RELATÓRIO E CONTAS ANUAL
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- Raul Vieira de Miranda
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1 RELATÓRIO E CONTAS ANUAL 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ART INVEST Fundo Especial de Investimento Fechado Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Sede Social: Rua Tierno Galvan, Torre 3, 14º Piso, Lisboa Telefone: (351) Fax: (351) Capital Social: Euros Número único de registo e de pessoa colectiva:
2 RELATÓRIO DE GESTÃO ANUAL 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ART INVEST Fundo Especial de Investimento Fechado O Art Invest Fundo Especial de Investimento Fechado, adiante designado por Art Invest, Fundo ou OIC, é um fundo que investe em obras de arte, tanto de forma directa como indirecta. O Fundo é gerido pela Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA. e iniciou a sua actividade a 30 de Janeiro de Enquadramento macro-económico Durante o ano de 2011 o mercado global de arte, apresentou um crescimento que superou as previsões mais optimistas. No início de 2011 os níveis de preços encontravam-se perto dos valores observados em meados de 2007, antes dos máximos de sempre que foram atingidos no final desse ano. No final do ano os preços aproximaram-se dos valores que se foram observados uns meses antes do colapso do mercado em 2008, logo após o histórico leilão de obras do Damien Hirst que ocorreu no dia seguinte à falência da Lehman Brothers. Num cenário económico marcado pelo abrandamento dos Estados Unidos e especialmente pelo problema das dívidas soberanas na Europa, este crescimento do mercado de arte foi essencialmente impulsionado pelos mercados asiáticos. Os factores que justificam esta performance são vários, nomeadamente a tradicional procura de investimentos de refúgio, como o ouro ou as obras de arte, num ambiente de instabilidade económica e de falta de confiança nas tradicionais classes de activos. No entanto, quando confrontados com os números, o grande impulsionador deste crescimento foi a consolidação da China enquanto o maior protagonista mundial do mercado de arte. Desde 2007 que a China se tem posicionado paulatinamente como o actor principal de um mercado que alternava entre Londres, Nova Iorque e Paris, e confirmou este ano a sua posição de primazia, não só ao nível do volume de vendas como dos preços de obras em leilão. Durante 2011 a China foi responsável por cerca de 39% do volume de vendas, seguida pelos Estados Unidos da América com 25% e de Inglaterra com 20%. Com mais de 684 lotes transaccionados a China também liderou o topo de mercado (obras com um valor acima de um milhão de dólares), batendo os EUA, que colocaram 533 lotes, o que representou um crescimento de 36% face a
3 Para estes valores contribuiu o emergir de artistas chineses, cujas obras começaram a atingir cotações acima da fasquia de USD 1 Milhão. O recorde de preço obtido por uma obra foi este ano foi alcançado num leilão em Pequim para uma obra Qi Baishi águia sobre um pinheiro que foi arrematada por USD 57 Milhões. Qi Baishi ( ) foi um pintor autodidacta sendo actualmente considerado um dos mais influentes artistas modernos chineses e apresenta como temática predominante do seu trabalho a natureza, com maior incidência em animais, plantas e paisagens. Em 1957 foi eleito presidente da Associação dos Artistas da China. Aliciados pelo crescimento económico asiático a China tornou-se o novo el dourado de artistas, galeristas e especialmente leiloeiras. A Christie s e a Sotheby s que em 2011 representaram 53% (vs 72% em 2008) do total de volume de vendas do mercado de arte, estão a investir naquela zona do globo com o objectivo de manterem a liderança e travarem a ameaça que têm sofrido pelas concorrentes chinesas que colocaram sete leiloeiras entre as dez maiores mundiais no final de Política de investimento do OIC Relativamente à política de investimento geral do Fundo, importa salientar que, o Fundo investe (directa ou indirectamente) em obras de arte. Durante o ano de 2011 o fundo colocou em leilão duas obras - O Africano de Leonilson, e o Relevo Espacial, obra de Hélio Oiticica. Considerado um dos artistas mais revolucionários e influentes do seu tempo, Hélio Oiticica realizou uma vasta obra experimental e inovadora que é reconhecida internacionalmente. Em 2009 um incêndio destruiu cerca de duas mil obras do artista plástico, aproximadamente 90% do acervo que era mantido na residência do seu irmão e que foi avaliado em 200 milhões de dólares. Apesar da expectativa de concretização de uma mais-valia significativa através da venda em leilão realizado em Londres pela Phillips de Pury do Relevo Espacial, esta acabou por não se concretizar, devido a um efeito de dupla tributação que incide sobre a importação de obras de arte para o Brasil. Pelo mesmo motivo, no leilão realizado pela Christie s a obra de Leonilson acabou por ser arrematada pelo valor de avaliação mais baixo. Durante o ano foram distribuídos pelo The Fine Art Fund ( FAF ) USD ,87 o qual continua a ser o investimento com maior peso na carteira do fundo. Em termos de valorização as obras do FAF foram avaliadas cerca de 0,12% abaixo do seu valor de aquisição. Este valor compara com a avaliação realizada em 2010, que apresentava um valor de 8,49% abaixo do preço de custo, o que levou a uma valorização do fundo no período de um ano. A subida do valor do The Fine Art Fund contribuiu para que o Art Invest - FEIF apresentasse uma rendibilidade anual positiva de 5.19% em
4 Valorização dos activos do OIC Os activos encontram-se valorizados de acordo com as regras de valorimetria estabelecidas no ponto 8.2 do Capítulo VIII do Regulamento de Gestão do Fundo, as quais se encontram descritas na Nota 4 do Anexo às Demonstrações Financeiras. Evolução da actividade do OIC A 31 de Dezembro de 2011, o montante sob gestão do Art Invest ascendia a Euros, sendo o valor da unidade de participação de 5,1900 Euros, havendo unidades de participação em circulação. Durante o exercício de 2011, os custos com comissões de gestão e de depósito ascenderam a Euros e Euros, respectivamente. No que se refere à componente de custos e proveitos, os primeiros representam Euros, enquanto que o montante de proveitos neste período foi Euros. O quadro que se apresenta de seguida demonstra a evolução, nos últimos três anos, do volume sob gestão, bem como dos proveitos e custos do OIC, e ainda, as comissões de gestão e de depósito suportadas: Volume sob gestão Proveitos (totais) Custos (totais) Comissão de gestão Comissão de depósito No que se refere às unidades de participação (UP s), indica-se de seguida o nº de UP s em circulação e o seu valor unitário, no final dos últimos 5 exercícios: Nº UP s Valor das UP s (EUR) 5,1900 4,9338 5,1269 5,8689 6,0413 4
5 De seguida apresenta-se a evolução das rendibilidades anuais do OIC ao longo da sua actividade: Ano Rendibilidade % Risco % Nível de risco De forma a dar cumprimento ao disposto no art. 87º do Regulamento nº 15/2003 da CMVM acresce referir que: (i) as rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo); (ii) os valores divulgados não têm em conta comissões de emissão e resgate eventualmente devidas; (iii) as rendibilidades mencionadas, apenas seriam obtidas se o investimento fosse efectuado durante a totalidade do período de referência; e (iv) existem prospectos relativos ao OIC que são objecto de acções publicitárias ou informativas, os quais se encontram disponíveis nas entidades comercializadoras do Fundo, bem como na Sociedade Gestora. A rendibilidade negativa de 3,64%, desde o início de actividade do Fundo, reflecte acima de tudo a variação cambial negativa do dólar desde o início de actividade devido ao principal investimento do fundo, o The Fine Art Fund que é valorizado nesta moeda. Perspectivas da actividade do OIC Em 2012 o fundo irá iniciar a distribuição de liquidez durante o primeiro trimestre, na sequência das amortizações de capital realizadas pelo FAF. Ainda durante este ano está prevista a venda de diversas obras, permitindo que se anteveja uma segunda distribuição de liquidez ainda antes do final do ano. 5
6 Dada a situação do mercado nacional o fundo irá promover a venda de obras que têm maior potencial de colocação internacional, nomeadamente as de artistas brasileiros. Antecipa-se que a procura no mercado mundial em 2012 não continue a apresentar a tendência ascendente de 2011, devido ao abrandamento verificado no final do ano. Lisboa, 14 de Fevereiro de BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A. 6
7 BALANÇO DO ART INVEST - Fundo Especial de Investimento Fechado (valores em euros) Data: ACTIVO CAPITAL E PASSIVO CÓDIGO DESIGNAÇÃO CÓDIGO DESIGNAÇÃO Períodos Bruto Mv mv / P Líquido Líquido CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO OIC 61 Unidades de Participação Obrigações 62 Variações Patrimoniais 22 Acções 63 Imposto sobre Rendimento Exercício 23 Outros títulos de capital 64 Resultados Transitados (33 075) Unidades de Participação Resultados Distribuidos 25 Direitos 66 Resultados Líquidos do Exercício (96 512) 26 Outros instrumentos de dívida TOTAL DO CAPITAL DO OIC TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS PROVISÕES ACUMULADAS OUTROS ACTIVOS 48 Provisões para Encargos 31 Outros Activos TERCEIROS Contas de Devedores TOTAL DE OUTROS ACTIVOS TOTAL PROVISÕES ACUM ULADAS TERCEIROS TOTAL DOS VALORES A RECEBER Resgates a Pagar a Participantes 422 Rendimentos a Pagar a Participantes DISPONIBILIDADES 423 Comissões a Pagar Caixa Outras Contas de Credores Depósitos à ordem Outros valores a pagar Depósitos a prazo e com pré-aviso 43 Empréstimos Obtidos 14 Certificados de depósito TOTAL DOS VALORES A PAGAR Outros meios monetários TOTAL DAS DISPONIBILIDADES ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 55 Acréscimos de custos Acréscimos de proveitos Receitas com Proveito Diferido 52 Despesas com Custo Diferido Outros Acrécimos e Diferimentos 58 Outros Acrécimos e Diferimentos Contas Transitórias Passivas 59 Contas Transitórias Activas TOTAL DOS ACRÉSCIM OS E DIF. ACTIVOS TOTAL DOS ACRÉSCIM OS E DIF. PASSIV OS TOTAL DO ACTIVO TOTAL DO CAPITAL E DO PASSIVO Total do Número de Unidades de Participação em Circulação Valor Unitário da Unidade de Participação 5,1900 4,9338 Abreviaturas: M v - M ais valias; mv - M enos valias P - Provisões O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A. 7
8 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO ART INVEST - Fundo Especial de Investimento Fechado (valores em euros) Data: PROVEITOS E GANHOS CÓDIGO DESIGNAÇÃO CÓDIGO DESIGNAÇÃO CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS: JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS De Operações Correntes Da Carteira de Títulos e Outros Activos 719 De Operações Extrapatrimoniais Outros, de Operações Correntes De Operações Extrapatrimoniais COMISSÕES E TAXAS Da Carteira de Títulos e Outros Activos Outras, em Operações Correntes RENDIMENTO DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS 729 De Operações Extrapatrimoniais Da Carteira de Títulos e Outros Activos De Outras Operações Correntes PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS 829 De Operações Extrapatrimoniais Da Carteira de Títulos e Outros Activos Outras, em Operações Correntes 739 Em Operações Extrapatrimoniais GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS Na Carteira de Títulos e Outros Activos IMPOSTOS Outros, em Operações Correntes Impostos Sobre o Rendimento Em Operações Extrapatrimoniais Impostos Indirectos Outros Impostos PROVISÕES DO EXERCÍCIO REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES 751 Provisões para Encargos 851 Para crédito Vencido 851 Para Riscos e Encargos 77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS CUST OS E PERDAS 781 Valores Incobráveis PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS 782 Perdas Extraordinárias 881 Recuperação de Incobráveis 783 Perdas de exercícios Anteriores 882 Ganhos Extraordinários 788 Outras Perdas Eventuais 883 Ganhos de Exercícios Anteriores TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) Outros Ganhos Eventuais 63 IMPOSTOS S/ RENDIMENTOS DO EXERCICIO TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) RESULTADOS LÍQUIDO DO PERÍODO (se»0) RESULTADOS LÍQUIDO DO PERÍODO (se«0) TOTAL TOTAL (8x2/3/4/5)-(7x2/3) Resultados da Carteira de Títulos E Outros Activos D-C Resultados Eventuais 0 0 8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais (40 604) B+D-A-C Resultados Antes de Impostos s/o Rendimento (78 040) B-A Resultados Correntes (96 512) B+D-A-C Resultados Líquidos do Período (96 512) O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 8 BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A.
9 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS DO ART INVEST - Fundo Especial de Investimento Fechado (valores em euros) Data: DIREITOS SOBRE TERCEIROS RESPONSABILIDADES PERANTE TERCEIROS CÓDIGO DESIGNAÇÃO CÓDIGO DESIGNAÇÃO OPERAÇÕES CAMBIAIS OPERAÇÕES CAMBIAIS 911 À vista 911 À vista 912 A prazo (Forwards cambiais) A prazo (Forwards cambiais) 913 Swaps cambiais 913 Swaps cambiais 914 Opções 914 Opções 915 Futuros 915 Futuros TOTAL TOTAL 0 0 OPERAÇÕES SOBRE TAXAS DE JURO OPERAÇÕES SOBRE TAXAS DE JURO 921 Contratos a prazo (FRA) 921 Contratos a prazo (FRA) 922 Swap de taxa de juro 922 Swap de taxa de juro 923 Contratos de garantia de taxa de juro 923 Contratos de garantia de taxa de juro 924 Opções 924 Opções 925 Futuros 925 Futuros TOTAL 0 0 TOTAL 0 0 OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES OPERAÇÕES SOBRE COTAÇÕES 934 Opções 934 Opções 935 Futuros 935 Futuros TOTAL 0 0 TOTAL 0 0 COMPROMISSOS DE TERCEIROS COMPROMISSOS COM TERCEIROS 942 Operações a prazo (reporte de valores) 941 Subscrição de Títulos 944 Valores recebidos em garantia 942 Operações a prazo (reporte de valores) 945 Empréstimo de valores 943 Valores cedidos em garantia TOTAL 0 0 TOTAL 0 0 TOTAL DOS DIREITOS TOTAL DAS RESPONSABILIDADES Contas de Contrapartida 99 Contas de Contrapartida O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A. 9
10 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ANUAL ART INVEST - Fundo Especial de Investimento Fechado (valores em euros) DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS PERÍODO PERÍODO OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC RECEBIMENTOS: Subscrição de unidades de participação PAGAMENTOS: Resgates de unidades de participação Rendimentos pagos aos participantes Fluxo das operações sobre as unidades do OIC 0 0 OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS RECEBIMENTOS: Venda de títulos e outros activos Reembolso de títulos e outros activos Resgates de unidades de participação noutros OIC Rendimento de títulos e outros activos Juros e proveitos similares recebidos Vendas de títulos e out activ c/ acordo de recompra Outros recebimentos relacionados com a carteira PAGAMENTOS: Compra de títulos e outros activos Subscrição de unidades de participação noutros OIC Juros e custos similares pagos Vendas de títulos com acordo de recompra Comissões de Bolsa suportadas Comissões de corretagem Outras taxas e comissões Outros pagamentos relacionados com a carteira Fluxo das operações da carteira de títulos e outros activos OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS RECEBIMENTOS: Juros e proveitos similares recebidos Recebimentos em operações cambiais Recebimentos em operações de taxa de juro Recebimentos em operações sobre cotações Margem inicial em contratos futuros Comissões em contratos de opções Outras comissões Outros recebimentos op. a prazo e de divisas PAGAMENTOS: Juros e custos similares pagos Pagamentos em operações cambiais Pagamentos em operações de taxa de juro Pagamentos em operações sobre cotações Margem inicial em contratos futuros Comissões em contratos de opções Outras comissões pagas Outros pagamentos op. a prazo e de divisas Fluxo das operações a prazo e de divisas
11 DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS PERÍODO PERÍODO (Continuação) OPERAÇÕES GESTÃO CORRENTE RECEBIMENTOS: Cobranças de crédito vencido Compras com acordo de revenda Juros de depósitos bancários Juros de certificados de depósito Comissões em operações de empréstimo de títulos Outros recebimentos correntes PAGAMENTOS: Comissão de gestão Comissão de depósito Despesas com crédito vencido Juros devedores de depósitos bancários Compras com acordo de revenda Imposto e taxas Taxa de Supervisão Auditoria Outros pagamentos correntes Fluxo das operações de gestão corrente (55 165) (56 371) OPERAÇÕES EVENTUAIS RECEBIMENTOS: Ganhos extraordinários Ganhos imputáveis a exercícios anteriores Recuperação de incobráveis Outros recebimentos de operações eventuais PAGAMENTOS: Perdas extraordinários Perdas imputáveis a exercícios anteriores Outros pagamentos de operações eventuais Fluxo das operações eventuais 0 0 Saldo dos fluxos de caixa do período (A) Efeito das Difereças de Cambio Disponibilidades no início do período (B) Disponibilidades no fim do período (C) = (B) +- (A) O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A. 11
12 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ART INVEST Fundo Especial de Investimento Fechado Nota Introdutória O Art Invest Fundo Especial de Investimento Fechado, adiante designado por Art Invest, Fundo ou OIC, é um fundo que investe em obras de arte, gerido pela Banif Gestão de Activos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA.. A constituição do Fundo foi autorizada pela Comissão de Mercados de Valores Mobiliários em 20 de Outubro de O Fundo constitui-se, ao abrigo do disposto no n.º 5 do art. 4º do Decreto-Lei n.º 276/94, de 2 de Novembro, com redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 323/99, de 13 de Agosto e pelo Decreto-Lei n.º 62/2002, de 20 de Março e do Regulamento da CMVM n.º 9/2003, sob a forma de Fundo Especial de Investimento Fechado e iniciou a sua actividade a 30 de Janeiro de Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas As Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as normas do Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, Regulamento da CMVM n.º 16/2003 Contabilidade dos Organismos de Investimento Colectivo, tendo em atenção as normas emitidas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. O Fundo respeita o princípio contabilístico da especialização diária dos custos e proveitos. No que diz respeito ao critério valorimétrico dos activos, estes são registados pelo valor de aquisição, sendo valorizados de acordo com as regras estabelecidas no prospecto completo do fundo, as quais são descritas na Nota 4 do presente anexo. As notas omissas no presente anexo não são aplicáveis. Os valores encontram-se expressos em Euros. 12
13 Nota 1 Variação do Valor Global Líquido do OIC e das Unidades de participação Discriminação das variações ocorridas durante o exercício no valor líquido global e unitário do OIC, bem como das unidades de participação: Descrição No Início Subscrição Resgates Dist. Res. Outros Res. Per. No Fim Valor base Diferença p/ Valor Base Resultados distribuídos Resultados acumulados (96 512) (33 075) Resultados do período (96 512) S O M A Nº de unidades participação Valor unidade participação 4,9338 0,0000 0,0000 5,1900 A 31 de Dezembro de 2011 a divisão dos participantes do fundo era a seguinte: Número de Participantes por escalão Nº UPs 25% 10% Ups < 25% 5% Ups < 10% 2% Ups < 5% 0,5% Ups < 2% Ups < 0,5%
14 O OIC apresentou a seguinte evolução: VLGF Valor da UP N.º Ups em Circulação Mar , Jun , Set , Dez , Mar , Jun , Set , Dez , Mar , Jun , Set , Dez , Nota: De acordo com o Regulamento de Gestão, o valor da unidade de participação é calculado semestralmente (em Junho e Dezembro), pelo que o VGLF e o Valor da UP divulgados neste quadro, relativos aos restantes meses, são meramente indicativos. Nota 3 Inventário da carteira de títulos A 31 de Dezembro de 2011, a carteira de títulos do Fundo decompõe-se da seguinte forma: 14
15 INVENTÁRIO DA CARTEIRA em 31 de Dezembro de 2011 ART INVEST-Fundo Especial Investime (Valores em EURO) Descrição dos Títulos Preço de aquisição Mais valias menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA 2 - OUTROS VALORES Val.Mobiliários Estrangeiros não Cotados Unidades de participação de OIC Fine Art Fund Sub-Total: Outros activos Outros activos Rego Ferry Girl VI J QUEIROZ UNTITLED 1984 JLeoni WHITE 1984 JLeonilso C.Specif. Fear JSarm Macrocefalia JMG,PP Homem de Gelo JMG,PP LadrõesTumulus JG,PP VertigemVI 1994 Chaf S. título 1997 Croft Obra de Álvaro Lapa Mira Schendel TD Mira Schendel TD Mira Schendel TD Mira Schendel TD Mira Schendel TD H.Almeida Pint 42x H.Almeida Pint37.5x R.Espacial H.Oiticic Sub-Total: Total Discriminação da liquidez do OIC: Contas Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final Numerário Depósitos à ordem/empréstimos obtidos Depósitos a prazo e com pré-aviso Certificados de depósito Outras contas de disponibilidades Total
16 Nota 4 Critérios de valorização dos activos do OIC Momento de referência da valorização O valor da unidade de participação é calculado semestralmente, com referência ao último dia útil. Aquele valor é determinado pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação em cada momento em circulação. Todas as operações realizadas em cada dia de cálculo serão englobadas para efeitos de determinação daquele valor. R egras de valorimetria e cálculo do valor da UP Obras de Arte A avaliação dos activos que compõem o Fundo e assumem a forma de obras de arte, é determinada por dois avaliadores independentes que não têm qualquer relação com a gestão do Fundo, o Comité de Investimento ou o Conselho Consultivo do Fundo. Cada avaliador procede individualmente à avaliação de cada uma das obras de arte que compõem o Fundo. O valor de referência que é considerado para o cálculo do valor líquido global do Fundo, corresponde à média dos valores apresentados pelos avaliadores para cada uma das obras de arte. A avaliação das obras de arte é efectuada com uma periodicidade bienal. Organismos de Investimento Colectivo De acordo com o Regulamento de Gestão, a avaliação dos activos que compõem o Fundo que assumam a forma de participações em organismos de investimento colectivo é realizada com base no último valor das unidades de participação divulgadas no momento da valorização. Estando especificamente previsto que as unidades de participação do Fine Art Fund fossem valorizadas semestralmente. No entanto, contrariamente ao esperado no projecto inicial do Fine Art Fund (fundo que se constituiu posteriormente ao Art Invest, e consequentemente após aprovação do seu Regulamento de Gestão) as unidades de participação têm sido objecto de valorização anual. 16
17 Nota 5 Resultados do OIC (Proveitos e Custos) Os quadros que se apresentam de seguida demonstram os proveitos e custos do OIC, decorrentes das posições detidas nos mercados a contado e a prazo, bem como as comissões de gestão e de depósito suportadas: Componentes do Resultado do Fundo - Proveitos Natureza + valias potenciais Ganhos de Capital + valias efectivas Soma Ga nhos com caracter de juro Juros vencidos Juros decorridos Rendimento de Títulos Soma OPERAÇÕES "À VISTA" Acções e Direitos Obrigações Titulos de participação Unidades de participação Instr. De dívida c/przo Outros Activos Depósitos Cambiais OPERAÇÕES A PRAZO (1) Cambiais Forwards Swaps Taxa de Juro FRA Swaps Futuros Opcções Cotações Futuros Opções OUTRAS OPERAÇÕES Operações de Reporte Op. De Empréstimo (1) Inclui eventuais remunerações de margens 17
18 Componentes do Resultado do Fundo - Custos Perdas de Capital Juros e Comissões Suportados Menos valias potenciais Menos valias efectivas Soma OPERAÇÕES "À VISTA" Acções e Direitos Obrigações Titulos de participação Unidades de participação Instr. De dívida c/przo Outros Activos Depósitos Cambiais Natureza Juros vencidos e Comissões Juros decorridos Soma OPERAÇÕES A PRAZO Cambiais Forwards Swaps Taxa de Juro FRA Swaps Futuros Opcções Cotações Futuros Opções COMISSÕES De Gestão De Depósito Da Carteira de Títulos De Supervisão De OpExtrapatrimoniais Outras Comissões OUTRAS OPERAÇÕES Operações de Reporte Op. De Empréstimo 18
19 Nota 9 Impostos Discriminação dos impostos suportados pelo OIC durante o exercício: Pagos em Portugal Imposto sobre o rendimento Dividendos Outros 451 Imposto Indirectos Imposto de Selo Outros Impostos Valor TOTAL 451 Nota 11 Exposição ao risco cambial O quadro que se apresenta de seguida demonstra as posições cambiais em aberto do OIC nas diversas moedas, e a respectiva cobertura efectuada à data de 31 de Dezembro de 2011: Posição Cambial Moedas À vista A Prazo Forward Futuros Opções Total a Prazo Global USD ( ) ( ) Contravalor Euro ( ) ( )
20 Nota 15 Custos imputados ao OIC Os custos imputados ao OIC discriminam-se da seguinte forma: CUSTOS VALOR % VLGF (*) Comissão de Gestão Componente Fixa ,28 Componente Variavél 0 0,00 Comissões de Depósito ,10 Taxa de Supervisão ,10 Custos de Auditoria ,07 Outros Custos TOTAL ,00 TAXA GLOBAL DE CUSTOS (TGC) 1,55 (*) Média relativa ao período de referência TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS BANIF GESTÃO DE ACTIVOS S.G.F.I.M., S.A. 20
21 I BJ:c Te[: Av. da RepúbUca, Fax: Lisboa RELATÓRIO DE AUDITORIA Introdução 1. Nos termos do disposto na alínea c) do n. 1 do artigo 8. do Código dos Valores Mobiliários (CVM) e do n. 1 do artigo 43. e do n. 2 do artigo 67. do Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo (Decreto-Lei n. 252/03, de 17 de outubro), apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, do Fundo Especial de Investimento ART INVEST- Fundo Especial de Investimento Fechado, gerido pela entidade gestora Banif Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA, incluída no ReLatório de Gestão, no BaLanço (que evidencia um total de ativo de e um total de capital do fundo de , incluindo um resultado líquido de ), na Demonstração dos ResuLtados e na Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e nos correspondentes Anexos. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do ConseLho de Administração da entidade gestora Banif Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SÃ: (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do fundo, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados, atentas as especificidades dos fundos de especiais de investimento; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua atividade, posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e Lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores MobiLiários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (1) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da entidade gestora, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação do adequado cumprimento do Regulamento de Gestão do Fundo; (iii) a verificação da adequada avaliação dos valores do Fundo (em espeõial no que se refere a valores não cotados em mercado regulamentado e a derivados negociados fora de BDO & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50-10W, Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, NIPC , CapitaL euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC sob o número 29 e na CMVM sob o número A 800 & Associados, SROC, Lda. sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da BDO InternationaL Limited, sociedade inglesa Limitada por garantia, e faz parte da rede internacional 600 de firmas independentes.
22 mercado regulamentado); (iv) a verificação do cumprimento dos critérios de avaliação definidos nos documentos constitutivos; (v) a verificação da realização das operações sobre valores cotados, mas realizadas fora de mercado nos termos e condições previstas na lei e respetiva regulamentação; (vi) a verificação do registo e controlo dos movimentos de subscrição e resgate das unidades de participação do Fundo; (vii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (viii) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (ix) a apreciação sobre se a informação financeira é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita. 5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 6. Entendemos que o exame efetuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, a posição financeira do Fundo Especial de Investimento ART INVEST - Fundo Especial de Investimento Fechado, gerido pela entidade gestora Banif Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, SA, em 31 de dezembro de 2011, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa do exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em PortugaL para os fundos especiais de investimento e a informação nelas constante é completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita. Relato sobre outros requisitos legais 8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício. Lisboa, 24 de fevereiro de 2012 João GuiLher MeIo de OLiveira, em representação de BDO a Assoados - SROC (Inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob o n 1122)
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