MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO. Introdução
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- Ana Valentina Chaves Martini
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1 1 TRABALHANDO AS BORBOLETAS E AS ABELHAS COMO INSETOS POLINIZADORES NAS AULAS PRÁTICAS DE DUCAÇÃO AMBIENTAL E ZOOLOGIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA MARIA INÊZ DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES, CRISTIANE CIDÁLIA CORDEIRO E SUELLEN ARAÚJO Introdução O estudo da classificação dos animais e seu agrupamento através de zoologia possibilitam reconhecer as diferenças e semelhanças, facilitando a identificação das espécies e com isso obtivemos as informações sobre os animais, e as condições ecológicas do meio ambiente, esse aspecto foi importante para educação ambiental. É interessante a realização de aulas práticas na formação dos profissionais na área de biologia, pois através desta atividade os alunos tiveram a vivência de como trabalhar o conteúdo em laboratório. Através dos insetos enfocando informações do meio ambiente, isso está de acordo com ROCHA et al, 2007 afirmam que os insetos são animais interessantes para serem utilizados como ferramenta de ensino. Ao estudar os tipos de asas, as peças bucais e os tipos de aparelhos bucais podem identificar a locomoção e os hábitos alimentares, isso contribui para a sua relação com o meio ambiente. De acordo com SANTOS, 2002 os insetos têm uma importância ecológica, pois ao se alimentar da flor, transfere o pólen da flor para a outra, promovendo o processo de polinização, mantendo a diversidade dos vegetais. Esses animais que visitam as flores são os insetos polinizadores. Com isso o projeto enfatizou a importância das borboletas e das abelhas como insetos polinizadores nas aulas práticas de zoologia e educação ambiental. O objetivo desta pesquisa foi mostrar como se podem trabalhar o processo de polinização utilizando as borboletas e as abelhas como agentes polinizadores nas aulas práticas no curso de licenciatura em biologia. Referencial Teórico Uma forma de diversificar as aulas é desenvolver atividades em laboratório, e para tornar essa aula mais atrativa é trabalhar com animais. Um bom exemplo de animais são os insetos, pois são importantes para o uso de atividades didáticas, segundo ROCHA et al 2007 onde eles apresentam diversas funções no ecossistema, conforme NASCIMENTO, 2007 como indicadores biológicos, auxiliando na informação de como se encontra ecologicamente o ambiente. Material e Métodos
2 2 Foi realizada uma aula prática no laboratório da Faculdade de Formação de Professores de Goiana com os alunos do Curso de Licenciatura em Biologia, visando o reconhecimento das partes externas dos insetos polinizadores como as borboletas e as abelhas nas aulas práticas de zoologia. Os insetos já conservados foram retirados da caixa entomológica e observaram as asas, peças bucais (fig.01) e os tipos de aparelhos bucais, através desta atividade os alunos identificaram através do hábito alimentar como eles visitam as flores promovendo o processo de polinização, para isso foi utilizada uma Fig. 01 Apresentação das peças bucais dos insetos durante o seminário pinça para auxiliar no manuseio e uma lupa manual na observação dessas estruturas. Para o detalhamento desta atividade foi necessário o uso de referências bibliográficas na área de zoologia e educação ambiental. Como avaliação, os alunos tiveram que apresentar um seminário (fig. 02), onde foi feita uma análise dos conhecimentos adquiridos durante a prática no laboratório e o relato da visita á área externa da instituição de ensino superior para observação de plantas com flores. Fig. 02 Morfologia externa dos insetos apresentada durante o seminário
3 3 Resultados e Discussão Com os insetos já conservados do laboratório os alunos observaram as abelhas, insetos da ordem hymenoptera. Definiram bem as peças e o tipo de aparelho bucal que é mastigador-lambedor, com isso eles conseguiram comparar o aparelho bucal das abelhas com a sua função ecológica desempenhada no ambiente, isso está de acordo com SANTOS, 2002 afirma que as abelhas têm um papel ecológico, pois utiliza seu aparelho bucal para a sua alimentação, e o interior da flor entra em contato com os órgãos sexuais das plantas levando em seu corpo o pólen da flor para a outra, realizando assim a polinização, mantendo a diversidade de espécie vegetal. A autora ainda afirma que elas são importantes para algumas plantas cultivadas que depende de agentes polinizadores. Segundo MACHADO & CARVALHO, 2006 o néctar produzido pela flor do girassol é uma estratégia para atrair os polinizadores, como as abelhas e com as visitas destes insetos na inflorescência nessa planta, foi observado que houve um aumento na produção e na qualidade das sementes. Isso está de acordo com ARAÚJO et al, 2007 afirmam que as angiospermas possuem atributos florais como: odor, formato da flor, cor e disponibilidade do néctar, os quais conquistaram ao longo de sua evolução e através deles atraem os agentes polinizadores. Essa prática de laboratório foi interessante para as aulas de zoologia e de educação ambiental, por que os alunos começam a comparar as estruturas do corpo do animal com a função que ele pode desempanhar no ambiente. Esses aspectos também foram observados nas borboletas, insetos da ordem lepidóptera. Primeiro foi identificado o tipo de aparelho bucal que é adaptado para sugar, segundo SILVA, 2008 as maxilas são transformadas em espirotromba, a qual é utilizada para sugar alimentos. Conforme RITTER et al, 2007 as borboletas são separadas em duas grandes guildas: frugívoras e nectarívoras. As que se alimentam de néctar e/ou pólen são as nectarívoras ao visitar as plantas podem realizar a polinização (fig.03). Além de insetos polinizadores, também são considerados indicadores biológicos, respondem bem aos impactos causados no seu habitat, isso está de acordo com FELIPE et al, Os autores ainda observaram a abundância de família de borboleta pieridae em área degradada na mata de Jiqui, no Rio Grande do Norte. Foi relatado pelos alunos que é importante estudarmos a morfologia externa dos insetos nas aulas de zoologia e educação ambiental, por que através destes aspectos puderam conhecer o papel ecológico que esses animais desempenham no meio ambiente.
4 4 Fig. 03 Observação da borboleta Conclusão É importante que o professor diversifique suas aulas como propostas para o processo de ensino-aprendizagem, sendo necessário que estimule seus alunos, por exemplo, utilizando as aulas práticas de laboratório. Desta forma o discente compreende melhor a interação dos animais com o meio ambiente e o papel ecológico que o animal pode desempenhar no ambiente. Com essa prática os alunos do Curso de Biologia corresponderam positivamente à atividade prática e o método para administrar uma aula interdisciplinar. Referências Bibliográficas ARAÚJO, J. L. O. de; QUIRINI, Z. G. M.; NETO, P. C. G. da Síndromes de polinização ocorrentes em uma área de mata atlântica, Parnaíba, Brasil. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, 2007, Caxambu. Anais... Caxambu: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2007, p.1-2. FELIPE, C.; MARTINS, J.; FRAZÃO, J. Biodiversidade de borboletas em ambiente de mata atlântica Mata de Jiqui, Parnamirim/RN In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, Caxambu. Anais... Caxambu: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2007, p MACHADO, C. S.; CARVALHO, C.A.L. de Abelhas (hymenoptera: apoidea) visitantes dos capítulos de girassol no Recôncavo baiano. Ciência Rural, v.36, n.5, setout, NASCIMENTO, P. C. Borboletas indicam qualidade ambiental. Jornal da Unicamp, edição 349, n.26-4, fev/mar, RITTER, C.D.; LEMES, R.; MORAES, A. B.B. de Borboletas (lepidopteras: hesperioidea e papilionoidea) visitantes florais do Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. In: CONGRESSO DE
5 5 ECOLOGIA DO BRASIL, Caxambu. Anais... Caxambu: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2007, p ROCHA, M. P.; CASTRO, M. M. & MARTINS-NETO, R. G. Criação de Cladomorphus phyllinum ( Gray, 1835) (Phasmatodea; Phasmatidae) como subsídio para educação ambiental. In: CONGRESSO DE ECOLOGIA DO BRASIL, Caxambu. Anais... Caxambu: Sociedade de Ecologia do Brasil, 2007, p SANTOS, I. A. dos. A vida de uma abelha solitária. Revista Ciência Hoje, n. 179, jan, SILVA, G. C. Diversidade de borboletas nymphalidae na mata atlântica do parque municipal da lagoa do Peri, Florianóplis, SC, Trabalho de conclusão do curso de ciências biológicas apresentado na disciplina Bio 5156 Estágio II Universidade Federal de Santa Catarina, 2008, Santa Catarina.
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