Avaliação laboratorial da função renal Parte I
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- Renata Dias Neves
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1 Avaliação laboratorial da função renal Parte I Prof. Adjunto Paulo César Ciarlini Laboratório Clínico Veterinário FMVA-UNESP Ciarlini@fmva.unesp.br
2 ANATOMIA RENAL V. Cava caudal Rim direito Aorta Ureter A. renal Rim esquerdo V. renal Ureter Bexiga
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4 Túbulos contorcidos proximais Arteríola eferente Glomérulo Arteríola aferente Artéria ilíaca
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6 25% débito cardíaco GLOMERULO: 1/3 plasma macromoléculas = UFG= TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL: 65% UFG H 2 O (75%)-Glicose & A.A(100%)-HCO 3 -(90%)-NaCl (75%)-Ca(85%)-Mg (50%)-PO 4 (90%)-Uréia (65%) Amônia-Ác.úrico Creatinina-Ác.hipúrico-Medicamentos ALÇA DESCENDENTE HENLE: 15% UFG ALÇA ASCENDENTE HENLE: 10% UFG H 2 O Soluto(NaCl) Soluto (NaCl) Água Absorção Retenção Excreção TÚBULO CONTORCIDO DISTAL: 10% UFG Água-uréia: ADH (neurohipófise) Na & K: Aldosterona (Adrenocortical) TÚBULOS COLETORES: 9% UFG Água: ADH (neurohipófise) URINA: 1/120 ml/ UFG = H2O -uréia-creatinina-po4-sulfato-amoniaco-na K Cl Ca Mg -Células
7 ACHADOS CLÍNICOS SUGESTIVOS DE DOENÇA DO TRATO URINÁRIO ou rins ou bexiga Dor abdominal Cor e / ou odor da urina alterada Poliúria Oligúria Úlcera gengival Halitose
8 Será que tenho doença renal? EXAME DE URINA TIPO I O primeiro passo
9 COLHEITA DE URINA 5 ml vol. desejável
10 COLHEITA DA AMOSTRA Preparo do animal: Jejum Excluir medicação Primeira micção Cuidado com amostra: Conservação máxima 2h refrigerado Frasco escuro ou plástico
11 EXAME FÍSICO VOLUME Poliúria Oligúria Fisiológica (Transitória) Patológica (Persistente) * Considerar: - Temperatura ambiente - Alimentação - Atividade física - Uso de diuréticos
12 EXAME FÍSICO ASPECTO Límpido: normal Turvo + Normal gatos (Gordura) + Normal cavalo (Muco) ++/+++ = Células/Cilindros/Cristais
13 COR DA URINA Normal Hemoglobina Mioglobina Fenotiazina Bilirrubina Complexo B
14 ODOR DA URINA * Sui-generis: normal * Amoniacal: infecção bacteriana (Uréia Amônia) * Adocicado: cetose * Pútrido: degeneração tecidual necrose
15 DENSIDADE Urodensimetro ALB e GLI = Falso Avalia capacidade rim concentrar urina Refratômetro
16 Método: modificação pka de polieletrólitos 4 mg/ ml = 0,001 2,7 mg/ ml = 0,001
17 DENSIDADE < 1,007 = Rim capaz diluir Normal: 1,001 1,080 ( média 1,025 1,030) > 1,030 (Cão) > 1,035 (gato) = Rim capaz de concentrar
18 DENSIDADE: Inversamente proporcional ao volume EXCEÇÕES: Diabete melito: V & D Doença glomerular terminal: V & D Aumento Doença renal (fase inicial) Diabete melito Desidratação Choque Formação de efusões Diminuição Doença renal (fase terminal) Diabete insipidus Uso de diuréticos Fluido terapias Resolução de efusões
19 ph URINÁRIO NORMAL: Depende da dieta Herbivoros: Alcalino Carnívoros: Ácido Onívoros: Alcalino / Ácido ph BAIXO Atividade muscular prolongada Acidose metabólica / respiratória Medicamentos: Cloreto amônio; Fosfato ácido de sódio ph ELEVADO Cistite Alcalose metabólica / respiratória Medicamentos: Bicarbonato de sódio; Citrato de sódio
20 ACIDÚRIA PARADOXAL BOVINA ph 1. Deslocamento abomaso = seqüestro Hcl 2. Hipocloremia = Cl = reabsorção tubular bicarbonato 3. Hipocalemia = K = excreção tubular de H
21 Não urina alcalinas
22 PROTEINÚRIA ESTIMATIVA Proteinúria = PT UFG + PT secretada túbulos+ concentração PT tubular 1. Verde bromocresol = semi-quantitativo (Fita reativa) 2. Ácido sulfossalicílico = semi-quantitativo 3. Azul brilhante de Comassie = Quantitativo 4. Proteinúria 24 h = 5,1-22,4 mg/kg PV (Cão) 5. Relação proteína e creatinina urinária: U (P:C)
23 PROTEINÚRIA Método erro indicador ph azul bromofenol ( Albumina (-) : ph) CONSIDERAR A DENSIDADE
24 PROTEINÚRIA FORMAS DE QUANTIFICAÇÃO Sedimento anormal 500 cães Proteinúria Falso negativa Ácido sulfossalicílico (>1+) 5,4% Azul de Comassie (>1 mg/dl) 8,5% U (P:C) (>1) U (P:C) (>2) 9,7% 0% Fonte: Thrall, 2007
25 PROTEINÚRIA Condição Causa Proteína Celularidade Lesão Glomerular Lesão tubular Hemorragia Inflamação UFG proteína absorção proteina UFG PPT Exsudação 3-4+ Baixa 1-2+ Variável 1-4+ Alta Hemoglobinúria Hemoglobina 0* 1-4+** Mioglobinúria Mioglobina 0* 1-4+** Baixa Baixa * Fita reativa ** Precipitação ácido
26 PROTEINÚRIA Relação proteína e creatinina urinária: U (P:C) U (P:C) = 0,01-0,54 = Normal U (P:C) = 0,5-1 = Suspeito (Repetir volume 24h) U (P:C) > 1 - <3 = Doença tubular ( absorção Hg-Mg-Bence) U (P:C) > 3 = Doença glomerular U (P:C) > 3 + piúria = Cistite U (P:C) > 3 + Ø piúria = Glomerulonefrite Hematúria não interfere U (P:C)
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28 Específico p/ albumina Todas proteínas
29 PH Cão Gato Correlação (r) S x E S x E Cão x Gato Ácido sulfossalicílico (ASS) 0-10 < 7,5 43,3% x 97,5% 47,1% x 96,5% 30,8 % x 90% 29% x 88,9% 0,87 x 0,75 Multistix Pro 0-10 < 7,5 87,9% x 93,3% 91,2% x 93,1% 100% x 90% 100% x 100% 0,78 x 0,87 U (P:C) Multistix manual ,3% x 97,1% 50% x 24,4% 0,95 x -0,24 U (P:C) Multistix automático ,3% x 66.7% 100% x 34,1% 0,37 x 0,12 S = Sensibilidade E = Especificidade r = Correção com método quantitativo padrão S Multistix > ASS / E Multistix < ASS p/ proteinúria significativa U (P:C) manual opção diagnóstico proteinúria cães (Boa) e gatos (Ruim)
30 Conclusão: Fita para microalbuminúria humana não é confiável para uso em cães
31 Conclusão: Hematúria e bacteriúria não interfere significativamente U(P:C) canino
32 HEMOGLOBINÚRIA X MIOGLOBINÚRIA HEMO GLOBINÚRIA MIO GLOBINÚRIA Plasma Vermelho Claro VG Baixo Elevado CK Normal Elevado Precipitação Sulfato Mg Positivo Negativo HEMOGLOBINA e MIOGLOBINA = NEFROSE
33 HEMATÚRIA-HEMOGLOBINÚRIA Método pseudoperoxidase CONSIDERAR MIOGLOBINA E SEDIMENTOSCOPIA Falso (-): Amostra não homogeneizada Falso (+): Peroxidase bacteriana Contaminação detergente Colheita
34 BILIRRUBINÚRIA UROBILIRRUBINÚRIA
35 BILIRRUBINÚRIA Método: reação diazoreagente dicloroanilina Normal em cão Densidade > 1,025 HB e BD = NEFROSE Fotodegradação Vit.C Nitrito (+) Colestase (3+) Doença hepática (1+) Hemólise (1-3+)
36 UROBILIRRUBINÚRIA Reação p-dietilaminobenzaldeído Foto degradação Circulação enterohepática normal Hemólise Constipação intestinal Má-circulação portal = compostos biliares = nefrose Hemólise = nefrose
37 GLICOSÚRIA Limiar renal para glicose Cão: mg/dl Bovino: mg/dl Eqüino: mg/dl Metodologia: Fita reativa (enzimática) Reação Benedict * Cães sintetizam Vit.C (+ diabéticos)
38 GLICOSÚRIA Método glicose-oxidade Considerar a glicemia Causas: Antioxidantes (VIt.C) Bacteriúria Causas: Estresses (+ bovino e gatos) Terapias hiperglicemiantes Diabete melito Nefropatia (glicemia normal) Cushing Hiperpituitarismo
39 ACETONÚRIA Método nitroprussionato Na : Não reage -hidroxibutírico Acetona / Acetoacetona = volátil Positive: starvation; insulinoma; diabetes Normal vacas produção mellitus; persistent hypoglycemia; high Diabete melito fat low carbohydrate Acetonemia prenhez diets; Acetonemia glycogen da lactação storage disease
40 NITRITO URINÁRIO Urina matinal BACTERÚRIA Gram (-) NORMAL
41 UROSEDIMENTOSCÓPIA Classificação das células Pequena Hemácias Leucócitos Renais Médias (Transição) Ureteres Bexiga Uretra R H T Grandes (Escamosas) Vagina Prepúcio Normal = 3-4/cp/400X (Cistocentese)
42 HEMATÚRIA Normal: 5/Cp/400X (Cistocentese) Hemácias > 5/Cp/400X: Hemorragia trato urinário
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46 LEUCOCITÚRIA Normal leucócitos: < 5 / cp / 400X Hemácia > Leucócitos = Hemorrágia Leucócito > Hemácias = Inflamação
47 CILINDRÚRIA Indica: nefropatia
48 CILINDRÚRIA Hialino Eptelial Céreo Leucocitário Hemático Granular grosso Granular fino TÚBULO RENAL
49 BACTERIÚRIA Normal: Ausente Presença indica: Infecção do trato urogenital
50 PARASITOS Dioctophyma renale Stephanurus dentatus Capilllaria plica Dirofilaria immitis
51 NEOPLASIAS CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS Norris et al.1998: 115 casos cães 1% todos tumores da espécie 87% (Bexiga-Uretra) Disúria (101/115) Hematúria (101/115) Polaquiúria (101/115)
52 CRISTALÚRIA EXCESSO DE CRISTAIS NA URINA & CÁLCULOS
53 Normal Dalmata Hepatopatia grave CRISTAIS DE URINA ÁCIDA CRISTAIS DE URINA ÁCIDA Normal Herbívoros Intoxicação etilenoglicol Colestase Hemólise Ácido úrico Bilirrubina Oxalato de cálcio dihidratado Intoxicação etilenoglicol Hepatopatia grave Oxalato de cálcio monohidratado Leucina Tirosina
54 CRISTAIS DE URINA ALCALINA Normal Dalmata Aluporinol Desvio portal Hepatopatia grave Normal carnívoros Biurato de amônio Fosfato triplo - Estruvita
55 Gordura Muco ARTEFATOS Esperma Bolha Fibra Fungo
56 Será há algum exame mais confiável para nefropatia?
57 ENZIMÚRIA 1. GAMA GLUTAMILTRANSFERASE (GGT) Específica para lesão tubular Kit humano sem adaptações Refrigerar e não congelar 2. N-acetil- -D-Glicosaminidase (NAG) Específica para lesão tubular Kit humano sem adaptações Refrigerar ou congelar
58 RESUMO DOS PRINCIPAIS ACHADOS DAS DOENÇAS DO TRATO URINÁRIO ph Densidade Proteína Sangue Leucócito Eritrócito Cilindro Outros achados Glomerulonefrite Ácido ou 3+ / 4+ Variável 1+ Variável 1+ Nefrite aguda Ácido ou N 1+ / / 4+ Raras 3+ / 4+ Oligúria Nefrite crônica Ácido / 2+ Raras 1+ / 2+ Poliúria IRA (oligúria) Ácido / 4+ Raras 3+ / 4+ Uremia Creatinemia Hipocalcemia IRA (poliúria) Ácido / 2+ Raras 1+ / 2+ Uremia Hiperfosfatemia Creatinemia Hipocalcemia Hiperfosfatemia IRC Cistite Ácido Alcalino Isostenúria / / / / 4+ Raras 2+ / / 2+ Ausente Uremia Creatinemia Hipocalcemia Hiperfosfatemia Bactérias Hematúria Hemoglobinúria Mioglobinúria Ácido Alcalino Ácido Alcalino Ácido Alcalino Variável 1+ / / / / 4+ Ausente Urina límpida após centrifugação Variável 1+ / / 3+ Negativo Negativo 1+ / 2+ Anemia Plasma vermelho Variável 1+ / / 3+ Negativo Negativo 1+ / 2+ Sem anemia Plasma límpido IRA = Insuficiência renal aguda IRC = Insuficiência renal crônica
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60 Obrigado pela Atenção!!
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