As ferramentas da razão 1

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1 As ferramentas da razão 1 A filosofia pode ser uma atividade extremamente técnica e complexa, cujos conceitos e terminologia chegam muitas vezes a intimidar aqueles que iniciam seus estudos filosóficos. Os diversos temas abordados pela filosofia, seja no campo da ética, da estética, da política, da teoria do conhecimento etc., tem suas teorias sustentadas a partir da argumentação racional fundada em premissas aceitáveis. Certamente, haverá obras de alguns filósofos, importantes na tradição filosófica ocidental, que apresentam teorias não-racionais e até mesmo antiracionais, como é o caso de Heráclito, Kierkegaard, Nietzsche etc. Contudo, mesmo essas obras que fogem ao modelo clássico da filosofia estão envoltas em asserções, sutilmente, justificadas pela razão. A filosofia não é o único campo do pensamento no qual a racionalidade exerce influência e também nem toda a filosofia é necessariamente argumentativa. Mas é certo que não podemos sequer iniciar uma investigação filosófica sem antes aprendermos a utilizar as ferramentas da razão. As pessoas raciocinam de diferentes maneiras, utilizando-se de numerosas técnicas, algumas legítimas e outras não. Só podemos discernir entre umas e outras analisando seu conteúdo e sua estrutura minuciosamente. O argumento: É a unidade completa mais básica do raciocínio. É uma inferência extraída de um ou vários pontos de partida (premissas) que levam a um ponto final (conclusão). Argumento x explicação: Os argumentos objetivam demonstrar que algo é verdadeiro enquanto as explicações buscam mostrar como algo é verdadeiro. Ex.: Diante de um homem aparentemente morto. Explicação: A perda de grande quantidade de sangue explica a morte deste homem. Argumento: Ele não possui batimentos cardíacos nem outros sinais vitais, logo posso concluir que ele está realmente morto. 1 BAGGINI, Julian; FOSL, Peter S. As ferramentas dos Filósofos: um compêndio sobre conceitos e métodos filosóficos. São Paulo: Loyola, p pp ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª edição revista. São Paulo: Moderna, p pp

2 Premissas: São os pontos de partida do argumento filosófico; sentenças nas quais suas afirmações possam ser consideradas verdadeiras ou falsas. Sentenças imperativas, interrogativas ou exclamativas não são consideradas premissas. As premissas podem estar explícitas ou implícitas, nas proposições. Vejamos o exemplo: Sócrates é um homem; Logo Sócrates é mortal. Sócrates é homem. (Premissa explícita) Todos os homens são mortais. (Premissas implícitas) Logo, Sócrates é mortal. (Premissa explícita) Ao identificar as premissas de um argumento, procure compreender, primeiramente, o que o argumento pretende demonstrar. Em seguida busque pelas premissas explicitas e implícitas. Torne explícitas as implícitas. Conclusões: Aquilo com o que se conclui um argumento. O resultado de uma somatória de premissas, justificado e sustentado pelo raciocínio. Dedução: É a forma de argumentação mais rigorosa que existe. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será, obrigatoriamente, verdadeira. Essa é a característica de um argumento dedutivo bem sucedido, que nos leva a chama-lo de um argumento válido. Porém devemos ficar atentos a possíveis armadilhas, nas quais o argumento seja válido, embora suas premissas ou conclusão sejam falsas. A validade do argumento independe do conteúdo ou das verdades de suas proposições. Vejamos: Todo vide-game é mais inteligente que o ser humano. O gato Severus é um vídeo-game. Logo, o gato Severus é mais inteligente que o ser humano. Considerando a estrutura deste argumento podemos reelabora-lo na seguinte forma geral:

3 Todos o Xs são Ys. Z é um X. Logo, Z é um Y. Assim percebemos que a noção de validade independe do conteúdo e ela é determinada por uma estrutura dedutiva sólida. O argumento do exemplo é, portanto válido, pois, embora o seu conteúdo seja ridiculamente falso possui uma estrutura que permite que a conclusão seja verdadeira caso as premissas também o fossem. Indução: Trata-se de um raciocínio que parte de um número limitado de observações para chegar a possíveis generalizações. Estes raciocínios derivam da experiência e são fundamentais para a ciência, na medida em que os cientistas formulam suas leis universais com base em um número restrito de observações. Ex.1: O sol nasce todos os dias, regularmente, desde que se pode recordar na experiência humana. Por isso as pessoas supõem que ele continuará aparecendo todos os dias do futuro. Ex.2: O cisne 1 é branco. O cisne 2 é branco. O cisne 3 é branco. (...) O cisne 1000 é branco. Logo, todos os cisnes são brancos. Invalidade: O argumento inválido é aquele no qual a verdade das premissas não assegura a verdade da conclusão. Se as premissas forem verdadeiras, ainda assim a conclusão poderá ser falsa. Vejamos:

4 Vegetarianos não comem carne de porco. Ghandi não comia carne de porco. Logo, Ghandi era vegetariano. Este é um argumento inválido, mas que facilmente nos engana como sendo válido, isso porque as três proposições são verdadeiras. Sendo assim é fácil confundirmos que ele seja válido. Não devemos, portanto, nos esquecer de que um argumento é válido somente se a verdade das premissas garantirem a verdade da conclusão. O que não ocorre neste exemplo: Ghandi poderia não comer carne de porco, mas comer carne de frango ou bovina e nesse caso não seria vegetariano. Logo, o fato dele não comer carne de porco não assegura que ele seja vegetariano. Vejamos um exemplo no qual as premissas são verdadeiras e a conclusão, claramente, falsa. Todos os cachorros comem carne. O presidente dos Estados Unidos come carne. Logo, o presidente dos Estados Unidos é um cachorro. Com isso concluímos que tanto a validade quanto a invalidade de um argumento não são determinadas pela verdade ou falsidade de suas premissas, mas antes pela relação lógica que se estabelece entre elas. A filosofia não consiste simplesmente em dizer verdades, mas sim em dizer verdades fundadas em bons argumentos. Falácias: As falácias referem-se aos raciocínios imperfeitos, as inferências incorretas. Todos os argumentos inválidos são falaciosos, mas nem todas as falácias envolvem argumentos inválidos. Os argumentos inválidos são incorretos devido às falhas em sua forma ou estrutura. Porém, muitas vezes, o erro do raciocínio está em seu conteúdo, e não em sua forma. Quando o erro encontra-se na estrutura do argumento trata-se de uma falácia formal, como já vimos em exemplos anteriores. Quando a incorreção está no conteúdo denomina-se falácia informal. Vejamos alguns exemplos de falácia informal:

5 Falácia do recurso à força: o argumento recorre à ameaças explícitas ou implícitas, físicas ou psicológicas para levar os ouvintes a aceitar uma afirmação. Ex: O dinheiro ou a vida. Falácia contra a pessoa: o argumento pretende mostrar que uma afirmação é falsa, atacando e desacreditando a pessoa que a emite. Ex: Roberto disse que amanhã não há aulas, mas com certeza haverá porque ele é malcriado e preguiçoso. Falácia da ignorância: argumento que consiste em refutar um enunciado, só porque ninguém provou que é verdadeiro, ou em defendê-lo, só porque ninguém conseguiu provar que é falso. Ex: Não acredito em Deus porque ninguém provou que ele existe. Falácia ad misericordiam: argumento que consiste em pressionar psicologicamente o interlocutor, desencadeando sentimentos de piedade ou compaixão. Ex: Por favor, não me despeça, preciso do dinheiro porque a minha mulher está desempregada e o meu filho precisa de ser operado. Falácia populista: criação de um ambiente de entusiasmo e encantamento que propicie a adesão a uma determinada tese ou produto, cuja origem ou apresentação se devem a uma pessoa credora de popularidade. Ex: Nove em cada dez estrelas de cinema usam o sabonete X. Use-o também e seja uma estrela. Falácia da generalização precipitada: argumento que enuncia uma lei ou uma regra geral a partir de dados não representativos ou insuficientes. Ex: Quando eu liguei a televisão ontem estava a dar o telejornal. Hoje aconteceu a mesma coisa. Logo, sempre que eu ligo a televisão, está a dar o telejornal. Falácia da falsa causa: consiste em atribuir a causa de um fenômeno a outro, pela simples razão de o preceder. Ex: O gato miou quando eu abri a porta. Logo, o gato miou porque eu abri a porta. Falácia da petição de princípio: consiste em adotar, para premissa de um raciocínio, a própria conclusão que se quer demonstrar. Ex: Uma pessoa odeia pessoas de outras raças porque é racista. Falácia da falsa dicotomia: apresentação de duas alternativas como sendo as únicas existentes em dado universo, ignorando ou omitindo outras possíveis. Ex: Ou o dinheiro ou a vida.

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