NOVA LUZ SAO PAULO, SP
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- Eliana Brezinski
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1 NOVA LUZ SAO PAULO, SP
2 Séculos XIX-XX Anos Anos 90 UMA DAS REGIÕES MAIS RELEVANTES DA CIDADE DEVIDO, PRINCIPALMENTE, À ESTAÇÃO DA LUZ (IMAGEM: Guilherme Gaensly) DECLÍNIO: INSTALAÇÃO DA RODOVIÁRIA DE SÃO PAULO NO BAIRRO VIZINHO CRACOLÂNDIA: RUAS OCUPADAS POR USUÁRIOS DE DROGAS.
3 Tentativas pontuais de retomar o local (governo de são paulo): Pinacoteca Sala São Paulo Museu da língua portuguesa FONTE: BIGVIAGEM.COM, MAI/17 FONTE: GUIADASEMANA.COM.BR, MAI/17 FONTE: SAOPAULO.SP.GOV.BR, MAI/17
4 OBJETIVOS DO PROJETO (GOVERNO DE SP) Preservação e recuperação do patrimônio histórico; Incremento da área destinada para o uso residencial, propiciando o aumento da densidade demográfica com objetivo de permitir que mais cidadãos possam usufruir das vantagens locacionais deste setor da cidade; Consolidação da área destinada a habitação de interesse social, indicada como ZEIS 3 no Plano Diretor Estratégico, com a produção de mais de unidades habitacionais. Esta ação constitui uma importante oportunidade de garantir a consolidação de um novo núcleo habitacional de interesse social na área central da cidade; Criação de uma rede de espaços públicos capazes de recepcionar melhor os usuários da região assim como moradores e trabalhadores.
5 PROJETO PRELIMINAR - Boulevard: ciclovias, alargamento das calçadas e arborização, áreas de entretenimento, tecnologia e habitação; - A concessionária vencedora da licitação deveria desapropriar, comprar e demolir ou reformar 546 imóveis (23% da área construída e 55% da superfície da área a ser revitalizada) para possibilitar a construção de empreendimentos imobiliários, infraestrutura e equipamentos urbanos. - Objetivo inicial de: Consolidação da área destinada a habitação de interesse social, com a produção de mais de unidades habitacionais de interesse social.
6 Proteger a malha urbana ortogonal Definir portais de acesso Melhorar acessibilidade com o entorno Criar uma rede de áreas verdes Conectar com transporte público Âncoras de lazer, cultura e comércio
7 ÂNCORAS E CONEXÕES -hierarquia de espaços públicos: diferentes tipos de usos. -NOVAS ÂNCORAS: dois setores residenciais, o Centro de Cultura e Entretenimento e o Pólo de comércio e serviços. -ÂNCORAS EXISTENTES: Sala São Paulo, Parque da Luz, Praça da República e Largo do Arouche, Praça Princesa Isabel e Largo Paissandú. -CONEXÕES VIÁRIAS ENTRE AS ÂNCORAS
8 ÂNCORAS E CONEXÕES
9 ESPAÇOS LIVRES: -Ambiente agradável para a circulação de pedestres, levando às diversas atividades distribuídas pela malha urbana. -Requalificação dosespaços públicos existentes; -Criação de duas praças junto aos setores residenciais; -Criação de pequenos espaços livres ao longo da Rua Vitória; -Criação de ruas de pedestres como áreas de recepção do público frequentador da região.
10 ESPAÇOS LIVRES:
11 ESPAÇOS LIVRES: BOULEVARD CULTURAL
12 ESPAÇOS LIVRES: RUA DA VITÓRIA
13 ESTRUTURA URBANA: Malha urbana: - maiores empreendimentos de escritórios ao longo dos bulevares - circulação mais intensa de veículos no perímetro da área de intervenção. Eixos, Vistas e Acessos: -Av. Rio Branco: principal eixo de acesso à área. -Rua Vitória: principal eixo de ligação de pedestres. -Rua Santa Ifigênia: eixo com prioridade ao pedestre que conecta o centro antigo aos grandes equipamentos culturais.
14 ESTRUTURA URBANA: Fachadas Contínuas e ativas: construção de edificações ao longo dos eixos comerciais sem recuos, ocupando os térreos com atividades voltadas para o espaço público. Edifícios Ícones e Marcantes: implantação de prédios ícones e marcantes de forma a gerar visadas estratégicas e referenciais para quem está dentro e fora da área de intervenção.
15 ESTRUTURA URBANA: AV. RIO BRANCO
16 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR Mauá: grande bulevard com conjunto de teatros, cafés e restaurantes adjacentes à nova estação de metrô.
17 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR CENTRO DE ENTRETENIMENTO DO MAUÁ
18 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR Rio Branco: reconfiguração da Av. Rio Branco, periodizando o pedestre e implantação de um conjunto imobiliário de alto valor.
19 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR Triunfo: combinação de apartamentos para diversas rendas, especialmente habitação social. novo conjunto de equipamentos comunitários incluindo escola, biblioteca, creche e serviços locais é criado.
20 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR CONJUNTO DE EQUIPAMENTOS - TRIUNFO
21 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR Nébias: criação de uma praça com um conjunto de apartamentos residenciais ao seu redor, incorporando restaurantes e cafés voltados para a praça. Restauração da Praça Júlio Mesquita, ao final da Rua Vitória.
22 SETORES: IDENTIDADE E SENSO DE LUGAR PRAÇA NÉBIAS
23 RENOVAÇÃO x PERMANÊNCIA DOS IMÓVEIS COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MAIOR OU IGUAL A 4 NÚMERO SIGNIFICATIVO DE UNIDADES HABITACIONAIS ARQUITETURA SINGULAR E PATRIMÔNIO HISTÓRICO 553 de 942 imóveis serão renovados (59%)
24 PLANTA DE CONCESSÃO
25 MOBILIDADE 1. Aumento da largura das calçadas; 2. Pedestrianização da Rua Vitória; 3. Criação do Bulevar Cultural Mauá; 4. Criação de um mini anel de circulação interno; 5. Nova hierarquia do sistema viário; 6. Implantação de ciclovias e ciclofaixas; 7.Proposição de uma estratégia de áreas de estacionamento. compartilhamento das
26 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA Viário Estrutural: circulação de ônibus compartilhada à de autos exceção: Avenida Rio Branco, onde permanece o corredor exclusivo. Nessas vias não será permitido estacionamento no meio fio.
27 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA Mini Anel Viário: anel interno de circulação possibilitando o acesso de veículos à área de forma racional, evitando a circulação pelas ruas internas. O anel viário recebe todas as linhas de ônibus que já circulam na área.
28 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA Viário Secundário: As vias secundárias dão suporte ao sistema principal, auxiliando nas ligações viárias externas ao sistema interno.
29 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA Viário Prioritário ao Pedestre: vias com faixa de rolamento 4,5m com o restante do espaço da caixa viária destinada a calçadas. Constituem as ligações internas e não devem receber relevante fluxo de veículos.
30 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA Viário Exclusivo ao Pedestre: exclusivas para pedestres interligando as diferentes áreas da região, potencializando áreas públicas de lazer, cultura e entretenimento.
31 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA CIRCULAÇÃO DE BICICLETAS: Para incentivar o uso de bicicletas serão instalados bicicletários em todas as quadras, preferencialmente próximo aos estabelecimentos comerciais e institucionais.
32 MOBILIDADE NOVA HIERARQUIA VIÁRIA TRANSPORTE COLETIVO:
33 MOBILIDADE O A IE A IA I IA T A SPO TE COLETI O: v l h l l l h -S v l: l h - - l v : l h - v : -v l : l v l
34 PROBLEMÁTICAS CONCESSÃO URBANÍSTICA Regulamentada com a Lei de Concessão Urbanística do Município de São Paulo (2009), promulgada pelo então prefeito Gilberto Kassa e prevista no Plano Diretor Estratégico de São Paulo (2014). Conselho Municipal de Política Urbana Parecer Técnico: 16 membros da população; 16 membros da prefeitura; 16 indicados pela administração municipal.
35 PROBLEMÁTICAS CARÁTER PARTICIPATIVO A prefeitura vem se omitindo do papel de planejamento físico-territorial da cidade e abrindo frente para o mercado imobiliário. Lucio Gomes Machado, professor da FAU - USP As audiências públicas feitas pela prefeitura e pelo consórcio responsável pelo projeto são meras formalidades de caráter informativo: não trazem a possibilidade da participação efetiva. Vitor Coelho Nisida, Urbanista "É importante que esse projeto urbano evite a 'espetacularização' da cidade, voltada somente para a viabilização de negócios imobiliários." Kazuo Nakano, urbanista
36 PROBLEMÁTICAS POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA - PROJETO SIMPLES E EXCLUDENTE Da forma com que o projeto está colocado, a região não tem moradores de rua e de cortiço, não tem drogados, trabalhadores informais ou comerciantes. Apesar da falta de informações, já está muito claro que o projeto é excludente e que pretende enobrecer a região para a elite da cidade." Kazuo Nakano, urbanista
37 PROBLEMÁTICAS RESPOSTAS ÀS CRÍTICAS "O projeto Nova Luz é 'um passo adiante' por parte da prefeitura e, talvez, a obra mais importante da capital paulista." "O Centro (...) deve ser protagonista da promoção da cidade para que ela seja capaz de atrair eventos internacionais, empresas, turistas e centros de pesquisa, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico de toda a metrópole. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil e da Viva o Centro
38 RESULTADOS Nova Cracolândia Operações da Polícia Militar Falta de capital privado Projeto tecnicamente inviável (Fernando Haddad-2013) Parceria público-privada "A região é desvalorizada tanto por causa da depreciação social quanto por características urbanísticas próprias, como o formato dos terrenos, grande quantidade de monumentos e prédios históricos e por ser Zona Especial de Interesse Social (Zeis), que exige tratamento diferenciado." Jorge Bassani, Arquiteto e urbanista A Administração pretende trabalhar pela requalificação dessa região com base nas parcerias público-privadas, conforme foi exemplificado no anúncio recente da licitação para a construção de 16 mil moradias de interesse social no centro da cidade, com aporte financeiro da Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal (Minha Casa Minha Vida).
39 A CRACOLÂNDIA HOJE GESTÕES JOSÉ SERRA GILBERTO KASSAB PROJETO NOVA LUZ: projeto de revitalização urbana da Cracolândia, em conjunto com o mercado imobiliário para a região, provocando ação de gentrificação e elitização GESTÃO FERNANDO HADDAD PROJETO BRAÇOS ABERTOS: implantar ações nas áreas de assistência social, direitos humanos, saúde e trabalho, visando recuperação e inserção da população de usuários de drogas. GESTÃO JOÃO DORIA REDENÇÃO: Assepsia social que prevê o fim da Cracolândia, o tratamento dos usuários e a recuperação da área de maneira autoritária e violenta, provocando demolições de prédios na área, repreendendo a população local e anunciando internações forçadas de dependentes químicos.
40 A CRACOLÂNDIA HOJE
41 A CRACOLÂNDIA HOJE Como consequência das ações da prefeitura, houve uma dispersão dos usuários da Cracolândia para os arredores da região do centro da cidade. A Justiça derrubou decisão que autorizava a gestão Doria a recolher moradores de rua à força na cidade de São Paulo. A decisão traz incertezas e limita as opções do programa Doria Após realização de demolições com pessoas dentro das edificações, foi vetado judicialmente novas remoções na região.
42 A CRACOLÂNDIA HOJE O arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que participou do Projeto Nova Luz que não vingou, foi contratado (sem processo público de contratação) para realizar um projeto urbanístico para o centro de São Paulo. Este fato, portanto, revela a retomada do projeto que foi rejeitado pela população e não executado. Segundo o prefeito, a revitalização urbana da Cracolândia é um dos pilares da Redenção, e tem o intuito de firmar uma parceria com a iniciativa privada para revitalizar o perímetro da região.
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