MAIO/2016 RELATÓRIO ECONÔMICO MAIO/2016
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- Wilson Ramalho Branco
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1 RELATÓRIO ECONÔMICO
2 ÍNDICE Indicadores Financeiros Pág. 3 Projeções Pág. 4-5 Cenário Externo Pág. 6 Cenário Doméstico Pág. 7 Renda Fixa e Renda Variável Pág. 8
3 INDICADORES FINANCEIROS BOLSA DE VALORES AMÉRICAS mês % ano % 2015 Ibovespa Fech ,7% 24,4% (13,3%) IBrX Fech ,1% 22,1% (12,4%) ISE ,7% 6,5% (12,9%) S&P ,3% 1,0% (0,7%) EUROPA DAX ,7% (6,6%) 9,6% FTSE ,1% (0,0%) (4,9%) CAC ,0% (4,5%) 8,5% IBEX ,5% (5,4%) (7,2%) Euro Stoxx ,8% (7,3%) 3,8% PAN ÁSIA Nikkei (0,6%) (12,4%) 9,1% Hang Seng ,4% (3,9%) (7,2%) Austrália ,3% (0,8%) (2,1%) Coréia do Sul (0,2%) 1,6% (1,8%) Índia ,4% (1,2%) (4,1%) OUTROS MERCADOS MOEDAS mês % ano % 2015 BRL/USD 3,4358 (4,4%) (13,3%) 49,0% BRL/EUR 3,9332 (3,8%) (8,5%) 33,7% USD/EUR 1,1451 0,6% 5,4% (10,2%) YEN/USD 106,5000 (5,4%) (11,4%) 0,4% USD/AUD 0,7603 (0,7%) 4,4% (10,9%) JUROS BRASILEIROS abr/ Futuro de DI jan/17 Futuro de DI jan/18 Futuro de DI jan/19 Futuro de DI jan/21 13,60 15,87 12,90 12,71 16,53 12,75 12,48 16,71 12,60 12,41 16,62 12,30 COMMODITIES Petróleo 45,92 19,8% 24,0% (30,5%) Ouro 1.293,53 4,9% 21,9% (10,4%) Fonte: Santander Brasil Asset Management
4 PROJEÇÕES ECONOMIA GLOBAL INDICADORES MACROECONÔMICOS GLOBAIS Última atualização 10/5/ PROJEÇÕES GLOBAL (*) (0,2) 4,9 3,6 3,0 3,0 2,9 2,8 3,7 DESENVOLVIDOS (3,8) 2,6 1,3 1,1 0,9 1,6 1,8 1,5 ESTADOS UNIDOS (2,8) 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 1,7 ZONA DO EURO (4,4) 2,0 1,6 (0,8) (0,3) 0,9 1,5 1,6 ALEMANHA (5,6) 3,9 3,7 0,6 0,4 1,6 1,7 1,7 FRANÇA (2,9) 2,0 2,1 0,2 0,7 0,2 1,2 1,5 REINO UNIDO (4,3) 1,9 1,6 0,7 1,7 2,6 2,2 1,9 JAPÃO (5,5) 4,7 (0,5) 1,7 1,6 (0,1) 0,5 0,5 EMERGENTES 3,1 7,0 5,7 4,8 4,7 4,2 3,5 4,9 ASIA EX-JAPÃO 7,7 9,7 7,9 6,7 6,5 6,7 6,8 6,7 CHINA 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,3 6,9 6,5 AMÉRICA LATINA (1,3) 6,0 4,6 3,1 2,7 1,3 (1,3) (0,5) BRASIL (0,2) 7,6 3,9 1,9 3,0 0,1 (3,8) (4,0) (*) Calculado pelo poder de compra (*) As áreas sombreadas são projeções Fonte: Santander Brasil Asset Management
5 PROJEÇÕES ECONOMIA BRASILEIRA INDICADORES MACROECONÔMICOS Última atualização 9/5/ PROJEÇÕES PIB crescimento real (%) 5,1 (0,1) 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1 (3,8) (4,0) 1,5 Inflação (IPCA/IBGE) (%) 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,0 5,5 Inflação (IGPM/FGV) (%) 9,8 (1,7) 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 8,0 6,5 Taxa de câmbio média (R$/US$) 1,84 1,99 1,73 1,67 1,95 2,16 2,35 3,34 3,73 3,80 Taxa de câmbio final (R$/US$) 2,34 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 3,70 3,90 Taxa de juro nominal final do ano (Selic) 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 12,75 10,75 Resultado primário do setor público (% do PIB) (*) 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,8 (0,6) (1,9) (1,5) (1,5) (*) As áreas sombreadas são projeções. Fonte: Santander Brasil Asset Management
6 CENÁRIO EXTERNO Crescimento global: expectativa de recuperação no 2º Trimestre de 2016, mas dúvidas persistem. que o esperado do consumo das famílias e de uma forte contração do investimento não residencial. No entanto, acreditamos em recuperação do PIB no segundo trimestre, para algo próximo a 2,0% (variação trimestral anualizada). A economia norte americana continua a preservar fundamentos sólidos, sobretudo para o consumo das famílias, com melhora das condições financeiras, confiança do consumidor em patamar elevado e mercado de trabalho apertado. Os mercados globais seguem muito atentos aos sinais sobre o real ritmo da atividade econômica nos principais países, sobretudo EUA e China. Diante de um primeiro trimestre mais fraco, observamos revisões para baixo do crescimento global para o ano de 2016, inclusive das projeções feitas pelos organismos internacionais (como FMI, Banco Mundial e OCDE). Mas apesar do crescimento menor, o risco de recessão global segue reduzido, com a economia chinesa dando sinais de alguma recuperação cíclica e os bancos centrais sinalizando reforço nos estímulos monetários. De modo geral, embora com alguma volatilidade, a perspectiva de continuidade da liquidez global bastante elevada tem sido relevante para sustentar os mercados globais em níveis elevados, após a recuperação iniciada em fevereiro. Contudo, não há espaço para grandes decepções com o ritmo da atividade no trimestre em curso. A economia chinesa apresentou crescimento de 6,7% no 1º Trimestre de 2016, em comparação com o mesmo período de 2015, resultado ligeiramente abaixo do quarto trimestre do ano passado (6,8%). Mas existe a expectativa de uma recuperação no 2º Trimestre de 2016, em razão da resposta da economia chinesa aos estímulos adotados nos últimos trimestres. Neste sentido, os indicadores de atividade referentes a março surpreenderam para cima. Os primeiros indicadores referentes a abril foram menos promissores, mas não a ponto de invalidarem a expectativa de alguma recuperação da economia no 2º Trimestre de Enfim, o conjunto de indicadores de atividade da economia chinesa indicam alguma resposta da economia aos estímulos adotados, apontando para um crescimento do PIB ao redor de 6,5% neste ano. A economia norte americana, por sua vez, apresentou sinais de fraqueza no primeiro trimestre do ano, mostrando crescimento de apenas 0,5% no 1º Trimestre de 2016, em razão de um desempenho mais fraco do O FED, o banco central norte-americano, tem optado por manter a taxa de juros no atual intervalo de 0,25%- 0,50%. A cautela do FED é justificada em razão de dois trimestres consecutivos de decepção com o crescimento doméstico e de um cenário externo bastante complexo e desafiador. O FED prefere obter sinais mais firmes de crescimento para decidir sobre futuros aumentos na taxa de juros, poderão acontecer só no segundo semestre. Na contramão de China e EUA, o PIB da zona do euro apresentou crescimento acima do esperado no primeiro trimestre, subindo 2,2% na variação trimestral anualizada. Também houve continuidade na melhora do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego recuando 1 ponto percentual nos últimos 12 meses. Apesar da continuidade de melhora na atividade, a redução na ociosidade ainda não tem sido forte o suficiente para acarretar em sinais mais expressivos de aceleração na inflação ao consumidor, que também tem sofrido os impactos deflacionários da queda recente nos preços de petróleo e energia. Sendo assim, persistem os riscos de deflação na região. Nesse contexto, o Banco Central Europeu (BCE) iniciou em março um novo pacote de medidas de estímulo monetário, a fim de mitigar as probabilidades de uma deflação na zona do euro neste ano. Até o momento, o BCE não vislumbra medidas adicionais de afrouxamento, mas acreditamos que ao longo do 3T16, devido a uma continuidade na fraqueza do panorama inflacionário, a autoridade monetária do bloco terá que trazer à tona novas medidas para continuar estimulando a economia da região. No geral, espera-se alguma recuperação (moderada) do crescimento global para o segundo trimestre, puxado pela perspectiva de melhora nas economias americana e chinesa. Mas essa expectativa de recuperação está cercada de muitas dúvidas e não há espaço para grandes decepções.
7 CENÁRIO DOMÉSTICO Reformas estruturais e recuperação da confiança serão chaves para a retomada do crescimento A despeito de toda a turbulência política, concluída a votação da admissibilidade do impeachment pelo Senado, existe a expectativa de que a suposta nova equipe econômica, com um maior apoio do Congresso, avance com medidas e reformas essenciais para a retomada do crescimento econômico. Nesse sentido, poderemos observar uma recuperação significativa da confiança dos agentes econômicos nos próximos meses, sobretudo ao longo segundo semestre deste ano. Já há alguma notícia positiva vinda do indicador de confiança da indústria, que apresentou alta nos últimos dois meses, com elevação maior em abril (+3,2%), puxada pelo componente de expectativas. Ainda avaliamos o cenário para a atividade doméstica como muito desafiador, com um primeiro semestre ruim, e por isso mantemos a expectativa de queda de 4,0% para o PIB neste ano. Contudo, acreditamos que a reversão dos indicadores de confiança, caso confirmada, poderá liderar uma pequena recuperação da atividade no final deste ano e início do próximo, o que levaria a uma recuperação modesta do PIB em 2017, para quando esperamos crescimento de 1,5%. Adicionalmente, começamos a observar sinais de alívio na inflação (IPCA). Apesar da inflação elevada registrada em 2015 e do forte comportamento inercial da inflação brasileira, a fraqueza da atividade econômica começou a fazer efeito e há sinais mais claros de desaceleração dos preços dos serviços. Há também outros dois pontos importantes que provavelmente contribuirão para uma inflação mais baixa nos próximos meses. Primeiramente, uma perspectiva de desaceleração dos preços dos alimentos. O segundo ponto importante é o comportamento da taxa de câmbio, que apresentou apreciação expressiva desde fevereiro. Apesar de projetarmos uma taxa de inflação alta no mês de março, esses fatores combinados contribuem para uma perspectiva de inflação mais baixa nos meses seguintes. Projetamos desaceleração da inflação para 7,0% em 2016 e para 5,5% em Em relação à taxa Selic, o Banco Central (BC) vem salientando que não há espaço para a flexibilização da política monetária, ressaltando as incertezas na política fiscal e o nível ainda elevado da inflação, corrente e futura. Mas acreditamos que a fraqueza da atividade combinada com uma taxa de câmbio mais apreciada, criam uma perspectiva mais benigna para a inflação ao longo dos próximos meses, o que permitirão o BC iniciar um processo de redução das taxas de juros já este ano, com a taxa Selic podendo encerrar 2016 em 12,75%. Por fim, nosso principal desafio segue sendo a reorganização das nossas contas públicas. Observamos um fraco desempenho do resultado primário no primeiro trimestre do ano. No acumulado de 12 meses, registramos um déficit primário de 2,3% do PIB, ressaltando que exigirá um esforço muito grande para reverter esta situação nos trimestres adiantes. Continuamos com um cenário de queda na arrecadação, devido a fraqueza da atividade e a expansão das despesas obrigatórias. A notícia positiva da área fiscal poderá vir da arrecadação com o projeto de repatriação de recursos no exterior, nossa expectativa é de entrada de R$ 40bi (aproximadamente 0,6% do PIB). Mesmo assim a projeção de déficit primário fica ao redor de 1,5% do PIB para Diante deste cenário, é fundamental que as reformas necessárias avancem com celeridade nos próximos meses.
8 MERCADO Renda Fixa No mês de abril os países emergentes mantiveram sua boa performance recente. Os mercados de commodities seguiram uma dinâmica favorável, que somado a postura mais cautelosa do FED, fizeram com que o prêmio de risco se comprimisse em diversos mercados globais. Nos EUA, apesar das recentes quedas nas projeções de atividade econômica em 2016, os dados do mercado de trabalho têm surpreendido positivamente e indicam um mercado sólido. No cenário doméstico, a indefinição política continua dominando as atenções dos investidores, e consequentemente tem adicionado elevada volatilidade aos ativos domésticos. Neste contexto, o Banco Central (BC) tem sinalizado que deve manter a SELIC estável, a despeito da desinflação esperada. A atividade doméstica segue em trajetória declinante, que somada a recente postura mais branda do BC, fez com que o mercado continuasse a projetar quedas na Selic mais adiante. Adicionalmente, o mês também foi marcado por uma forte intensificação nas intervenções do Banco Central no câmbio, reduzindo sua exposição vendida em dólares via swaps. Renda Variável O Ibovespa encerrou o mês de abril com forte alta de 7,7% em reais, ou 11% em dólar, contra uma alta de 0,4% em média dos outros mercados emergentes (também medidos em dólar). Os fatores que vêm impulsionando as ações não mudaram muito em relação ao mês anterior. Ressaltamos que os recentes acontecimentos na política nacional estão gerando alguma instabilidade. Por outro lado, os investidores estão considerando que há uma chance maior das reformas estruturais avançarem, beneficiando o ambiente de negócios. Analisando as ações que compõem o Ibovespa, os destaques positivos foram as ações de empresas siderúrgicas, mineradoras e petróleo. Tais como CSN (+83%), Usiminas e Vale (+38%) e Petrobrás (+24%). O desempenho foi impulsionado pelas altas de 23% e 15% nos preços do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. Vale ressaltar a CIO Eduardo Castro melhora da percepção de risco em relação Brasil, com destaque positivo para as empresas produtoras de commodities. Pelo lado negativo, destacamos JBS (-17%), Embraer (-13%) e Klabin (-10%), empresas que têm parte significativa de suas receitas em moeda estrangeira e consequentemente sofreram com a apreciação Real, apesar das frequentes atuações do BC para suavizar a apreciação cambial. Vale ressaltar que houve o início da temporada de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2016, destaque positivo para o resultado de Raia Drogasil, surpreendeu mostrando crescimento forte nas vendas. Pelo lado negativo destacamos Natura, com suas vendas afetadas pela queda na renda dos seus consumidores, reportou o primeiro prejuízo líquido desde a abertura de capital em Departamento Econômico Ricardo Denadai Danilo Passos Clayton Calixto
9 DISCLAIMERS As informações contidas neste documento são publicadas apenas para auxiliar os usuários, podem não ser adequadas aos objetivos de investimentos específicos, situação financeira ou necessidades individuais dos receptores e não devem ser considerados em substituição a um julgamento próprio e independente do investidor. Por ter sido baseado em informações tidas como confiáveis e de boa fé, não há nenhuma garantia de serem precisas, completas, imparciais ou corretas. As opiniões, projeções, suposições, estimativas, avaliações e eventuais preço (s) alvo(s) contidos no presente material referem-se a data indicada e estão sujeitos a alterações a qualquer tempo sem aviso prévio. Este documento não é, e não deve ser interpretado como, uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de qualquer título ou valor mobiliário. Nem o Santander e nem qualquer sociedade por ele controlada ou a ele coligada podem estar sujeitos a qualquer dano direto, indireto, especial, secundário, significativo, punitivo ou exemplar, incluindo prejuízos provenientes de qualquer maneira, da informação contida neste material. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Santander. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. Para avaliação de performance de fundos de investimentos é recomendada uma análise de 12 meses, no mínimo. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento pelo investidor antes de aplicar seus recursos. Este material foi elaborado em nome da Santander Brasil Asset Management, e de suas sociedades controlada no Brasil, para uso exclusivo no Mercado Brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no País, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil.
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