III SEMINÁRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DA RIALIDE-BR Rio de Janeiro, 18 de maio de 2016
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1 III SEMINÁRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DA RIALIDE-BR Rio de Janeiro, 18 de maio de 2016 Ana Vasconcelos Mestre em História Especialista em Gestão Pública Especialista em Gestão de Políticas Públicas de Cultura Chefe da Divisão Pedagógica da Escola Nacional de Circo da Funarte
2 a idéia fundamental é que um artista disponha de um espaço, de um tempo diferente do que ele habitualmente tem para se dedicar a sua atividade... É como deslocálo no tempo e espaço e inseri-lo em outro contexto. (Moraes, 2009)
3 Apresentação A Fundação Nacional de Artes considera os processos artísticos desenvolvidos nas experiências e programas de Residências Artísticas fundamentais para a qualificação da arte brasileira. Para conhecer melhor esse campo, a Funarte realizou o Mapeamento das Residências Artísticas no Brasil, resultado de um ano de pesquisa e articulações promovidas pelo Centro de Programas Integrados. Esta é a primeira pesquisa institucional no âmbito do então Ministério da Cultura sobre esse campo. Os pontos de partida foram: II Encontro Funarte de Políticas para as Artes, realizado em Os resultados de Editais Interações Estéticas Residências Artísticas em Pontos de Cultura, Bolsa Funarte de Residências Artísticas em Artes Cênicas; e projeto Outras Danças; promovidas pelos centros da Funarte. O visível crescimento do setor e de suas demandas em editais públicos da Funarte e outras instituições federais, estaduais ou municipais
4 Justificativa Potencial das residências artísticas como instâncias de criação, pesquisa e inovação no campo das artes; Necessidade de subsídios para a elaboração de políticas públicas que possam estimular a qualificação de artistas, gestores e pesquisadores; Meta 25 do Plano Nacional de Cultura: Aumento em 70% nas atividades de difusão cultural em intercâmbio nacional e internacional até Objetivos Estimar o número de residências artísticas em atividade no país; Conhecer sua distribuição geográfica no território nacional; Conhecer características da gestão dos programas, perfil dos artistas apoiados, formas de apoio, aspectos dos projetos realizados e resultados obtidos.
5 Aspectos metodológicos Pesquisa quantitativa (sondagem) de cunho descritivo; Questionário online aberto a artistas, curadores, gestores de programas de residências; Público acessado: Usuários da Funarte, agentes culturais das cinco regiões do país, gestores estaduais ou municipais e independentes, pesquisadores, instituições públicas e privadas, por demanda espontânea Período de cadastramento: Julho a Setembro/2013 Validação: Cadastros realizados: 690 Cadastros preenchidos na íntegra: 360 Cadastros validados: 191 (Critério: cadastros preenchidos na íntegra, em seguida, cadastros que demonstraram experiências de residência no período anterior ao da realização da pesquisa)
6 Crescimento do número de atividades de residência artística no Brasil, por ano Anterior a
7 Localização Distribuição regional das residências SUDESTE NORDESTE NORTE CENTRO-OESTE SUL 20% 42% 10% 16% 12%
8 AC AL AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PR RJ RN RS SC SE SP PI TO RO Resultados Localização Distribuição regional, por unidade da federação Situadas em capitais Não situadas em capitais 47% 53%
9 Características institucionais A maioria das instituições pesquisadas são de natureza cultural. Maior parte é de pequeno a médio porte, contando com entre 5 a 20 funcionários. Maior parte é sem fins lucrativos A instituição se declara formal? Sim Não 35% 65% A instituição tem sede própria? Sim Não A instituição tem fins lucrativos? Sim Não 39% 28% 61% 72%
10 Características institucionais Administração pública direta Entidade/empresa privada Fundação pública estadual Fundação pública municipal Autarquia ONGs Organização social Cooperativa/ Associação / Sindicato Regime jurídico da instituição Outras Outras: Associação Associação de artesanato Associação sens fins lucrativos Ateliê Autônomo (a) Coletivo Coletivo de artistas Coletivo de produtores Companhia Estúdio Fundação privada Grupo Artístico Grupo Cultural Grupo de teatro Informal Microempreendedo r individual (MEI) OSCIP Ponto de Cultura Produtora Sem regime jurídico
11 Programas de Residência Financiamento De que forma a instituição financia os diferentes programas em residências artísticas? Por meio de recursos oriundos de editais públicos externos a 110 instituição 18% Por meio de recursos diretos da própria instituição, não 92 15% necessariamente editais Por meio de fundos públicos de cultura em nível estadual, municipal 68 11% e federal Por meio de patrocínio, com recursos oriundos de leis de incentivo 62 10% em nível estadual, federal e municipal Por meio de recursos oriundos de editais privados externos a 51 9% instituição Por meio de patrocínio/financiamento direto de entidades privadas 47 8% Por meio de editais geridos pela própria instituição 38 6% Por intermédio do programa Cultura Viva 35 6% Por meio de Organizações não governamentais (ONGs) 24 4% Por meio de editais privados geridos pela própria instituição 15 3% Por meio de organizações sociais como SENAC, SEBRAE 14 2% Por meio de empréstimos junto a instituições financeiras 12 2% Por meio de recursos oriundos de órgãos internacionais como OEA, 10 2% UNESCO Outros 20 3% TOTAL 598
12 Programas de Residência Locais de realização das residências, em território nacional 14% 20% 43% Em apenas um município e UF Em mais de um município, na mesma UF Em diferentes municípios e mais de uma UF Abrangência nacional 23%
13 Programas de Residência As residências podem ocorrer no exterior? 62% 38% Sim Não
14 Programas de Residência Quais os continentes e blocos regionais são locais potenciais para realização de residências internacionais? Países mencionados em acordos bilaterais: - Alemanha; - França.
15 Programas de Residência Periodicidade dos programas de residência A cada três anos ou mais A cada dois anos Anuais Semestrais ou em período inferior
16 Programas de Residência Concessão de bolsa ou apoio financeiro aos artistas residentes 52% 48% Sim Não
17 Programas de Residência Custos dos programas Valores gastos, em média, em cada residência Por média ponderada, o valor gasto por residência, em média, é R$5.300,00.
18 Programas de Residência 20 Valores de apoio financeiro aos artistas residentes Por média ponderada, o apoio financeiro concedido, em média, é de R$2.700,00.
19 Programas de Residência Serviços e insumos fornecidos não incluídos como apoio financeiro a artistas residentes 16% 15% 14% 12% 12% 12% 11% 10% 8% 8% 8% 8% 7% 7% 6% 5% 5% 4% 2% 2% 0%
20 Programas de Residência Artistas Residentes Por média ponderada, calcula-se que o número médio de artistas apoiado por ano é de 14 por ano Quantos artistas foram apoiados em média ao ano? Até 5 artistas 94 Acima de 5 até Acima de 11 até Acima de 21 até Acima de 31 até 50 8 Acima de 51 até 80 3 Acima de 81 até Acima de 120 artistas 2 Em branco 9 TOTAL 194
21 Programas de Residência Período de duração média das residências artísticas Até 20 dias 1 mês 2 meses 3 meses 6 meses 1 ano De 1 ano a 2 anos Acima de 2 anos Em branco Por média ponderada, chegou-se ao valor de 107 dias como média de duração dos programas de residência, ou aproximadamente, 3 meses e meio (3,5 mês).
22 Programas de Residência
23 Trajetória e desafios: -Mapeamento de Residências Artísticas ( ) - Publicação impressa e on line (2014) -Seminário Funarte de Residências Artísticas (2014) -Elaboração e disponibilização de hot site com georenciamento, cadastro e relatórios (2014) -Elaboração do Programa Funarte de Residências Artísticas, tendo como eixos norteadores as ideias de rede, território e diversidade (2015). -Pesquisa sobre o impacto econômico das residências nos territórios e de que forma o próprio território influencia no perfil da residência. Trata-se de uma relação simbiótica a ser estudada.
24 nem a totalidade da rede nem a forma assumida por cada um de seus fios podem ser compreendidas em termos de um único fio, ou mesmo de todos eles, isoladamente considerados; a rede só é compreensível em termos da maneira como eles se ligam... essa ligação origina um sistema de tensões para o qual cada fio isolado concorre, cada um de uma maneira diferente, conforme seu lugar e função na totalidade da rede. A forma do fio individual se modifica quando se alteram a tensão e a estrutura da rede inteira. No entanto essa rede nada é além de uma ligação de fios individuais; e, no interior do todo, cada fio continua a constituir uma unidade em si, tem uma posição e uma forma singulares dentro dele. Norbert Elias, 1994
25 Ministério da Educação e Cultura Fundação Nacional de Artes Pesquisa: Ana Vasconcelos anavasconcelos@funarte.gov.br André Bezerra (Fiocruz) andrebezerra@gmail.com Publicação na íntegra, dados da pesquisa e georeferenciamento disponíveis para consulta no site
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