INFORMAÇÃO N.º 253 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO. Período de 24 de dezembro de 2015 a 7 de janeiro de 2016

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1 INFORMAÇÃO N.º 253 Período de 24 de dezembro de 2015 a 7 de janeiro de 2016 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO REGIME JURÍDICO DOS CONTRATOS PÚBLICOS Decreto Legislativo Regional n.º 27/2015/A de 29 de dezembro de 2015 RESUMO: Aprova o regime jurídico dos contratos públicos na Região Autónoma dos Açores. LIMITES MÁXIMOS DAS PERDAS POR IMPARIDADE Decreto Regulamentar n.º 19/2015 de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: Estabelece os limites máximos das perdas por imparidade e outras correções de valor para risco específico de crédito dedutíveis para efeitos do apuramento do lucro tributável em imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas e as regras a observar na sua determinação, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 28.º- A e no n.º 1 do artigo 28.º- C do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, a aplicar nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS PELOS ESTABELECIMENTOS E SERVIÇOS DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE Portaria n.º 418-B/2015 de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: Suspende durante o ano de 2016, a aplicação do artigo 17.º e do artigo 20.º da Portaria n.º 195-C/2015, de 30 de junho no que se refere à revisão anual dos preços máximos de aquisição dos medicamentos genéricos pelos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde. CONTRIBUIÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE SOLIDARIEDADE Lei n.º 159-B/2015 de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: Extinção da contribuição extraordinária de solidariedade. PRORROGAÇÃO DE RECEITAS PREVISTAS NO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2015 Lei n.º 159-C/2015 de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: Prorrogação de receitas previstas no Orçamento do Estado para 2015.

2 SOBRETAXA DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES Lei n.º 159-D/2015 de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: Extinção da sobretaxa do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares. TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE DA SOBRETAXA DE IRS Lei n.º 159-D/2015, de 30 de dezembro de 2015 RESUMO: foi assinado no dia 7 de janeiro de 2016, o despacho que aprova e estabelece as tabelas de retenção na fonte da sobretaxa aplicável em sede de IRS a aplicar em 2016, ao abrigo do n.º 8 do artigo 3.º da Lei n.º 159-D/2015, de 30 de dezembro. VALOR MÉDIO DE CONSTRUÇÃO POR METRO QUADRADO Portaria n.º 419/2015 de 31 de dezembro de 2015 RESUMO: Fixa o valor médio de construção por metro quadrado, a vigorar no ano de RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA Decreto-Lei n.º 254-A/2015 de 31 de dezembro de 2015 RESUMO: Atualiza o valor da retribuição mínima mensal garantida para COEFICIENTES DE LOCALIZAÇÃO Portaria n.º 420-A/2015 de 31 de dezembro de 2015 RESUMO: Aprova os coeficientes de localização mínimos e máximos a aplicar em cada município, previstos no artigo 42.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis. REGIME DE COMUNICAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS Despacho n.º 10/ XXI de 28 de dezembro de 2015, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais ( SEAF ): Determina que o prazo previsto no artigo 9.º do RCIF para comunicação, pelas instituições financeiras à Autoridade Tributária, dos elementos e informações previsos no artigo 7.º do mesmo regime, seja prorrogado até ao último dia do mês de março de IRS NOVOS MODELOS DECLARATIVOS Ofício-circulado n.º 20181/2016, de 4 de janeiro de 2016, da Direção Geral de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ( DSIRS ): Divulga os novos modelos declarativos em vigor a partir de 1 de janeiro de JUROS DE MORA DÍVIDAS AO ESTADO Aviso n.º 87/2016, de 6 de janeiro de 2016, da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública IGCP.EPE: É fixada a taxa dos juros de mora aplicáveis às dívidas ao Estado e outras entidades públicas em 5,168 %. A taxa indicada é aplicável desde o dia 1 de janeiro de 2016, inclusive.

3 JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA A FISCAL FATURAS FALSAS ÓNUS DA PROVA Lei Geral Tributária ( LGT ) Tribunal Administrativo Central Norte Acórdão de 10 de dezembro de 2015 RESUMO: A administração tributária não precisa de demonstrar acordo simulatório ou falsidade das faturas bastando-lhe evidenciar, indícios sérios, objetivos e consistentes, que traduzam uma probabilidade elevada, de que as faturas não titularam operações reais e efetivas. Quando a administração tributária desconsidera as faturas que reputa de falsas, aplicam-se as regras do ónus da prova do artigo 74.º da LGT, competindo-lhe, fazer prova de que estão verificados os pressupostos legais que legitimam a sua atuação, ou seja, de que existem indícios sérios de que a operação constante da fatura não corresponde à realidade passando a recair sobre o sujeito passivo o ónus da prova da veracidade das prestações de serviços ou transações tituladas pelas faturas. IMI SEGUNDA AVALIAÇÃO Código do Imposto Municipal sobre Imóveis ( CIMI ) Tribunal Administrativo Central Sul Acórdão de 16 de dezembro de 2015 RESUMO: No ato de avaliação para fixação do valor patrimonial tributário dos terrenos para construção, não há qualquer hipótese de escolha ou de eleição subjetiva por partes dos peritos, em especial, no que concerne ao zonamento e ao coeficiente de localização, já que eles resultam da aplicação do CIMI e das Portarias do Ministro das Finanças que aprovam o zonamento e os coeficientes de localização, constituindo as Portarias atos administrativos ministeriais de natureza regulamentar que os avaliadores são obrigados a aplicar. MÉTODOS INDIRETOS SUSPENSÃO DO PRAZO DE CADUCIDADE Lei Geral Tributária ( LGT ) Tribunal Administrativo Central Sul Acórdão de 16 de dezembro de 2015 RESUMO: A suspensão do prazo de caducidade conta-se da data da notificação do início da ação inspetiva até a data da notificação do relatório final da inspeção. Cabe à Autoridade Tributária a demonstração da verificação dos pressupostos do recurso à avaliação indireta da matéria tributável, cabendo ao sujeito passivo demonstrar o excesso na respetiva quantificação. Para a prova do excesso na quantificação nos termos do n.º 3 do art.º 74.º da LGT não basta alegar a discordância com os rácios utilizados, mas cumpre fazer prova efetiva do excesso na quantificação. GERÊNCIA NOTIFICAÇÃO DA LIQUIDAÇÃO Lei Geral Tributária ( LGT ) Tribunal Administrativo Central Sul Acórdão de 16 de dezembro de 2015 RESUMO: A alínea a) do n.º 1 do art.º 24.º da LGT [Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis técnicos] é aplicável quando o facto constitutivo da dívida se tenha verificado no período de

4 exercício do cargo de gerência, mas postas à cobrança posteriormente à cessação do mesmo, pelo que o gerente só responderá se tiver sido por culpa sua que o património da pessoa coletiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou insuficiente para a satisfação da dívida tributária, sendo que o ónus da prova dessa culpa cabe à Fazenda Pública. AUDIÊNCIA DOS INTERESSADOS DIREITO SANCIONATÓRIO NULIDADE Lei Geral Tributária ( LGT ) Tribunal Administrativo Central Norte Acórdão de 18 de dezembro de 2015 RESUMO: A falta de audiência prévia no âmbito do direito sancionatório implica a nulidade do ato e não a sua anulabilidade, uma vez que está em causa, neste aspeto, não só o direito de participação dos cidadãos na preparação da decisão final mas também o direito constitucional do arguido à sua defesa. TABELA GERAL IMPOSTO DO SELO VERBA 28 Código do Imposto do Selo ( CIS ) Tribunal Constitucional Acórdão de 18 de dezembro de 2015 RESUMO: Não julga inconstitucional a norma constante da verba 28, e 28.1 da Tabela Geral do Imposto do Selo, aditada pelo artigo 4.º da Lei n.º 55-A/2012, de 29 de outubro, na medida em que impõe a tributação anual sobre a propriedade de prédios urbanos com afetação habitacional, cujo valor patrimonial tributário seja igual ou superior a EUR ,00 B CIVIL PERDA DE CHANCE OU OPORTUNIDADE Código Civil ( CC ) Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 3 de dezembro de 2015 RESUMO: O dano da perda de chance ou oportunidade consiste na possibilidade real de alcançar um determinado resultado positivo, ainda que de verificação incerta e que por intervenção de um terceiro foi impossível obter, razão pela qual a indemnização a conceder não visa a perda do resultado querido, mas a oportunidade que se perdeu. Assim, apenas a omissão ou ação do terceiro que contendeu com um sério, real e muito provável desfecho favorável ao lesado pode configurar o dano, já que o dano está associado à possibilidade real do êxito que se frustrou. INSOLVÊNCIA RESOLUÇÃO DE NEGÓCIO DECLARAÇÃO DE RESOLUÇÃO EFICÁCIA Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas ( CIRE ) e Código Civil ( CC ) Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 30 de novembro de 2015 RESUMO: O artigo 123º, n.º 1, do CIRE permite que declaração de resolução seja efetuada por carta registada com aviso de receção, exigindo que, no mínimo, haja a garantia de que essa declaração chegou ao destinatário, que tem legitimidade para intentar a respetiva ação de impugnação. De acordo com o disposto no artigo 342º, n.º 2, do CC incumbe ao Administrador da Insolvência

5 alegar e provar factos donde se possa concluir que foi eficaz, além de válida, a mencionada declaração de resolução de contrato. PROPRIEDADE HORIZONTAL TÍTULO CONSTITUTIVO LOCAÇÃO FINANCEIRA Código Civil ( CC ) Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 17 de dezembro de 2015 RESUMO: À semelhança do que ocorre na locação comum, e face à eventualidade de (não culminando o contrato com a aquisição do bem pelo locatário) vir o locador a recuperar a plenitude dos poderes inerentes à condição de proprietário, acha-se vedado ao locatário, na vigência do contrato de locação financeira, operar na coisa locada alterações suscetíveis de, nomeadamente, afetar a sua integralidade ou valor. A alteração do título constitutivo da propriedade horizontal, revestindo a natureza de ato modificativo do direito de propriedade, é um dos direitos que, pela sua natureza, somente pode ser exercido pelo locador, na qualidade de proprietário jurídico do imóvel. Na ausência de um dos condóminos, acham-se as deliberações relativas à afetação de partes comuns do edifício carecidas da unanimidade, imperativamente, exigida pelo art.º 1419, nº1, do CC, e, como tal, feridas de nulidade. MÚTUO RESERVA DE PROPRIEDADE Código Civil ( CC ) Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 17 de dezembro de 2015 RESUMO: É inválida, por ser contra a lei, a cláusula de reserva de propriedade a favor da mutuante num contrato de mútuo, pois tal cláusula visa proteger o contraente que transmite a propriedade do incumprimento da contraparte e no contrato de mútuo não está em causa a transmissão do direito de propriedade, existindo meios próprios para garantir o crédito do mutuante. Ao mover-se dentro do princípio da liberdade contratual, as partes têm de atender aos limites impostos pela lei, não podendo, mediante uma reserva de propriedade a favor do mutuante, fixar restrições à tipicidade que vigora no âmbito dos direitos reais. CLÁUSULA CONTRATUAL GERAL Regime Jurídico das Cláusulas Contratuais Gerais Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 7 de janeiro de 2016 RESUMO: É proibida, nos termos do preceituado pelo art.º 15.º da LCCG, por contrária à boa-fé, a cláusula contratual geral que autoriza o banco predisponente a compensar o seu crédito sobre um cliente com o saldo de conta coletiva solidária, de que o mesmo cliente seja ou venha a ser contitular. É proibida, nos termos do preceituado pelo art.º 18.º al. a) da LCCG, a cláusula contratual geral que autoriza o banco predisponente a ceder total ou parcialmente a sua posição contratual para outras entidades do respetivo grupo, sediadas em Portugal ou no estrangeiro. A nulidade da cláusula de atribuição de competência territorial pode ser apreciada em ação inibitória, em função da valoração do quadro contratual padronizado e não apenas no âmbito dos contratos concretos.

6 NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministros debateu as orientações e a calendarização para o Programa Simplex de O Programa será tornado público até ao início de maio e executado durante um ano, ou seja, até maio de Foi ainda referida a urgência em resolver o problema da emissão de cartas de condução, e de abrir Lojas do Cidadão junto das mais numerosas comunidades de emigrantes portugueses, bem como de integrar na estratégia de simplificação os serviços de interesse geral (utilidade pública) e a banca. Termina no presente mês de janeiro o prazo para o cumprimento das seguintes obrigações declarativas: IRS: Entrega da Declaração Modelo 39, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras ou entidades que tenham pago ou colocado à disposição dos respetivos titulares os rendimentos a que se refere o artigo 71.º (Taxas Liberatórias) ou quaisquer rendimentos sujeitos a retenção na fonte a título definitivo, no ano anterior, cujos titulares sejam residentes e não beneficiem de isenção ou redução de taxa. IRC: Entrega da Declaração periódica de rendimentos Modelo 22 de substituição, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos alienantes, nos casos em que o valor patrimonial tributário definitivo dos imóveis não esteja determinado até ao final do prazo estabelecido para a entrega das declarações de rendimento do período de tributação a que respeita a transmissão e o valor resultante da avaliação seja superior ao valor de venda.

7 IVA: (i) Entrega da Declaração de alterações, pelos sujeitos passivos que, estando no regime de isenção do art.º 53.º, tenham no ano anterior ultrapassado os limites nele estabelecidos. (ii) Entrega da Declaração de alterações pelos sujeitos passivos que, estando no regime dos pequenos retalhistas do art.º 60.º, tenham no ano anterior ultrapassado os volumes de compras nele estabelecidos. Votos de Bom Ano! Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência e uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.