Introdução ás técnicas experimentais de Química Laboratório Normas e Segurança
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- Stefany Peres Bicalho
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1 Introdução ás técnicas experimentais de Química Laboratório Normas e Segurança A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida por professores, monitores e alunos. No recinto não é permitida brincadeiras ou atitudes que possam provocar danos para si ou outras pessoas. Apesar disso, os laboratórios de química não são necessariamente lugares perigosos, embora muito dos perigos estejam associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de cuidado, brincadeiras e desinteresse pelo assunto. Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis acidentes num laboratório, existem alguns cuidados que são básicos e que, se observados, ajudam a evitá-los.
2 1) É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório; 2) Evite trabalhar sozinho no laboratório, o trabalho em grupo será sempre uma valiosa ajuda em caso de acidentes; 3) Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e entender os roteiros experimentais; consulte a literatura especializada. Em caso de dúvidas, discuta o assunto com o professor antes de tentar fazer o experimento; 4) Utilize, sempre que necessário, materiais que possam garantir maior segurança no trabalho, tais como: luvas, pinça, óculos (obrigatório), jaleco (obrigatório) etc.; 5) Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de trabalho. Evite derramar líquidos, mas se o fizer, limpe o local imediatamente;
3 6) Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas sempre fechadas quando não estiverem sendo utilizadas; 7) Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe sua bancada de trabalho, seu banco, a pia e outras áreas de uso em comum. Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e os frascos reagentes fechados; 8) Lave suas mãos frequentemente durante as atividades, especialmente se algum reagente químico for respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos; 9) Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para evitar pegar o frasco errado. Certifique-se de que o reagente contido no frasco é exatamente o citado no roteiro experimental;
4 10) Nunca torne a colocar no frasco, o reagente não utilizado. Não coloque objeto algum nos frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que alguns são providos; 11) Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha cuidado ao manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases; 12) A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o ácido, lentamente, com agitação constante, sobre a água - com essa metodologia adequada, o calor gerado no processo de mistura, é absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água sobre o ácido); 13) Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à chama;
5 14) Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem supervisão; 15) Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material inútil (rejeito) deve ser descartado de maneira apropriada; 16) Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sobre o nariz. Desloque os vapores que se desprendem do frasco com a mão para a sua direção; 17) Use a CAPELA para as experiências que envolvem o uso ou liberação de gases tóxicos ou corrosivos; 18) Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si mesmo ou para alguém próximo. Sempre que possível o aquecimento deve ser feito na CAPELA;
6 19) Não deixe recipientes quentes em lugares em que possam ser pegos inadvertidamente. Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio; 20) Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por sucção, com a boca. Procure usar sempre a pêra de sucção para pipetar; 21) O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo utilizado; 22) Não trabalhe com material imperfeito; 23) Em caso de acidentes, comunique o professor imediatamente. Ele deverá decidir sobre a gravidade do acidente e tomar as atitudes necessárias;
7 24) Em caso de possuir alguma alergia, estar grávida ou em qualquer outra situação que possa ser afetado quando exposto a determinados reagentes químicos, comunique o professor logo no primeiro dia de aula; 25) Em caso de incêndio este deverá ser abafado imediatamente com uma toalha ou, se necessário, com o auxilio do extintor de incêndio apropriado; 26) Comunique o professor, monitor ou técnico sempre que notar algo anormal no laboratório; 27) Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Caso deseje tentar qualquer modificação do roteiro experimental discuta com o professor antes de fazê-lo; 28) No laboratório é OBRIGATÓRIO o uso do jaleco e de óculos de segurança (para quem não usa óculos de grau).
8 QUALQUER ACIDENTE DEVE SER COMUNICADO AO PROFESSOR IMEDIATAMENTE. EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO O Laboratório Químico é um lugar especialmente desenhado para um trabalho eficiente e satisfatório em Química. Você precisa de espaço para trabalhar, mesa resistente ao ataque de drogas químicas, boa iluminação, fontes acessíveis de água, gás, eletricidade A Química, como toda ciência, foi obrigada a desenvolver para seu uso, uma linguagem particular. Há necessidade de um certo esforço visando aprender o significado exato desses novos termos.
9 TUBO DE ENSAIO: Tubo de vidro fechado em uma das extremidades, empregado para fazer reações em pequenas escala, em especial testes de reação. Pode ser aquecido com cuidado diretamente na chama do bico de bunsen. BÉQUER: Recipiente cilíndrico semelhante a um copo. Serve para reações entre soluções, dissolver substâncias, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. BALÃO DE FUNDO CHATO: É um recipiente esférico provido de colo. Empregado para aquecer líquido ou soluções ou ainda fazer reações com desprendimentos gasosos. Pode ser aquecido sobre tripé com tela de amianto.
10 FUNIL: Possui colo curto ou longo, biselado na extremidade inferior. Usado na filtração, para retenção de partículas sólidas, não deve ser aquecido. ERLENMEYER: Utilizado para titulações, aquecimento de líquidos, dissolver substâncias e reações entre soluções. Para seu aquecimento, usa-se o tripé com tela de amianto. Por possuir a parte inferior mais larga, presta-se melhor em misturas por rotação. CONDENSADOR: Grande tubo provido de uma serpentina interna, utilizada na destilação. Tem por finalidade condensar os vapores do líquido.
11 BALÃO DE DESTILAÇÃO: Semelhante ao balão de fundo chato, sendo que possui uma saída lateral que ligada a um condensador. É utilizado para efetuar destilações em pequeno porte. BASTÃO OU BAQUETA: É um bastão maciço de vidro e serve para agitar e facilitar as dissoluções, ou manter massas líquidas em constante movimento. Também é empregado para facilitar a transferência de líquidos para determinados recipientes, funis ou filtros colocados nos funis.
12 PIPETA: Tubo de vidro aferido graduado ou não. Serve para medir e transferir volumes líquidos com maior precisão. Apresenta um ou mais traços de aferição, os quais facilitam as medidas volumétricas a serem tomadas. PROVETA ou CILINDRO GRADUADO: Serve para medir e transferir pequenos volumes de líquidos. Não pode ser aquecido.
13 BURETA: Tubo de vidro graduado maior que a pipeta e provido de uma torneira na sua parte inferior. Este material é graduado para medidas precisas de volumes de líquidos. Permite o escoamento do líquido, sendo bastante utilizado em uma operação no laboratório chamada de titulação. BALÃO VOLUMÉTRICO: Semelhante ao balão de fundo chato, porém apresentando um colo longo e estreito, onde apresenta um traço de aferição, sendo ainda provido de uma tampa de vidro esmerilhada. É destinado à obtenção de soluções de concentrações conhecidas. Não deve ser aquecido, para não sofrer alteração de sua capacidade real, devido à dilatação térmica.
14 SUPORTE: Peça metálica usada para a montagem de aparelhagem em geral. GARRAS E MUFAS: Peça metálica usada para a montagem de aparelhagem em geral.
15 ANEL OU ARGOLA: Usada como suporte para funil de vidro ou tela metálica. TRIPÉ DE FERRO: Sustentáculo para efetuar aquecimentos juntamente com a tela de amianto.
16 ESTANTE PARA TUBOS DE ENSAIO: Suporte de madeira (em geral) que serve para a sustentação dos tubos de ensaio. TELA DE AMIANTO: Suporte para as peças que serão aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen.
17 VIDRO DE RELÓGIO: Peça de vidro na forma côncava que é usado em análises e evaporações. Não pode ser aquecido diretamente no bico de bunsen. ALMOFARIZ, PISTILO ou GRAL: Aparelho de metal, porcelana, cristal ou ágata. É uma versão científica do pilão, destinado à pulverização de sólidos. FUNIL DE DECANTAÇÃO ou SEPARAÇÃO: É um aparelho de forma aproximadamente esférica ou de pera, possui na sua parte superior uma abertura com tampa de vidro esmerilhada e, na parte inferior, um prolongamento em forma de tubo, onde há uma torneira. É utilizado para a separação de líquidos imiscíveis entre si.
18 KITASSATO: É semelhante a um erlenmeyer, porém apresenta uma saída lateral. É utilizado na filtração a vácuo. FUNIL DE BUCHNER: É utilizado em filtração por sucção ou a vácuo, sendo acoplado ao kitassato. PISSETA: Usada para lavagem de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou solventes.
19 PLACA DE PETRI: Placa circular de bordos altos que se justapõem, utilizada para crescimento bacteriano em meios adequados. BICO DE BUNSEN: Um dos aparelhos mais usado em laboratório, pois fornece a chama para o aquecimento de vários processos. TEMPERATURAS ATINGÍVEIS NA CHAMA Numa chama ótima devem ser destacadas três zonas: Zona oxidante: onde se obtêm temperaturas maiores, até 1500 C. Zona redutora: onde se obtêm temperaturas mais baixas (início da combustão), até 500 C. Zona neutra: é uma região onde não se dá a combustão do gás.
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