ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE PEDRAS ORNAMENTAIS EM NOVA OLINDA E SANTANA DO CARIRI 1
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- Jerónimo Cerveira Custódio
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1 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE PEDRAS ORNAMENTAIS EM NOVA OLINDA E SANTANA DO CARIRI 1 1. Localização (Município): Nova Olinda e Santana do Cariri População Urbana: Nova Olinda hab./ Santana do Cariri hab. População Rural: Nova Olinda hab./ Santana do Cariri hab. Produto Interno Bruto: Nova Olinda / Santana do Cariri Renda per capita: Nova Olinda 1.716/ Santana do Cariri Localização do APL (Distrito, Povoado, etc.): Nova Olinda Sítio Grossos/Angico Santana do Cariri Pedra Branca/Estiva/Tatajuba 3. Infra-estruturas principais disponíveis no APL (estrada, açudes, etc.) Via de acesso precária. Energia 60% alta tensão. Falta baixa tensão. Água 5 poços, 1 em Santana do Cariri 4. Natureza da Atividade: 1 Elaborada pelo Gerente do Escritório Regional do Cariri, Ildo. 1
2 Extração do Calcário Laminada (Pedra Cariri), Beneficiamento Pisos e Revestimentos, Produção de Móveis e Artesanatos 5. Histórico da Atividade Produtiva (origem e evolução): O processo da Pedra Cariri teve como principal empreendedor o Sr. Antonio Felipe, filho de Nova Olinda que ao trabalhar na Construção Civil em São Paulo com pedras naturais vindas do RN, BA e MG percebeu a possibilidade da exploração em Nova Olinda, onde em sociedade com Assis Pereira iniciou a exploração da Pedra estimulando outras pessoas a entrarem no ramo. 6. Produtos (caracterização/ preços/ etc.): O principal produto é a Pedra para Piso, seguido pela Pedra para Revestimento e a produção de móveis e artefatos hoje explorada apenas por um produtor. Móveis: 1 produtor > variável > 1m2 = R$12,00 a R$15,00 90% piso > 1m2 = R$4,00 a R$6,00 10% revestimento 7. Produção (Volume: mensal/semanal): 2.400m2 dividido por 4 = 600m2 > representa 80% da economia regional nos municípios de Nova Olinda e Santana do Cariri. Sobra e/ou desperdício = 800 t/dia 8. Matérias primas e insumos utilizados na produção (tipos e origem): Máquinas são artesanais (motores comprados no Crato e Juazeiro do Norte). Disco Diamantado = Fortaleza/Juazeiro do Norte Óleo Diesel = Nova Olinda 9. Processo de produção (meios de produção; tecnologia; organização; divisão social do trabalho, etc.): 2
3 60% das empresas trabalham de forma precária e, 40% das empresas trabalham com tecnologia mais avançada. Formais (proprietários) com equipamentos e infra-estrutura melhor para lavra e empregados regularizados. Arrendamento de lavra para empresas mais estabilizadas. Grupo familiar explora de forma precária a lavra. 10. Número de empresas/ estabelecimentos/produtores (formais e informais): Formal: 40% Informal: 60% No universo familiar todas as empresas têm problemas com regularização. 11. Faturamento da empresa ou renda média mensal produtor (volume X preço): 8 carradas (300m2) x 12 meses x R$1.200,00 = R$ ,00 51 produtores x ,00 = R$ , Empréstimos/ créditos/ financiamentos/ incentivos fiscais (Número de tomadores, volume das operações, fontes, etc): Não existem recursos para financiamento desse setor, considerando a falta de registros nos órgãos competentes para exploração mineral, principal entrave para aprovação de cadastro. 13. Níveis de instrução dos empresários/ produtores: 50% Analfabetos; 35% 1º Grau Incompleto; 10% 1º Grau Completo; 3% 2º Grau Incompleto; 2% 2º Grau Completo. 14. Formas de organização empresarial (associação, sindicato, consórcio, cooperativa, etc.): 3
4 Nova Olinda: ASPROLARNO (Associação Produtores de Lajes, Calcário e Rochas Ornamentais). Santana do Cariri: ASPROBEM (Associação Produtores Beneficiamento Mineral). 15. Número de trabalhadores (empregos diretos): Formal: 500 empregos Informal: 700 empregos 16. Níveis de instrução/ escolaridade dos trabalhadores: Analfabetos (%): 80% Nível fundamental (%): 17% Nível Médio (%): 3% (Produtor que trabalha na lavra) Nível Superior (%): 0% 17. Formas de organização dos trabalhadores (associação, sindicatos, consórcios, cooperativas, etc.): Não existe organização dos trabalhadores, a maioria tem vínculo com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, dividindo-se com as atividades agrícolas, uma vez que a produção se dá no meio rural. 18. Mercado de destino da produção (Município/ Estado/ Nordeste/ Brasil)/ distribuição percentual (%): Cariri (5%); Nordeste (89%); Norte (5%), e Exterior (1%). Nordeste: Fortaleza, Recife, Natal, João Pessoa, Maceió, Salvador, Teresina e São Luiz. Norte: Macapá e Belém. Exterior: Portugal 4
5 19. Tipos de inter-relação técnico- produtivas entre os empresários e produtores locais do arranjo produtivo (Por exemplo: relação de compra e venda de matérias-primas e insumos; bens finais; máquinas e equipamentos; consultoria e assistência técnica): Não existe, mesmo com a criação das duas Associações e o trabalho do SEBRAE. 20. Tipos de cooperação entre empresários ou produtores (compras em conjunto; compartilhamento de maquinários; compartilhamento de Informações; consórcio de vendas): As relações de interação e cooperação entre as empresas do setor não são as mínimas possíveis. Só se agrupam quando convocadas pelo SEBRAE, URCA, IBAMA, Polícia Federal, etc. ou, então, quando participam de missões técnicas e comerciais ou acessam feiras, organizadas pelo SEBRAE. Prevalece, ainda, com mais intensidade o trabalho individual. Apenas da família Campina os irmãos mantêm vínculos na produção. 21. Organizações e instituições de apoio presentes no arranjo (prefeitura, governo do Estado, SEBRAE, universidades, etc.): SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará); SEBRAE; URCA; IBAMA; SEMACE; Banco do Nordeste. SDLR Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional; SECITECE CETEM/Ministro da Ciência e Tecnologia; Ministério de Minas e Energia/SMM/DNPM; Ministério da Integração Programa Mesorregião do Araripe; Prefeitura Municipal de Nova Olinda; Prefeitura Municipal de Santana do Cariri; ABIROCHA (Associação Brasileira Industrial de Rochas Ornamentais) 22. Principais problemas (por ordem de importância): Há problemas com o DNPM, SEMACE, Procuradoria Geral e Polícia Federal, IBAMA e URCA no que tange a área de gestão ambiental ainda não resolvidos por falta de estudos que mostrem os impactos ambientais (RIMA, etc.). Um levantamento sócio-econômico e técnico realizado pelo CETEM, CODECE e SECITECE resumiu os problemas em 16 itens: 1. Mineração em áreas não legalizadas; 5
6 2. Trabalho de mineração sem licenciamento ambiental; 3. Falta de informações técnicas e sócio-econômicos sobre este tipo de atividades na região; 4. Conhecimento insuficiente das possibilidades de uso industrial do minério e dos rejeitos estocados; 5. Lavra conduzida sem técnicas e seguranças adequadas com baixíssima recuperação (30% no máximo); 6. Perdas elevadas no beneficiamento; 7. Ocorrências fossilíferas dentro da unidade onde é extraído o calcário; 8. Frentes de lavras abandonadas; 9. Falta de técnica de aproveitamento de materiais mais duros e compactos; 10. Pequena diversificação do produto final restringida atualmente às lajes; 11. Baixa qualidade do produto final, por falta de utilização intensiva de técnica e mão-deobra que pudessem agregar valor ao produto; 12. Baixo preço do produto por falta de refino no beneficiamento; 13.Falta de alternativas de uso dos subprodutos e rejeitos da mineração e beneficiamento; 14. Pouco uso em artesanato e outras utilidades; 15. Carência de infra-estrutura (água, energia elétrica e vias de acesso em condição normal de tráfego); 16.Falta de interatividade entre os mineradores que tem dificultado a formação de cooperativas. 23. Principais Contatos: Nome: Francisco Jackson Nuvens de Alencar Presidente da ASPROLARNO Telefone/ Fax:(88) jacksonnuvens@terra.com.br 6
7 Nome:Ivo Arraes Presidente da ASPROBEM de Santana do Cariri Telefone/Fax: Nome:Antonio Jucidê Sampaio (Antonio Campina) Sócio da ASPROLARNO Telefone/Fax: (88) Nome:André Félix Barbosa Sócio da ASPROLARNO Telefone/Fax: Nome:Boanerges Custódio Técnico do SEBRAE Telefone/Fax:(85) Nome:Carlos Peiter CETEM/Ministério das Minas e Energia Telefone/Fax:(21) e (21) Nome:Tereza Mônica Técnica da SDE Telefone/Fax:(85) t.monica@sde.ce.gov.br Nome: João de Aquino Limaverde Assessor Especial da SECITECE Telefone/Fax:(85) e (85)
8 Nome: Carlos Nogueira Costa Júnior Coordenador Geral da CGMET Ministério das Minas e Energia Telefone/Fax: (61) e (61) fax costa.junior@mmc.gov.br 8
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