elétrica dos músculos do assoalho pélvico por meio de EMGs. Para esse procedimento, utilizou-se o eletromiógrafo de superfície, do modelo Miotool Uro, da Miotec Equipamentos Biomédicos, Brasil. Este equipamento possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), sob protocolo de número / É composto por software para biofeedback eletromiográfico (Biotrainer) que foi instalado em computador portátil e forneceu as informações resultantes dos parâmetros avaliados. O probe endovaginal da marca Physio-Med Services foi utilizado para captação da atividade elétrica durante a contração muscular. Avaliou-se o tônus de base (TB), considerado como a atividade elétrica de repouso do músculo, em que houve ausência de contração muscular voluntária, captado durante um minuto. Em seguida, foi solicitado a paciente que realizasse três contrações voluntárias máximas, ou seja, com a maior potência possível. A melhor de três contrações foi considerada, conforme preconizado na literatura (Grape et al, 2009). Para todos os procedimentos de avaliação foi respeitado o tempo de repouso de 1:3. Por fim, realizou-se a randomização das pacientes em dois grupos Protocolo do Grupo de Intervenção As pacientes do grupo GI se submeteram a três sessões individuais para consciência perineal e aprendizado dos exercícios, uma vez por semana.

36 CASUÍSTICA E MÉTODOS 24 Essas sessões foram conduzidas por um segundo fisioterapeuta. O conteúdo, que foi padronizado, está descrito a seguir: 1 a sessão consistiu de esclarecimentos sobre a localização e função dos MAP e dos músculos abdominais. A seguir, as pacientes observaram e localizaram o próprio assoalho pélvico com o auxílio de espelho. Com a utilização de luva de procedimento, a paciente foi orientada a tocar seu centro tendíneo do períneo e realizar a contração dos músculos do assoalho pélvico, a fim de facilitar o entendimento da contração correta. Em seguida, foram instruídas a realizar a contração isolada desses músculos e, para a facilitação do aprendizado, foram utilizados comandos verbais como segurar a urina e fechar a vagina. Por fim, receberam instruções gerais quanto aos hábitos intestinais, como a melhora da ingesta hídrica e de fibras. 2ª sessão Esta sessão se destinou ao aprendizado dos exercícios hipopressivos em etapas. Inicialmente, as pacientes foram instruídas quanto à respiração diafragmática. A orientação era inspirar lenta e profundamente pelo nariz e expirar pela boca o máximo de ar que conseguisse. Ao perfazer esse movimento de expiração, os músculos transversos abdominais eram ativados. Em seguida, foram usados comandos verbais como abaixe as costelas e aproxime o abdômen das costas para intensificar a contração dessa musculatura. Por fim, foram instruídas com relação à terceira fase dos exercícios hipopressivos, compreendida por aspiração diafragmática. Trata-se da associação entre o fechamento da glote e o movimento de sucção

37 CASUÍSTICA E MÉTODOS 25 abdominal, em sentido posterior e superior, que resulta em pressão negativa dentro da cavidade abdominal e ativação reflexa dos músculos transversos abdominais e MAP (Figuras 1 a 3). Figura 1 Primeira etapa do exercício hipopressivo inspiração diafragmática. Figura 2 Segunda etapa do exercício hipopressivo expiração máxima.

38 CASUÍSTICA E MÉTODOS 26 Figura 3 Terceira etapa do exercício hipopressivo aspiração diafragmática. 3ª sessão Nessa ultima etapa, as pacientes foram ensinadas a contrair voluntariamente os MAP durante a fase de aspiração diafragmática. Embora supostamente houvesse ativação reflexa desses músculos, a contração voluntária foi incentivada. Por fim, os exercícios foram treinados nas posições deitada e em pé. O tempo de manutenção da aspiração diafragmática associada a contração perineal foi preconizado de acordo com a avaliação inicial dos músculos do assoalho pélvico, individual para cada paciente. Referido protocolo foi adaptado de Caufriez (1997) para o setor de Reabilitação do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da UNIFESP. Após o término do período de aprendizado, as mulheres foram encaminhadas para a realização de exercícios domiciliares. Foram preconizadas de quatro a seis repetições do exercício na posição deitada e de quatro a seis repetições na posição de pé duas vezes ao dia, perfazendo, no total, 16 a 24 repetições

39 CASUÍSTICA E MÉTODOS 27 diárias. (Anexo 5). Para facilitar o entendimento, foi elaborada uma cartilha de exercícios Durante este período, as pacientes preencheram diário de exercícios (Anexo 6) e receberam contato telefônico quinzenal pelo fisioterapeuta, para esclarecimento de possíveis dúvidas e manutenção do incentivo. Ao final de um mês as pacientes retornaram para consulta, em que os exercícios hipopressivos eram refeitos e o período de manutenção da contração era intensificado, seguindo ritmo natural de progressão do treinamento, com o objetivo de maior recrutamento dos músculos envolvidos no fortalecimento e de não permitir a adaptação do músculo (Bo, Ascheoug, 2007). Esse protocolo foi seguido por três meses (12 semanas). Ao final desse período, as pacientes foram reavaliadas Protocolo do Grupo Controle As pacientes do grupo GC foram avaliadas, orientadas brevemente sobre a realização de exercícios para os MAP, sem nenhum treinamento ou explicação prévia. Receberam instruções gerais quanto aos hábitos intestinais, como a melhora da ingesta hídrica e de fibras e foram encaminhadas para casa sem a orientação para o preenchimento de diário de exercícios. Ao final de três meses, foram reavaliadas pelos mesmos procedimentos iniciais. Após esse período, as pacientes foram encaminhadas para atendimento no setor de Fisioterapia do Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal.

40 CASUÍSTICA E MÉTODOS Reavaliação A reavaliação de função e endurance muscular, bem como o TB e a contração voluntária máxima (CVM), mensurados por EMGs, foram realizadas pela fisioterapeuta responsável pelo estudo, de forma cega. Todas as etapas dessa pesquisa, desde a inclusão até a reavaliação das pacientes, estão descritas em fluxograma no Anexo Análise estatística Estatísticas descritivas foram aplicadas para caracterizar a casuística. As variáveis categóricas foram representadas por distribuição de frequências e as numéricas pelas medidas de tendência central e de variabilidade. Foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) em sua versão 17.0 para realização da análise estatística. Os dados foram testados com o Teste de Normalidade de Kolmogorov-Smirnov, e não possuem distribuição normal. Para as variáveis categóricas utilizamos o teste de frequências do quiquadrado. Para análise das variáveis numéricas, antes e após o tratamento, foi utilizado o Teste dos Postos Sinalizados de Wilcoxon. O teste de Mann- Whitney ajustado pela correção de Bonferroni foi utilizado para verificar diferenças entre os grupos estudados. Para verificar a correlação entre os

41 CASUÍSTICA E MÉTODOS 29 métodos de avaliação utilizou-se a Teste de Correlação de Spearman. O nível de rejeição da hipótese de nulidade foi fixado em 0,05 ou 5% (α 0,05), assinalando-se com asterisco os valores significantes.

42 4. RESULTADOS

43 RESULTADOS Características do Grupo GI (intervenção) A idade variou entre 37 e 74 anos, com média de 56,5 anos. Antecedentes obstétricos: O número de gestações variou entre 1 e 8, com média de 3,8 gestações. Os partos vaginais variaram entre 1 e 7, com média de 2,5. Estado menstrual: 76% eram pós-menopausadas e 26% encontravam-se no menacme. O índice de massa corpórea (IMC) variou entre 22 e 37 kg/m², com média de 28,8 kg/m². 4.2 Características do Grupo GC (controle) A idade variou entre 43 e 79 anos, com média de 58,7 anos. Antecedentes obstétricos: O número de gestações variou entre 1 e 14, com média de 3,7 gestações. Os partos vaginais variaram entre 1 e 10, com média de 3 partos. Estado menstrual: 69% eram pós-menopausadas e 31% encontravam-se no menacme. O índice de massa corpórea (IMC) variou entre 25 e 35 kg/m², com média de 29,7 kg/m².

44 RESULTADOS 32 Observa-se, por meio da Tabela 1, que os grupos foram homogêneos no que se refere aos dados acima descritos. Tabela 1 Distribuição da casuística de acordo com suas características demográficas. Variável Grupo GI Grupo GC Sig p Idade (anos) 56,5(±10,3) 58,7 (±10,4) 0,126 a N de gestações 3,8(±1,8) 3,7 (±3,2) 0,353 a N de partos vaginais 2,4(±1,6) 3 (±2,4) 0,106 a Estado Menopausal 16 (76,2%) 11 (68,8%) 0,875 b IMC (KG/m²) 28,8 (±3,91) 29,7 (±2,7) a a Valor obtido pelo teste de Mann-Whitney b Valor obtido pelo teste frequências de Qui-quadrado No que diz respeito ao prolapso genital, avaliado por médico ginecologista, todas as pacientes apresentaram estádio II, segundo classificação proposta pela ICS (Bump et al, 1996) (Anexo 8). 4.3 Avaliação do assoalho pélvico No que concerne à função muscular, avaliada por meio da escala de Oxford, o endurance muscular (Anexo 9) e a atividade elétrica dos MAP, mensurada por meio de EMGs (Anexo 10), observa-se que aumentaram significativamente no grupo GI ao final do tratamento. Este comportamento não

45 RESULTADOS 33 foi observado no grupo GC, conforme demonstrado na Tabela 2 e Gráficos 1, 2, 3 e 4. Tabela 2 Função e endurance muscular, TB e CVM avaliados no início e ao final do tratamento, para os grupos intervenção (GI) e controle (GC). Grupo Variável Média DP Mediana Sig p * Grupo GI (n = 21) Oxford inicial 2,4 0,8 2 < 0,001 Oxford final 3,6 0,7 4 Endurance inicial (seg) 3,1 1,6 3 < 0,001 Endurance final (seg) 7,4 1,8 6 TB inicial (µv) 3 1,1 2,9 < 0,001 TB final (µv) 4,95 1,5 4,5 CVM inicial (µv) 10,4 3 10,4 0,001 CVM final (µv) 15,4 4,1 16,9 Grupo GC (n= 16) Oxford inicial 2 0,8 2 0,705 Oxford final 2,1 0,8 2 Endurance inicial (seg) 2,9 1,1 3 0,564 Endurance final (seg) 3 1,4 3 TB inicial 2,6 0,8 2,6 0,140 TB final 3,2 0,9 3,1 CVM inicial (µv) 10,7 4,8 9,7 0,352 CVM final (µv) 11 4,3 10,5 * Teste de Wilcoxon

46 RESULTADOS 34 Gráfico 1: Boxplot demonstrando a função muscular (Oxford) inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC.

47 RESULTADOS 35 Gráfico 2: Boxplot demonstrando o endurance muscular inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC.

48 RESULTADOS 36 Gráfico 3: Boxplot demonstrando o tônus de base inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC.

49 RESULTADOS 37 Gráfico 4 - Boxplot demonstrando a contração voluntária máxima inicial e final, antes e após o tratamento, para os grupos GI e GC. Quando comparadas essas variáveis entre os grupos, nota-se que o grupo GI demonstrou resultados superiores no que se refere aos valores de Oxford, endurance, TB e CVM. Estes dados estão demonstrados na Tabela 3.

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital;

Definição. Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; PROLAPSO GENITAL Definição Refere-se ao deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital; Sistema de Fixação dos Órgãos Pélvicos Aparelho de Suspensão Conjunto de ligamentos

Leia mais

Distopias genitais. Julio Cesar Rosa e Silva Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP - USP 2014

Distopias genitais. Julio Cesar Rosa e Silva Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP - USP 2014 Distopias genitais Julio Cesar Rosa e Silva Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP - USP 2014 Definição O que é distopia genital ou prolapso de órgão pélvico? Protusão de qualquer um dos órgãos

Leia mais

Reeducação Perineal. Prof a : Aline Teixeira Alves

Reeducação Perineal. Prof a : Aline Teixeira Alves Reeducação Perineal Prof a : Aline Teixeira Alves Modalidades de Tratamento Cinesioterapia; Biofeedback; Eletroestimulação; Cones Vaginais. Cinesioterapia O assoalho pélvico é uma musculatura estriada

Leia mais

PREVENÇÃO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

PREVENÇÃO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO PREVENÇÃO E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO Letícia de Souza Barcelos Graduanda em Fisioterapia, Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS Sharon Sthephane Araújo Martins

Leia mais

TERMOS DE MOVIMENTO TERMOS DE MOVIMENTO POSIÇÃO ANATÔMICA POSIÇÃO ANATÔMICA TERMOS DE MOVIMENTO. Curso de. Marcelo Marques Soares Prof.

TERMOS DE MOVIMENTO TERMOS DE MOVIMENTO POSIÇÃO ANATÔMICA POSIÇÃO ANATÔMICA TERMOS DE MOVIMENTO. Curso de. Marcelo Marques Soares Prof. 2ª edição Marcelo Marques Soares Prof. Didi Jonas Wecker Douglas Lenz POSIÇÃO ANATÔMICA Linha Sagital Mediana POSIÇÃO ANATÔMICA 1 2 REGIÃO INFERIOR Reto Anterior Piramidal Oblíquo Externo Oblíquo Interno

Leia mais

Jose Damasceno Costa

Jose Damasceno Costa Jose Damasceno Costa DISFUNÇÃO PAVIMENTO PÉLVICO Incontinência urinária 625.6 Prolapso dos órgãos pélvicos (POP) 618.89 Incontinência anal 787.60 Anomalias sensitivas do tracto urinário inferior Disfunção

Leia mais

Parede abdominal Ântero-lateral. Anatomia Aplicada a Medicina IV Prof. Sérvulo Luiz Borges

Parede abdominal Ântero-lateral. Anatomia Aplicada a Medicina IV Prof. Sérvulo Luiz Borges Parede abdominal Ântero-lateral Anatomia Aplicada a Medicina IV Prof. Sérvulo Luiz Borges Abdome A parte do tronco entre o tórax e a pelve, possui paredes musculotendíneas, exceto posteriormente onde a

Leia mais

OS BENEFÍCIOS DE UM PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO NA MELHORA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO

OS BENEFÍCIOS DE UM PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO NA MELHORA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO 1 OS BENEFÍCIOS DE UM PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO NA MELHORA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: ESTUDO DE CASO Autores: 1- BRANCALHAO, C.A.; 2-RODRIGUES, P.C.T.N RESUMO: A incontinência urinária (IU),

Leia mais

Anatomia feminina. Diafragma pélvico. Hiato urogenital. M. elevador do ânus. M. coccígeo Parte posterior do diafragma. Uretra, vagina e reto

Anatomia feminina. Diafragma pélvico. Hiato urogenital. M. elevador do ânus. M. coccígeo Parte posterior do diafragma. Uretra, vagina e reto Definição Perda urinária aos esforços via uretral, por aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor Pode estar associada a prolapso de órgãos pélvicos Considerações Acomete 10 milhões

Leia mais

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI TÍTULO: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE MULHERES INCONTINENTES TRATADAS EM UM SERVIÇO DE FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA DA REDE PÚBLICA DA CIDADE DE SÃO PAULO. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Leia mais

XII ENCONTRO DE EXTENSÃO, DOCÊNCIA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA (EEDIC)

XII ENCONTRO DE EXTENSÃO, DOCÊNCIA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA (EEDIC) XII ENCONTRO DE EXTENSÃO, DOCÊNCIA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA (EEDIC) ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR NO TRATAMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE HÉRNIA DE DISCO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA RESUMO Ayrlene Maria Carlos de

Leia mais

TÍTULO: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA DE SACROS DO SEXO MASCULINO E FEMININO DO ESTADO DE SÃO PAULO

TÍTULO: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA DE SACROS DO SEXO MASCULINO E FEMININO DO ESTADO DE SÃO PAULO Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA DE SACROS DO SEXO MASCULINO E FEMININO DO ESTADO DE SÃO PAULO CATEGORIA:

Leia mais

ERROS. + comuns. durante a execução de exercícios de Pilates

ERROS. + comuns. durante a execução de exercícios de Pilates 10 ERROS + comuns durante a execução de exercícios de Pilates Este e-book é uma produção do Grupo VOLL Pilates. O QUE É VOLL PILATES? A VOLL Pilates é um grupo de empresas focado na formação, na capacitação

Leia mais

ANÁLISE DA FORÇA DO ASSOALHO PÉLVICO NOS PERÍODOS DO PRÉ E PÓS-PARTO

ANÁLISE DA FORÇA DO ASSOALHO PÉLVICO NOS PERÍODOS DO PRÉ E PÓS-PARTO ANÁLISE DA FORÇA DO ASSOALHO PÉLVICO NOS PERÍODOS DO PRÉ E PÓS-PARTO Autor(a):Ednalva Dias da Silva G INESUL FISIOTERAPIA LONDRINA PR Orientadora e Docente: Mirela Casonato Roveratti PÔSTER tuca.dias@bol.com.br

Leia mais

importantíssimo para o funcionamento do corpo humano Origem MESODÉRMICA Presença de miofibrilas contidas no citoplasma

importantíssimo para o funcionamento do corpo humano Origem MESODÉRMICA Presença de miofibrilas contidas no citoplasma Estudado por um ramo da ciência MIOLOGIA Células altamente especializadas importantíssimo para o funcionamento do corpo humano Origem MESODÉRMICA Presença de miofibrilas contidas no citoplasma maior quantidade

Leia mais

Artigo original. Fisioterapia Brasil - Volume 12 - Número 5 - setembro/outubro de 2011

Artigo original. Fisioterapia Brasil - Volume 12 - Número 5 - setembro/outubro de 2011 365 Artigo original Ginástica hipopressiva como recurso proprioceptivo para os músculos do assoalho pélvico de mulheres incontinentes Hypopressive gymnastics as resource for perineal proprioception in

Leia mais

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER

ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER A incontinência urinária é geralmente definida como a saída involuntária da urina. É um problema relacionado com o enchimento da bexiga e com

Leia mais

Anatomia Geral. http://d-nb.info/1058614592. 1 Filogênese e Ontogênese Humanas. 5 Músculos. 6 Vasos. 2 Visão Geral do Corpo Humano

Anatomia Geral. http://d-nb.info/1058614592. 1 Filogênese e Ontogênese Humanas. 5 Músculos. 6 Vasos. 2 Visão Geral do Corpo Humano Anatomia Geral 1 Filogênese e Ontogênese Humanas 1.1 Filogênese Humana 2 1.2 Ontogênese Humana: Visão Geral, Fecundação e Estágios Iniciais do Desenvolvimento 4 1.3 Gastrulação, Neurulação e Formação dos

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO DE FISIOTERAPIA EM SAÚDE DA MULHER

ESPECIALIZAÇÃO DE FISIOTERAPIA EM SAÚDE DA MULHER INSTITUTO CENTRAL Hospital das Clínicas da Faculdade da Medicina da Universidade de São Paulo Av. Enéas de Carvalho Aguiar n.º 255 CEP 05403-900 São Paulo Brasil ANEXO 1 ESPECIALIZAÇÃO DE FISIOTERAPIA

Leia mais

Pelve: Ossos, Articulações e Ligamentos. Dante Pascali

Pelve: Ossos, Articulações e Ligamentos. Dante Pascali CAPÍTULO 1 Pelve: Ossos, Articulações e Ligamentos Dante Pascali Capítulo 1 Pelve: Ossos, Articulações e Ligamentos 3 OSSOS PÉLVICOS A pelve é a base óssea na qual o tronco se apóia e através da qual o

Leia mais

MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX. 1 Peitoral Maior. 1 Peitoral Maior. Região Ântero- Lateral

MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX MÚSCULOS DO TÓRAX. 1 Peitoral Maior. 1 Peitoral Maior. Região Ântero- Lateral Nervo Peitoral Lateral e Medial (C5 a T1) Marcelo Marques Soares Prof. Didi Rotação medial, adução, flexão e flexão horizontal do braço Região Ântero- Lateral 2 Peitoral Menor Subclávio Serrátil Anterior

Leia mais

Principais funções dos músculos: Tipos de tecido muscular:

Principais funções dos músculos: Tipos de tecido muscular: Tipos de tecido muscular: Esquelético Liso Cardíaco Principais funções dos músculos: 1.Movimento corporal 2.Manutenção da postura 3.Respiração 4.Produção de calor corporal 5.Comunicação 6.Constrição de

Leia mais

MÉTODO PROPRIOCEPTIVO PELVIPERINEAL 5P. INTERVENÇÃO GLOBAL NA REEDUCAÇÃO PERINEAL E DISFUNÇÕES DO PAVIMENTO PÉLVICO

MÉTODO PROPRIOCEPTIVO PELVIPERINEAL 5P. INTERVENÇÃO GLOBAL NA REEDUCAÇÃO PERINEAL E DISFUNÇÕES DO PAVIMENTO PÉLVICO MÉTODO PROPRIOCEPTIVO PELVIPERINEAL 5P. INTERVENÇÃO GLOBAL NA REEDUCAÇÃO PERINEAL E DISFUNÇÕES DO PAVIMENTO PÉLVICO Com a criadora do Método 5P, Chantal Fabre-Clergue (sexóloga e parteira francesa). Diagnóstico,

Leia mais

ANATOMIA. SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Aula 3. Profª. Tatianeda Silva Campos

ANATOMIA. SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Aula 3. Profª. Tatianeda Silva Campos ANATOMIA SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO Aula 3 Profª. Tatianeda Silva Campos Ossos da coluna vertebral coluna vertebral = eixo do esqueleto e sustentação do corpo. É formada pela superposição de 33 vértebras:

Leia mais

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO. Apostila 07

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO. Apostila 07 ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO Apostila 07 ORIENTAÇÕES E PRECAUÇÕES Todo programa de exercício p/ população de alto risco devem ser estabelecidos individual/te, com base: - no diagnóstico;

Leia mais

Dor Lombar. Controle Motor Coluna Lombar. O que é estabilidade segmentar? Sistema Global: Sistema Local:

Dor Lombar. Controle Motor Coluna Lombar. O que é estabilidade segmentar? Sistema Global: Sistema Local: Dor Lombar Causa de ausência no trabalho Alto custo econômico para serviços de saúde Quanto maior o afastamento, menor é a probabilidade de retorno ao serviço Controle Motor Coluna Lombar Curso de Especialização

Leia mais

Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço, Urinary Incontinence, Pilates e Reabilitação. Área do Conhecimento: Fisioterapia

Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço, Urinary Incontinence, Pilates e Reabilitação. Área do Conhecimento: Fisioterapia TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO POR MEIO DO MÉTODO PILATES: REVISÃO DE LITERATURA Isabela Silva Matos, Bruna Nahum Martins, Izabela Santos Mendes, Fernanda Maria Gonzaga

Leia mais

Pilates Funcional. Thiago Rizaffi

Pilates Funcional. Thiago Rizaffi Pilates Funcional Um corpo livre de tensão nervosa e fadiga é o abrigo ideal fornecido pela natureza para abrigar uma mente bem equilibrada, totalmente capaz de atender com sucesso todos os complexos problemas

Leia mais

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura.

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura. Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura. Kelly Karyne Chaves Silva; Francisca Jerbiane Silva Costa; Thais Muratori Holanda (Orientadora). Faculdade do Vale do

Leia mais

Eletromiografia de superfície para avaliação dos músculos do assoalho pélvico feminino: revisão de literatura

Eletromiografia de superfície para avaliação dos músculos do assoalho pélvico feminino: revisão de literatura Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.3, p. 292-7, jul/set. 2011 ISSN 1809-2950 Eletromiografia de superfície para avaliação dos músculos do assoalho pélvico feminino: revisão de literatura Evaluation

Leia mais

Apostila de Cinesiologia

Apostila de Cinesiologia 1 FACIS - Faculdade de Ciências da Saúde Fisioterapia Apostila de Cinesiologia Aula Prática Coxo Femoral Este material é fruto do trabalho iniciado na monitoria de 2009. Ainda esta em fase de construção.

Leia mais

RESUMO INTRODUÇÃO: Pessoas com sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as

RESUMO INTRODUÇÃO: Pessoas com sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as RESUMO INTRODUÇÃO: Pessoas com sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as doenças cardiovasculares. Embora o exercício físico seja

Leia mais

COLUNA: SEGMENTO TORÁCICO

COLUNA: SEGMENTO TORÁCICO COLUNA: SEGMENTO TORÁCICO Ft. Ms. Adriana de Sousa do Espírito Santo ANATOMIA 12 vértebras. 1a. e 2a. São de transição. O corpo possui o d ântero-posterior e transversal iguais e apresenta semifacetas

Leia mais

FATORES DO PARTO E AS RELAÇÕES UTERO FETAIS

FATORES DO PARTO E AS RELAÇÕES UTERO FETAIS Universidade de São Paulo Escola de enfermagem de Ribeirão Preto FATORES DO PARTO E AS RELAÇÕES UTERO FETAIS Profa Dra. Juliana Stefanello Fatores do parto: Objeto Trajeto Motor Posição da mãe Resposta

Leia mais

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DA ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR NA DIÁSTASE ABDOMINAL PÓS GESTAÇÃO

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DA ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR NA DIÁSTASE ABDOMINAL PÓS GESTAÇÃO INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DA ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR NA DIÁSTASE ABDOMINAL PÓS GESTAÇÃO Resumo AMABILE CAROLINE DE LIMA, 1 ;G ROSSI,C.L.D. 2 Introdução: a Diástase Abdominal refere-se ao

Leia mais

Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006)

Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006) Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006) Lagro-Janssen ALM, Breedveldt Boer HP, Van Dongen JJAM, Lemain TJJ, Teunissen D, Van Pinxteren B traduzido do original em holandês por

Leia mais

Sistema Urogenital. Feminino

Sistema Urogenital. Feminino Sistema Urogenital Feminino Osvaldo Pelozo Jr. Silvio A. Garbelotti Jr. VÍSCERAS PÉLVICAS E PERÍNEO 1 VÍSCERAS PÉLVICAS VÍSCERAS PÉLVICAS E PERÍNEO 2 BEXIGA URINÁRIA URETRA 3 ÚTERO E ANEXOS ÚTERO E ANEXOS

Leia mais

MOVIMENTOS DA CINTURA ESCAPULAR. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

MOVIMENTOS DA CINTURA ESCAPULAR. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior MOVIMENTOS DA CINTURA ESCAPULAR Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior O que é Cintura Escapular? Duas clavículas e duas escápulas. Trata-se de uma estrutura que sofreu adaptações à bipedia, onde as

Leia mais

Prática Sacroiliaca. Roteiro para aula prática de

Prática Sacroiliaca. Roteiro para aula prática de Prática Sacroiliaca Roteiro para aula prática de 2006-08-20 0 15 mim Diagnóstico diferencial Teste de flexão para frente suportada Diagnóstico diferencial de lombar X Sacroilíaca Teste de Hibb 16 35 mim

Leia mais

6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte

6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte 6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte COMO POSSO SABER SE A CRIANÇA TEM ALGUM DISTÚRBIO MICCIONAL? VENHA CONOSCO PARA CONHECER UM POUCO MAIS... CAROLINA KESSEN, DANIEL HENRIQUE, DOUGLAS

Leia mais

Coluna lombar. Características gerais: 5 vértebras 1 curvatura lordose fisiológica

Coluna lombar. Características gerais: 5 vértebras 1 curvatura lordose fisiológica COLUNA LOMBAR Coluna lombar Características gerais: 5 vértebras 1 curvatura lordose fisiológica 2 tipos de Articulações: Intervertebral cartilaginosa Proc. Articulares - sinovial Coluna lombar Coluna lombar

Leia mais

POSICIONAMENTO CIRÚRGICO

POSICIONAMENTO CIRÚRGICO POSICIONAMENTO CIRÚRGICO O posicionamento cirúrgico é uma arte, uma ciência e também um fator chave no desempenho do procedimento seguro e eficiente, por meio da aplicação de conhecimentos relacionados

Leia mais

Avaliação da satisfação sexual em mulheres nulíparas e multíparas e sua relação com a força do assoalho pélvico

Avaliação da satisfação sexual em mulheres nulíparas e multíparas e sua relação com a força do assoalho pélvico Avaliação da satisfação sexual em mulheres nulíparas e multíparas e sua relação com a força do assoalho pélvico Wilcelli Cristina Ferreira Lunardon 1, Fernanda Marques Brondani 2 1 Discente do Centro Universitário

Leia mais

PREVALÊNCIA DE QUEIXAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO NO PRÉ-PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO EM GESTANTES E PÚERPERAS DE PATROCÍNIO-MG

PREVALÊNCIA DE QUEIXAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO NO PRÉ-PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO EM GESTANTES E PÚERPERAS DE PATROCÍNIO-MG 1 PREVALÊNCIA DE QUEIXAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO NO PRÉ-PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO EM GESTANTES E PÚERPERAS DE PATROCÍNIO-MG GONÇALVES, Andréa Caixeta (UFU) deiacaixeta@hotmail.com CAIXETA-NETO,

Leia mais

SISTEMA MUSCULAR. Profa. Roberta Paresque CEUNES/UFES - ANATOMIA HUMANA

SISTEMA MUSCULAR. Profa. Roberta Paresque CEUNES/UFES - ANATOMIA HUMANA SISTEMA MUSCULAR Profa. Roberta Paresque CEUNES/UFES - ANATOMIA HUMANA AS FIBRAS MUSCULARES SÃO LONGAS E ESTREITAS QUANDO RELAXADAS. São células contráteis especializadas, organizadas em tecidos que movimentam

Leia mais

MIOLOGIA. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares.

MIOLOGIA. O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. MIOLOGIA Conceito de Músculos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas

Leia mais

MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS CONCEITO DE MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS TIPOS DE MÚSCULOS GENERALIDADES DO SISTEMA MUSCULAR ESTRIADOS ESQUELÉTICOS

MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS CONCEITO DE MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS TIPOS DE MÚSCULOS GENERALIDADES DO SISTEMA MUSCULAR ESTRIADOS ESQUELÉTICOS Marcelo Marques Soares Prof. Didi GENERALIDADES DO SISTEMA MUSCULAR CONCEITO DE MIOLOGIA MIOLOGIA É parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos. TIPOS DE MÚSCULOS Células Musculares Cardíacas

Leia mais

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular BE066 Fisiologia do Exercício Flexibilidade Prof. Sergio Gregorio da Silva Flexibilidade É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular É altamente adaptável e é! aumentada

Leia mais

Efeitos da cinesioterapia nos tecidos ósseo, conjuntivo e muscular. Profa. Dra. Elizabeth Alves Ferreira Disciplina de Cinesioterapia

Efeitos da cinesioterapia nos tecidos ósseo, conjuntivo e muscular. Profa. Dra. Elizabeth Alves Ferreira Disciplina de Cinesioterapia Efeitos da cinesioterapia nos tecidos ósseo, conjuntivo e muscular Profa. Dra. Elizabeth Alves Ferreira Disciplina de Cinesioterapia Objetivo da aula Discutir os características dos tecidos ósseo, muscular

Leia mais

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSA ATENDIDO EM UMA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSA ATENDIDO EM UMA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO PARA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSA ATENDIDO EM UMA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA Joyce Barbosa Peres da Silva 1 Ana Ruth Barbosa de Sousa 2 Anderson Belmont Correia de

Leia mais

RITA DE CÁSSIA PELIZÁRIO MUNHOZ MARTINELLI

RITA DE CÁSSIA PELIZÁRIO MUNHOZ MARTINELLI RITA DE CÁSSIA PELIZÁRIO MUNHOZ MARTINELLI ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DO M. RECTUS ABDOMINIS DURANTE A RETROVERSÃO PÉLVICA E ABAIXAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES. Tese apresentada à Universidade Federal de

Leia mais

SISTEMA NEUROMUSCULAR. Prof.ª Ana Laura A. Dias

SISTEMA NEUROMUSCULAR. Prof.ª Ana Laura A. Dias SISTEMA NEUROMUSCULAR Prof.ª Ana Laura A. Dias Composição Química Água 75% Proteína 20% Sais, fosfatos de alta energia, uréia, lactato, minerais, aminoácidos, gorduras e carboidratos 5% Tipos de proteínas:

Leia mais

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DA REGIÃO CERVICAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS COM APLICAÇÃO DE TENS Julliana Negreiros de Araújo 1 ; Karina do Valle Marques 2 1 Aluno do Curso

Leia mais

31/08/2015. Obstetrícia. Profa Elaine C. S. Ovalle. Diagnóstico. Beta- hch. hormônio gonadotrófico coriônico

31/08/2015. Obstetrícia. Profa Elaine C. S. Ovalle. Diagnóstico. Beta- hch. hormônio gonadotrófico coriônico Fisioterapia na Saúde da Mulher Obstetrícia Profa Elaine C. S. Ovalle Beta- hch Diagnóstico hormônio gonadotrófico coriônico 1 Conceitos - Embrião: até a 8ª semana - Feto: 9ª semana até o nascimento -

Leia mais

DIVISÃO DO CORPO HUMANO. Ilberlom Santana Otoni

DIVISÃO DO CORPO HUMANO. Ilberlom Santana Otoni DIVISÃO DO CORPO HUMANO Ilberlom Santana Otoni Divisão do Corpo Humano Esta aula foi montada de acordo com o livro de anatomia humana do professor e Doutor LÚCIO SLEUTJES Ilberlom Amarei a Luz Porque me

Leia mais

Estrutura da Coluna Vertebral

Estrutura da Coluna Vertebral Fundamentos da Biomecânica CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL Estrutura da Coluna Vertebral 33 Vértebras 7 cervicais 12 torácicas 5 lombares 5 sacrais (fundidas) 4-5 coccígeas (fundidas) 1

Leia mais

Incontinência Urinária Juliana Aquino

Incontinência Urinária Juliana Aquino Incontinência Urinária Juliana Aquino Conceito - A incontinência urinária, na mulher é definida, segundo a Sociedade Internacional de Continência ( International Continence Society ), como a perda involuntária

Leia mais

SILVA, Gabriela Cintra 1.

SILVA, Gabriela Cintra 1. TCC em Re-vista 2012 55 SILVA, Gabriela Cintra 1. Aleitamento materno em recém-nascidos a termo após assistência fisioterapêutica nas primeiras 12 horas de vida. 2012. 16 f. Trabalho de Conclusão de Curso

Leia mais

Imagiologia da insuficiência perineal: o que usar em 2011?

Imagiologia da insuficiência perineal: o que usar em 2011? Imagiologia da insuficiência perineal: o que usar em 2011? José Ilharco Hospitais da Universidade de Coimbra Introdução As alterações funcionais do pavimento pélvico afectam uma percentagem significativa

Leia mais

Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico

Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico 1 Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico Dayana Saboia Enfermeira Especialista em Saúde da Mulher - UFC Especializanda em Estomaterapia UECE Mestranda em Enfermagem - UFC 2

Leia mais

Reeducação Ano-Retal. Profa. Aline Teixeira Alves.

Reeducação Ano-Retal. Profa. Aline Teixeira Alves. Reeducação Ano-Retal Profa. Aline Teixeira Alves Planos musculares e episiotomia Episiotomia Incisão corpo do períneo Reto Porção terminal do tubo digestivo Mede 12/15 cm de comprimento, 5/6 cm de

Leia mais

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana. Prof. Dr.Thiago Cabral

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana. Prof. Dr.Thiago Cabral Introdução ao Estudo da Anatomia Humana Conceito de Anatomia É a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição dos seres organizados. Especializações da anatomia Citologia (Biologia celular)

Leia mais

QUADRIL / PELVE. Prof. Gabriel Paulo Skroch

QUADRIL / PELVE. Prof. Gabriel Paulo Skroch QUADRIL / PELVE Prof. Gabriel Paulo Skroch 1. ANATOMIA Mulher Homem Ilíaco e extremidade superior do fêmur Vista anterior Vista posterior Superfícies articulares da articulação coxo-femural, cápsula e

Leia mais

A INFLUÊNCIA DO BIOFEEDBACK ELETROMIOGRÁFICO NO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

A INFLUÊNCIA DO BIOFEEDBACK ELETROMIOGRÁFICO NO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO A INFLUÊNCIA DO BIOFEEDBACK ELETROMIOGRÁFICO NO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO Daniele Maria dos Santos 1 Patrícia Emanuela Pereira de Gois 2 Leidyane de Almeida Gonçalves 3 Hellen Batista

Leia mais

MODELO FORMATIVO. DATA DE INíCIO / FIM / HORARIO Manhã - 9:00 às 13:00 Tarde - 14:00 às 17:30 INVESTIMENTO FORMADOR

MODELO FORMATIVO. DATA DE INíCIO / FIM / HORARIO Manhã - 9:00 às 13:00 Tarde - 14:00 às 17:30 INVESTIMENTO FORMADOR LOW PRESSURE FITNESS: HIPOPRESSIVOS - NíVEL 1 (DEZ 2016) BRAGA Low Pressure Fitness (LPF) representa um sistema de treino inovador, conjugando exercícios posturais e respiratórios com a técnica hipopressiva,

Leia mais

Ureter, Bexiga e Uretra

Ureter, Bexiga e Uretra Ureter, Bexiga e Uretra 1 Ureter, Bexiga e Uretra 2 URETER 3 Estrutura do Ureter Tubo muscular que conecta o rim à bexiga Porção superior (abdominal) e inferior (pélvica) 4 Trajeto do Ureter Ao nível do

Leia mais

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016 ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES Turma 13 Módulo III 17/06/2016 ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES Paulo Leal Fisioterapeuta e Prof. de Educação Física Mestre em Educação Física Especialista em Educação física e

Leia mais

28/08/2015 CINTURA PÉLVICA E QUADRIL INTRODUÇÃO. Transmissão do peso da cabeça, tronco e MMSS para os MMII INTRODUÇÃO ÍNDICE DE ASSUNTOS

28/08/2015 CINTURA PÉLVICA E QUADRIL INTRODUÇÃO. Transmissão do peso da cabeça, tronco e MMSS para os MMII INTRODUÇÃO ÍNDICE DE ASSUNTOS ÍNDICE DE ASSUNTOS CINTURA PÉLVICA E QUADRIL PROF. DR. Wouber Hérickson de B. Vieira DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA - UFRN hericksonfisio@yahoo.com.br INTRODUÇÃO ANATOMIA FUNCIONAL Estrutura óssea Estrutura

Leia mais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais

INTRODUÇÃO. Formação: Funções: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra. Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais SISTEMA URINÁRIO INTRODUÇÃO Formação: Dois rins Dois ureteres Bexiga Uretra Funções: Remoção resíduos Filtração do plasma Funções hormonais INTRODUÇÃO Excreção da urina Sangue é filtrado nos rins Através

Leia mais

Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados)

Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados) Técnicas Adicionais de Estudo dos Nervos (Nervos que Raramente São Estudados) Sergey Nickolaev www.neurosoftbrasil.com.br Estudo do Nervo Cutâneo Lateral do Antebraço Anatomia: O nervo cutâneo do antebraço

Leia mais

Anatomia do trato urinário e genital

Anatomia do trato urinário e genital Anatomia do trato urinário e genital Anatomia renal: aspectos gerais Cássio Ricce*o Disciplina de Urologia - UNICAMP Anatomia renal: aspectos gerais Anatomia renal: aspectos topográficos Anatomia renal:

Leia mais

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito

LIBERAÇÃO MIOFASCIAL. Ebook Gratuito LIBERAÇÃO MIOFASCIAL Ebook Gratuito LIBERAÇÃO MIOFASCIAL Segundo Myers (2010), a Liberação Miofascial tem sido muito utilizada na última década com objetivo de contribuir para a flexibilidade muscular.

Leia mais

Parecer nº 04/2016/CTAS/COFEN

Parecer nº 04/2016/CTAS/COFEN Cofen Conselho Federal de Enfermagem http://www.cofen.gov.br Parecer nº 04/2016/CTAS/COFEN Posted By secretaria On 21 de outubro de 2016 @ 12:05 In Legislação,Pareceres No Comments REFERÊNCIA: PAD N 036/2016

Leia mais

ESTUDO DOS VALORES DE PRESSÃO PERINEAL PARA MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1

ESTUDO DOS VALORES DE PRESSÃO PERINEAL PARA MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1 ESTUDO DOS VALORES DE PRESSÃO PERINEAL PARA MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 1 Marília Martins 2, Evelise Moraes Berlezi 3, Daniela Zeni Dherer 4. 1 Trabalho vinculado a pesquisa institucional Envelhecimento

Leia mais

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NAS DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO Angélica Santana Zaurisio Graduanda em Fisioterapia, Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS Letícia de Souza Barcelos Graduanda em

Leia mais

OSSOS DO MEMBRO INFERIOR

OSSOS DO MEMBRO INFERIOR OSSOS DO MEMBRO INFERIOR ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR Articulação SacroiIíaca: Ligamento sacrotuberal Lig. sacroespinal Lig. Sacroilíacos post. e ant. Lig. Sacroilíacos interósseos Articulação

Leia mais

Fortalecimento do Assoalho Pélvico em Idosos através dos Exercícios de Kegel. Rebecca Cristine Batista de Araújo 1.

Fortalecimento do Assoalho Pélvico em Idosos através dos Exercícios de Kegel. Rebecca Cristine Batista de Araújo 1. 1 Fortalecimento do Assoalho Pélvico em Idosos através dos Exercícios de Kegel Rebecca Cristine Batista de Araújo 1 rebecca_cristine_@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós Graduação em Uroginecologia

Leia mais

s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1

s.com.br Prof. Ms. José Góes Página 1 1 O Ombro é uma articulação de bastante importância para todos nós, visto que para fazermos até as atividades mais simples, como escovar os dentes e dirigir, precisamos dele. Devido a esta característica,

Leia mais

Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria......

Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria...... 27/06/16 Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria...... na ausência de causa infecciosa ou outra doença que

Leia mais

CINESIOLOGIA APLICADA À MUSCULAÇÃO: Músculos do Braço e Antebraço

CINESIOLOGIA APLICADA À MUSCULAÇÃO: Músculos do Braço e Antebraço CINESIOLOGIA APLICADA À MUSCULAÇÃO: Músculos do Braço e Antebraço Músculos do Cotovelo Bicípite braquial Braquial Braquiorradial Tricípite braquial Ancôneo Bicípite Braquial Bicípite Braquial Origem: Cabeça

Leia mais

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I Conceitos As atividades corporais envolvem pelas suas características conceitos fundamentais para a área da Educação Física:

Leia mais

ANÁLISE DA FORÇA DE CONTRAÇÃO PERINEAL EM PRIMÍPARAS ANALYSIS OF THE FORCE OF PERINEAL CONTRACTION IN PRIMÍPARAS

ANÁLISE DA FORÇA DE CONTRAÇÃO PERINEAL EM PRIMÍPARAS ANALYSIS OF THE FORCE OF PERINEAL CONTRACTION IN PRIMÍPARAS 22 ANÁLISE DA FORÇA DE CONTRAÇÃO PERINEAL EM PRIMÍPARAS ANALYSIS OF THE FORCE OF PERINEAL CONTRACTION IN PRIMÍPARAS RIBEIRO, Joici Adriana Antoniazzo Batistão 1 ; FELICE, Thais Duarte 2 ; SOUZA, Elsiane

Leia mais

MOTOR EVALUATION SCALE FOR UPPER EXTREMITY IN STROKE PATIENTS (MESUPES-braço and MESUPES-mão)

MOTOR EVALUATION SCALE FOR UPPER EXTREMITY IN STROKE PATIENTS (MESUPES-braço and MESUPES-mão) MOTOR EVALUATION SCALE FOR UPPER EXTREMITY IN STROKE PATIENTS (MESUPES-braço and MESUPES-mão) Nome do paciente: Data do teste - hora: Nome do avaliador: Duração do teste: min Dominância: direita/esquerda

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO

UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO Patrícia Lima Ventura 1, Marcela Soares Silva 2, Liana Rodrigues da Rocha 3 Regiane

Leia mais

ENFERMAGEM ANATOMIA. ANATOMIA DO SISTEMA GENITO URINÁRIO Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM ANATOMIA. ANATOMIA DO SISTEMA GENITO URINÁRIO Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM ANATOMIA Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Sistema genital feminino tem como função secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar feto, fornecendo condições para o seu desenvolvimento. É composto

Leia mais

Osteologia e Artrologia. Tema F Descrição e caraterização funcional do sistema ósseo e articular do membro inferior.

Osteologia e Artrologia. Tema F Descrição e caraterização funcional do sistema ósseo e articular do membro inferior. Tema F Descrição e caraterização funcional do 1 Cintura pélvica; 2 Bacia 3 Articulação coxo-femural e seu funcionamento nos movimentos da coxa. 4 Complexo articular do joelho e seu funcionamento nos movimentos

Leia mais

Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento

Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento Fisiologia da Articulação Temporomandibular (ATM) Dra. Glauce Crivelaro Nascimento COMPONENTES DO SIST. ESTOMATOGNÁTICO Articular Desenvolvimento: - 8ª semana de vida intrauterina - Até 20 semanas: totalmente

Leia mais

ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS

ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS Enf. Msc. ET Aline Fernanda Negri Enf. Dra. ET Gisele Regina de Azevedo

Leia mais

A INFLUÊNCIA DA EPISIOTOMIA NA FUNCIONALIDADE DO ASSOALHO PÉLVICO

A INFLUÊNCIA DA EPISIOTOMIA NA FUNCIONALIDADE DO ASSOALHO PÉLVICO A INFLUÊNCIA DA EPISIOTOMIA NA FUNCIONALIDADE DO ASSOALHO PÉLVICO Alécia Carolina de Oliveira Philippini 1 ; Daniele Maria dos Santos 2 ; José Edimósio Costa Vital 3 ; Hellen Batista de Carvalho 4 ; Lorena

Leia mais

O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO PROLAPSO UTERINO. Palavras-chave: Assoalho Pélvico. Prolapso Interino. Fisioterapia.

O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO PROLAPSO UTERINO. Palavras-chave: Assoalho Pélvico. Prolapso Interino. Fisioterapia. O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO PROLAPSO UTERINO Ana Gilza Pinheiro Pereira 1 Email: anapinheiropereira@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia, MSc. 2 Pós-Graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia

Leia mais

Avaliação fisioterapêutica neurológica

Avaliação fisioterapêutica neurológica Avaliação fisioterapêutica neurológica Resumo Autoras: Francine Helena Pires Avanzo Anita Volpi Porto Professoras Orientadoras: Ms. Giovana de Cássia Rosim* Gisela Naif Caluri Centro Universitário Anhanguera

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 52-CEPE/UNICENTRO, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015. Aprova o Curso de Especialização em Recursos Terapêuticos Manuais: Ênfase em Terapia Manual, modalidade modular, da UNICENTRO. O REITOR DA UNIVERSIDADE

Leia mais

MODELO FORMATIVO. DATA DE INíCIO / FIM / HORARIO Manhã - 08:30 às 13:00 Tarde - 14:00 às 17:30 INVESTIMENTO

MODELO FORMATIVO. DATA DE INíCIO / FIM / HORARIO Manhã - 08:30 às 13:00 Tarde - 14:00 às 17:30 INVESTIMENTO TREINO AVANçADO DO CONTROLO MOTOR: DOR LOMBAR E PéLVICA - COM PAUL HODGES - CNF 2015 (JUN 2015) - LISBOA Paul Hodges é uma das grandes referências mundiais da Fisioterapia Músculo-Esquelética. O trabalho

Leia mais

VAGAS LIMITADAS INSCRIÇÕES ABERTAS. Dra: Patrícia Lordêlo COIMBRA. Curso de Fisioterapia Pélvica da Criança ao Idoso 8, 9 e 10 de SETEMBRO

VAGAS LIMITADAS INSCRIÇÕES ABERTAS. Dra: Patrícia Lordêlo COIMBRA. Curso de Fisioterapia Pélvica da Criança ao Idoso 8, 9 e 10 de SETEMBRO Curso de Fisioterapia Pélvica da Criança ao Idoso 8, 9 e 10 de SETEMBRO COIMBRA Dra: Patrícia Lordêlo Pós-doutoramento em Ginecologia (UNIFESP) Doutora em Medicina e Saúde Humana (EBMSP) Profa. Adjunta

Leia mais

Conceitos Gerais de Osteologia, Artrologia e Miologia.

Conceitos Gerais de Osteologia, Artrologia e Miologia. Conceitos Gerais de Osteologia, Artrologia e Miologia 1 Conceitos Gerais de Osteologia, Artrologia e Miologia. 1 - Formação do Aparelho Locomotor: a) Sistema Esquelético parte passiva Ossos, cartilagens,

Leia mais

PHYSIOTHERAPY EXERCISE (NOV 2017) - PORTO

PHYSIOTHERAPY EXERCISE (NOV 2017) - PORTO PHYSIOTHERAPY EXERCISE (NOV 2017) - PORTO Nestas 24 horas dedicadas ao Exercício Terapêutico vai perceber como tornar o exercício funcional, quando o conseguimos ligar aos padrões integrados de movimento

Leia mais

TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO HOMEM UTILIZANDO RECURSOS TERAPÊUTICOS

TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO HOMEM UTILIZANDO RECURSOS TERAPÊUTICOS TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO HOMEM UTILIZANDO RECURSOS TERAPÊUTICOS BARRIZA, Isabela Aranha Acadêmica do curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva

Leia mais

ANÁLISE DA FORÇA DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO

ANÁLISE DA FORÇA DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO ANÁLISE DA FORÇA DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO Dayele Cruz da Silva¹; Taynara Fernanda Cardoso Barbosa ²; Katlyn Nunes 3 ; Patrícia Nascimento Peres

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA VANESSA PINHO PALMEZONI O IMPACTO DA GESTAÇÃO NA FUNÇÃO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE PRIMIGESTAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA VANESSA PINHO PALMEZONI O IMPACTO DA GESTAÇÃO NA FUNÇÃO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE PRIMIGESTAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA VANESSA PINHO PALMEZONI O IMPACTO DA GESTAÇÃO NA FUNÇÃO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE PRIMIGESTAS UBERLÂNDIA 2016 VANESSA PINHO PALMEZONI O IMPACTO DA GESTAÇÃO

Leia mais