ÍNDICE DE RISCO DE 2008 PORTUGAL
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- Maria do Loreto Dreer Fraga
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1 ÍNDICE DE RISCO DE 2008 PORTUGAL
2 Índice de Pagamentos Desenvolvimento Económico (%) UE 27 - Média PIB per capita US (2007) Crescimento do PIB 1,9 2,9 Taxa de Desemprego 8,0 (2007) 6,8 Inflação 2,4 ( 2007) 2,1 Índice de Pagamentos Nacional Os riscos aumentaram comparativamente a A percentagem de pagamentos recebidos apresenta um melhor balanço que no ano passado, com 49,6% dos pagamentos a serem efectuados a 60 dias. Porém os incobráveis aumentaram de 2,5% para 2,7%. O prazo de pagamento médio baixou em todos os segmentos, continuando, no entanto, entre os mais elevados da Europa. A economia Portuguesa continua lenta, estando a crescer à taxa mais baixa de toda a Europa. Apesar de um contínuo, embora ligeiro, sentido em 2005 (0.5%) para 2007 (1.9%), a queda a nível global pôs fim a este aumento e estima-se que a economia irá sofrer uma quebra durante 2008 (1,7%) Em termos do PIB per capita, desde o ano 2000 que a República Checa, Grécia, Malta e Eslovénia ultrapassaram Portugal. O PIB do país per capita, caiu de um pouco acima dos 80% da média dos 25 da EU em 1999 para ligeiramente acima dos 70% no ano passado. Estima-se que desça para 65% em Existem inúmeros motivos para o fraco desempenho económico de Portugal, mas um factor chave tem sido a atractividade dos produtores de baixo custo na Europa Central e Ásia. O ligeiro movimento ascendente do ano passado deveu-se a um crescimento do investimento de 3,2%, bem como a um aumento do consumo privado. 100 Nenhuns riscos de pagamento, pagamentos efectuados em numerário, pagamentos efectuados aquando da entrega ou pré-pagamento, não recorrem a crédito É necessário estar-se atento para manter a situação actual É necessária uma intervenção A intervenção é inevitável, tomar medidas para baixar o perfil de risco A intervenção é urgente, tomar medidas para baixar o perfil de risco > 200 Caso de urgência, tomar medidas para baixar o perfil de risco O Índice de Risco foi desenvolvido pela Intrum Justitia A Intrum Justitia recolhe informação de milhares de empresas na Europa, desde o ano Esta informação é enriquecida com dados estatísticos e económicos, bem como dados operacionais da Intrum Justitia. Com base em toda esta informação foi desenvolvido o Índice de Risco do País, bem como o Índice de Pagamentos Europeu. O Índice de Risco do País fornece informação sobre os riscos de pagamento num determinado país.
3 EXPORTAÇÃO Espanha 159 Itália 158 RU 151 Alemanha 150 Países Baixos 149 França 146 Índice de Risco Alemanha Em comparação com 2007, os riscos de pagamento desceram ligeiramente. Os pagamentos recebidos apresentam uma evolução positiva em relação ao ano passado: 60% dos valores foram pagos dentro das condições de pagamento acordadas. As condições de pagamento contratuais médias na Alemanha são de cerca de 20 dias para consumidores e cerca de 30 dias para as transacções entre empresas. Os incobráveis na Alemanha representam 2,0% (2007; 2,0%) Espanha Os riscos aumentaram comparativamente a A percentagem de pagamentos recebidos apresenta um aumento na secção dos pagamentos efectuados a mais de 90 dias, com cerca de 50% a serem pagos a 60 dias. Em geral, em Espanha os pagamentos são efectuados com atrasos embora os incobráveis tenham descido ligeiramente de 2,3% para 2,2%. França Os riscos de pagamento aumentaram ligeiramente comparativamente a A percentagem de pagamentos recebidos está a alterar; cerca de 32% estão a ser pagos com atrasos, a mais de 60 dias. As condições de pagamento médias acordadas na França são de cerca de 30 dias para os consumidores e 50 dias para as transacções entre empresas. Itália Os riscos de pagamento aumentaram desde 2007, com somente 40% dos pagamentos recebidos a serem efectuados a 90 dias. Infelizmente, a percentagem dos pagamentos recebidos a mais de 90 dias aumentou 35%. A média das condições de pagamento acordadas com os consumidores é de 30 dias, sendo de até 60 dias para as transacções comerciais. Os consumidores em média, efectuaram pagamentos com maiores atrasos que em 2007; as empresas e o sector público efectuaram pagamentos de forma ligeiramente mais rápida que nos anos anteriores. Mesmo assim, na Itália há maiores atrasos nos pagamentos: em média o atraso é de 27 dias. Tendo em conta a fraca situação económica, é essencial dar um seguimento mais rápido às facturas que se encontram a pagamento. Reino Unido O comportamento em termos de pagamentos no Reino Unido está a abrandar ligeiramente, o que pode ser uma indicação de que um aperto ao nível do crédito se começa a fazer sentir. Os pagamentos recebidos a 30 dias foram em número inferior, com os prazos a manterem-se sensivelmente idênticos. Tal como em anos anteriores, a taxa de incobráveis foi negativamente influenciada pelo comportamento dos pagamentos dos consumidores, 2.3% dos consumidores contra 1,6% das transacções entre empresas. Países Baixos Os incobráveis continuam ao mesmo nível que em 2007 (2,4%), tal como o Índice de Risco. Houve um aumento nos pagamentos efectuados de acordo com as condições acordadas. 60% dos pagamentos estão agora a serem feitos dentro dos prazos acordados mas continua a haver espaço para melhorias. Atrasos nos pagamentos O balanço é comparativamente melhor ao do ano passado. No entanto, o valor dos pagamentos recebidos a mais de 90 dias continua elevado. Percentagem de pagamentos recebidos Até 30 dias 31 a 90 dias Mais de 90 dias ,8 49,4 31, ,4 49,8 30, ,5 49,9 30, ,9 52,2 26, ,1 50,3 24,6
4 Estes 3 grupos de clientes efectuaram os pagamentos com prazos ligeiramente melhores que no ano passado. O prazo de pagamento do sector público é um dos mais elevados da Europa. Os pagamentos efectuados rapidamente e/ou os pagamentos efectuados de acordo com as condições acordadas são bons para o crescimento dos negócios e da economia. % do total do volume de negócios , , , , ,7 Consumidor Comércio Entidades B-2-C B-2-B Públicas Condições médias de pagamento, em dias Prazo médio de 53,3 80,1 137,8 pagamento, em dias Atraso médio 19,2 33,0 80,4 em dias Atraso médio 39,9 em dias Os efeitos dos incobráveis Margem 2% 3% 4% 5% 6% 7% Valor dos Vendas adicionais necessárias incobráveis em Atrasos nos Pagamentos, em dias Incobráveis ,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0, Incobráveis Os incobráveis aumentaram novamente para o nível de 2006, um facto que é preocupante. Os incobráveis deverão ser mantidos a níveis mínimos, pois têm um grande impacto no negócio. Consequências Os inquiridos Portugueses estão pessimistas. Mais de 65% das empresas inquiridas esperam perdas de rendimentos devido a atrasos de pagamentos ou incobráveis. 71% receiam pela liquidez das suas empresas.
5 Efeito dos atrasos nos pagamentos / incobráveis na liquidez da empresa Ameaça Máxima Grande Ameaça Ameaça Média Baixa Ameaça Ameaça Mínima Nenhuma Ameaça Efeito dos atrasos nos pagamentos / incobráveis na perda de rendimentos Ameaça Máxima Grande Ameaça Ameaça Média Baixa Ameaça Ameaça Mínima Nenhuma Ameaça Estimativas dos riscos de pagamento Das empresas participantes, 54% consideram que os riscos dos atrasos nos pagamentos dos clientes irão manter-se, enquanto 41% pensam que irão aumentar e 24% dos inquiridos dizem que irão necessitar de reforçar o número de colaboradores na área financeira nos próximos 12 meses. Estimativa dos Riscos de Pagamento dos próximos 12 meses Resumo Os riscos de pagamento na Europa aumentarão comparativamente a Continuam a faltar alterações fundamentais para combater os atrasos nos pagamentos. Com as incertezas dos mercados financeiros, como a crise no mercado de crédito hipotecário e o aumento do preço do petróleo bem como os preços dos alimentos, vai ser ainda mais difícil receber os valores em dívida. Os montantes a pagamento deverão ser monitorizados cuidadosamente e deverão ser tomadas medidas rapidamente! Os riscos de pagamento aumentaram na Suíça, Espanha, Itália, Irlanda, e França. Os países Nórdicos mantiveram os seus níveis baixos de riscos de pagamento. O Reino Unido mantevese estável. O actual inquérito Europeu de Pagamentos foi efectuado entre Janeiro e Março de 2008, por isso os efeitos da crise no mercado do crédito hipotecário nos EUA ainda não foi totalmente sentida. O prazo de pagamento diminuiu a nível Pan-Europeu comparativamente aos anos anteriores. 59,2 dias em ,6 dias em ,5 dias em 2008 Na Europa, os pagamentos efectuados com maiores atrasos ocorrem em Portugal, Grécia e Chipre, e os mais rápidos são na Finlândia e noutros países Nórdicos. Os atrasos nos pagamentos aumentaram ligeiramente dos 16 dias em 2007 para 17 dias em Até à data, 17 dias é o nível mais elevado desde Descida Igual Aumento
6 Os três grupos de clientes contribuíram para a tendência positiva em termos de prazo de pagamentos, embora ainda se registem fortes diferenças regionais e locais. Nível Pan-Europeu Consumidores Empresas 58,6 55,5 Sector Público 68,9 65,3 Incobráveis Infelizmente os incobráveis a nível Pan-Europeu aumentaram de 1,9% em 2007 para 2,0% em Em 10 países, os incobráveis aumentaram em dezenas de pontos percentuais. Os níveis de incobráveis mais baixos foram registados na Finlândia com 0,6% e os mais elevados na Lituânia e República Checa, ambas com 3%. Recomendações A Intrum Justitia recomenda as seguintes medidas a todos os níveis empresariais: A implementação consistente de uma política de crédito transparente A utilização de limites de crédito para analisar o desenvolvimento dos pagamentos recebidos do cliente A verificação constante do endereço para o qual se deve enviar a factura Monitorização quanto à solvabilidade das empresas, efectuada de forma consistente e rotineira Condições de pagamento contratuais flexíveis Lembretes e contacto rápido Facturação de juros e custos operacionais Colaboração profissional Ampliação da estrutura de clientes Intrum Justitia Portugal Lda - Índice de Risco - Av. Duque D'Avila, 185-4º D LISBOA, Portugal Tel Fax
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