MICROBIOTA ANFIBIÔNTICA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE BACTERIOLOGIA VETERINÁRIA MICROBIOTA ANFIBIÔNTICA PROF. RENATA F. RABELLO 2º SEMESTRE INTRODUÇÃO Definição: Microrganismos freqüentemente encontrados no organismo de indivíduos saudáveis. Residente X transitória. Regiões em contato com meio externo pele e mucosas. Bactérias, vírus, fungos e protozoários células (humanos) X bactérias. Aquisição durante e logo após o nascimento. Modificações durante a vida. Quantidade e qualidade variável: região do corpo (ex. ph, umidade, substâncias inibitórias); espécie do hospedeiro (ex. humanos, bovinos); características do hospedeiro (ex. idade, alimentação, higiene); ambiente. Astronautas Antimicrobianos antes do vôo ( relativamente estéreis ) 6 semanas após vôo Flora = contatos imediatos DISTRIBUIÇÃO Pele: barreira protetora (físico químico microbiológico); pêlo (primeira barreira); mecanismos de controle: ph, ácidos graxos Crianças peito X mamadeira Crianças Países desenvovidos X em desenvolvimento (secreções sebáceas) e lisozima. 1

2 distribuição variável: > [ ] áreas com > umidade e o T; OUVIDO EXTERNO: Bactérias e fungos (pequenas quantidades) em cães e gatos; S. aureus, Staphylococcus epidermidis, Micrococcus sp e coliformes (cães). clima, idade e higiene; Micrococcus sp., Staphylococcus sp.; Streptococcus α- hemolíticos, Acinetobacter sp (cães e gatos); S. epidermidis (animais domiciliados) nichos; OUVIDO MÉDIO: Corynebacterium, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Streptococcus e Branhamella sp (cães); Propioniobacterium acnes (folículos pilosos de cães). Trato respiratório (TR): TR superior grande variedade e quantidade de microrganismos. Bordetella bronchiseptica (tosse dos canis) alguns cães saudáveis. Trato gastrointestinal (monogástricos): quantidade de bactérias aeróbias e anaeróbias, além de fungos; dieta; ambiente. TR inferior normalmente estéril Cavidade oral: umidade, temperatura, ph (~ neutro) e nutrientes microbiota complexa e densa; distribuição variável (ex. língua, dentes, mucosa...) formação da placa dental cárie e doenças periodontais. 2

3 Mecanismos de regulação: atividade peristáltica; ácido gástrico; funcionamento imune intestinal (ex. IgA no ID); atividade antibacteriana da bile e do suco pancreático; microbiota (produtos metabólicos, bacteriocinas). Trato gastrointestinal (ruminantes): diversidade de microrganismos (bactérias, fungos e protozoários); vegetais fibrosos digestão depende das atividades metabólicas de microrganismos (rúmen e IG); digestão e absorção de nutrientes (células microbianas, AGV e vitaminas do complexo B); transformam proteínas de em de qualidade; ataque a substâncias tóxicas na dieta (mas produzem também). composição da microbiota dieta; Trato genitourinário: uretra anterior e vagina; uretra: GP e micoplasma, dentre outros (cães); > ITUs migração ascendente; anaeróbios (GP, GN, bastões, cocos, espiroquetas). Vagina: anaeróbios, micoplasma e Ureplasma sp., (mas também CGP, BGN ); composição influência de hormônios e ambiente. estro: cérvix aberta colonização uterina; diestro: predisposição à piometra, pois cervix fecha e imunossupressão. EFEITOS DA MICROBIOTA Benéficos Estímulo antigênico desenvolvimento normal do SI. Defesa contra patógenos (interferência bacteriana): substâncias (ex. ácidos graxos na pele, bacteriocinas e produtos metabólicos no TGI); ph (ex. lactobacilos na vagina ambiente ácido) nichos ocupados (receptores). 3

4 Produção de uma variedade de compostos: vitaminas K e B12 (microbiota intestinal). ácidos orgânicos (valor metabólico). Auxiliam na absorção de nutrientes (ex. microbiota ruminal e intestinal). Inativação de substâncias cancerígenas e tóxicas. O que acontece quando a microbiota não está presente? Animais livres de germes tendem a viver mais. Não desenvolvem cárie. SI menos desenvolvido e mais vulnerável. Maléficos Potencial de disseminação para regiões estéreis. Infecções oportunistas. Como pode acontecer? perfuração do intestino; extração dental (ex. estreptococos viridans corrente sangüínea); bactérias do TGI ascendem à uretra ITU; tratamentos invasivos (ex. cirurgias e outros) ex. infecções hospitalares; pele descontinuada; modificações da microbiota: uso de antimicrobianos (infecção exógena ou infecção endógena*); * clindamicina Clostridium difficile diarréia ou colite pseudomembranosa. alterações ambientais (ex. ph da vagina); SI ineficaz (ex. AIDS, corticóides). Probióticos Suplementos alimentares de microrganismos vivos capazes de promover o equilíbrio da microbiota intestinal, exercendo efeitos benéficos para saúde. Ex. Lactobacillus, Bifidobacterium. Função: controle do colesterol e diarréias; redução do risco de câncer; promotores de crescimento (animais). 4

5 Humanos e animais. Diferentes formulações: componentes de alimentos industrializados (ex. leites fermentados, iogurte); pó ou cápsulas; mistura mineral (animais). Prebióticos Ingrediente alimentar não digerível que pode promover a seleção de espécies bacterianas benéficas para o homem. Carboidratos: não hidrolizáveis por enzimas digestivas; derivados da galactose, maltose, xilose e frutose. Digeridos pela microbiota intestinal (IG). Produtos comestíveis (ex. biscoitos e leites). Estudos em fase inicial promissoras. Prébióticos x probióticos: microbiota protetora natural * * probióticos - preparo mais complexo Simbióticos Misturas de probióticos e prebióticos que afetam o hospedeiro de forma benéfica. Prebióticos sobrevivência e implantação dos probióticos no IG. Ex. derivados de frutose + bifidobactérias. Estudos em fase inicial promissoras. 5

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