O Financiamento das PME s em tempos de crise
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- Carla Rijo Gameiro
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1 O Financiamento das PME s em tempos de crise CENFIM - Arcos de Valdevez 29 de Novembro 2010
2 Prólogo O Impensável Pouco provável Quase impossível Acontecem The Economist 20 Novembro CENFIM Arcos de Valdevez
3 3 CENFIM Arcos de Valdevez 3 Crédito total na UEM vs Portugal ( ) Evolução do crédito total e a empresas (Portugal vs EU-12) 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% t.v.h. UEM - Total UEM - Empresas Portugal - Total Portugal - Empresas -2% Jan-04 Set-04 Mai-05 Jan-06 Set-06 Mai-07 Jan-08 Set-08 Mai-09 Fonte: BCE, Banco de Portugal. Em Portugal assistiu-se, entre 2005 e 2008 a um importante crescimento do crédito a empresas Com a crise financeira a concessão de crédito retraiu-se, embora o ritmo de abrandamento seja mais suave em Portugal que no resto da UEM
4 Crédito total na UEM vs Portugal (últimos 12 meses) Crédito total na economia: UEM vs Portugal (média móvel dos últimos 12 meses) 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% -2% Jan-06 Mar-06 Mai-06 Jul-06 Set-06 Nov-06 Jan-07 Mar-07 Mai-07 Jul-07 Set-07 Nov-07 Jan-08 Mar-08 Mai-08 Jul-08 Set-08 Nov-08 Jan-09 Mar-09 Mai-09 Jul-09 Set-09 Nov-09 Jan-10 Mar-10 Mai-10 Jul-10 UEM Portugal Fonte: BCE Inclui crédito concedido a IFM, Governo, ENF, Particulares, OIFNM, Seguros e Fundos de Pensões 4 CENFIM Arcos de Valdevez
5 Evolução recente do financiamento dos bancos europeus (Eurosistema) junto do BCE Valores médios anuais Valores médios mensais milhões de euros 700, ,000 milhões de euros 2.0% 650, , % 600, , % 550, , % 500, , % 450, , % 400, , % 350, , % 300, , % 250, , % 200, , % Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Fonte: Bancos centrais Financiamento líquido total concedido pelo BCE (ELE) Em % do activo total Fonte: Bancos centrais 5 CENFIM Arcos de Valdevez
6 Financiamento dos bancos portugueses junto do BCE 60,000 milhões de euros 14% 50,000 12% 40,000 10% 30,000 8% 6% 20,000 4% 10,000 2% 0 0% Jun-08 Jul-08 Ago-08 Set-08 Out-08 Nov-08 Dez-08 Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Financiamento líquido total concedido pelo BCE (ELE) em % do Eurosistema Fonte: Bancos centrais Peso do sistema financeiro português no Eurosistema Activo em % do activo do Eurosistema 1.7% por memória: PIB português em % do PIB na UEM 1.8% Fonte: Ameco, BCE 6 CENFIM Arcos de Valdevez
7 Financiamento líquido junto do BCE em % do PIB e do crédito total Milhões de euros Financiamento Líquido Alemanha 1 França 1 Itália 1 Espanha Irlanda Portugal Grécia Ago-10 80,300-4,300 37, ,793 93,619 49,079 91,788 Em % do PIB 3.3% -0.2% 2.5% 10.4% 57.2% 29.9% 38.6% Em % do crédito total 1.7% -0.1% 1.5% 4.8% 15.6% 14.4% 27.4% Financiamento Líquido Alemanha França Itália Espanha Irlanda Portugal Grécia Ago ,800 80,282 28,014 74,820 95,963 7,586 39,004 Em % do PIB 6.6% 4.2% 1.8% 7.1% 58.7% 4.6% 16.4% Em % do crédito total 3.4% 2.0% 1.1% 3.2% 14.7% 2.2% 13.9% Fonte: Bancos centrais, BCE 1 Na Alemanha, França e Itália, os valores são referentes a Julho CENFIM Arcos de Valdevez
8 Financiamento líquido junto do BCE: países do centro vs periféricos Financiamento líquido Peso no financiamento total do Eurosistema 400,000 milhões de euros 90% % do total 350,000 80% 300, , mil milhões 70% 60% +42 pp 200, , , mil milhões 50% 40% 30% 20% -25 pp 50,000 10% 0 Alemanha e França Espanha, Irlanda, Portugal e Grécia 0% Alemanha e França Espanha, Irlanda, Portugal e Grécia Ago-09 Ago-10 Fonte: Bancos Centrais Ago-09 Ago-10 Fonte: Bancos Centrais 8 CENFIM Arcos de Valdevez
9 Portugal e Espanha: Taxas de juro da dívida pública Situação no final do 3º Trimestre 7 % m 6m 12m 3A 5A 10A Portugal Espanha Fonte: Bloomberg Nota Portugal: até 12 meses, BT s, OT s nos outros pontos Espanha: até 12 meses, Letras do Tesoro, até 5 anos Bonos, 10 anos, OT s 9 CENFIM Arcos de Valdevez
10 Evolução das taxas da dívida pública alemã 5 % % % Jan-07 Mar-07 Mai-07 Jul-07 Set-07 Nov-07 Jan-08 Mar-08 Mai-08 Jul-08 Set-08 Nov-08 Jan-09 Mar-09 Mai-09 Jul-09 Set-09 Nov-09 Jan-10 Mar-10 Mai-10 Jul-10 Set-10 BT 3 meses Bund 10 anos Fonte: Reuters 10 CENFIM Arcos de Valdevez
11 Indicadores económicos: Portugal vs Espanha Saldo orçamental em % do PIB Dívida pública em % do PIB Poupança bruta, economia em % do PIB Défice externo em % do PIB Fontes: Bancos centrais, Governos, OCDE, AMECO. Portugal Espanha % -4.1% % -11.2% Jan-Jul % -2.8% 2010E -7.3% -9.3% % 39.7% % 53.2% 2010E 83.5% 64.9% % 19.7% % 19.8% 1Trim % 19.4% 2010E 8.0% 18.0% % -9.7% % -5.4% 1Sem % -4.9% 2010E -10.2% -4.1% 11 CENFIM Arcos de Valdevez
12 Dívida soberana colocada e respectivos detentores (%) The Economist 20 Novembro CENFIM Arcos de Valdevez
13 Portugal: Necessidades de financiamento Necessidades brutas de financiamento por sector institucional em milhões de euros (previstas no final de 2009) (previstas em Nov 2010) Défice externo 15,064 15,334 13,334 (por memória: Défice público) 12,219 12,544 10,515 Refinanciamento de dívida de médio e longo prazo 23,251 29,711 27,486 Adm. Pública (apenas em euros) 5,906 7,709 9,496 Bancos 15,800 20,080 16,423 Empresas não OIFM 1,545 1,922 1,567 Necessidades brutas de financiamento a médio e longo prazo 38,315 45,044 40,820 Fonte: Bloomberg, relatórios e contas dos bancos, Min.das Finanças, IGCP, BdPortugal, BPI. 13 CENFIM Arcos de Valdevez
14 Instrumentos de Financiamento: CP versus MLP Ciclo de Investimento Financiamento de Médio/Longo Prazo Grau de Exigibilidade dos recursos Ciclo de Exploração Financiamento Curto Prazo Vida económica dos activos financiados 14 CENFIM Arcos de Valdevez
15 A questão do balanceamento das maturidades na intermediação financeira Necessidades de financiamento: Curto prazo (tesouraria) Médio Longo prazo (investimento) Versus Fontes de Financiamento: Mercados financeiros fechados Disponibilidade (ainda) do BCE apenas para curto prazo 15 CENFIM Arcos de Valdevez
16 A carta do Banco de Portugal De acordo com o jornal PÚBLICO de Sábado ( ) o Banco de Portugal terá enviado aos Bancos uma carta em que é solicitada a apresentação dos planos de diversificação de fontes de financiamento das instituições. Segundo o PÚBLICO, o Banco de Portugal pede aos Bancos que atenuem a dependência do BCE, indicando como pensam moderar o recurso aos fundos disponibilizados pela autoridade europeia e diminuir as suas necessidades de funding 16 CENFIM Arcos de Valdevez
17 As respostas possíveis No curto prazo, e se os mercados de capitais continuarem fechados para os bancos portugueses, estes só têm duas vias para seguir a orientação do Banco de Portugal: 1) Vender Activos Imóveis Acções Participações Financeiras Obrigações 2) Reduzir a Carteira de Crédito De uma forma indiscriminada ou Selectivamente 17 CENFIM Arcos de Valdevez
18 A aposta do BPI nas PME s O BPI é o Banco Nº 1 no apoio às PME BPI: Nº 1 Banco em número de adesões PME Líder PME Excelência 44% aderiram via BPI 72% são clientes BPI (Dados IAPMEI/TP ) 55% aderiram via BPI 75% são clientes BPI (Dados IAPMEI/TP ) O BPI nas Linhas PME Investe N.º 1 em valor de operações contratadas QM - 20% 18 CENFIM Arcos de Valdevez
19 A liderança do BPI nas PME s Diplomas entregues em 2009 Diplomas a entregar em CENFIM Arcos de Valdevez
20 A Desalavancagem da Economia Portuguesa Uma redução significativa dos activos do sistema bancário português, efectuada num prazo curto, poderá ser um processo doloroso. Para minimizar as consequências negativas e assegurar que as opções são tão adequadas quanto possível é recomendável que exista uma boa articulação entre o Governo, o Banco de Portugal, os principais bancos e, eventualmente, algumas das maiores empresas. 20 CENFIM Arcos de Valdevez
21 A Reabertura dos Mercados de Capitais Palavras chave: capacidade de execução e credibilidade Os mercados financeiros internacionais só reabrirão para os bancos portugueses quando houver resultados concretos de que os objectivos anunciados para a redução do défice público em 2010, 2011, 2012, e 2013 estão a ser alcançados. Enquanto não houver resultados concretos os investidores preferem esperar. Ninguém os penaliza por não comprarem obrigações emitidas por bancos portugueses (ie, não financiarem) e os que investiram em OT s têm visto o respectivo preço deslizar continuamente. 21 CENFIM Arcos de Valdevez
22 Crédito a PME s principais categorias Tesouraria (curto prazo) Estrangeiro (curto prazo) Desconto (efeitos, factoring, etc curto, médio prazo) Por assinatura (garantias bancárias, etc curto, m.l. prazo) Investimento (médio, longo prazo) Linhas especiais de crédito PME s Investe 22 CENFIM Arcos de Valdevez
23 Cobertura do Risco Financeiro Cobertura Taxa de Juro Para muitas empresas as variações existentes nas taxas de juro tornam-se uma fonte de risco muito importante, para além do risco do negócio A taxa de juro inclui o indexante e o spread ou prémio de risco. Normalmente o spread permanece fixo durante a vida do empréstimo e o indexante é reajustado no início de cada período de contagem de juros A cobertura do risco financeiro permite à Empresa proteger-se de futuras oscilações de taxa de juro (normalmente do indexante), garantindo o nível de encargos financeiros a suportar no futuro Esta cobertura é tanto mais importante quanto maior a volatilidade dos mercados financeiros 23 CENFIM Arcos de Valdevez
24 Risco Financeiro Evolução dos Indexantes Apesar da forte volatilidade nos mercados financeiros, imposta pela crise financeira internacional, a intervenção do BCE tem conduzido a uma redução significativa das taxas de juro de referência 24 CENFIM Arcos de Valdevez
25 Considerações finais Informação Completa e Atempada Exportação Prioridade absoluta Directa e/ou indirecta Minimização do risco financeiro Cobertura / fixação taxa de juro Linhas de crédito especiais Inovação: transversal e obrigatória 25 CENFIM Arcos de Valdevez
26 Epílogo Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construír um castelo Retirado do poema Ser feliz de Fernando Pessoa 26 CENFIM Arcos de Valdevez
27 27 CENFIM Arcos de Valdevez
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