Revista Economica e Financeira

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1 02 Revista Economica e Financeira 1. Os Parceiros Económicos Regionais de Macau 2. A Economia de Macau 3. Instituições Financeiras de Macau

2 Relatório Anual OS PARCEIROS ECONÓMICOS REGIONAIS DE MACAU 1.1 República Popular da China Após a expansão de 7,7% em 2013, o crescimento económico do Interior da China abrandou ligeiramente para 7,4% em 2014, com um PIB nominal de RMB63,6 biliões. Registaram-se valores acrescentados dos sectores primário, secundário e terciário de RMB5,8 biliões (+4,1%), RMB27,1 biliões (+7,3%) e RMB30,7 biliões (+8,1%), respectivamente. Apesar do ritmo mais lento na expansão económica, verificou-se uma taxa de desemprego urbano de 4,1%, idêntica à do ano passado, reflectindo um nível de criação de emprego satisfatório. Não obstante a incerteza no ambiente comercial global, o comércio de mercadorias (exportações e importações) subiu RMB26,4 biliões em Deste total as exportações de mercadorias aumentaram 4,9% para RMB14,4 biliões, enquanto as importações de mercadorias diminuiu ligeiramente por 0,5% para um total de RMB12,0 biliões. O excedente comercial visível apresentou um aumento para RMB2,3 biliões em 2014, de RMB 1,6 biliões em Apesar da expansão do excedente comercial ter sido contrabalançada em parte pelos fluxos de capital, ainda gerou um superavit na balança de pagamentos (BP), resultando num aumento nas reservas cambiais, que totalizaram USD3,8 biliões no final de 2014, um acréscimo de USD21,7 biliões em comparação com o ano precedente. A taxa de câmbio do RMB contra o USD no final de 2014 foi 6,1190, contra os 6,0969 registados no final de Ao nível interno, registaram-se níveis de crescimento de dois dígitos no investimento de activos fixos e vendas a retalho. O investimento total em activos fixos subiu 15,3% para um total de RMB51,3 biliões, enquanto as vendas a retalho aumentaram 12,0% para RMB26,2 biliões. As pressões inflacionárias diminuíram novamente, com o índice de preços no consumidor (IPC) compósito a aumentar apenas 2,0%, menos que a taxa de inflação prevista de 3,5% e a taxa de inflação real de 2,6% verificada no ano precedente. Os preços dos alimentos aumentaram 3,1%, enquanto os preços dos bens não-alimentares subiram ligeiramente 1,4%. O Índice dos Preços no Produtor para bens transformados caiu 1,9%, depois de ter diminuído ao mesmo ritmo no ano precedente. Em resposta ao abrandamento das actividades económicas e a diminuição nas pressões inflacionárias, o BPC em Novembro de 2014 cortou as taxas de juro dos depósitos e empréstimos em RMB em 0,25 pontos percentuais e 0,4 pontos percentuais para 2,75% e 5,6%, respectivamente. Para apoiar o desenvolvimento do sector agrícola e das pequenas empresas, em particular, o BPC reduziu os coeficientes de reservas obrigatórias duas vezes em Abril e Junho para bancos comerciais a nível dos condados que cumpriram os requisitos prudenciais e atingiram certos rácios de empréstimo para sectores relevantes. As reformas financeiras baseadas no mercado continuaram a ser implementadas em O BPC alargou a banda flutuante diária para o RMB contra o USD no mercado cambial interbancário spot de ±1.0% para ±2.0% a partir de 17 de Março de O limite máximo da gama de flutuação para as taxas de juro para depósitos foi também aumentado de 1,1 para 1,2 vezes acima da taxa de referência. QUADRO II.1 REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS, (%) Taxa de crescimento real económico 9,5 7,7 7,7 7,4 Taxa de crescimento na exportação 1 15,2 5,0 6,0 4,9 Taxa de crescimento na importação 1 19,5 1,4 5,4-0,5 Taxa de inflação 5,4 2,6 2,6 2,0 Taxa de desemprego 2 4,1 4,1 4,1 4,1 Notas : 1 De acordo com o aumento do valor em RMB. 2 Registado na taxa de de desemprego urbano. Fontes: National Bureau of Statistics of China; Ministry of Human Resources and Social Security. 41

3 Revista Economica e Financeira 1.2 RAE de Hong Kong O PIB real aumentou 2,3% em 2014, comparado com o crescimento de 2,9% em 2013, tendo as exportações e a procura doméstica caído durante este período. O crescimento real das exportações abrandou consideravelmente de 5,6 pontos percentuais para 1,0% em 2014, em paralelo com a degradação do ambiente de negócios para os produtos manufacturados causada pelos riscos de deflação na Europa e no Japão e pela retracção económica em algumas economias emergentes. As exportações de serviços expandiram 0,5%, o ritmo mais lento desde 2009, devido principalmente à contracção marcada das despesas de visitantes em bens e serviços de elevado preço. O sector doméstico também mostrou sinais de abrandamento. Como um dos principais componentes da procura doméstica, o crescimento do consumo privado desacelerou 1,9 pontos percentuais para 2,7% em O investimento contraiu ligeiramente 0,3%, a primeira desde 2009 e em comparação com o crescimento de 2,2% registado em Tal foi principalmente devido à queda de 5,2% na aquisição de maquinaria e equipamento, a qual, por sua vez, neutralizou o ressalto de 6,5% nas actividades de construção. Houve restrições na oferta do mercado do trabalho. O número de pessoas empregadas aumentou 0,9% para um nível histórico de 3,8 milhões em A taxa de emprego continuou a crescer a um ritmo mais acelerado que a mão-de-obra disponível, resultando numa queda na taxa de desemprego de 3,4% em 2013 para 3,2% em Entretanto, registaram-se aumentos moderados nos salários e rendimentos na generalidade dos sectores. A desinflação continuou pelo terceiro ano consecutivo, devido principalmente aos baixos níveis de inflação a nível mundial e as reduzidas pressões nos custos domésticos. Tendo em devida conta os efeitos das medidas excepcionais adoptadas pelo Governo no âmbito da inflação global, a inflação dos preços do consumidor média desceu de 4,0% em 2013 para um benigno 3,5% em Os arrendamentos de residências privadas desempenharam um papel fundamental na queda da inflação. As rendas comerciais aumentaram a uma taxa de digito único e os custos de mão-de-obra mantiveram-se estáveis, o que ajudou a inflação. As actividades no mercado do imobiliário residencial aumentaram de forma tangível depois de alguma inércia em 2014, devido principalmente às baixas taxas de juro e aos lançamentos sucessivos de projectos de grande escala no mercado principal e à oferta de preços a descontos relativos aos preços no mercado secundário. O volume de negócios ressaltou cerca de 25,9% em 2014 e os preços gerais dos apartamentos aumentaram por 13,5% em Dezembro de 2014, comparados com o ano anterior. As actividades de angariação de fundos no mercado de acções intensificaram-se, tendo os fundos gerados por OPIs aumentado 34,7% para HKD227,7 mil milhões em O Índice Hang Seng, no entanto, viu poucas mudanças, tendo expandido apenas 1,3% para 23,605 no final de Taipé, China Em 2014, graças ao aumento da procura doméstica e externa, o ritmo de expansão económica em Taipé, China, cresceu para o maior nível dos últimos três anos, de 2,2% em 2013 para 3,7%. QUADRO II.2 RAE DE HONG KONG: PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS, (%) Taxa de crescimento real económico 4,8 1,7 2,9 2,3 Taxa de crescimento na exportação 1 10,1 2,9 3,6 3,2 Taxa de crescimento na importação 1 11,9 3,9 3,8 3,9 Taxa de inflação 5,3 4,1 4,3 4,4 Taxa de desemprego 3,4 3,3 3,4 3,2 Nota : 1 De acordo com o aumento do valor em HKD. Fonte: Hong Kong Census and Statistics Department. 42

4 Relatório Anual 2014 QUADRO II.3 TAIPÉ, CHINA: PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS, (%) Taxa de crescimento real económico 3,8 2,1 2,2 3,7 Taxa de crescimento na exportação 1 12,3-2,3 1,4 2,7 Taxa de crescimento na importação 1 12,0-3,9-0,2 1,5 Taxa de inflação 1,4 1,9 0,8 1,2 Taxa de desemprego 4,4 4,2 4,2 4,0 Nota : 1 De acordo com o aumento do valor em USD. Fonte: Director-General of Budget, Accounting and Statistics. O crescimento anual do consumo privado subiu novamente de 2,4% em 2013 para 3,0%, enquanto as despesas do governo aumentaram 3,4%, depois de terem registado uma queda de 1,2%. Em contraste, a expansão da formação de capital fixo abrandou de 5,0% para 1,7%. Ao nível externo, as exportações cresceram 5,7% em 2014 enquanto as importações totais subiram 5,4%. Com esta maior base para exportações, a subida na procura externa líquida continuou a ter um impacto positivo sobre o crescimento económico geral. A posição da BP manteve-se favorável. O excedente na balança corrente subiu para USD65,3mil milhões em 2014, de USD55,3 mil milhões em 2013, enquanto as saídas líquidas da balança financeira aumentaram de USD42,9 mil milhões para USD53,1 mil milhões. O excedente da BP consequentemente aumentou de USD11,3 mil milhões para USD13,0 mil milhões. As reservas cambiais cresceram ligeiramente 0,5% ano-após-ano, para USD419,0 mil milhões no final de 2014, que foi contrabalançado, em grande parte, pelos prejuízos nos activos não denominados em USD. As pressões inflacionárias intensificaram-se em paralelo com o forte crescimento económico. A taxa de crescimento anual do IPC compósito aumentou de 0,8% no ano anterior para 1,2% em 2014, enquanto o núcleo do IPC (excluindo os componentes voláteis) subiu a um ritmo mais rápido, 1,3%. Além disso, verificaram-se novamente melhorias na situação de emprego, tendo a taxa média de desemprego diminuído 0,2 pontos percentuais para 4,0%, enquanto a taxa de participação da mão-de-obra subiu ligeiramente 0,1% pontos percentuais para 58,5%. As mais importantes taxas de juro de referência não foram alteradas durante o ano, sendo que a taxa de descontos, a taxa de empréstimos garantidos e a taxa de empréstimos não-garantidos se mantiveram a 1,875%, 2,25% e 4,125%, respectivamente. 1.4 Países de língua portuguesa A RAEM continuou a reforçar o seu papel como plataforma comercial entre o Interior da China e os Países de Língua Portuguesa (PLP). Durante o ano, o Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os PLPs foi realizado conjuntamente pelo Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China, o Instituto para a Promoção de Exportações de Moçambique e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau em Maputo, em Moçambique. Este Encontro teve como objectivo encontrar parcerias comerciais entre os governos participantes no âmbito da cooperação. O Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial entre 2014 e 2016, adoptada pela quarta Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre o interior da China e os PLPs em 2013 esboçou todas as medidas necessárias e favoráveis para atingir o objectivo de USD160 mil milhões em comércio bilateral anual entre o interior da China e os PLPs até O Governo Central encarregou a RAEM com novas responsabilidades para o estabelecimento de três centros estratégicos, particularmente serviços comerciais para as PMEs nos PLPs, convenções e exposições e a distribuição de produtos alimentares. As Linhas de Acção Governativas de 2015 também realçaram a importância de melhorar o desenvolvimento da política uma plataforma, três centros. 43

5 Revista Economica e Financeira Neste ambiente de fraca recuperação da economia global, o comércio de mercadorias registou um ligeiro aumento de 0,8% para USD132,6 mil milhões em O valor das exportações do Interior da China para os PLPs atingiu USD46,1 mil milhões, um aumento de 4,9%. Registaram-se importações totais de USD86,4 mil milhões, uma queda de 1,2% em comparação com O Brasil (USD86,9 mil milhões) manteve a sua posição como o maior parceiro comercial do Interior China entre os PLPs, seguido pela Angola (USD37,1 mil milhões) e Portugal (USD4,8 mil milhões). Em 2014, Portugal continuou no caminho da recuperação gradual que começou no final de O PIB real cresceu por 0,9%, depois da contracção de 1,4% registado no ano anterior. Este desenvolvimento positivo derivou principalmente da procura doméstica, o qual teve uma contribuição positiva de 2,0 pontos percentuais para o PIB, após a contribuição negativa de 2,4 pontos percentuais em O consumo privado aumentou por 2,1% em termos reais ao passo que o consumo público sofreu uma queda de 0,7%. A formação bruta de capital fixo subiu 2,3%, após a contracção de 6,3% verificada em 2013, devido maioritariamente ao maior investimento em equipamento de transporte e outras máquinas e equipamento. Por outro lado, as exportações líquidas tiveram um contributo negativo (-1,1 pontos percentuais), após o contributo positivo de 1,0 ponto percentual em 2013, devendo-se ao facto de as importações de bens e serviços terem crescido a um ritmo mais elevado (6,2%) que as exportações totais (3,4%). Ao ter voltado a registar um crescimento positivo depois de vários anos de austeridade e reformas, Portugal saiu do acordo de resgate financiamento de EUR78 mil milhões com a União Europeia e o FMI em Junho. O défice público caiu ligeiramente de 4,9% do PIB em 2013 para 4,8%, contudo acima da taxa alvo de 4,0% fixada ao abrigo do acordo. Para alcançar os valores de défice público, o Governo de Portugal divulgou um orçamento fortemente contraccionista, com um ajustamento total de EUR3,9 mil milhões principalmente composto por cortes nas despesas. Entretanto, estima-se que a dívida pública aumentou de 124,8% do PIB em 2013, para 129,0% em Reflectindo a recuperação económica, o mercado de trabalho melhorou significativamente em A taxa de desemprego durante o ano diminuiu de 15,1% no primeiro trimestre para 13,5% no último trimestre, mantendo-se a 13,9% para o ano no seu todo, menos 2,3 pontos percentuais em comparação com o ano prévio. Em consequência, o número de pessoas desempregadas caiu 15,1% para pessoas. Verificou-se um aumento no número de pessoas empregadas de 1,6%, tendo o número de trabalhadores no sector privado também recuperado. Além disso, houve um acordo entre o Governo, representantes dos sindicatos e os empregadores para aumentar o salário mensal mínimo por 4% a partir de Outubro de 2014, pondo fim a um congelamento salarial de quatro anos. A taxa de aumento dos preços do consumidor tem vindo a abrandar desde 2012, devido à deterioração cíclica da economia e à queda dos preços das importações. A inflação caiu novamente de 0,3% em 2013 para -0,3% em A queda na taxa de variação do IPC deveu-se principalmente às flutuações nos preços de alimentos brutos, que diminuíram de 2,6% em 2013 para -2,1% em O preço dos produtos energéticos também contribuíram para a redução no nível geral dos preços, tendo-se registado uma taxa de variação de -1,4% em 2014 (em contraste com os -0,7% registados em 2013), devido principalmente à diminuição no preço do combustível. A taxa de inflação de base, uma medida que não inclui produtos energéticos e produtos alimentares brutos, caiu ligeiramente de 0,2% em 2013 para 0,1% em A economia brasileira, a maior da América do Sul, cresceu ligeiramente em 0,1% em 2014 face aos 2,7% verificados no ano precedente. O crescimento do PIB abrandou nos últimos três trimestres do ano, depois de se ter registado uma subida de 2,7% nos primeiros três meses de A análise para efeitos de procura demonstra que as despesas das famílias e as despesas públicas diminuíram 0,9% e 1,3%, respectivamente em No entanto, a formação bruta de capital fixo registou uma queda de 4,4% em 2014, depois de ter crescido por 6,1% em No sector externo, as exportações e importações de bens e serviços caíram 1,1% e 1,0%, respectivamente. Por sector económico, a agricultura e os 44

6 Relatório Anual 2014 serviços registaram ligeiras taxas de crescimento, ao passo que a indústra sofreu uma queda de 1,2%. O défice na conta corrente atingiu USD91,3 mil milhões, mais USD10,1 mil milhões que o valor homólogo registado em De entre os seus componentes, houve uma deterioração na balança comercial de bens e um superavit de USD2,3 mil milhões para um défice de USD4,0 mil milhões. O défice na balança comercial de serviços atingiu também um valor histórico, USD48,9 mil milhões e o rendimento líquido dos factores no exterior totalizou USD98,5 mil milhões, com particular destaque para os influxos líquidos de investimento directo estrangeiro, que contrabalaçaram em parte o défice na conta corrente. Verificou-se uma inversão no saldo geral do BP, de um défice de USD5,9 mil milhões em 2013, para um excedente de USD10,8 mil milhões em O mercado de trabalho continuou em alta, tendo-se registado uma queda na taxa média de desemprego de 5,4% no ano prévio para 4,8%, o nível mais baixo desde o lançamento do inquérito sobre o emprego em Março Além disso, a média anual do rendimento mensal auferido num emprego principal subiu 2,7% em comparação com o ano precedente. Verificou-se uma tendência de subida nos preços na economia brasileira, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo a registar uma subida média de 6,4%, comparado com os 5,9% verificados em A rubrica habitação sofreu a maior taxa de aumento anual de preços (+8,8%), seguindo pela educação (+8,5%), despesas pessoais (+8,3%) e alimentos e bebidas (+8,0%), enquanto o preço das comunicações apresentou uma queda de 1,5%. Angola, o segundo maior produtor de petróleo da África viu um abrandamento no seu crescimento económico em Estima-se que houve uma desaceleração na taxa de crescimento real do PIB de 6,8% no ano precedente, para 4,2%, devido principalmente a uma redução temporária na produção de petróleo e à queda dos preços do petróleo. Contudo, registou-se um crescimento sólido nos restantes sectores não-petrolíferos, com o maior impulso a vir da agricultura e, em menor escala, da indústria transformadora e dos serviços. De acordo com o relatório de investimento do Fundo Soberano de Angola para o terceiro trimestre de 2014, o fundo soberano contabilizou fundos totais de USD4,95 mil milhões no final de Setembro. O Fundo também investiu USD1,1 mil milhões num fundo de infraestruturas dedicado principalmente para a realização de investimentos de capital nos sectores de energia e transporte, bem como em projectos industriais de grande dimensão em QUADRO II.4 PRINCIPAIS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA: CRESCIMENTO REAL, INFLAÇÃO E TAXAS DE JURO, * Crescimento real do PIB (%) Angola Brasil Cabo Guiné- Moçambique Portugal Timor- Verde -Bissau -Leste ,8 2,7 0,5 0,3 7,3-1,4 5, ,2 0,1 1,0 2,5 7,4 0,9 6,6 Preços no consumidor (variação anual, %) ,7 5,9 1,5 0,8 3,5 0,3 9, ,5 6,4-0,2-1,0 1,9-0,3 2,5 Taxa de empréstimo (%) ,25 a 10,00 b 8,75 c -- 8,25 c 0,75 d ,00 a 11,75 b 6,75 c -- 7,50 c 0,30 d -- Notas: * Valores provisórios para o ano de a b Taxa de redesconto. Taxa de SELIC. c d Facilidade permanente de cedência. ECB facilidade permanente de cedência de liquidez. Fontes: Fundo Monetário Internacional; bancos centrais e institutos nacionais de estatísticas. 45

7 Revista Economica e Financeira Angola e nos países da África subsaariana. Injectou ainda USD500 mil milhões em capital líquido num fundo para a construção de hotéis no continente africano, visando mitigar a carência substancial na capacidade de hotéis internacionais na África. Em 2014, o Governo angolano continuou a zelar pela implementação de uma série de políticas ambiciosas para promover um crescimento mais estável e inclusivo, a criação de empregos, bem como para a realização de projectos sociais e de infraestrutura. Estima-se que o défice fiscal subiu para 5,3% do PIB, uma taxa muito mais elevada em comparação com Além disso, o rápido crescimento das importações e a queda nos preços do petróleo agravou o défice na conta corrente para cerca de 0,8% do PIB, em contraste com o superavit da conta corrente equivalente a 6,7% do PIB verificado em A expansão verificada na produção agrícola e a queda nos preços dos alimentos a nível internacional, combinado com a estabilidade da taxa de câmbio ajudaram a manter a taxa de inflação a 7,5%, um nível jamais visto em várias decadas, bastante abaixo do objectivo de 10% definido pelas autoridades e menos que a taxa de 7,7% registada em No entanto, as pressões inflacionárias voltaram no final do ano, devido principalmente à redução nos subsídios do combustível e à introdução do regime das tarifas aduaneiras. Em resposta, o Banco Central da Angola aumentou a taxa de juro de referência em 25 pontos base em Outubro para lidar com pressões resultantes das subidas dos preços. Moçambique continuou a registar uma taxa de crescimento económico robusto em 2014, prevendo-se uma expansão de 7,4% para 2014, mais 0,1 pontos percentuais do que a taxa registada em Este impulso deveu-se principalmente à recuperação das suas actividades económicas das inundações que ocorreram em 2013 e o continuado investimento nas indústrias extractivas e nos projectos de infrasturutura de elevada dimensão. A agicultura, caça, silvicultura e actividades relacionadas ocupou a maior quota do sector económico, a 23,4%, seguido pela indústria tranformadora (11,3%), serviços comerciais e de reparação (10,1%) e transporte, armazenagem, informação e comunicações (8,8%). O Instrumento de Apoio de Políticas de três anos (PSI) do FMI para foi aprovado em Junho de Esta iniciativa visa incentivar as autoridades a intensificar a implementação das principais reformas estruturais, particularmente nas áreas da gestão financeira, do sistema financeiro e no desenvolvimento do mercado. As despesas públicas neste país dispararam em 2014 devido aos elevados valores injectados nos investimentos públicos, o aumento no encargo salarial do sector público, e as despesas das eleições gerais de Estima-se que o défice governamental irá subir acentuadamente de 2,9% do PIB em 2013, para cerca de 10,0% em A inflação manteve-se novamente a um nível reduzido devido principalmente à produção interna de alimentos e à queda nos preços das importações. Registou-se uma taxa de inflação média de 1,9% em 2014, bem abaixo do valor homólogo verificado no ano precedente. Como a inflação foi mantida sob controlo, o Banco de Moçambique manteve a sua política expansionária ao baixar a taxa de juro directora para 7,5%, com o intuito de incentivar o crédito bancário na economia. A economia do Cabo Verde cresceu de forma moderada em 2014, devido principalmente à recuperação gradual da zona euro, na qual Cabo Verde depende fortemente das trocas comerciais, ajuda externa, remessas e investimento no país. Prevêse que a confiança dos consumidores e investidores domésticos irá recuperar, em parte devido a uma orientação da politica monetária mais acomodativa. Estima-se um crescimento económico ligeiro de 1,0% em 2014, em contraste com a taxa de 0,5% registada em O sector do turismo sofreu uma queda pela primeira vez em muitos anos, com o surto da Ebola na África ocidental a dissuadir temporariamente os turistas. Por outro lado, as exportações de bens, particularmente o peixe, subiram de forma notável devido à entrada em vigor de uma acordo de quatro anos com a UE em Setembro. A fraca procura doméstica, os preços internacionais moderados e a valorização modesta da moeda contribuíram para uma ligeira deflação na economia, prevendo-se um abrandamento da inflacção de 1,5% em 2013 para -0,2% em

8 Relatório Anual 2014 Entraram também em vigor em Julho uma série de reformas para alargar a base tributária através da eliminação de lacunas no regime regulatório e a eliminação de evasão fiscal. Estas reformas compreendem também uma subida no imposto sobre o valor acrescentado de 6% para 15%. Com a dívida pública a aproximar-se de 100% do PIB, as autoridades caboverdianas decidiram implementar medidas preliminares para cortar as despesas de 2014 a 2017, para reduzir as despesas públicas por um valor equivalente a cerca de 1,5 pontos percentuais do PIB anualmente. O défice fiscal contraiu de 8,3% do PIB em 2013, para aproximadamente 7,2% em A dinamização das actividades económicas causaram um crescimento acentuado nas importações devido a um surto no consumo e investimento. O défice na balança corrente disparou para cerca de 9,1% do PIB, face aos 4,0% verificados em Em resposta à redução da taxa de referência de refinanciamento pelo BCE em Junho, o Banco Central do Cabo Verdo baixou a sua taxa directora de 7,25% para 6,75% a partir de Agosto. A economia da Guiné-Bissau continuou a depender da agricultura e da pesca, sendo as colheitas de caju a principal fonte de rendimento e o produto mais exportado. O golpe militar em 2012 interrompeu e retardou o progresso que Guiné-Bissau tinha vindo a alcançar em anos anteriores, tendo resultado também na suspensão do apoio financeiro concedido pelos parceiros externos tradicionais deste país. No entanto, as eleições legislativas e presidenciais bem sucedidas em 2014 e a nomeação consequente de um governo civil pluripartidário reforçou a estabilidade política. Em Setembro de 2014, o FMI chegou a um acordo com as autoridades sobre um plano de emergência que pudesse ser apoiado pelo Mecanismo de Financiamento Alargado (MFA) do FMI para a disponibilização de USD5,4 mil milhões. O FMI exortou o governo a retomar as reformas estruturais para aumentar os apoios financeiros concedidos aos mais carênciados, a melhorar o ambiente comercial no país e a atrair o investimento estrangeiro. Durante o ano, as autoridades procuraram sobretudo restabelecer as funções económicas essenciais, nomeadamente o pagamento dos salários dos funcionários públicos, a prestação de serviços governamentais básicos e a distribuição de sementes, adubos e alimentos básicos para assegurar uma boa colheita e a garantir o aprovisionamento alimentar. A recuperação das receitas domésticas resultante das exportações do caju e o investimento de obrigações do tesouro no mercado de capital regional permitiu o novo governo liquidar todos os salários em atraso, uma situação que perdurava há vários anos. Estima-se um crescimento real do PIB de 2,5% em 2014, em comparação com a taxa de 0,3% verificada em A queda dos preços do petróleo e dos alimentos a nível mundial e a maior disponibilidade de produtos alimentares no país ajudaram a moderar a pressão inflacionária. Estima-se que os preços no consumidor diminuíram 0,1% para o ano, face à subida de 0,8% registado no ano precedente. As receitas derivadas dos projectos de extracção de petróleo e gás operadas por empresas internacionais no Mar de Timor continuaram a ser a principal fonte de rendimento do orçamento de Timor-Leste. O Governo criou o Fundo Petrolífero de Timor-Leste em 2005, que tem sido a principal fonte de fundos para o desenvolvimento de infraestruturas e benefícios sociais. Timor-Leste tem poupado as receitas oriundas do petróleo através do Fundo e acumulado activos valorizados em quatro vezes mais que o PIB do país. O orçamento determinado para 2014 apresentou planos de despesas muito ambiciosos, resultando numa subida do défice orçamental de 30,1% do PIB em 2013 para cerca de 36,8%. Estima-se que a economia cresceu 6,6% em 2014, melhor que a taxa de 5,4% registada em A procura doméstica foi impulsionada pela expansão acentuada das despesas correntes e de capital, as quais tiveram também um impacto positivo no crescimento avultado das importações. O desenvolvimento no lado da oferta deveu-se aos sectores altamente dependentes do investimento do sector público, como o da construção. Verificou-se bastante volatilidade na inflação no Timor-Leste, resultante da exposição deste país às flutuações nos preços de alimentos e combustível a nível mundial. A queda acentuada (nos preços) dos produtos alimentares e energéticos e a valorização sustentada do USD causou uma diminuição tangível na taxa de inflação dos preços no consumidor de 9,5% em 2013, para cerca de 2,5% em

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