A AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL E NO NORDESTE

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1 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 1 A AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL E NO NORDESTE Introdução Francisco Raimundo Evangelista 1 29/12/2000 São inúmeros os documentos que defendem a importância da agricultura familiar no contexto agropecuário brasileiro, atribuindo-lhe papel fundamental na produção de alimentos e na geração de empregos. A defesa da agricultura familiar faz parte da agenda política de várias organizações ligadas ao campo, como é o caso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura CONTAG e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra MST. A contraposição agricultura familiar x agricultura patronal também é bastante comum, mas envolvida em muita confusão conceitual, especialmente com as noções de agricultura de subsistência e agricultura comercial. Alguns autores, por exemplo, conceituam agricultura familiar ou pequena agricultura... como aquela realizada em propriedades de até 100 ha (Teixeira et al, 1996), confundindo assim o modo de fazer a agricultura com o seu porte. Embora, muitas vezes, haja uma associação entre modo e porte, a falta de clareza nas abordagens pode levar a conseqüências no mínimo indesejáveis quando se trata de políticas públicas. Compreender melhor o conceito de agricultura familiar e conhecer a sua realidade no país e na região Nordeste constitui-se, pois, num ponto importante para os que integram uma instituição de desenvolvimento regional. Por isso, no presente artigo, pretende-se, na primeira parte, fazer alguns esclarecimentos sobre os conceitos. Na segunda parte, pretende-se caracterizar a agricultura familiar no Brasil. A terceira parte está dedicada à agricultura familiar no Nordeste, com algumas observações conclusivas na parte final. 2. O que é agricultura familiar? Conforme adverte Veiga (1996), a agricultura comercial não se opõe à familiar, como muitos pretendem. Nesse contexto, o oposto de comercial é a subsistência ou a autarcia 2, estados que nem de longe 1 MS em Economia Aplicada e técnico do ETENE. 2 Autarcia, segundo o Dicionário Aurélio, é a auto-suficiência econômica de uma nação e, por extensão, de um estabelecimento agrícola.

2 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 2 podem caracterizar a agricultura familiar contemporânea. Veja-se, como ilustração, a participação da agricultura familiar americana nas vendas (Tabela 1). No país que é o paradigma das economias de mercado, a agricultura familiar participa com mais da metade do valor das vendas, evidenciando que uma economia de mercado não dispensa a agricultura familiar e esta não ignora o mercado. Tabela 1 Distribuição das Vendas da Agricultura Americana, segundo as Categorias 3, Categorias Participação Percentual Valor (US$ bilhões) Corporações 6% 9,8 Sociedades de tipo familiar 21% 34,4 Agricultura familiar 54% 87,9 tradicional Outros tipos 19% 30,5 Total 100% 162,6 Fonte: Hoppe, 1996, citado por Veiga, Mas o que vem a ser mesmo a agricultura familiar? Qual a sua importância para o país e para a região Nordeste? A resposta para essas perguntas não é fácil, especialmente porque as estatísticas oficiais não destacam a agricultura familiar como uma categoria socioeconômica. É por isso que muitos pesquisadores são obrigados a defini-la a partir do porte. A solução para a segunda pergunta está em separar os dados censitários de cada estabelecimento a partir de uma definição de agricultura familiar, ou seja, depois de respondida a primeira pergunta. Foi o que fez um projeto conjunto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, iniciado em 1995, baseado nos microdados do IBGE (essa é a denominação utilizada pelo IBGE para designar os arquivos contendo os dados individualizados de cada estabelecimento agropecuário). De acordo com o projeto, considerou-se estabelecimento integrante da agricultura familiar aquele dirigido pelo próprio produtor rural e que utiliza mais a mão-de-obra familiar que a contratada, conforme resumido no Quadro 1. 3 No artigo-fonte não há esclarecimentos sobre os critérios definidores dessas categorias.

3 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 3 Quadro 1 - Resumindo a metodologia de delimitação do universo familiar Caracterização dos agricultores familiares Direção dos trabalhos do estabelecimento é do produtor; UTF > UTC e área total do estabelecimento área máxima regional Unidade de Trabalho Familiar (UTF) Pessoal ocupado da família de 14 anos e mais + (Pessoal ocupado da família de menos de 14 anos)/2 Unidade de Trabalho Contratado (UTC) (Salários + Valor da quota-parte entregue a parceiros empregados + Serviços de empreitada de mão-de-obra) (Diária estadual x 260) Fonte: MDA/INCRA 3. A agricultura familiar no Brasil Considerando a definição anteriormente apresentada, tem-se, na Tabela 2, a distribuição dos estabelecimentos conforme as categorias socioeconômicas e alguns indicadores que dão a medida da sua importância. Tabela 2 Brasil - Estabelecimentos, Área, Valor Bruto da Produção (VBP) e Financiamento Total (FT), segundo as Categorias de Agricultura. % % Área % Área VB % FT Categoria Estab. Estab. Total VBP FT s/tota P s/ s Total s/tota (mil (R$ mil) (R$ mil) l s/ total l ha) total Familiar , , , ,3 Patronal , , , , Instit. Pia/ Religiosas , , , ,1 Entidade Pública , , , ,8 Não identificado 132 0,0 8 0, ,0 12 0,0 Total , , , ,0 Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000). Destaca-se a grande participação da agricultura familiar no total de estabelecimentos agropecuários do país (85,2%), embora desproporcional à sua participação na área (30,5%) e nos financiamentos (25,3%). Por outro lado, os estabelecimentos da agricultura familiar participam no valor bruto da produção de uma

4 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 4 forma mais significativa (37,9%) do que a sua participação no número de estabelecimentos. A estrutura fundiária da agricultura familiar, de certa forma, repete a concentração observada na agricultura do país, de uma maneira geral. Conforme a Tabela 3 abaixo, 39,8% dos estabelecimentos familiares possuem menos de 5 ha e, em conjunto, detêm tão somente 3,0% dos ha reportados na Tabela 2. Em média, são estabelecimentos de apenas 1,9 hectares. No extremo oposto, 5,9% dos estabelecimentos concentram 44,7% daquela área, com uma média de 67,8 ha. Tabela 3 Brasil Agricultura Familiar Participação nos Estabelecimentos, na Área e Área Média, segundo os Grupos de Área Total (em ha). Grupos de Área % nos Total Estabelecimentos % na Área Área Média Menos de 5 39,8 3,0 1,9 5 a menos de 20 29,6 12,2 10,7 20 a menos de 50 17,2 20,4 31,0 50 a menos de 100 7,6 19,7 67,8 100 ha a 15 módulos regionais 5,9 44,7 198,0 Área média dos agricultores familiares 26,0 Fonte: MDA/INCRA, Conquanto a agricultura familiar participe, na média, com 37,9% do Valor bruto da produção (participação essa bastante elevada, considerando-se que conta apenas com 30,5% da área total e o seu exagerado número de estabelecimentos), há produtos nos quais o papel da agricultura familiar é de muito maior importância, conforme se pode ver na Tabela 4: Tabela 4 Percentual do Valor Bruto da Produção de Produtos Selecionados Produzidos nos Estabelecimentos Familiares. Produto Participação no VBP Total Fumo 97 Mandioca 84 Feijão 67 Suínos 58 Pecuária leiteira 52 Milho 49 Aves/ovos 40 Soja 32 Arroz 31 Café 25 Pecuária de corte 24 Fonte: MDA/INCRA, 2000.

5 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 5 As culturas do fumo, mandioca e feijão despontam como quase que exclusivas da agricultura familiar. Chamam a atenção também os percentuais alcançados na pecuária de pequenos animais (suínos e aves/ovos), para o que deve estar contribuindo o sistema de produção integrada. Examinando-se a questão pelo lado dos agricultores familiares, quais os produtos que mais contribuem para o seu valor bruto da produção? Destacam-se a pecuária leiteira, aves/ovos, pecuária de corte, milho e soja (Tabela 5). É importante notar a discordância dessa cesta com a anterior, ou seja, os produtos que mais contribuem para a receita dos agricultores familiares não são aqueles aos quais a maioria deles se dedica. Tabela 5 Participação de Produtos Selecionados no Valor Bruto da Produção Total da Agricultura Familiar. Produto Participação no VBP da Agricultura Familiar Pecuária leiteira 13,3 Aves/ovos 10,0 Pecuária de corte 9,5 Milho 8,7 Soja 7,4 Suínos 5,6 Mandioca 5,5 Fumo 4,2 Feijão 3,8 Café 3,5 Arroz 2,7 Outros 25,4 Fonte: MDA/INCRA, Outra característica da agricultura familiar é a diversidade de Renda Total entre os estabelecimentos. Na Tabela 6, verifica-se que a maioria dos estabelecimentos (68,9%), que ocupam 48,9% da área da agricultura familiar, tem renda igual ou inferior a R$ 3.000,00/ano. Tabela 6 Brasil Agricultores Familiares Percentagem de Estabelecimentos e Área, segundo os Grupos de Renda Agrícola Total (em reais). Grupos de Renda Total % nos Estabelecimentos % na Área Até 0 8,2 10,8 Mais de 0 a ,9 48,9 Mais de a ,7 23,7 Mais de a ,6 9,1 Mais de a ,7 4,4 Mais de ,8 3,1 Fonte: MDA/INCRA, 2000.

6 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 6 Convém chamar a atenção para o grupo de renda negativa (até 0). Nele estão os estabelecimentos cujos investimentos, em 1996, ainda não estavam produzindo e os que tiveram prejuízo naquela safra ou seja, estes não são necessariamente pobres. Entretanto, estão também aí os estabelecimentos nos quais a renda originada na agropecuária é muito pequena, levando a supor que a família está se mantendo com rendas de outras origens: as atividades rurais não-agrícolas ou transferências (como a aposentadoria rural). A constatação da diversidade acima referida levou o Projeto INCRA/FAO a dividir os agricultores familiares segundo a tipologia apresentada no Quadro 2, baseada na Renda Total e no Valor do Custo de Oportunidade. Esse custo foi definido como sendo o valor da diária média estadual, acrescido de 20% e multiplicado pelo número de dias do ano. Grosso modo, buscou-se comparar o que seria melhor para o agricultor familiar: trabalhar para si ou constituir-se em mão-de-obra para outros estabelecimentos agropecuários. Quadro 2 - Tipos de Agricultores Familiares Tipo A RT > 3 VCO Tipo B VCO < RT 3 VCO Tipo C VCO/2< RT VCO Tipo D RT VCO/2 VCO = Valor do custo de oportunidade = 1,2 x Diária Média Estadual x 260 dias Fonte: MDA/INCRA, Na Tabela 7 tem-se uma idéia da importância de cada um desses tipos: Tabela 7 Brasil - Estabelecimentos, Área, Valor Bruto da Produção (VBP) e Financiamento Total (FT), dos Tipos de Agricultura Familiar. Tipos % % Área % Área VB % FT Estab. Estab. Total VBP FT s/tota P s/ Total s/tota (mil (R$ mil) (R$ mil) l s/ total l ha) total A , , , ,7 B , , , ,2 7 C , , , ,9 6 D , , , ,6 Soma , , ,7 37, , Brasil , , , Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000) ,0

7 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 7 Dentre outras coisas, pode-se destacar: a) A maioria dos estabelecimentos agrícolas do país (56,3% - lembrando-se que os percentuais da tabela referem-se ao total do Brasil e não apenas à agricultura familiar) classifica-se nos tipos C e D; b) Os estabelecimentos dos tipos A e B têm participação conjunta no VBP (30,3%) e no financiamento total (17,9%) maior que na ãrea (16,4%); c) Já os estabelecimentos dos tipos C e D têm participação no VBP (7,7%) e no financiamento total (7,5%) menor que na área (14,1%). Considerando-se a participação no VBP em relação à área como um indicador de eficiência, os tipos C e D seriam menos eficientes que A e B, o que justificaria políticas distintas para cada um desses públicos. 4. A agricultura familiar no Nordeste A grande maioria dos estabelecimentos nordestinos ( estabelecimentos) se enquadra na categoria familiar (88,3% dos estabelecimentos nordestinos). Esses estabelecimentos detêm 43,5% da área, geram aproximadamente o mesmo percentual do valor bruto da produção (43,5%) e capturam 26,8% do financiamento total. O Nordeste é a região brasileira que detém a maior parcela dos estabelecimentos agrícolas familiares do país (49,7%), comparado com as demais regiões. Esses estabelecimentos detêm também a maior fração da área (31,6%), mas não há uma participação correspondente no valor bruto da produção (apenas 16,7%) nem no financiamento total (14,3%) (Tabela 8), indicadores de uma menor eficiência relativa e certamente, de uma maior desarticulação 4 (recorde-se, por exemplo, que os sistemas de produção integrada estão mais presentes nas regiões Sudeste e Sul do que no Nordeste). 4 Sobre essa baixa participação no financiamento total, veja-se o artigo Desempenho dos programas públicos de geração de emprego e renda: a avaliação do IBASE de Maria Odete Alves, divulgado pelo ETENE em 21/02/2000.

8 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 8 Tabela 8 Agricultura Familiar Participação Percentual das Regiões no Número de Estabelecimentos, Área, Valor Bruto da Produção e Financiamento Total destinado aos Agricultores Familiares. Região Estab. S/total % Área s/total % VBP s/total % FT s/total Nordeste 49,7 31,6 16,7 14,3 Centro-Oeste 3,9 12,7 6,2 10,0 Norte 9,2 20,3 7,5 5,4 Sudeste 15,3 17,4 22,3 15,3 Sul 21,9 18,0 47,3 55,0 Brasil 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000). O Nordeste é ainda a Região que a apresenta a menor área média por estabelecimento na agricultura familiar (17 ha) e a segunda menor na agricultura patronal (269 ha), com valores bastante inferiores às medias do país (26 e 433 ha, respectivamente). De igual modo, a Região apresenta as menores rendas médias totais e monetárias 5 por estabelecimento, seja na agricultura familiar, seja na patronal (Tabela 9). As rendas total e monetária da agricultura patronal nordestina são aproximadamente 52% das médias do país; já na agricultura familiar esse quadro é bem distinto: a renda total média do Nordeste é apenas 43% da brasileira e a renda monetária média é ainda inferior: somente 39%. Tabela 9 Agricultores Familiares e Patronais Renda Total (RT) e Renda Monetária (RM) por Estabelecimento (em R$), segundo as Regiões. Região Familiar Patronal RT/Estab. RM/Estab. RT/Estab. RM/Estab. Nordeste Centro-Oeste Norte Sudeste Sul Brasil Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000). É importante notar que apenas os estabelecimentos familiares do Nordeste geram uma renda monetária mensal inferior ao salário mínimo (R$ 696,00 12 = R$ 58,00). Considerando-se uma média aritmética simples das rendas monetárias por estabelecimento das demais regiões a título de exercício, para fazer a comparação Nordeste x Resto do Brasil a RM/Estabelecimento seria de R$ 2.749,00, o que levaria a uma renda monetária mensal de R$ 229,08, ou seja, a 5 Renda monetária = receita total receita de exploração mineral despesa total

9 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 9 agricultura familiar nordestina estaria gerando somente 25% da renda monetária mensal da sua similar no resto do país. Não se dispõe da informação de quantas pessoas são sustentadas por um estabelecimento. Adotando-se a aproximação feita por Jank (2000), de 2,5 pessoas por estabelecimento, vê-se que as rendas monetárias geradas na agricultura familiar são ainda muito baixas para assegurar um nível digno de vida aos trabalhadores rurais. Não obstante a comparação desvantajosa Nordeste x Resto do Brasil anteriormente comentada, constata-se que, mesmo no Nordeste, a agricultura familiar é mais eficiente por unidade de área que a agricultura patronal (Tabela 10), gerando quase duas vezes a renda total desta última por hectare/ano. Essa relação é superior à da região Sudeste, em virtude de a diferença entre as agriculturas patronais de ambas as regiões ser maior que entre as agriculturas familiares. Tabela 10 Brasil Renda Total por Unidade de Área, segundo a Região e a Categoria. Categorias Região Agricultura Familiar (F) R$/ha/ano Agricultura Patronal (P) R$/ha/ano Eficiência (F/P) Nordeste ,89 Centro-Oeste ,92 Norte ,25 Sudeste ,52 Sul ,43 Brasil ,36 Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000). Cabe chamar a atenção, no caso nordestino, tendo em vista os diversos tipos de agricultura familiar mencionados anteriormente, para o seguinte (Tabela 11): a) A grande maioria dos estabelecimentos do Nordeste (79,7%) classifica-se nos tipos C e D da agricultura familiar; b) Os estabelecimentos dos tipos A e B têm participação no VBP (27,2%) maior que na Área (19,7%); c) Já os estabelecimentos dos tipos C e D têm participação no VBP (15,7%) menor que na Área (23,7%).

10 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 10 Tabela 11 Nordeste Participação dos Diversos Tipos de Agricultores Familiares em Variáveis Selecionadas. Variáveis Tipos A B C D TOTAL Estab.Total % Tipo s/total estab. do Nordeste 3,8 14,2 18,1 52,2 88,3 % Tipo s/total estab.familiares 4,2 16,1 20,5 59,1 100,0 Área total (ha) % s/área dos estab. do Nordeste 7,0 12,7 8,6 15,1 43,4 % s/área dos estab. familiares 16,1 29,3 19,9 34,7 100,00 VBP % s/vbp do Nordeste 14,4 12,8 7,4 8,3 42,9 % s/vbp estab. familiares 33,6 30,0 17,2 19,2 100,0 Fonte: Censo Agropecuário 1995/96 IBGE (in MDA/INCRA, 2000, modificado). A diversidade da agricultura familiar no Nordeste, portanto, repete o verificado para o país como um todo. Conclusões A melhor compreensão da realidade agrícola brasileira e nordestina possibilitada pelos dados anteriormente apresentados, instiga muitas dúvidas sobre a efetividade das políticas agrícolas mas permite avançar em algumas conclusões (sem esgotar as possibilidades), especialmente naquilo que se relaciona com a forma de atuação do Banco, a saber: a) As baixas rendas auferidas na agricultura familiar, associadas ao elevado contingente populacional a ela vinculado, reforçam a concepção teórica do apoio à agricultura como uma forma efetiva de combate à pobreza 6. Dada a incidência dos altos percentuais de pobreza e de agricultura familiar no Nordeste, tem-se aí uma pista para resolver ambos os problemas; b) Uma vez que não existe apenas uma agricultura familiar e sim várias, necessita-se também de várias abordagens, cada uma delas adequada a um tipo de público; 6 Conforme afirmou Schultz (1981): A maioria das pessoas do mundo é pobre. Se conhecêssemos o significado econômico de ser pobre, conheceríamos muito do significado econômico que realmente importa. A maioria das pessoas pobres do mundo ganha a vida na agricultura. Se conhecêssemos o significado econômico da agricultura, conheceríamos muito do significado econômico de ser pobre.

11 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 11 c) Nessa mesma linha, é preciso discutir, sem paixões, que tipo de intervenção direcionar aos integrantes da agricultura familiar do tipo D, a qual aparenta necessitar muito mais, num primeiro momento, de amparo social que qualquer outro tipo de apoio; d) A rede de relações que envolve a agricultura familiar exige que sejam trabalhadas estratégias mais abrangentes que o crédito (do qual, mostram os números, ela não tem se apropriado), especialmente no que respeita à articulaçao 7 ; e) Cabe também discutir como reconverter o mix de produtos da agricultura familiar, ou fortalecer o seu posicionamento nos canais de comercialização daqueles a que ela se dedica; f) As fontes de renda rurais não-agrícolas devem merecer atenção; as microfinanças rurais, portanto, têm campo para expansão e poderão desempenhar um papel importante no apoio aos agricultores familiares. Mas uma boa forma de começar é perguntar sempre: esse projeto que se pretende apoiar gera mais que R$ 58,00 mensais por pessoa? BIBLIOGRAFIA Jank, M. O mito da agricultura familiar. Agricultura Tropical, n 115, set/out p Lacki, Polan. Desenvolvimento agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor. Fortaleza: Banco do Nordeste/FAO, Ministério do Desenvolvimento Agrário/INCRA. Novo retrato da agricultura familiar. O Brasil redescoberto. Brasília: MDA/INCRA, p. Schultz, T. W. Investindo no povo. O segredo econômico da qualidade da população. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, p. 7 A articulação das cadeias produtivas, o protagonismo do agricultor, as discussões/ações do Farol do Desenvolvimento, o associativismo e a capacitação são algumas delas.

12 BANCO DO NORDESTE DO BRASIL 12 Teixeira, E. C; Aguiar, D. R. D; Vieira, W. da C. Agricultura comercial e familiar num contexto de abertura econômica. In: Teixeira, E. C.; Vieira, W. da C. (ed.) Reforma da política agrícola e abertura econômica. Viçosa-MG: UFV, p. Veiga, José E. Política agrícola diferenciada. In: Teixeira, E. C.; Vieira, W. da C. (ed.) Reforma da política agrícola e abertura econômica. Viçosa-MG: UFV, p.

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