A MOÇA TECELÃ (Marina Colassanti)
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- Jónatas Canejo Dias
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1 PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - PRODUÇÃO TEXTUAL - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= A MOÇA TECELÃ (Marina Colassanti) Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. Uma casa melhor é necessária disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. Para que ter casa, se podemos ter palácio? perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. É para que ninguém saiba do tapete ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo que fazia. Tecer era tudo que queria fazer. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu. Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte. Marina Colasanti (1938) nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna. Página 1 de 8-10/07/2015-6:07
2 01- O conto é um texto curto que pertence ao grupo dos gêneros narrativos ficcionais e se caracteriza por apresentar apenas um conflito, poucas personagens, poucas ações e tempo e espaço reduzido. a) O texto A moça tecelã é um conto ficcional? Por quê? b) No conto, assim como em outros textos narrativos, o narrador pode ser narrador-observador ou narradorpersonagem. Que tipo de narrador o conto A moça tecelã apresenta? Comprove sua resposta com elementos do texto. 02- Em nossas aulas estudamos novas teorias a respeito do narrador. Defina: a) Narrador-onisciente: b) Narrador-intruso: c) Narrador-testemunha: c) Narrador-protagonista: 03- Quais são as personagens envolvidas na história? Página 2 de 8-10/07/2015-6:07
3 04- Estudamos, também, a respeito do tempo no texto narrativo. a) Defina tempo cronológico. b) Defina tempo psicológico. c) Identifique o tempo em que se estrutura o texto em análise, justificando sua resposta. 05- Nos gêneros narrativos, a sequência de fatos que mantém entre si uma relação de causa e efeito constitui o enredo, cujo sentido e progressão são decorrentes do emprego do tempo verbais no pretérito. Observe esse trecho do texto: Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Qual o tempo verbal predominante é o pretérito imperfeito. O pretérito imperfeito, nesse caso, indica uma ação passada não concluída, destacando sua duração, ou indica uma ação que se repetia no passado? Justifique sua resposta. 06- O conto A moça tecelã é, claramente, uma ficção. É possível afirmar que essa narrativa é dotada de verossimilhança? Explique. Página 3 de 8-10/07/2015-6:07
4 07- Em dois momentos distintos no texto, o narrador afirma: Tecer era tudo que fazia. Tecer era tudo que queria fazer. Qual era o espírito da moça tecelã em cada ocorrência? 08- Explique o que se pode inferir sobre o marido da tecelã, nessa fala: Por que ter casa, se podemos ter um palácio?. 09- Que sentimento do marido levou a moça tecelã a livrar-se dele? Como ela fez isso? 10- A tecelã idealiza o marido perfeito e transforma-o numa figura concreta com sua habilidade mágica. Transcreva do texto a passagem do texto em que o narrador descreve o companheiro da tecelã. 11- No texto, os travessões são empregados para indicar a fala das personagens, por meio do discurso direto. a) Defina discurso direto: b) Defina discurso indireto: Página 4 de 8-10/07/2015-6:07
5 12- Reescreva o trecho a seguir, passando a fala para o discurso indireto: a) Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. Uma casa melhor é necessária disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. O gênero FICÇÃO CIENTÍFICA Em nossas aulas, estudamos, além das características referentes ao gênero conto, um pouco a respeito da ficção científica, principalmente quando falamos sobre Júlio Verne e sua obra Viagem ao centro da Terra. Leia, com atenção o texto abaixo. FILHOS DO SOL Jean-Louis Trudel Está bonito e ensolarado lá fora. Mesmo deste lado da janela, posso ver que vai ser um dia quente, inclusive à sombra. Sei que os dentes-de-leão vão brotar em breve daquilo que era lama de primavera ao lado das calçadas, poucos dias atrás. A terra vai enxugar as últimas poças deixadas pelas chuvas de abril até não nada. Logo vai ser verão nos subúrbios. Gostaria de estar lá fora. Gostaria de jogar bola com meus amigos naquele trecho de grama alta e de bebedores-degasolina enferrujando do outro lado da cerca do estacionamento. Mas o dia está bonito demais para a minha mãe. Ela não vai me deixar sair, com o dia ensolarado assim. Continuo olhando, mas não consigo achar uma única nuvem para cobrir o clarão do sol forte de maio. O azul do céu está imaculado, tão puro quanto um lago glacial. A poluição da cidade embaça os perfis das arcologias¹ do centro, a distância, mas isso não é o bastante. Tanto os índices de ozônio quanto os de partículas teriam de chegar aos níveis de alerta para a minha mãe me deixar sair para o sol do meio-dia. E, mesmo assim, apenas com uma máscara contra o pó... Uma porta bate. O baque da armadura de composto à prova de laser balança o prédio todo. Ouço gritos de prazer e em seguida vejo eles passarem correndo sob a minha janela. São cinco. Conheço James e Lydia porque frequentam a minha escola. Eles têm até um bilhete dos seus pais, permitindo que vão para a escola a pé! Quanto a mim, tenho que me levantar antes do sol, quando os passarinhos começam a cantar. Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora. Eu pego o ônibus especial que passa antes do sol nascer, com os outros meninos. Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso. Na escola, temos de esperar até que os outros cheguem, antes de começar as aulas. É chato esperar nos corredores e nas salas de aula meio vazias, mesmo quando brigamos ou apostamos corrida pelos corredores. Sabemos que ninguém vai dar bronca na gente. Então, eu observo eles irem embora sem mim, rumo a um jogo de futebol em um canto do campo onde a grama não cresce. Vão gritando felizes, rindo, se divertindo... Eu odeio eles. Outro dia, um desses garotos me convidou para ir jogar com eles. Eu disse que não e eles riram. Então entendi que tinha sido um truque, uma piada sem graça. Eles sabiam que eu não sairia da sombra do toldo que protege a sacada do nosso segundo andar. Não quando o sol está brilhando. Não quando não há nenhuma nuvem para filtrar nem um pouquinho dos raios ultravioleta. Não quando não há quase mais nenhum ozônio sobre nós. Não quando eu tenho a pele tão clara que não posso me bronzear. Não quando os bloqueadores solares são tão arriscados quanto o sol. Oh, eu sei que a grama vai amarelar logo, logo. Esses raios ultravioleta, eles não são bons pra nada nem pra ninguém. Sei que poderei sair e brincar quando o céu se cobrir com as cortinas de cinza industrial. (Mas não gosto de ficar nas ruas com aqueles fantasmas pálidos, suas bocas escondidas, como a minha, por uma máscara branca que ficará escura com uma rapidez tão espantosa!) E sei que iremos à Amazônia para as férias da família, onde ainda existe ozônio bastante para se desfrutar de meia hora ao sol, e aonde James e Lydia nunca irão porque as mães deles não têm dinheiro pra isso. Não consigo segurar as lágrimas, sem saber se choro lamentando o passado ou de ódio do presente. Às vezes sonho que eles estão no hospital e eu os visito... Na verdade, eles são quase tão vulneráveis quanto eu, mas não têm medo, ainda não, e eu tenho, e talvez seja por isso que choro e por isso que odeio eles, e todos os que são como eles... Eu não devia, já me disseram muitas vezes, mas eu odeio eles. Porque eu sou branco e eles, negros. 1 Conceito criado pelo arquiteto italiano Paolo Soleri, que imaginou prédios enormes que abarcariam uma cidade dentro de um sistema ecológico fechado, como forma de racionalização de recursos. Página 5 de 8-10/07/2015-6:07
6 Agora, responda às questões abaixo. 13- O assunto central da narrativa é: (A) a destruição da natureza pelo homem. (B) a alegria de James e Lydia em brincar ao sol. (C) a tristeza de quem não pode brincar ao sol. (D) o ódio daqueles que temem o sol. (E) o grande progresso obtido pelo homem no futuro. 14- Sobre o narrador do texto, podemos afirmar: (A) é um garoto branco que sonha em ser jogador de futebol. (B) é um adulto que lembra com emoção a infância perdida. (C) é um menino do subúrbio que teme os efeitos dos raios ultravioleta. (D) é um garoto que tem apenas dois amigos, Lydia e James. (E) é um adulto que chora lamentando o passado. 15- Acho que os pássaros também têm medo do sol, agora. (l.16-17). Sobre os pássaros, a frase leva a crer que: (A) começaram a cantar por medo do sol. (B) começaram a cantar para anunciar o nascer do sol. (C) sempre tiveram medo do sol. (D) passaram a temer o sol nestes tempos. (E) cantam ao nascer do sol, pois são noturnos. 16- Nós todos temos medo da vermelhidão do sol no horizonte a leste, mas pelo menos é um aviso.. A expressão grifada se refere a: (A) ao sol nascente. (C) a nuvens de poeira. (E) à chegada do verão. (B) ao sol poente. (D) à ausência da camada de ozônio. 17- No desenrolar do texto, o narrador demonstra três diferentes sentimentos, que são: (A) tristeza, amor e ódio. (B) angústia, medo e felicidade. (C) inveja, tristeza e ódio. (D) ódio, decepção e felicidade. (E) saudade, ódio e esperança. 18- Em relação às afirmações abaixo sobre o texto, escreva (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas: ( ) A mãe do protagonista não o deixava brincar do lado de fora, porque ela era uma pessoa pessimista, triste e não gostava de dias bonitos. ( ) James e Lydia não são irmãos, apesar do protagonista afirmar que...eles têm até um bilhete dos seus pais... ( ) Os negros poderiam ser considerados os filhos do sol, pois tinham privilégios e liberdade que os brancos não tinham. ( ) O protagonista, James e Lydia tinham a mesma condição financeira. ( ) O protagonista odeia apenas James e Lydia, e não todos os negros. 19- Filhos do sol é um texto de ficção científica, porque: (A) se passa em um futuro distante, imaginário, não permitindo sequer a identificação da época do ano em que ocorre a narrativa. (B) apresenta fatos que são decorrentes de mudanças psicológicas e biológicas no homem, determinadas pelo progresso científico. (C) levanta questões que anunciam o fim do planeta Terra e sua civilização. (D) trata do impacto das mudanças ambientais sobre o indivíduo e a sociedade. (E) mostra que a humanidade vai desaparecer da face da Terra. 20- Eles têm até um bilhete dos seus pais, permitindo que vão para a escola a pé!. Como ficaria verbo destacado nessa frase se ela começasse com Eles tinham...? (A) Irão. (C) Foram. (E) Fossem. (B) Iam. (D) Iriam. Página 6 de 8-10/07/2015-6:07
7 Gabarito 01- a) O texto em análise é classificado como um conto ficcional, pois, além de ser uma narrativa cujo enredo é fictício, apresenta características típicas do gênero conto: poucos personagens, tempo e espaço limitados, poucas ações e uma estrutura que gira em torno de um conflito único. b) No conto analisado, temos um narrador-onisciente. O texto é narrado em 3ª pessoa, ou seja, as ações nos são contados por um narrador que não participa da história. Podemos observar, também, o fato de que o narrador conhece os sentimentos e os pensamentos das personagens são conhecidos pelo narrador. 02- a) é aquele que sabe tudo sobre a história, conhece todos os fatos, podendo, inclusive, antecipar algum fato ou revelar os pensamentos mais íntimos de uma personagem. b) aquele que fala com o leitor ou que julga o comportamento das personagens. c) vive os fatos como personagem secundária, condição em que pode observar os acontecimentos e dar testemunho deles ao leitor de modo mais direto e inverossímil. Seu ângulo de visão, no entanto, é mais limitado: não consegue saber o que se passa no pensamento das personagens. d) vive os fatos como personagem principal. Apesar disso, também não tem acesso aos pensamentos das demais personagens e narra os acontecimentos limitando-se às suas percepções, pensamentos e sentimentos. 03- No enredo, os personagens envolvidos são a moça tecelã e seu marido. 04- a) Tempo cronológico é aquele que transcorre na ordem natural dos fatos no enredo, do começo para o final. Está ligado ao enredo linear, ou seja, à ordem em que os fatos ocorrem. b) É o tempo que transcorre numa ordem determinada pela vontade, pela memória ou pela imaginação do narrador ou personagem. É característico de enredo não-linear, ou seja, do enredo em que os acontecimentos estão fora da ordem natural. * IMPORTANTE: A técnica do flashback: Esse é um recurso que consiste em voltar no tempo. Ocorre, por exemplo, quando uma personagem se lembra de um fato e o conta. c) O texto cronológico é o que predomina no texto, visto que em seu enredo, não há quebra de linearidade das ações. No conto, os fatos são contados de acordo com sua ordem natural, do começo para o final. 05- Nesse caso, o pretérito imperfeito foi utilizado para indicar uma ação que se repetia no passado, visto esses verbos indicam ações que faziam parte da rotina da moça tecelã: acordar e sentar-se ao tear. 06- Podemos afirmar que há verossimilhança no texto a moça tecelã, já que os fatos relatados numa narrativa não precisam ser verdadeiros, isto é, não há a exigência de que correspondam à realidade, mas eles devem ser verossímeis, ou seja, mesmo que inventados, devem ter coerência e dar ao leitor a impressão de que podem acontecer. É isso que ocorre no texto em análise: embora as ações do enredo sejam fictícias, existe, no enredo, uma organização lógica dos fatos. Cada fato é motivo (causa) para o desencadeamento de outros fatos (efeito). 07- Na primeira ocorrência, o espírito da moça era de alegria e satisfação, pois ela tecia por prazer. No entanto, na segunda ocorrência, o espírito da moça é de tristeza, pois ela tecia não mais por escolha, mas por uma imposição do seu marido. 08- É possível inferir, a partir dessa fala, que o marido da tecelã era um homem bastante ganancioso e que se preocupava em acumular riquezas. Ele pode ser visto, também, com uma pessoa egoísta, que se preocupava mais em adquirir bens matérias do que com o bem-estar de sua esposa. 09- O marido da tecelã era demasiadamente ganancioso e. por isso, ela resolveu livra-se dele, destecendo-o, como fez com muitas outras de suas criações. 10- Neste trecho, o narrador descreve como seria o companheiro ideal da tecelã: E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.. Página 7 de 8-10/07/2015-6:07
8 11- a) O discurso é direto quando são as personagens que falam. O narrador, interrompendo a narrativa, as coloca em cena e cede-lhes a palavra, ou seja, o discurso direto caracteriza-se pela reprodução fiel da fala da personagem. Nesse caso, a fala das personagens é marcada pela presença de aspas ou travessões. b) No discurso indireto não há diálogo, o narrador não põe os personagens a falar diretamente, mas faz-se o intérprete delas, transmitindo ao leitor o que disseram ou pensaram, ou seja, o discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de uma personagem. 12- a) Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. Disse a ela que uma casa melhor era necessária e que isso parecia justo, já que agora eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer (A) 14- (C) 15- (D) 16- (A) 17- (C) 18- (F) (V) (V) (F) (F) 19- (A) 20- (E) MCS/1506/BANCO DE QUESTOES/PRODUCAO TEXTUAL/2015/PRODUCAO TEXTUAL - 7O ANO - 2A ETAPA DOC Página 8 de 8-10/07/2015-6:07
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