Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management): Considerações para aplicação na Cadeia de Produção Agroindustrial do Biodiesel da Mamona

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1 Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management): Considerações para aplicação na Cadeia de Produção Agroindustrial do Biodiesel da Mamona Luiz Alberto Alencar de Freitas (NUPELTD/UFC) Ernesto Ferreira Nobre Júnior (NUPELTD/UFC) Resumo O desenvolvimento dos agronegócios da mamona tem se evidenciado nos últimos anos, pois são de grande valia para o desenvolvimento de muitas regiões brasileiras. O Sistema Agroindustrial da Mamona - SAIMA atua em vários setores da economia tais como energético, químico, etc, gerando múltiplos produtos, dentre os quais podemos destacar o óleo vegetal, o biodiesel, a glicerina, o adubo vegetal e a ração animal. Observa-se que as cadeias produtivas deste sistema ainda são dispersas e sem uma coordenação estratégica. Este artigo busca estudar como a Gestão da Cadeia de Suprimento pode contribuir para se estruturar a cadeia de suprimento do biodiesel de forma integrada e coordena. As atividades de logística de suprimento, apoio à produção, distribuição física devem ser sincronizadas para maximização do desempenho logístico do sistema. Realizou-se utilizando analyse de filière a identificação de todos os segmentos do SAIMA, bem como os processos técnicos e logísticos da cadeia de produção. Palavras chave: Gestão da cadeia de suprimento, Agronegócio, Biodiesel da mamona. 1. Introdução Uma das maiores preocupações das nações atualmente recai sobre a questão energética, pois se trata de um tema que está fortemente relacionada ao desenvolvimento sustentável das economias regionais. A grande importância do setor energético é justificada pelo fato de envolver tanto aspectos econômicos, pois representa grande impacto na balança comercial dos países, como também está relacionada a aspectos sociais, tecnológicos e ambientais. A analise sistêmica destes aspectos deve ser dada, a fim de se encontrar as melhores alternativas de suprimento energético. A complexidade do problema tem aumentado bastante com o processo de globalização, pois, neste panorama, as nações se vêem forçadas a otimizar suas matrizes energéticas no sentido de explorar as fontes que possibilitem o desenvolvimento sócio-econômico, através da melhoria da competitividade dos produtos e da geração de emprego e renda. A utilização dos derivados de petróleo, por parte da humanidade, como fonte de energia nas próximas décadas deve declinar, pois o petróleo é um insumo geologicamente não renovável, de difícil obtenção e altamente poluente em seus diversos usos, cabendo ao homem a busca contínua de recursos naturais que possibilitem novas opções energéticas. A biomassa, fonte de energia renovável e pouco poluente, destaca-se como uma opção emergente que, além de produção energética, privilegia o homem com o desenvolvimento sustentável. Existem diversas alternativas de combustíveis que podem ser obtidos da biomassa, como o biodiesel produzido a partir da mamona, uma oleaginosa que se adaptou de forma sinérgica no semi-árido nordestino e que se configura como uma alternativa energética bastante promissora para substituir o óleo diesel mineral. O Sistema Agroindustrial da Mamona SAIMA e, consequentemente, a Cadeia de Produção Agroindustrial do Biodiesel da Mamona CPA BDM ainda não se desenvolveram em larga escala no Brasil, contudo têm ocorrido por partes dos governos, a nível estadual e federal,

2 várias iniciativas para se incentivar a expansão desta atividade produtiva. Portanto, é imprescindível que exista uma estrutura bem planejada em todos os elos da cadeia de suprimento do biodiesel da mamona para que sua expansão logre êxito e os produtos e subprodutos gerados sejam competitivos no mercado. Atualmente, a CPA BDM constituindo-se de uma cadeia ainda dispersa e formada por produtores, que na maioria das vezes apresentam baixa capacidade gerencial e produtiva. Vale ressaltar que são escassos na literatura estudos sobre a integração e coordenação de toda a CPA BDM no Brasil. Neste contexto, o presente trabalho procura mostrar como a Supply Chain Management (SCM) ou Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) pode contribuir à formação de uma CPA BDM com seus atores integrados e coordenados. 2. Cadeia de suprimento Diariamente, estamos consumindo produtos, sejam industrializados ou não, e muitas vezes nem imaginamos o longo caminho de produção que existe para transformar matérias primas, energia, e esforço humano em um produto para consumo. Geleia de Uva, por exemplo, o produto é formado, além da geleia em si, por um pote de vidro, o rótulo e a tampa. Cada componente tem seus processos produtivos com insumos (fornecedores), processos de produção e prestadores de serviços diferentes. O longo caminho de produção que foi citado anteriormente é o que constitui a cadeia de suprimento, estendendo-se por meio de um fluxo de materiais e informações, desde os fornecedores de insumos, passando pelas indústrias de processamento/transformação, pelos distribuidores e varejistas até chegar aos clientes finais. A cadeia de suprimento pode ser mais bem entendida como os processos compreendidos desde os fabricantes primários até os clientes finais conforme a figura 1. A unidade produtiva que está inserida na cadeia deve ter seus processos operacionais coordenados com os fornecedores (lado do suprimento) e com os clientes (lado da demanda) pertencentes à mesma. O fluxo de materiais movimenta-se de a montante para a jusante, contudo o fluxo de informações (demanda) descola-se de a jusante para a montante, ou seja, dos clientes para os fornecedores. Fabricantes primários A montante Fornecedores Fornecedores do nível 2 do nível 1 Clientes do nível 1 A jusante Clientes do nível 2 Clientes Finais

3 Unidade produtiva XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de Lado do suprimento Lado da demanda F L U X O D E M A T E R I A I S F L U X O D E I N F O R M A Ç Õ E S (demanda) Compras e Suprimento Distribuição Física Logística de Entrada (inbound) Logística de Saída (outbound) Gestão da Cadeia de Suprimento (Supply Chain Management) Fonte: SLACK (1999); HARRISON e HOEK (2003). Figura 1 Relacionamentos na Cadeia de Suprimentos. Na parte inferior da figura 1, destaca-se a GCS e as principais atividades que a compõe. No item seguinte discute-se a necessidade de integração da cadeia e a estrutura organizacional das empresas participantes envolvidas. 3. Gestão da Cadeia de Suprimento (GCS) ou Supply Chain Management (SCM) Nas últimas décadas, principalmente no final do século XX, observou-se uma mudança de comportamento nas organizações participantes de cadeias de suprimento frente às oscilações cada vez mais rápidas do cenário competitivo, em especial no setor agrícola. Conforme mencionado por BATALHA (2001), admitir que a competitividade de uma empresa está relacionada à competitividade do sistema a qual ela está inserida pode significar alterações profundas na maneira de a empresa tomar e conduzir suas decisões estratégicas e táticas. As empresas são chamadas agora a participar do gerenciamento em conjunto com os outros atores (players) da cadeia, todos devem planejar e executar as questões logísticas e os relacionamentos contratuais de forma sistêmica, buscando ganhos globais. A união tende a transformar-se num processo ganha-ganha, em que todos os integrantes ganham e não somente uns em detrimento dos demais (NOVAES, 2001). Neste contexto é que se enquadra a GCS. A definição de GCS segundo o Fórum de SCM realizado na Ohio State University apud NOVAES (2001) é: a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente. Em termos macro-sistêmicos, na GCS, a cadeia de suprimentos deve ser entendida como uma entidade única que vincula os fabricantes primários, os fornecedores, a unidade produtiva e os clientes para atender as satisfações e exigências dos consumidores finais (Figura 2). Observase a existência de áreas de interseção entre os atores (círculos), que podem ser entendidas

4 como sendo áreas de interdependência do sistema. Nestes pontos, ocorrem as integrações de atividades como compras e suprimento, apoio à produção, distribuição física, processamento de pedidos e gestão de estoque, onde se busca maximizar o desempenho logístico ao menor custo total. Ainda neste enfoque, a cadeia de valor deve ser trabalhada de forma sistêmica e contínua, visando a melhoria da competitividade de toda a cadeia de suprimento no mercado. Fabricantes primários Fornecedores do Nível 2 Fornecedores do Nível 1 Unidade produtiva Clientes do Nível 1 Clientes do Nível 2 Consumidores Finais Figura 2 Encadeamento dos atores na GCS. Até o momento foram abordas somente conceitos logísticos, contudo foram necessários ao melhor entendimento do tema principal deste trabalho que é as aplicações da SCM na CPA BDM. Nos itens seguintes, serão apresentados o SAIMA, para a visão global do sistema, e a CPA BDM, que é o foco do nosso estudo. Assim pode-se tratar com as questões de integração e coordenação dos atores de forma mais clara e objetiva. 4. O Sistema Agroindustrial da Mamona SAIMA Segundo BATALHA (2001), o Sistema Agroindustrial SAI pode ser considerado como o conjunto de atividades que concorrem para a produção de produtos agroindustriais, desde a produção dos insumos (sementes, adubos, máquinas agrícolas, etc.) até a chegada do produto final (queijo, biscoito, massas, etc.) ao consumidor. O entendimento da CPA BDM passa pela análise do SAI ao qual a cadeia está inserida. Na Figura 3, encontra-se a representação esquemática do SAIMA no Brasil. Cada um dos segmentos que o integram é representado em caixas e interligadas transações sucessivas T1, T2, T3, etc. A área destacada é o foco do nosso estudo e será discutido no próximo item. A esquematização do SAIMA neste estudo foi adaptada do trabalho de LAZZARINI e NUNES (1997), que delimitaram o SAI da Soja. Os seguintes segmentos e transações estão no SAIMA: Indústria de insumos agrícolas: representando os produtores e instituições de produção de sementes, a indústria de fertilizantes, defensivos, equipamentos agrícolas, etc. Este segmento é geralmente comum nos SAIs de outras oleaginosas. Tal indústria relaciona-se diretamente com a produção agrícola (T1). Produção Agrícola: representa o segmento agrícola propriamente dito que produz a semente de mamona, composto pelos grandes produtores e pequenos produtores (agricultura familiar) de mamona que podem formar cooperativas ou não dependendo dos incentivos da região (T6 e T7). As transições são para trás com a indústria de insumos agrícolas (T1) e para frente com indústrias de esmagamento e refino (T2). Indústria de esmagamento e refino: 1,0 t de semente de mamona produz aproximadamente 0,43 t de farelo e 0,47 t de óleo de mamona. O farelo é vendido para a

5 indústria de rações e adubos e o óleo refinado é vendido às indústrias de produção de biodiesel, de cosméticos, farmacêutica, lubrificantes, etc (T3). Parte do óleo é exportada pelas indústrias (T8). As transições são para trás com a indústria de produção agrícola (T2) e para frente com indústrias de processamento/transformação (T3). Indústria de processamento/transformação: o óleo bruto/refinado e o farelo são insumos para produção de vários produtos, tais como: biodiesel, glicerina, lubrificantes, poliuretano, filtros industriais, cosméticos, detergentes, fluido hidráulico, tubos plásticos, tintas gráficas, ração animal, adubo orgânico, etc. Produtos processados por essas indústrias podem também ser direcionados a outras indústrias, como por exemplo: a glicerina, que é produzida na produção do biodiesel, é um insumo para as indústrias farmacêuticas, químicas e cosméticas. Algumas indústrias apresentam os estágios de esmagamento, refino e processamento / transformação numa só unidade industrial, e, portanto, a transação com o segmento de derivados de óleo bruto/refino (T3) se dá internamente à firma. As transições são para trás com a indústria de esmagamento e refino (T3) e para frente com os operadores de serviço logístico de distribuição física (T4). Distribuição: representados pelos segmentos atacadista (T9), varejista (T10) e mercado institucional (T11), sendo comuns a muitos outros SAIs. Destaca-se que alguns produtos podem retornar ao sistema, como os casos do adubo orgânico e da glicerina que são, respectivamente, insumos para a produção agrícola e indústrias farmacêuticas, químicas e cosméticas (T12). As transições são para trás com a indústria de processamento/transformação (T4) e para frente com os consumidores finais (T5). Consumidor final: envolvem tanto os consumidores finais das cadeias de suprimento que atuam tanto no mercado interno como no mercado externo. INDÚSTRIA DE INSUMOS Genética / Sementes Indústrias de Defensivos / Adubos / Fertilizantes Indústrias de Máquinas e Equipamentos Outros T1 PRODUÇÃO AGRÍCOLA Grandes Produtores T6 Cooperativas T7 Pequenos Produtores (Agricultura Familiar) T2

6 ESMAGAMENTO E REFINO Empresas Privadas Cooperativas XI SIMPEP T3 - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de INDÚSTRIA DE BIODIESEL INDÚSTRIA DE RAÇÕES INDÚSTRIA DE ADUBO OUTRAS INDÚSTRIAS T8 Empresas Privadas Cooperativas Empresas Privadas Cooperativas Empresas Privadas Cooperativas Cosmética Farmacêutica Lubrificantes Química etc. T12 T4 MERCADO INTERNO T9 Varejo DISTRIBUIÇÃO MERCADO EXTERNO Atacado T10 T11 Mercado Institucional T5 CONSUMIDOR FINAL Figura 3 Sistema Agroindustrial da Mamona com os agentes integrantes. 5. A Cadeia de Produção Agroindustrial do Biodiesel da Mamona CPA BDM Conforme mencionado por BATALHA (2001), a expressão cadeia de produção agroindustrial (CPA) tem origem na década de 60, quando se desenvolveu no âmbito da escola industrial francesa a noção de analyse de filière. Embora o conceito de filière não tenha sido desenvolvido especificamente para estudar a problemática agroindustrial, foi entre os economistas agrícolas e pesquisadores ligados aos setores rural e agroindustrial, que ele encontrou seus principais defensores. Segundo ainda este autor, a palavra filière pode ser traduzida para o português pela expressão cadeia de produção e, no caso do setor agroindustrial, cadeia de produção agroindustrial ou simplesmente cadeia agroindustrial (CPA) MORVAN (1988) apud BATALHA (2001) procura sintetizar e sistematizar uma série de três elementos que estariam implicitamente ligados a uma visão em termos de cadeia de produção: (i) Cadeia de produção é uma sucessão de operações de transformação dissociáveis, capazes de ser separadas e ligadas entre si por um encadeamento técnico;

7 (ii) Cadeia de produção é também um conjunto de relações comerciais e financeiras que estabelecem, entre todos os estados de transformação, um fluxo de troca, situado de montante a jusante, entre fornecedores e cliente; (iii) Cadeia de produção é um conjunto de ações econômicas que presidem a valoração dos meios de produção e asseguram a articulação das operações. O presente trabalho limitou-se a estudar somente a cadeia produtiva do biodiesel da mamona, conforme evidenciado na figura 3, pois se trata do principal produto do SAIMA, que regerá a demanda de produção do sistema. Para melhor compreensão da CPA BDM foi segmentada em três macrossegmentos, conforme apresentado na figura 4, a saber: a) Produção de matérias-primas: representa as indústrias fornecedoras de insumos agrícolas (adubo, equipamentos agrícolas, sementes de mamona, etc.) e as que executam a produção agrícola da mamona (plantio, colheita, secagem, etc.) para o fornecimento de sementes de mamona para as indústrias de processamento / transformação; b) Industrialização: reúne as empresas responsáveis pelas atividades industrias da cadeia, transformando as matérias-primas em produtos finais destinados aos consumidores, incluem-se neste grupo as firmas produtoras de óleo (esmagamento e refino) e de biodiesel. Ressalta-se que o biodiesel pode ser comercializado em misturas de biodiesel com diesel mineral. Exemplo, o B5 é composto por 5% de biodiesel e 95% de diesel mineral e o B100 é o biodiesel puro. Os processos da produção de biodiesel foram baseados em (PARENTE, 2003); c) Distribuição e comercialização: representa as empresas que estão em contato com os consumidores finais da cadeia de produção como empresas exportadoras, distribuidores de combustíveis e postos de combustíveis, as empresas prestadoras de serviços logísticos de distribuição física podem ser incluídas também. Observa-se que além das atividades visualizadas nos macrossegmentos supracitados existem ainda operações logísticas que devem ser integradas a cadeia como movimentação, armazenagem e manuseio, transporte interno e externo, gestão de estoque e gerenciamento de informações. Desta maneira, a CPA BDM pode ser entendida como sendo a cadeia de suprimento do biodiesel da mamona ou também como a rede de empresas que estão encadeadas de montante a jusante. Ou seja, desde os fornecedores de insumos agrícolas, passando pelos produtores agrícolas de mamona, pelas indústrias de processamento / transformação do óleo em biodiesel e pelos distribuidores e postos de combustíveis até a chegada do biodiesel aos consumidores finais. C P A B D M Insumos Produção Agrícola PRODUÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS Bagas de Mamona Esmagamento Óleo Óleo

8 Torta Extração do Óleo PRODUÇÃO DE ÓLEO Glicerina Destilação XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro Álcool de Transesterificação Separação de Fases PRODUÇÃO DE BIODIESEL INDUSTRIALIZAÇÃO Purificação Mistura Catalisador Diesel Biodiesel (B?, B100) Portos (Exportação) Distribuidor de Combustíveis Postos de Combustível Transporte Interno C O N S U M I D O R F I N A L DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO Transporte Externo Figura 4 Cadeia de Produção Agroindustrial do Biodiesel da Mamona CPA BDM 6. Integração e coordenação dos atores da CPA BDM Nos itens anteriores, foi mostrado a estruturas de uma cadeia de suprimento como uma rede de processos encadeadas que necessitam ser integrada para se obter a maximização dos fluxos de materiais e informações ao longo da cadeia, contudo este esforço de integração deve ser coordenado. HARRISON e HOEK (2003) afirmam que se diferentes atores da cadeia de suprimento forem direcionados a diferentes prioridades competitivas, então a cadeia não será capaz de atender ao cliente final tão bem quanto uma cadeia de suprimentos em que seus atores são direcionados às mesmas prioridades. Neste sentido, BOWERSOX e CLOSS (2001) ressaltam que para explorar eficazmente sua competência logística, uma empresa deve considerar uma ampla variedade de fatores operacionais (suprimento, apoio à produção e a distribuição) que necessitam ser sincronizado a fim de se criar uma estratégia integrada. A integração com os fornecedores e clientes pode ser feita utilizando-se a cadeia de suprimento. Ainda segundo os mesmos autores, para evoluir no longo prazo, uma empresa deve ser capaz de obter uma integração externa e interna suficiente para satisfazer aos objetivos fundamentais do negócio. Conforme mencionado anteriormente (NOVAES, 2001), na SCM a união tende a transformar-se num processo ganha-ganha, em que todos os integrantes ganham e não somente uns em detrimento dos demais. Contudo, deve ser observado que deixar de reconhecer os critérios competitivos e suas implicações para determinado produto ou serviço

9 por parte de qualquer integrante da cadeia significa que a mesma competirá com menos eficácia. É como numa corrida de carro em que o melhor piloto corre com o melhor carro e está em primeiro lugar, mas abandona por falta de combustível. A equipe toda é prejudicada por conta de um erro de cálculo do responsável pelo abastecimento. Essas afirmações são fundamentos a favor da importância da integração e coordenação das estratégias e tática dos atores de uma cadeia de suprimento. No que tange o biodiesel da mamona, para a integração e coordenação da CPA BDM deve-se utilizar as estratégias da SCM que envolve o compartilhamento de fatores como custos, interesses, responsabilidades e informações de todos os agentes envolvidos. A integração plena destes fatores prevê a sincronização das atividades de logística de suprimento (inbound), de apoio à produção e da logística de saída (outbound) nos três macrossegmentos que formam a CPA BDM: produção de matérias-primas, industrialização e distribuição e comercialização. Na figura 5, são apresentados os três macrossegmentos da CPA BDM com a SCM representando a integração e coordenação dos fluxos de informação (demanda) e de materiais. Insumos Agrícolas Fluxo de Informação (demanda) Gestão da Cadeia de Suprimentos Produção Agrícola PRODUÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS Fluxo de Materiais Produção de Óleo INDUSTRIALIZAÇ ÃO Consumidor Final 7. Considerações Finais Distribuição DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO Figura 5 Aplicação da SCM nos macrossegmentos da CPA BDM Produção de Biodiesel O biodiesel da mamona, por ser uma atividade capaz de gerar renda e emprego nas regiões semi-áridas, em especial, do Nordeste apresenta-se como uma das grandes esperanças para o desenvolvimento sustentável e fixação do homem em regiões consideradas improdutivas antigamente. Porém, é necessário que a CPA BDM esteja sincronizada e sem gargalos logísticos. Assim, se faz oportuno aplicar conceitos de integração e coordenação logística nas realidades locais, de modo a promover o desenvolvimento e o aprimoramento de novas técnicas capazes de incrementar as vantagens competitivas do produto. A aplicação dos conceitos e pensamentos da Gestão da Cadeia de Suprimento (GCS) representa uma ferramenta bastante importante que possibilita a redução nos custos globais na cadeia de suprimento do biodiesel da mamona. Além de permitir que uma melhor estruturação das organizações seja desenvolvida desde do início das atividades desta cadeia agrícola Especificamente neste estudo, foram definidos o SAIMA que se constitui do macrosisterma da mamona e a CPA BDM que representa os processos que permeiam a produção, distribuição e comercialização do biodiesel da mamona. Discutiram-se as implicações nas estruturas organizacionais com a implantação da SCM na cadeia. É importante ressaltar que tal estudo,

10 em se tratando de mamona, são escassos na literatura. Desta forma, o aprimoramento dos modelos propostos é necessário, pois existem simplificações que podem ser melhor tratadas, como por exemplo, a inclusão de novas indústrias no SAIMA que implicariam em novas transações. Diante do exposto, este trabalho mostra-se como uma alternativa para auxiliar a tomada de decisão em um setor que desponta com grande importância ao país. Além disso, merece destaque o fato de que a metodologia empregada pode ser perfeitamente aplicada a outras cadeias de suprimento de oleaginosas. Referências BATALHA, M. O. et al. (2001), Gestão Agroindustrial, Volume 1. Ed. Atlas, São Paulo/SP. BOWERSOX, D. J., CLOSS, D. J. (2001), Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento, Ed. Atlas, São Paulo/SP. HARRISON, A., HOEK, R. V. (2003), Estratégia e gerenciamento de logística, Ed. Futura, São Paulo/SP. LAZZARINI, S. G., NUNES, R.. (1997) Competitividade do Sistema Agroindustrial da Soja. PENSA/USP, São Paulo/SP. NOVAES, A. G. N. (2001) Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Ed. Campus, Rio de Janeiro/RJ. PARENTE, E. J. S. (2003) Biodiesel: uma aventura tecnológica num país engraçado. Tecbio/NUTEC, Fortaleza/CE. SLACK, N. et al. (1999) Administração da produção. Ed Atlas, São Paulo/SP.

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