Artigo MPS-Br (Melhoria de Processos do Software Brasileiro)

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Jessica Domingos
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1 FEEVALE 2010/02 Artigo MPS-Br (Melhoria de Processos do Software Brasileiro) ENGENHARIA II Sopa de Letrinha que Nutre Coordenação: Professor Me. André Gobbi Farina

2 2 MPS-Br SOPA DE LETRINHA QUE NUTRE Fausto Melchior Schneider, Nevile Carlos Welter, Sérgio Michels 1, RESUMO Para superar-se, superando o competitivo mercado de produção de softwares, qualidade é fundamental. Muitos caminhos podem ser tomados, todos com curva de aprendizado e implementação próprios, mas todos refertos de abreviaturas, siglas, acrônimos, símbolos, sinais (...) logo compreensão estudo, compreensão dedicação são necessários. Neste artigo vamos opinar sobre a apropriação do Programa/Modelo MPS-Br como manutenção do crescimento das empresas produtoras de software na terra tupiniquim. PALAVRAS CHAVE Engenharia de Software MPS-Br Qualidade 1. Introdução Foi-se o tempo que se produzia software empiricamente e que as equipes de produção eram premidas por descontrole de tempo e escopo, onde os gerentes enfartavam e estressavam os times de desenvolvedores. Naqueles tempos garantia da qualidade era algo desejável, mas lotérico. Várias propostas para solucionar as dificuldades de desenvolvimento foram apresentadas, até que unidas as melhores práticas de desenvolvimento, roteirizando-as e sugerindo caminhos para atingir a maturidade de desenvolvimento de software, pessoas como Watts Humphrey ( ), trouxeram Engenharia ao desenvolvimento de software, assim passando pelo CMM, surgiu melhor compilada a solução CMMI. Este modelo desenvolvido pela comunidade internacional de software, apesar de válido, para a realidade brasileira tinha algumas barreiras difíceis de transpor, tais como: custo elevado, enorme esforço entre um nível de maturidade e o seqüente, falta de tradução dos manuais e guias para o português, ainda somando a estes obstáculos todos, a questão da 1 Graduandos do curso de Sistemas para Internet, do Centro Universitário Feevale 2010/02.

3 3 comunidade responsável pelo CMMI deixou-o desatualizado de ago/2006 (versão 1.2) até out/2010 (versão 1.3). Após algumas tentativas frustradas e exaustivas com o modelo CMMI, se intensificou o trabalho iniciado em 1996 com a SOFTEX para elaboração de um movimento de garantia da qualidade de software com as métricas brasileiras, este modelo de boas práticas é o MPS-Br, e veio a publico em dezembro de O MPS-Br A Abreviação significa Melhoria de Processos do Software brasileiro, e é ao mesmo tempo um movimento nacional para melhoria da qualidade de software, chamamos de Programa MPS-Br; e um modelo de qualidade de processos, intitulado Modelo MPS. O Programa é compatível com a ISO/IEC e a ISO/IEC A elaboração do MPS-Br tinha duas metas/desafios, a primeira foi criar e aprimorar os modelos, que são: Modelo de Referencia MR-MPS, Modelo de Avaliação MA-MPS e o Modelo de Negócio MN-MPS, o resultado esperado deste desafio inicial eram cinco: a) geração da documentação dos modelos, guias de referencia entre outros, b) capacitação de pessoas no modelo, c) capacitação de instituições implementadoras, d) capacitação de instituições avaliadoras, e) certificação consultores de aquisição; o segundo desafio era implementar e avaliar o modelo em empresas publica e privadas de maneira viável quanto a tempo e custo de aquisição, nesta etapa o resultado esperado eram quatro: a) reunir pequenas e médias empresas de desenvolvimento em grupos denominados (PMEs), através de instituições organizadoras destes grupos de empresas (IOGE), b) implementar diretamente em empresas o programa, c) avaliar implementações em empresas, d) viabilizar a aceitação do modelo MPS pelo mercado de forma similar aos modelos estrangeiros especialmente o CMMI. A coordenação do programa MPS-Br ficou a cargo da SOFTEX (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro), dando sustentabilidade ao programa há um conselho de gestão do programa (CGP), uma equipe técnica do modelo (ETM), um fórum de credenciamento e controle (FCC) e uma comissão de ética do programa (CEP). A legitimidade do modelo vem do trabalho conjunto da comunidade de desenvolvimento de software brasileiro, da sustentação dada pelo Governo Federal do Brasil através do MCT

4 4 (Ministério da Ciência e Tecnologia), da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), assim como várias universidades brasileiras 3. Por que aderir Primeiro e principal motivo é a necessidade. Empresas que não podem garantir maturidade no processo de desenvolvimento de software não podem assegurar aos seus clientes que cumprirão os acordos. Alguns clientes mais sintonizados com processos de garantia da qualidade exigirão certificações de qualidade, elementar é claro. Tudo bem uma ou outra vez empresas sem certificação cumprem o prometido, mas é empírico, não assegurado. Então esperar para quê? Garanta ao seu cliente e garanta seu cliente! Certificação é fundamental, mas qual? MPS-Br é a resposta, pois tem aderência ao mercado brasileiro vejamos alguns argumentos: Custo viável tanto para médias, pequenas e micro-empresas. O modelo prevê grupos para aquisição das competências de maturidade, são as cooperativas de PMEs que se valendo de um Instituto Organizador de Empresas (IOGE), são conduzidas ao objetivo, repartindo os custos minimizando o valor de aquisição final do programa; Menos esforço é empreendido entre um nível e outro de maturidade em comparação ao CMMI, este detalhe causa um efeito psicológico positivo, se tornando um estimulo a mais, para as equipes prosseguirem no empenho de maturidade, na tabela1 observamos que na transição do nível de maturidade 2 para 3 no CMMI, são galgados no MPS-Br os níveis F, E e D ; Tabela 1. Comparação dos níveis de maturidade. CMMI MPS-Br 1 Não definido G 2 F E D 3 C 4 B 5 A

5 5 Imagem 1: Comparação dos níveis de maturidade, gráfico em escada. Se valendo do esforço compensador de aquisição do MPS-Br que é atingido com empenho sem maiores percalços, comparado com CMMI, uma vez atingido o nível de maturidade A fica intuitivo a obtenção do nível equivalente no CMMI, bastando adaptar alguns processos; Ó Pátria amada, idolatrada. Salve! Salve!, o idioma não era para ser uma barreira no mercado de TI, porém o caminho mais natural é o de menor esforço, o MPS-Br foi redigido no idioma português brasileiro, uma facilidade considerável, já o CCMI na sua versão 1.2, recentemente superada, foi lançado em 2006 e somente em março/2010 teve uma tradução oficial para português; Outro forte argumento é atualização, o MPS-Br recebe da SOTEX e da comunidade de software nacional, constantes verificação de revisões, procuram acompanhar as revisões realizadas nas ISO s compatíveis; Há um Workshop Anual do MPS-Br (WAMPS), que procura comunicar, evoluir, capacitar, dialogar, sobre o avanço do modelo; Solicitada em licitações publicas no Brasil; Por fim evidenciamos um diferencial considerável do MPS-BR frente seus concorrentes: O mapeamento do modelo aos métodos Ágeis, como o SCRUM. Há material documentado, teses, revistas (revista DevMedia número 26) e guias, que dão conta desta integração que comumente é tratada pelo nome de Agile com Maturidade.

6 6 4. Considerações finais Manter-se nutrido com sopa de letrinha é viável e, não são tantos conceitos por trás de variadas siglas, é trabalho para quem visa um futuro existencial assegurado, posto que qualidade seja caminho sem volta, cliente nenhum aceitará mais o experimentalismo ou atrasos ou ainda a falta de profissionalismo. O MPS-Br para produção de software com apelo nacional é indiscutivelmente mais aderente ao mercado, em detrimento a qualquer outro modelo, alias até mesmo é de se considerar que somente seja aderente ao mercado brasileiro, se o CMMI é um padrão internacional, o MPS-Br é um excelente caminho até o CMMI. Quem sabe com maior apoio das instancias envolvidas, o versátil, ágil e competente MPS-Br seja o padrão no futuro. Fica a sugestão para que empresas brasileiras produtoras de software, se empenhe na apropriação deste patrimônio nacional que é o MPS-Br. 5. Referência Bibliografia SEI. CMMI Overwiew. Disponível em: < Acesso em 03/11/2010. SOFTEX, Estrutura Organizacional. Disponível em: < Acesso em 03/11/2010. CASIMIRO, Samuel Diniz. Desmistificando o MPS-Br Introdução. Disponível em: < Acesso em 03/11/2010. OLIVEIRA, Camila da Silva. Comparando CMMi x MPS.BR: As Vantagens e Desvantagens dos Modelos de Qualidade no Brasil. Disponível em: < o CMMi x MPS.pdf>. Acesso em 03/11/2010. FERREIRA, Wilker Felix. MPS.BR UM ESTUDO DO MODELO MPS.BR COMO BENEFÍCIO PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Trabalho (Graduação) - Bacharelado em Sistemas de Informação, Universidade Estadual de Goiás (Unidade Universitária de Ceres), Ceres. Disponível em: < _MPS.BR.pdf>. Acesso em: 03/11/2010.

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