SEQUÊNCIA DIDÁTICA. Nome do Bolsista/Voluntário: Licencianda em Química Marcella Fernandes Xavier Co-autora: Paloma Alinne Alves Rodrigues

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1 SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nome do Bolsista/Voluntário: Licencianda em Química Marcella Fernandes Xavier Co-autora: Paloma Alinne Alves Rodrigues Perfil do Sujeito/Aluno a quem a sequência foi destinada: Esta sequência foi destinada a um aluno de doze anos de idade diagnosticado com Síndrome de Asperger. O Asperger é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), resultado de uma desordem genética, cujas características apresentam grande semelhança com o autismo (dificuldades acentuadas de comportamento, interação social, comunicação, sensibilidades sensoriais, padrões repetitivos e interesses limitados). No entanto, ao contrário do TEA, os indivíduos com Asperger não apresentam atrasos significativos no desenvolvimento cognitivo. O aluno para o qual esta sequência foi elaborada é alfabetizado, não apresenta dificuldade para leitura, fala ou escrita. Possui grande capacidade cognitiva, demonstra grande interesse por informações e conhecimentos sobre seus padrões de interesse, porém mostra grande dificuldade na comunicação e interação, comunicando-se apenas quando citado algum assunto pelo qual possui curiosidade ou afeição. O aluno não demonstra problema algum em fixar sua atenção por muito tempo em explicações e possui um comportamento bastante calmo e introvertido, algumas vezes há pequenas fugas da realidade. Em momentos como esse, é necessário propor discussões relacionadas aos seus personagens favoritos. Isso permite que ele tenha um comportamento adequado para continuar as atividades. Título da Sequência: A ciência dos sabres de luz Aspectos Iniciais: Tendo em vista, que o aluno possui interesses limitados e demonstra facilidade na comunicação apenas quando apresentado assunto pelo qual possui curiosidade ou afeição, para motivar o estudo de Ciências, optou-se por relacionar sua série de filmes preferida, Star Wars, a conteúdos da disciplina, aqui destacando-se os estados físicos da matéria, com foco no estado sólido para o estudo de cristais. Para o desenvolvimento desta sequência, não foram necessários quaisquer conhecimentos prévios como pré-requisito, considerando-se que será realizada uma introdução ao tema. Recursos que serão utilizados em TODAS as atividades da Sequência (Fixos): - Atividades impressas; - Lousa; - Jogos e vídeos (para momentos especiais do aluno); - Vídeos educativos sobre temas da sequência;

2 - Esquemas impressos sobre o conteúdo; Iniciando a Sequência Didática ATIVIDADE 01: Objetivos: - Compreender o que são átomos; - Compreender os estados físicos da matéria; - Entender o que são os cristais. Conteúdo Físico: Estados físicos da matéria Recursos: - Lousa: para síntese dos conceitos; - Vídeos sobre assuntos de seu interesse (para momentos especiais do aluno); - Imagens exemplificando os conteúdos. MOMENTOS SUGERIDOS RELATIVOS A ATIVIDADE 1: Momento 01: Para iniciar a aula, a professora escreveu no quadro a palavra Átomos e, em seguida, mostrou ao aluno uma imagem ilustrativa de um átomo (Fig.1). Feito isso, foi questionado se o aluno sabia o que era e, mediante a sua resposta foi realizada uma explicação sobre esse conceito. Para essa ação optou-se por utilizar como fundamentação teórica o conteúdo O que é átomo? Disponível em:

3 Figura 01: Representação átomo Momento 02: Após a explicação, solicitou-se que o aluno explicasse com suas palavras O que são os átomos. Para tanto, o aluno escreveu em uma folha o que compreendeu sobre esse conceito, como demonstra a figura 2. Em seguida, foi explicado ao aluno o que e quais são os estados físicos da matéria. Nesse momento foi utilizado como base teórica o conteúdo Estados físicos da matéria. Disponível em:

4 Figura 02: da matéria Prosseguindo, duas imagens composição dos como demonstra Estados físicos mostrou-se ilustrativas da estados físicos, a figura 3. Figura 03: Anotações do aluno sobre o conteúdo Momento 03: Após visualizar as imagens foi questionado ao aluno sobre o que elas significavam. Assim, o professor explicou que cada bolinha das figuras representava átomos interagindo. Além disso, abordou a estrutura e as características básicas de cada estado físico Nesse momento foi utilizado como base teórica o conteúdo Estados físicos da matéria. Disponível em: Momento 04: Para dar prosseguimento a aula, mostrou-se ao aluno a figura 4 e questionou-se o que cada bolinha da imagem representava. Após a devolutiva do aluno foi explicado o que são os sólidos e, para finalizar, foi realizada uma explicação de que a imagem consiste na composição de um sólido cristalino.

5 Figura 04: Sólido cristalino Momento Especial: Quando necessário, foram utilizados jogos e vídeos, para que o aluno se distraísse e, a seguir, retomados os momentos propostos. ATIVIDADE 02: Objetivos: - Relembrar os conceitos da aula anterior; - Compreender o que são cristais; - Conhecer as principais características dos cristais, bem como sua formação, usos e exemplos. Conteúdo Físico: Estados físicos da matéria e cristais

6 Recursos: - Vídeos sobre assuntos de seu interesse (para momentos especiais do aluno); - Imagens exemplificando o conteúdo. MOMENTOS SUGERIDOS RELATIVOS A ATIVIDADE 2: Momento 01: Inicialmente, foi realizada uma revisão com o aluno sobre o conteúdo da atividade anterior. Para tanto, explicou-se os conceitos principais, em seguida, foi solicitado que ele explicasse com suas próprias palavras tais conceitos. Momento 02: Em seguida, explicou o que são os cristais, conceito e características básicas. Nesse momento foi utilizado como fundamentação teórico o conteúdo disponível Momento 03: Após a explicação, mostrou-se ao aluno imagens de diversos cristais para exemplificar o conteúdo. Em seguida, mostrou a imagem dos cristais de Star Wars, como demonstra a Figura 5.

7 Figura 05: Star Wars Cristais de Momento Especial: Quando necessário, foram utilizados jogos e vídeos, para que o aluno se distraísse e, a seguir, retomados os momentos propostos. ATIVIDADE 03: Objetivo: - Relembrar os conceitos da Atividade 01; - Realizar o experimento da produção de cristais de açúcar. Conteúdo Físico: Estados físicos da matéria e cristais Recursos: - Vídeos sobre assuntos de seu interesse (para momentos especiais do aluno); - Vídeos sobre produção de cristais caseiros; - Recursos para produção de cristais de açúcar: Açúcar cristal, vasilha plástica, colher, barbante, prendedores de roupa, copos de acrílico fundos, corante alimentício.

8 MOMENTOS SUGERIDOS RELATIVOS A ATIVIDADE 3: Momento 01: Inicialmente, foi realizada uma revisão com o aluno dos conteúdos relativos a Atividade 01. Desse modo, foi solicitado que o aluno explicasse com suas próprias palavras os conceitos aprendidos e caso não recordasse bem, estes seriam explicados novamente. Momento 02: Mostrou ao aluno um vídeo dos cristais de açúcar, como demonstra a Figura 6. O vídeo explica como ocorre a produção caseira de cristais de açúcar. Para tanto, inicia-se explicando que é preciso adicionar a quantidade desejada de copos de água em uma panela até que seja atingido o seu ponto de ebulição. Quando estiver fervendo, deve-se adicionar para cada copo de água 1,5 a 2 copos de açúcar, aos poucos, misturando durante todo o tempo a solução, até que todo o açúcar adicionado seja diluído na água, formando uma solução homogênea. Este solução deve ser deixada para resfriar naturalmente, enquanto isso, utilizando barbante do tamanho desejado para os cristais de acordo com o recipiente no qual ele será deixado em repouso, deve-se embebê-lo na solução preparada e, em seguida, polvilhar açúcar. Após resfriada a solução, a mesma deve ser transferida para recipientes de tamanhos de acordo com os barbantes preparados, a fim de que estes não toquem o fundo do recipiente. Nestes recipientes, pode-se adicionar corante alimentício de acordo com as cores desejadas. Prosseguindo, deve-se prender a parte do barbante sem açúcar com dois prendedores de roupa ou qualquer outro material à disposição, a fim de que o barbante fique embebido na solução, porém suspenso sobre o recipiente, conforme a Figura 7: Figura 6: Vídeo Deliciosos Cristais de Açúcar Disponível em:

9 Figura 7: Solução com barbante suspenso em repouso para formação dos cristais Momento 03: Em seguida, realizou-se com o aluno um experimento mencionado no vídeo, porém ao invés de utilizar o fogão para diluir o açúcar utilizou-se um forno microondas. Durante o processo, o aluno foi questionado sobre os estados físicos presentes no experimento (por exemplo: Qual o estado físico do açúcar na embalagem?

10 Qual o estado físico do açúcar depois de misturado com a água fervendo? Qual o estado físico do vapor da água fervendo?. Finalizado o experimento, o mesmo ficou repousando por uma semana, a fim de que na aula seguinte fosse observado. Momento Especial: Quando necessário, foram utilizados jogos e vídeos, para que o aluno se distraísse e, a seguir, retomados os momentos propostos. AVALIAÇÃO DA SEQUÊNCIA: Objetivo: - Avaliar os conhecimentos construídos ao longo da sequência didática. Conteúdo Físico: Estados físicos da matéria e cristais. Recursos: - Vídeos sobre assuntos de seu interesse (para momentos especiais do aluno); - Avaliação escrita; - Experimento realizado na Atividade 3. MOMENTOS SUGERIDOS PARA A AVALIAÇÃO: Momento 01: Inicialmente, foi solicitado ao aluno que respondesse a avaliação feita. Para tanto, essa avaliação continha as seguintes questões:

11 Figura 8: Questões da avaliação

12 Figura 9: Avaliação da sequência Momento 02: Ao término da avaliação foi revisado o experimento da aula anterior e questionado, porque se formaram os cristais. Conforme o vídeo explica, os cristais se formam, pois uma quantidade maior de açúcar satura-se em água à temperatura elevada, do que em água à temperatura ambiente. Assim, quando a solução saturada retorna à temperatura ambiente, naturalmente, a presença do açúcar envolto no barbante, faz com que o açúcar que havia em excesso na solução volte à sua forma inicial, cristalizada.

13 Figura 10: Cristal de açúcar caseiro produzido pelo aluno Como se pode observar, os cristais de açúcar, formados pela solução preparada no microondas, tem formato e tamanho diferentes dos cristais apresentados no vídeo, já que nesse caso a solução fora preparada em um fogão convencional. Deste modo, salienta-se a importância de realizar o experimento de acordo com os passos indicados no vídeo.